terça-feira, 16 de novembro de 2010

Blog do euler: " Quando o carnaval chegar..."

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quando o carnaval chegar...


Nunca fui muito ligado a essas datas comemorativas tipo Natal, Carnaval, Ano Novo e etc e tal. Mas, o lado bom dessas datas comemorativas é o feriadão, que nos proporciona maior tempo de lazer ao lado dos nossos. Certos trabalhos, como o dos educadores, são deveras estressantes e um feriado sempre cai bem, muito bem.

O feriado de 15 de novembro é um pouco atípico, pois embora teoricamente relembre a dita proclamação da República, na prática não se comemora coisa alguma. As TVs e jornais nada falam sobre o assunto, pois teriam que questionar o tipo de "república" que foi implantada em 1889 em substituição ao regime monárquico então existente, com as permanências do domínio de coronéis regionais, favoritismos e privilégios outros para alguns poucos.

Mas, longe de mim querer questionar o feriado de 15 de novembro, menos pelo simbolismo do acontecimento, que teve pouca ou quase nenhuma adesão popular, e mais pelo feriado em si, enquanto dia de merecido descanso. Acho até que deveriam aprovar uma lei obrigando o gozo de feriados sempre nas sextas ou nas segundas-feiras, para que houvesse o emendão de final de semana. Porque esse negócio de contar com a sorte para evitar que o feriado caia num sábado ou num domingo é o fim da picada. Se há um feriado estabelecido em lei é para que ele seja gozado na sua plenitude. E no domingo não vale!

O primeiro de maio deste ano, por exemplo, caiu num sábado. Ninguém merece! Logo o nosso dia, Dia do trabalhador, que deveria ser todos os dias, mas como é comemorado num único dia, que pelo menos seja num dia da semana privando os trabalhadores - ou seria libertando? - do chamado fardo do trabalho, reconhecido enquanto fazer inconsciente, ou coisa alheia ao nosso controle, voltado para o enriquecimento de outrem.

De qualquer forma, após o 15 de novembro de 2010, que se esgotou no dia de ontem, não há nenhum outro feriado até o Natal, dia 25 de dezembro, o que significa que teremos praticamente mais um mês corrido de trabalho. E no nosso caso, de educadores de Minas, é praticamente 30 e poucos dias de trabalho, incluindo sábados e domingos, vez que estamos repondo aulas em função da nossa maravilhosa revolta-greve de 47 dias.

A categoria de professores é uma das poucas que precisam repor os dias em greve, já que com as outras categorias isso não existe. E nem por isso somos valorizados adequadamente. Pelo contrário: continuamos a categoria profissional mais mal paga do Brasil, se considerarmos a exigência de formação superior e as cobranças de governos e da sociedade como um todo.

Mas, enfim, que venham os próximos feriados, do Natal ao Carnaval - este sim, quando as máscaras são despidas e o Brasil reveste-se de um simbolismo ao avesso, de um sonho não realizado. De festa, de pão e de mel. Amém.

"Anônimo: Olá euler:Dia 23/11 teremos aqui em UBERLÂNDIA uma plenária com a nossa coordenadora do sindute Beatriz Cerqueira,estarei presente para compreender os novos rumos da carreira para a educação e suas consequências.Em relação ao patrocínio nas eleições, novamente, comentarei que na região do Triângulo, e em Uberlândia, região importantíssima, cidade universitária, não se rendeu ao poderio desses financiadores, quem venceu foi o Hélio Costa e a Dilma, muitos deputados como Gilmar Machado, Welligton Prado, e outros de esquerda se elegeram, os mineiros dessa região estão mais conscientes politicamente.Um abraço! "E a seguir, três comentários do nosso valente colega professor de História Luciano. Em seguida os nossos comentários."Luciano História:Tentei em duas oportunidades escrever sobre os comentários do colega Rômulo, porém ,acabou dando erro.Colega, você é defensor do socialismo, essa teoria já morreu na pratica, nós lutamos em favor dos mais baixos pelo fato dos professores estarem na classe dos mais baixos, a humanidade não nasceu pra ser igualitária, se fosse pra ser, o homem não teria desenvolvido a desigualdade. Eu sou favorável a uma melhor distribuição de renda, as reformas tributária, agraria, educacional, política entre outras.Sou defensor da social democracia e tenho vários exemplos (Canadá, Finlândia, Noruega entre outros) onde essa pratica de politica melhorou de fato a vida da maioria da população sem no entanto acabar com o capitalismo e gerar a igualdade social. Não consigo entender o Brasil principalmente em um ponto, nos paises desenvolvidos, a direita procurou buscar os professores para o lado deles, se algum governante de direita fizesse isso ele mataria por completo a verdadeira esquerda que é a socialista.""28 mil? não paga nem os charutos do socialista Fidel Castro , muito menos as regalias dos grandes líderes da antiga URSS, além do mais em qualquer país do mundo, capitalista ou socialista, um presidente tira mais de 28 mil por fora. Marx escreveu que o socialismo é a DITADURA do proletariado, se é ditadura pra mim não serve. A social democracia foi e continua sendo a melhor forma de governo que eu já vi e estudei. Sei que o colega Euler também tem uma visão socialista revolucionária, e de fato é dificil acreditar que melhorias sociais podem ocorrer no Brasil pelo voto, porém falar que é socialista sem ter noção exata do que isso implica é complicado. ""Só uma observação: no Brasil o Partido social democrata é neoliberal, o socialista fala que é social democrata e os trabalhadores são assistencialistas, os democratas são da direita golpista e o movimento democrático rema de acordo com a maré, a esquerda de fato é utópica e inoperante. "Comentário do Blog: Muitas questões foram levantadas pelo bravo colega Luciano, algumas delas em torno de aspectos ideológicos. Entretanto, fora de contextos históricos concretos, determinados adjetivos tornam-se sem sentido. Por exemplo: o socialismo soviético na Rússia. A leitura tradicional poderá interpretá-lo como uma espécie de comunismo que não deu certo. Uma outra leitura, inclusive à luz do marxismo, verá naquela experiência nada mais, nada menos do que uma outra forma de capitalismo de estado. Diria mais: rigorosamente, a humanidade não experimentou o comunismo apregoado por Marx, que se baseia na superação do capital, do mercado, do estado, etc. O capitalismo se fez às custas de muito suor, sangue e lágrimas de dor de milhões de trabalhadores, os quais ao longo dos anos arrancaram muitas conquistas em busca de alternativas a este sistema. Mesmo quando não tenham conseguido nos legar um presente melhor do que este que conhecemos. Devemos ao sonho do socialismo (ou do anarquismo, ou do comunismo) - e nunca ao capitalismo - as históricas lutas e conquistas por jornadas de trabalho menores, pelo descanso remunerado, pelas leis trabalhistas, pelas conquistas sociais enfim, que sempre foram negadas pelos de cima.Claro que devemos ter a consciência de que não se muda um sistema social da noite para o dia. Mas, o capitalismo tem na sua gênese uma força autodestruidora, que se reproduz cegamente, provocando ao mesmo tempo fantásticos horizontes na produtividade, ao mesmo tempo em que submete a maioria da população mundial a condições degradantes. E, gostem ou não, não há solução interna para as contradições inerentes ao capitalismo. Daí porque, mais dia, menos dia, um acerto de contas se fará no embate cotidiano entre os de baixo e os de cima.Muito provavelmente a nossa geração não assistirá os embates decisivos que definirão os rumos de uma outra forma de sociedade. Enquanto isso, da nossa parte, só esperem uma aguerrida luta pela reapropriação dos espaços e dos tempos e das riquezas que nos foram surrupiados pelos de cima. Nada mais, nada menos.
* * *"Rômulo: De grande valia as reflexões do companheiro Luciano.Respeito profundamente o seu ponto de vista. Porém, tenho outra visão de mundo e me baseio em outras concepções filosóficas.O que não que dizer que estou do lado da verdade. Longe disso. Infelizmente pela minha falta de capacidade de sintetizar as coisas, os argumentos, um debate virtual não será possível. Ao enviar a resposta acusará erro, devido ao número de caracteres, que se não me engano deve haver um limite. Posso é ir respondendo por partes, mas não quero receber um puxão de orelhas do nosso preclaro Euler.Contudo isso pode ser resolvido quando em um futuro breve nos encontrarmos em uma Assembleia da nossa brava categoria. Nesse momento, podemos realizar uma conversa fraterna. Claro, tendo o camarada Euler como mediador....rsssss "
* * *
Vejam também:- Sind-UTE MG: Boletim Informa número 22.

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