sábado, 17 de setembro de 2011

Jô Soares : " O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!"( crônica e charges)


Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
ATUALIZA AI ... ESTAMOS EM 2011, NADA MUDOU !!

Esta é para ser repassada mesmo.

Jornal "O TEMPO" fala da manifestação dos professores na Praça da Liberdade e o confronto dos educadores com a polícia.

Manifestação termina em confusão entre professores e polícia na Praça da Liberdade
16/09/2011 21h04
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FELIPE REZENDE/THIAGO NOGUEIRA
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FOTO: REPRODUÇÃO

Uma confusão envolvendo professores da rede estadual e a Polícia Militar foi registrada na noite desta sexta-feira (16) na Praça da Liberdade, região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde ocorre o evento que marca a contagem regressiva dos mil dias para o início da Copa do Mundo. De acordo com Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), os militares chegaram a usar gás de pimenta contra os manifestantes.

“Nós fizemos nossa manifestação, que foi ficar acorrentado na praça durante todo o dia. O protesto foi encerrado assim que conseguimos a reunião para terça-feira. Em seguida, os cerca de mil professores que continuaram no local se envolveram em um confronto com a polícia”, explica a coordenadora. A confusão teria começado quando os grevistas tentaram quebrar o cordão de isolamento que foi criado no local.

Segundo Beatriz, em certo momento foi usado um ônibus para bloquear os representantes da categoria. “A polícia fez uso de gás de pimenta, que é uma arma silenciosa e que ninguém vê”, afirmou.

Já de acordo com o coronel Antônio de Carvalho, da Tropa de Choque da PM, durante a cerimônia que ocorria nos jardins do Palácio da Liberdade, aproximadamente 300 manifestantes derrubaram a grade que isolava a entrada do prédio. A polícia reagiu e conteve os protestos, usando bombas de efeito moral.

Conforme o militar, ninguém foi preso e não houve feridos. Por volta das 21h30, a situação havia sido normalizada.

IMAGENS TV UNA

Testemunhas - Por meio do Twitter, testemunhas contaram ter visto os militares usando tiros de borracha, além do gás de pimenta, e que houve correria na Praça da Liberdade. Veja as informações divulgadas no serviço de microblog:

@contramao_una PM avança contra manifestantes da Praça da Liberdade. Grevistas e estudantes lançam grades contra a Tropa de Choque.

@contramao_una Correria na Praça da Liberdade. Grevistas quebram as grades de isolamento e avançam contra a Tropa de Choque.

@contramao_una Ação da PM dispersa manifestantes. Tiros e fogos ouvidos nas imediações do Palácio da Liberdade. Um homem ferido.

Movimento - Em greve há mais de cem dias, os servidores afirmaram que não voltarão às salas de aulas enquanto o Governo de Minas não apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. Os educadores querem que o plano de carreira seja considerado. Segundo eles, o valor de R$ 712,00 está sendo oferecido pelo governo para todos os profissionais, mas só seria justo para professores com ensino médio que cumpre carga horária de 24 horas. A categoria pede que o salário seja proporcional à formação e ao tempo de carreira.

Ilegalidade - Também nesta sexta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido do Ministério Público (MP) e considerou ilegal a greve dos professores da rede estadual, que dura 101 dias. A decisão é do desembargador Roney Oliveira da 2ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. No entanto, de acordo com a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira, a categoria não irá suspender o movimento e vai recorrer.

Em caso de descumprimento está previsto o pagamento e multa gradativa de R$20 mil pelo primeiro dia de continuidade do movimento, a contar a partir de segunda-feira (19), R$30 mil pelo segundo dia; R$40 mil pelo terceiro; e R$50 mil pelo dias subsequentes; limitado o montante da pena a R$600 mil.

Conforme Beatriz Cerqueira, a categoria só será obrigada a suspender o movimento depois que todos os desembargadores avaliarem o mérito da questão que, até o momento, trata-se apenas de uma decisão liminar.



Atualizada às 21h35.

Beatriz Cerqueira ( Sind-Ute/M.G.) é recebida por Dilma em B.H.

Presidente Dilma promete mediar negociação entre professores e Governo de Minas
16/09/2011 14h15
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MÁBILA SOARES/GABRIELA SALES
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FOTO: CHARLES SILVA DUARTE/ O TEMPO
Entre os grevistas recebidos por Dilma estava a coordenadora do sindicato dos professores, Beatriz Cerqueira

Durante visita a Belo Horizonte, nesta sexta-feira (16), a presidente Dilma Rousseff prometeu mediar a negociação entre professores e Governo de Minas. Representantes do núcleo de greve do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), paralisados há exatos 101 dias, foram recebidos pela presidente no hangar do aeroporto da Pampulha.

Entre os grevistas estava a coordenadora do sindicato, Beatriz Cerqueira, que entregou à presidente um dossiê contando a situação da educação em Minas. Em meio aos documentos, um estudo de auditores fiscais, feito em 2002, falando dos investimentos de Minas na educação, além de um contra-cheque de um professor ativo, com vencimento básico de R$ 369.

Após a conversa, que durou cerca de 20 minutos, Dilma deixou o hangar do aeroporto e retornou a Brasília.

O Sind-UTE foi o único sindicato em situação de greve no Estado recebido pela presidente Dilma Rousseff.

Galeria de fotos

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

EULLER; " Praça da Liberdade vira praça de guerra...."

SEXTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2011



Por indicação da navegante Ana, reproduzimos este vídeo, que mostra uma parte da batalha de ontem a noite. A mídia só mostra a festa dos bacanas; mas na Praça da "Liberdade", a realidade dos de baixo era bem outra. Vejam.


Fotos da manifestação de hoje (fotos: Gleiferson Crow e equipe)




Mais um ótimo vídeo produzido pelo combativo Nelson Pombo Jr. No vídeo, observamos um pai de aluno e sua filha, moradores de Vespasiano, no momento em que expressam seu apoio aos educadores, lendo uma mensagem para os bravos e bravas acorrentados, tendo ao fundo o Palácio da Liberdade (?) protegido pela tropa de choque.


Vejam também esta foto e reportagem publicada no Portal G1, que aparece o nosso combativo amigo Flávio, que recebeu o seu batismo de sangue na batalha de hoje.Cliquem aqui.










Praça da Liberdade vira praça de guerra. Festa do governo é fechada para o povo. Educadores resistem e arrancam negociação. A greve continua!


Pessoal da luta, turma do NDG,

Acabo de chegar da Praça da Liberdade, que virou hoje um palco de guerra, graças à truculência do governo. Cerca de 3 mil educadores lá estiveram (estivemos) para acompanhar a contagem regressiva para a Copa do Mundo. Mas, logo nos demos conta de que não éramos bem vindos e muito menos nossos nomes figuravam entre os convidados do governo. A praça estava toda cerca com grades e tropa de choque, cavalaria, cachorros treinados, homens da polícia armados com escopeta e cassetetes.

Do lado de dentro, bem em frente ao Palácio, três dezenas de bravos educadores encontravam-se acorrentados desde às 6h da manhã. Do lado de fora, lá estávamos nós. Gritávamos palavras de ordem e os colegas acorrentados repetiam ou puxavam os gritos de guerra contra o desgoverno que descumpre uma lei federal e vem se recusando a pagar o nosso piso salarial.

Por volta de 16h30 já havia um bom número de educadores em greve. Quando o relógio 19h já podíamos contar algumas centenas de bravos guerreiros e guerreiras. Houve um momento em que o efetivo da polícia de choque aumentou e começou a se movimentar, tanto em nossa direção, quanto em direção aos colegas acorrentados. A praça estava cercada por grades e nós começamos a gritar que poderíamos invadir aquele local, numa demonstração de que não aceitaríamos qualquer investida contra os colegas acorrentados, que resistiam desde cedo, inclusive ficando um bom tempo sem alimentos e sem poder ir ao banheiro.

Numa certa altura, recebemos a informação de que havia uma negociação em curso envolvendo alguns deputados da oposição, dirigentes sindicais, e o governo. Depois, a colega Lecioni, diretora do Sind-UTE, informou-nos que havia sido feito uma negociação através da qual o governo aceitava retomar as negociações com o sindicato na terça-feira, às 9h, na ALMG, com a participação do presidente daquela Casa, Dinis Pinheiro. Concordaram em suspender o projeto de lei do governo para abrir a negociação. Em troca, os colegas acorrentados teriam que sair do local onde estavam e se juntar aos demais colegas. Por maioria dos que estavam lá dentro - entre acorrentados e apoiadores, incluindo os dirigentes sindicais - aceitou-se a proposta.

Contudo, logo em seguida o governo começou a nos provocar, ao estacionar três ônibus num local que ficava entre os educadores que protestavam e o ato do governo, onde acontecia showzinhos para a seleta elite de convidados presentes.

Neste movimento o pessoal começou a gritar ainda mais e protestar contra essa tentativa de impedir a visibilidade dos manifestantes. Por sua vez, a tropa de choque do governo agiu com truculência, espancando e jogando gás de pimenta nos nossos combativos educadores. Em função disso, nossos colegas começaram a derrubar as grades, a polícia de choque aumentou o efetivo e atuou com a habitual violência. Um colega saiu sangrando muito do local, uma outra teria desmaiado, outros foram agredidos, vários tomaram gás de pimenta no rosto, mas os educadores resistiram e mudaram de posição, para outro local.

A polícia tentava acompanhar as mudanças de rota dos educadores em greve e apoiadores e por toda parte as grades eram arrancadas pelos educadores, e recolocadas pela polícia, até que os educadores dispersos se concentraram no extremo oposto ao ponto inicial (do lado direito do Palácio da Liberdade).

Muitas palavras de ordem, gritos de protestos e cantos e apitos, e eis que a polícia dispara três bombas de efeito imoral, que chegaram a acertar pelo menos dois colegas que estavam próximos de mim, além da fumaça e do cheiro insuportável. Houve uma rápida dispersão, até que nos concentramos novamente no outro extremo, atravessando toda a praça cercada de grades e polícia de choque.

A Praça da Liberdade, ganhara, ali, a aparência de uma praça da ditadura, da ausência de liberdade, de uma verdadeira guerra contra os educadores em luta por direitos constitucionais. Os acontecimentos dessa lembram seguramente os tempos da ditadura militar. Dois colegas nossos saíram levemente machucados com as bombas de efeito imoral. Estou aguardando que me enviem vídeos e fotos do ocorrido, já que muito provavelmente a imprensa não mostrará o que aconteceu. Ou como aconteceu.

Na prática o que vimos pode ser um espelho do que será a Copa do Mundo: um acontecimento no qual o povo mineiro ficará excluído. Alguns moradores que tentaram se aproximar do evento não conseguiram. Outros, ao perceberem o tumulto causado pela polícia de choque acabaram desistindo.


Mas, os educadores não. Permaneceram (permanecemos) por lá durante várias horas, apesar de toda a tentativa da repressão de nos afastar daquele local. Do telão externo percebemos o contraste entre os shows que aconteciam lá dentro, a exclusão física e social imposta aos de baixo, ali representados pelos educadores em greve. Um retrato fiel da realidade.

Mais uma vez, parabenizo aqui os bravos guerreiros e guerreiras que lá estiveram, desde os colegas que ficaram acorrentados durante o dia e com isso arrancaram uma promessa de negociação com o governo, patrocinada pelo Legislativo. Parabenizo também aos quase três mil educadores, das mais diferentes regiões, que lá compareceram. Pude conversar com muitos guerreiros, e notei que tinha colegas de Unaí, de Pará de Minas, entre outras, além, é claro, dos colegas de toda grande BH.

Ficou evidenciado que temos uma turma de luta, um verdadeiro NÚCLEO DURO DA GREVE que não tem medo de polícia, nem as ameaças do governo, nem de cara feia de secretária, nem de chantagem de diretor de escola, nem de manipulação da mídia vendida, nem de omissão ou conivência dos demais poderes constituídos. Estamos dispostos a permanecer em greve e lutar pelos nossos direitos pelo tempo que for necessário.

Um forte abraço e até daqui a pouco, pois agora vou comer alguma coisa, já que minha última refeição foi no almoço, às 13h.

Até daqui a pouco, com novas análises! Venceremos!!!!!

Incorporo ao texto acima o depoimento da combativa RENATA, publicado aqui no blog, que transcrevo a seguir:

"
oi,

Pela primeira vez na vida me senti ameaçada pela polícia. Tomei spray de pimenta na cara, minha garganta está ardendo até agora.

Esclarecendo os fatos.

Estávamos na Praça da Liberdade na inauguração do relógio da copa gritando "é greve, é greve, é greve, é greve, é greve, até que o Anastasia pague o piso que nos deve". A praça estava cercada, pois um grupo majoritariamente feminino altamente perigoso, professores, estaria na praça manifestando sua indignação. Tudo bem até aí. Ficamos do lado de fora da grande e gritando fortemente. Na hora que a inauguração começou ele mandou os ônibus estacionarem na nossa frente e nós começamos a gritar "polícia é para ladrão". Neste momento os policias jogaram gás de pimenta sobre a gente. Eu estava bem em frente a grade e tomei um jato bem na cara e posso garantir que até este momento a única coisa que estávamos fazendo era gritar.
Já tinham nos roubado o direito de ir e vir em uma Praça chamada da Liberdade e também queriam nos calar.

Para quem nunca inalou gás de pimenta, a sensação é a seguinte: um fogo na cara, um ódio no coração e muita tosse. Na hora eu acho que esqueci tudo. A vontade é de avançar em cima dos policiais e passar por cima de qualquer um é inexplicável, não sei se tem alguma toxina no gás que provoca tanto ódio na gente. Comecei a andar junto com o pessoal e a gritar mais alto entre as tosses, aí milagrosamente eu me lembrei que estava acompanhada de uma colega, Bernadete, e me lembrei que ela tem asma e recuei para procurá-la. Felizmente ela conseguiu se proteger com sua blusa de frio.

Depois deste momento as coisas esquentaram um pouco, mas chega de falar. Provavelmente daqui a pouco o youtube estará cheio de vídeos para assistirmos, pois a mídia deve dizer apenas que somos vândalos.

A greve está chegando ao extremo, nos tratam como bandidos na Praça da LIBERDADE. Mandam nos substituir por pessoas não qualificadas. Nos fazem uma promessa de piso para 2012 que iguala o salário dos professores que só tem Ensino Médio, antigo magistério, ao dos professores com mestrado.

Aonde a educação em Minas pode chegar deste jeito?

Mais uma vez peço seu apoio para a divulgação da VERDADE.
Abraços

Renata".

Euller:"A greve continua! É esta a decisão unânime dos educadores mineiros em assembleia."

QUINTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2011

A greve continua! É esta a decisão unânime dos educadores mineiros em assembleia



Nossos bravos e bravas guerreiros/as já se encontram acorrentados em frente ao Palácio da Liberdade. (Fotos de Nelson Pombo)

Acompanhem também ao vivo:

http://www.livestream.com/nelsonpombojr

Assistam ao vídeo de 47 minutos dos acorrentados:

http://www.livestream.com/nelsonpombojr/video?clipId=pla_56ab8e0a-14e0-4a29-af6e-c9283f117417&utm_source=lslibrary&utm_medium=ui-thumb


Grupo de educadores estão acorrentados no Palácio da Liberdade


No dia em que o governo pretende inaugurar o relógio da contagem regressiva para a Copa do Mundo, nossos bravos e bravas guerreiros/as educadores em greve já se acorrentaram em frente ao Palácio da Liberdade. Acompanhem ao vivo ou através do vídeo produzido pelo combativo colega Nelson Pombo Jr(links acima), todo o desenrolar destaação direta e de luta em protesto pelo não pagamento do piso. O chão de Minas continua tremendo, enquanto o governo zomba da população, deixando milhares de alunos sem aula, por conta da intransigência do governo em não querer pagar o piso dos educadores, que é lei federal.

Mais tarde, por volta das 18h, centenas de educadores em greve estarão na Praça da Liberdade para recepcionar o desgovernador, a presidenta da República e quem mais aparecer por lá.
A greve continua, até a nossa vitória!


***
Enquanto isso, no Mineirão os operários estão em greve, à espera da presidenta e reivindicando melhorias nas condições de trabalho. O comandante João Martinho dirigiu-se para o Mineirão nas primeiras horas da manhã. Agora ao meio-dia tentei contato com ele, mas não consegui.

***


Assembleia dos 100 dias de greve. Fotos: Gleiferson Crow


A greve continua! É esta a decisão unânime dos educadores mineiros em assembleia


Olá bravos guerreiros e guerreiras da nossa heroica luta!

Acabo de chegar ao bunker e um pouco mais tarde vou trazer o relato e as análises sobre o nosso maravilhoso movimento.

De início, vou adiantando: por unanimidade, os educadores presentes no pátio da ALMG decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Não poderia ser diferente, já que o desgoverno de Minas continua com sua intransigência, arrogância e mentiras contra a categoria.

Amanhã haverá um ato no Palácio da Liberdade, às 18h, onde a presidente e o governador do estado são aguardados para inaugurar a contagem regressiva da Copa do Mundo.

Em contraponto a este ato, foi inaugurado hoje o calendário da nossa greve, que atingiu 100 dias. No domingo haverá panfletagem e na terça-feira, dia 20, haverá nova assembleia, coincidindo com a data da votação, na ALMG, do famigerado projeto do governo.

Houve passeata até a Praça Sete, como sempre com grande participação e apoio da população. Tive contato com dezenas de delegações do interior, o que para mim é sempre um momento de alegria e de satisfação, já que passamos tanto tempo juntos aqui no blog. Quanta gente bonita, sonhadora e digna!

Quero deixar o meu abraço a cada um desses bravos e bravas colegas que estão nessa luta corajosa e obstinada, todos passando por sacrifícios, mas vivendo a emoção e a experiência única de resistir a um governo déspota, que não respeita os servidores da Educação enquanto seres humanos.

Nós somos a esperança de um mundo melhor; eles são a expressão do que há de pior e mais repugnante no mundo atual.

Vários representantes de movimentos sociais e igrejas, e entidades sindicais e estudantis, além de outras categorias em greve, como os trabalhadores dos Correios, usaram a palavra para manifestar o seu apoio aos educadores mineiros. Destaco a presença do Frei Gilvander, que manifestou o seu apoio, citando a necessária resistência contra os ataques do governo de Minas.

Mais tarde, após um rápido banho, um chá e um pastel que repartimos no ônibus, eu volto com novas análises.

Quero trazer algumas propostas que discuti com os colegas de várias regiões. Aguardem!

Um forte abraço a todos, força na luta, até a nossa vitória!

Retomando...

Antes de retomar as nossa análises, vamos reproduzir aqui a citação feita pelo juiz de Direito Dr. MARCOS FLÁVIO LUCAS PADULA que recusou e mandou arquivar o indecente pedido de ilegalidade da nossa greve, feito pelo chefe do MP de Minas:

"São os bons mestres e as boas escolas que fazem o progresso humano, que transformam crianças inteligentes em gênios, em líderes e benfeitores da humanidade. Sei que isso é um truísmo, uma obviedade, mas infelizmente, o mundo não vê tantas coisas óbvias. Sempre me pergunto: por que não investimos muito mais em educação e na formação de bons professores? Foram eles que, logo cedo, me despertaram uma vontade imensa de compreender e de transformar o mundo por meio da engenharia e da eletrônica. Com eles descobri como é importante pensar no lado humano de toda a invenção e avanço tecnológico". (STEVE WOSNIAK)


Se o procurador da justiça não fosse um procurador do governo e sim da Justiça, representando o MP, ele pediria desculpas aos educadores e ingressaria com uma ação judicial contra o governo. Mas, nós estamos em Minas Gerais... Oh, Minas!!!

Imediatamente após este puxão de orelhas de um juiz sério, o representante do governo no MP ingressou com outro pedido de ilegalidade junto ao TJMG.

Faço ideia do que ele deve ter mencionado para tentar convencer algum desembargador. Seguramente deve ter dito que o governo já paga o piso, e que é preciso assegurar o direito à Educação para os alunos. Claro que é preciso assegurar tal direito. E estamos em greve justamente por isso! Sem carreira, sem salário, não haverá em breve mais educadores para cumprir esta exigência constitucional, caro sr. procurador.

É por haver pessoas coniventes a governantes déspotas como o sr. que a Educação pública está do jeito que está: abaixo da crítica.

Se há uma lição que temos que retirar dessa greve é que MINAS GERAIS PRECISA SER PASSADA A LIMPO.

Nada do que está aí faz sentido mais para a maioria pobre deste estado e deste país e precisa passar por profundas mudanças. Deputados que são meros carneiros de luxo, que recebem entre 30 e 50 mil reais para dizer amém ao governante de plantão, sem qualquer respeito pelos de baixo, incluindo os educadores, que não são ouvidos nos seus pleitos. Devemos fazer um grande ato de protesto naquela Casa, para mostrar o nosso desprezo por esses cretinos que não honram a roupa que vestem; não são dignos de nada, nada, porque são piores do que qualquer pessoa. Piores até mesmo do que um bandido comum, que rouba alguém na rua, porque este pelo menos pode estar roubando para matar a fome dele e da família. E estes políticos profissionais? Estão nos roubando a carreira e o nosso salário para servir aos interesses políticos e econômicos do governo que está a serviço de meia dúzia de banqueiros, empreiteiros e outros tipos de menor estatura moral.

Temos uma imprensa que se vende e se tornou mestra em manipulação. Reparem que coisa interessante. Ontem, o juiz de direito, digno, recusou o pedido de ilegalidade da nossa greve. Os jornais - rádios, TVs, jornais impressos - não deram uma linha sequer. E quando alguém publicou ou comentou alguma coisa, fez questão de explicar que não se tratava de uma vitória dos educadores; que o juiz não havia reconhecido a legalidade da greve, mas simplesmente havia dito que aquela não era a instância ou a vara judicial correta para se pedir a ilegalidade. Ou seja, eles tiveram o maior interesse em investigar e esclarecer sobre uma notícia que não era favorável ao governo. Mas, sobre o nosso piso... Em nenhum momento estes jornalistas de meia tigela (salvo alguns poucos, que respeitamos) se dão ao trabalho de investigar sobre o que o governo vem fazendo com a nossa categoria. Jamais informam corretamente sobre o piso. Até hoje reproduzem que o sindicato cobra um piso de R$ 1.597,00 ou mesmo de R$ 1.187,00 para a jornada de 24 horas, quando o sindicato já reconheceu publicamente que aceita o valor proporcional e mais conservador do piso, que é o valor proporcional do MEC.

Mas, em momento algum essa imprensa ridícula esclarece para a população que a proposta do governo é acabar com o plano de carreira dos professores; que os R$ 712,20 que o governo oferece é um valor único para todos os professores, tenham eles um dia de serviço, ou 30 anos de Casa; tenham eles a formação em ensino médio, ou licenciatura plena, ou especialização.O governo propõe um único valor para todos, e que isso contraria a própria Constituição Federal, a mesma que o Procurador da Justiça parece nunca ter lido, para fazer vista grossa a essa indecente proposta do governo.

Até hoje essa mídia comprada e que renega a liberdade de expressão tão duramente conquistada, não foi capaz de explicar para a população queexistem dois sistemas de remuneração: o original, ligado ao plano de carreira que existe desde 2004 e que fora criado pelo próprio desgoverno Aécio-Anastasia, e que mantém o vencimento básico e as gratificações dos educadores (salvo aquelas que foram confiscadas em 2003); e o subsídio, criado recentemente pelo governo, que representa um confisco confesso pelo governo de R$ 2 bilhões por ano no bolso dos educadores. É este o preço do piso que o governo de Minas não quer pagar aos educadores, para que sobre mais recursos para os de cima, inclusive para os proprietários dessa mídia corrompida e canalha!

Enfim, colegas, vivemos num estado que precisa ser passado a limpo. Não podemos deixar que isso permaneça assim. Temos o dever moral de resistir.

Vejam o que o governo faz agora: um dia antes da nossa assembleia ele arquiteta, friamente, vários lances para destruir a nossa greve e minar a nossa capacidade de resistência:

1) manda o seu funcionário no Ministério Público entrar com pedido de ilegalidade na justiça;
2) encaminha um projeto de lei, que antes de ser aprovado, já é apresentado no site da SEE-MG como se já fosse lei vigente, tal a certeza de que os carneiros sem caráter e sem vergonha aprovarão o que o governo mandar; são pau mandados e devem seguir rigorosamente as ordens do chefe;
3) anuncia a contratação de 12 mil substitutos (que piada!), como forma de pressionar psicologicamente aos designados e aos demais grevistas. Mais um ato ilegal e imoral do governo, já que a greve é legal e a publicação das substituições está se dando sob a égide da legalidade da nossa greve.

Tudo isso demonstra um total desrespeito desse governo para com os educadores e para com os alunos e pais de alunos. Foi isso o que eu disse hoje, quando um repórter do SBT me entrevistou durante a assembleia (não sei se foi ao ar, e nem como foi, se é que foi).

Ao invés de negociar decentemente com os educadores o pagamento do piso a que temos direito, o governo continua apostando na nossa destruição: na ruína da nossa carreira, na sonegação do nosso piso.

Isso não é um governo, é uma autarquia do inferno; é um departamento das trevas! São 100 dias de tortura psicológica, de chantagens, de mentiras, de ameaças, de perseguição, de coação aos educadores; de prejuízos aos alunos, aos pais de alunos e aos educadores!

Oh, Minas, até quando vai tolerar essa realidade?

Mas, os educadores em greve, verdadeiros heróis, precisam resistir. Nós não temos o direito de recuar e aceitar aquilo que o déspota e sua trupe tentam nos impor. Se voltarmos agora, perderemos tudo: aquilo que nos roubaram nestes 100 dias; o nosso piso, a nossa carreira, e com isso a nossa própria sobrevivência.

Sou partidário de que devemos unir forças, fazer um chamamento aos pais de alunos e alunos e a toda a sociedade dos de baixo para não aceitarmos essa conduta do governo.

Vamos tentar redigir uma carta aberta aos pais de alunos e aos alunos (quem desejar escrever, faça-o e disponibilize aqui no blog), e vamos distribuir aos montes, por e-mail, em panfletagem e visitando as moradias dos nossos alunos, se possível.

Devemos redigir uma outra carta dirigida especificamente aos professores que ainda estão em sala de aula. Mostrar para eles que esta atitude contribui com a destruição da carreira que é deles, também; que eles precisam abandonar essa condição de conivência com o governo e assumir uma postura de classe e de luta em favor da nossa categoria, a qual eles pertencem.

Finalmente, devemos buscar o apoio de todos os movimentos sociais e entidades que se identificam com a nossa luta, que é comum à luta de todos os de baixo. Precisamos urgentemente formar este movimento pela salvação da Educação pública, pela valorização dos educadores, pela liberdade e pela democracia ameadas em Minas Gerais, e contra esta estrutura de poder montada no estado, voltada para esmagar a maioria pobre e servir aos de cima.

Finalmente, não podemos esquecer queesta estrutura de poder a que fiz referência vive no atual contexto em função do projeto político de um certo senador, que mora no Rio de Janeiro, e que foi incapaz de dar as caras (assim mesmo, no plural) para comentar sobre o dilema vivido pelos educadores nestes 100 dias de greve. Um ausente, um omisso e patrocinador do despotismo que encontra-se à frente do governo mineiro.

O povo mineiro dos de baixo precisa conhecer e repudiar essa realidade, aprendendo a construir a sua (nossa) própria história, através da nossa luta, da nossa união, e do esforço comum para conquistar nossos direitos ameaçados.

Vamos fortalecer esta grande corrente em favor da nossa luta.

- Que façamos campanha para arrecadar alimentação e fundos para manter a sobrevivência dos educadores em greve.

- Que organizemos atos de ocupação e acampamentos na porta dos poderes constituídos, e também dessa mídia vendida, para que eles aprendam a respeitar os nossos interesses.

- Que saibamos construir a unidade da nossa categoria em torno dos nossos interesses e direitos comuns ameaçados.

Para que nunca mais, ninguém, nenhum governo, tenha a coragem de mexer com os nossos, e com os nossos direitos.

Um forte abraço a todos e força na luta! A greve continua, até a nossa vitória!!!

***

P.S. Nesta sexta-feira, às 18h, todos na Praça da Liberdade para a inauguração da contagem regressiva para a Copa do Mundo... e para o pagamento do nosso piso, também!!!



***

Acabo de receber, por e-mail, um texto de apoio ao nosso movimento, de autoria do Frei Gilvander. Achei importante repartir a bela crônica com todos os nossos/as guerreiros/as.

"Professores em greve até a conquista do Piso Salarial Nacional.

Gilvander L. Moreira[1]


Hoje, dia 15 de setembro de 2011, o dia amanheceu nublado em Belo Horizonte. À tarde, com clima fresco, sob nuvens que anunciam que a chuva está se aproximando, as/os professoras/res da Rede Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais, em greve há 100 dias, realizaram a 13ª Assembleia Geral Estadual e, esbanjando garra na luta, decidiram continuar por tempo indeterminado a greve iniciada dia 8 de junho último. O grito geral era “é greve, é greve, é greve, até que o Anastasia pague o que nos deve: o Piso Salarial Nacional.”

A greve não é mais só dos professores. Está se tornando uma greve de toda a classe trabalhadora, dos movimentos sociais populares do campo e da cidade, de muitos outros sindicatos e de todas as pessoas de boa vontade. Está se construindo em Minas um sentimento e um compromisso que grita “mexeu com os professores, mexeu comigo...” E por extensão: “Mexeu com Sem Terra, com atingidos por barragens, com as mulheres vítimas de violência e do machismo, com os homossexuais, com os negros, com os trabalhadores da saúde, com os carteiros ..., mexeu comigo, melhor dizendo, mexeu com todos nós.”

Ao conclamar os milhares de professoras/res e apoiadoras/res que participavam da Assembleia Geral para juntos, de mãos erguidas, com fé e esperança, rezarmos um Pai Nosso, a oração da fraternidade, refletimos: O tempo mudou. Está nublado. Uma chuva de justiça está sendo conquistada na luta. A fome e a sede de justiça nos levam a lutar até a conquista do Piso salarial Nacional, Lei Federal 11.738/08. A luz e a força divina do Deus da vida brilham em todos que lutam por respeito à dignidade humana também na educação. Acorrentados estão não só os 40 professores que ficaram o dia inteiro amarrados na Praça Sete. Os mais de 200 mil professores de Minas estão lutando para quebrar as correntes invisíveis que os acorrenta: salários injustos e péssimas condições de trabalho. Sem piso, as/os educadoras/res ficam no ar. Não dá para ter paz de espírito e desempenhar uma missão tão nobre que a de educar os futuros adultos.

Há várias passagens bíblicas que podem nos inspirar. Por exemplo, quando estava oprimido pelo império dos faraós no Egito, após amargarem uns 500 anos de opressão, sob a liderança das parteiras (Movimento de mulheres), o povo resolveu fazer desobediência civil e religiosa. Não obedeceram a um decreto de um faraó que mandava matar os meninos no momento do nascimento. Tornou, assim, possível o nascimento de Moisés e de tantas outras crianças revolucionárias. O povo partiu para a liberdade. Quando chegou diante do mar vermelho, houve um impasse. Na frente, o mar; detrás, tropa de choque do Faraó, querendo trazer o povo de volta para o cativeiro. Moisés, Mirian, as parteiras e as mulheres educadoras bradaram ao povo que hesitava: não tenhamos medo! Nenhum passo atrás! Vamos dar um passo adiante! O povo deu um passo adiante, o mar vermelho se abriu e o povo partir para a liberdade. O medo foi vencido pelo povo que lutava unido e organizado. Povo que tinha fé no Deus da vida, fé em si mesmo e nos pequenos.

Deus disse a Moisés: pegue esta cobra pela cauda. Moisés vacilou. Deus insistiu. Moisés adquiriu coragem e pegou a cobra pela cauda. A cobra se transformou num bastão, com o qual Moisés bateu no mar e o mar se abriu, bateu na rocha e dela saiu água. Assim aconteceu com Moisés, com Arão e com tantos do passado. Assim, o que era obstáculo se transformou em instrumento de libertação. O que parece impossível à primeira vista se torna possível quando se luta com fé e firmeza.

É hora de seguirmos o exemplo de tantos, de perto e de longe, do passado e do presente. Os bombeiros do Rio de Janeiro, mesmo encurralados pela tropa de choque, preferiram ser presos em número de 430, mas não desistiram da luta. Estão conquistando palmo a palmo seus direitos. O pequeno grupo de Sierra Maestra, sob a liderança de Fidel Castro e Che Guevara, conseguiu derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista e construir uma sociedade socialista. As madres da Praça de Maio, em Buenos Aires, entraram para a história. Conquistaram o julgamento e prisão de muitos generais que torturaram e desapareceram seus 30 mil filhos. Os povos da Bolívia, do Paraguai, da Venezuela e ... meteram o pé no barranco e estão transformando seus países, construindo justiça social.

É uma injustiça que clama aos céus o Governo de Minas (PSDB + DEM) pagar como vencimento básico somente 369,00 para professora de nível médio por 24 horas; somente 550,00 (quase 1 salário-mínimo) para professor/a que tem um curso universitário e só agora, pressionado, prometer pagar só 712,00 (só a partir de janeiro de 2012) para todos os níveis, inclusive para educador/a com mestrado e doutorado. Insistir em política de subsídio é continuar tratando a educação como mercadoria e matar a conta-gota a categoria dos professores. Será que vão querer, em breve, privatizar também a educação de 1º e 2º graus?

E o cumprimento da Lei Federal 11.738/08? Essa lei prescreve piso salarial de 1.187,00, segundo o MEC[2] e 1.591,00, segundo a CNTE[3]. O STF já definiu que piso salarial é vencimento básico. Logo, os artifícios e sofismas que tentam driblar a lei são mentiras. O vencimento básico (piso) de um policial civil é 2.141,00. Mesmo assim, os 9 mil policiais de Minas estão na iminência de retomar o estado de greve porque reivindicam, entre tantos direitos um salário em torno de 4.000,00, o que é justo. Os mais de 30 mil trabalhadores do setor de saúde também estão na iminência de entrar em greve.

O governo de Minas diz que não tem dinheiro para pagar o piso nacional. Isso não convence, porque há montanhas de dinheiro para se construir obras faraônicas – Cidade Administrativa e “estrutura para a COPA” – e para o agronegócio. As mineradoras, por exemplo, são praticamente isentas se impostos, pois, com a Lei Kandir, exportam as montanhas de Minas (trens e mais trens abarrotados de minério), dizimam as nascentes de água e não deixam quase nada de impostos para o Estado.

Enfim, obrigado professores que obstinadamente seguem lutando, em greve, há mais de 100 dias. Vocês estão nos dando uma grande aula de cidadania e estão ajudando a reunir todos os segmentos marginalizados pelo jeito neoliberal-empresarial de governar. Minas Gerais e Belo Horizonte não são empresas. A prioridade na gestão pública deve ser o povo e não o capital.



[1] Frei e Padre Carmelita, mestre em Exegese Bíblica/Ciências Bíblicas, assessor da CPT, CEBI, CEBs, SAB e Via Campesina; e-mail:gilvander@igrejadocarmo.com.brwww.gilvander.org.br – facebook: gilvander.moreira –www.twitter.com/gilvanderluis".