sábado, 9 de julho de 2011

EULLER:"Uma elite canalha, cínica e bandida!"

SEXTA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2011


A Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, símbolo da Revolução Francesa.

A ocupação dos educadores da Cidade Administrativa, em 12 de julho de 2011. Símbolo da luta pelo piso que não é pago.


Uma elite canalha, cínica e bandida!


Tenho até medo do que eu possa escrever quando me vem à mente certos pensamentos. Mas, o fato é que estou indignado com a cara de pau de certos elementos que ocupam os mais altos postos dos poderes prosti..., digo, constituídos. Não. Não quero fugir ao foco que neste momento toma a minha atenção: o piso salarial sonegado. Deveria falar também da Palestina ocupada pelo estado terrorista de Israel, uma espécie de posto de guerra avançado do império norte-americano. E este, o estado-maior de interesses de aves de rapina, grupos econômicos e gangsteres travestidos de políticos profissionais, que sugam o sangue de milhões de pessoas por todo o planeta. Uma associação de bandidos nacionais e internacionais, bem pagos para manter a roda girando sobre o nosso pescoço, a espoliar a maioria proletarizada da humanidade. Estamos um pouco órfãos de sonhos libertários.

Mas, não quero perder o foco da nossa luta neste momento: o piso salarial, que é lei federal, e que se não for pago, devemos nos concentrar em frente de alguns órgãos públicos e promover uma grande fogueira, que já não é mais de São João, mas em homenagem à cumplicidade de quadrilha estabelecida entre os muitos atores que se unem para nos ferrar, literalmente.

Duas peças, pelo menos, eu quero levar para queimar em praça pública, em frente de certos órgãos públicos. Quero levar uma cópia da Constituição Federal, que é rasgada contidianamente por agentes de desgovernos, quando dizem que não negociam com servidores em greve. Ou quando ameaçam ou até praticam o corte do ponto de trabalhadores em greve. Com estes dois atos - e um terceiro, quando impedem a manifestação pacífica de cidadãos -, por si, mereceriam que órgãos de fiscalização como o Legislativo e o Ministério Público colocassem no banco dos réus os agentes que sonegam tais direitos aos cidadãos.

Por isso, a Carta Maior do país - de um outro país, já que Minas não pertence mais ao Brasil, embora muita gente não saiba disso - deve ser queimada. Em Minas, devem ter realizado o sonho de outro desgoverno, de triste memória, o de Magalhães Pinto, quando, na década de 60, ajudou a tramar o golpe que derrubaria o poder constitucional do presidente João Goulart. Naquela altura, Magalhães Pinto articulara tornar Minas um território em guerra contra o governo federal, para ser reconhecido pelos EUA como estado em conflito e receber recursos e armas do império. Mas, isso nem precisou acontecer, já que o golpe civil-militar se fez sem a reação por parte da maioria da população e do próprio governo federal. Graças à omissão da maioria tivemos que amargar muitas décadas de ditadura (se considerarmos que ainda vivemos uma outra forma de ditadura).

Mas, não quero perder o foco. Embora me venha à mente a frase deDarcy Ribeiro, mais ou menos assim: fomos derrotados pelas nossas qualidades, e não pelos nosso defeitos.

Mas, retomemos ao foco anterior: nosso piso. Quero levar também, paraa fogueira que não é de São João, uma cópia da Lei do Piso, votada no Congresso Nacional, sancionada pelo presidente da República em 2008 e reconhecida como texto constitucional pelo STF em abril de 2011, mascuspida e tripudiada publicamente por praticamente todos os governos, federal, estaduais e municipais. Tivéssemos, nós, educadores de todo o Brasil, vergonha na cara, e cruzaríamos os braços nacionalmente e só voltaríamos ao trabalho somente quando cada item da lei fosse cumprido. Eles cumprem as leis que favorecem os de cima: pagam juros escorchantes para banqueiros, dizem respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal para confiscar os nossos salários, enquanto pagam rios de dinheiro aos empreiteiros que financiam as suas campanhas, além da mesada farta da mídia e dos salários de marajás para a alta cúpula dos poderes prosti... digo, constituídos.

Mas, de que ainda a lei do piso, se os governos estão aplicando o calote nos educadores, que recebem salário de fome, trabalham em situações constrangedoras e ainda são (somos) humilhados por aqueles que deveriam zelar pela oferta de condições adequadas de trabalho, ai incluídos uma carreira decente, salários dignos e condições adequadas de trabalho?

E o pior de tudo é que são pessoas passageiras nas funções que ocupam. Claro, dirão, todos nós somos passageiros. Mas, vocês entenderam bem o que eu quis dizer com o "são passageiros". Não são de carreira, são ocupantes eventuais de um (ou talvez dois ou três) mandato (s) de quatro anos, com poder para destruir a carreira de educadores, que precisaria ser mantida e melhorada para muitas décadas.

Mas, todos eles: governo federal, governos estaduais, governos municipais, legislativos, judiciário, ministério público, a mídia vendida, e entidades sindicais tipo CNTE, CUT, Força Sindical, APPMG, estão todos reunidos contra nós.

Não se iludam, pessoal! Muitas vezes vejo as pessoas carregando bandeira de entidades que sentam-se à mesa com os nossos algozes para discutirem a melhor forma de nos ferrar e de repartir migalhas subtraídas do nosso bolso.

Apesar disso, não acho que estejamos isolados. Tenho uma visão diferente acerca dessa aparente fortaleza que essas instituições e entidades e personalidades representam. Numericamente falando, são poucos, embora controlem poderes de coerção, como a mídia, a força de repressão, e até a manipulação que ocorre entre nós, no nosso meio mesmo.

Só uma coisa pode vencer todo esse poder concentrado em poucas mãos: a nossa unidade na luta. Ao contrário deles, somos milhares; só em Minas, somos 300 mil educadores e no Brasil somos 3 milhões; estamos em contato com pelo menos dois milhões de alunos só na rede estadual mineira, e com 50 milhões em todo o Brasil. Estamos em contato também com as famílias desses alunos. Somos uma força social que não sabemos utilizar a força que temos em nosso favor. E por isso nos tornamos vítimas de chantagens, de ameaças, das mentiras deslavadas dos desgovernos, dos cinismos de alguns quantos, da hipocrisia que paira no cenário da política brasileira e mineira.

Que tipo de sociedade este pessoal pensa em construir? Nenhum. Essa gente não tem compromisso com nada, a não ser com seus próprios interesses mesquinhos, de disputa de fatias de poder em favor pessoal e dos grupos de rapina que os cercam. Mas, pelo menos eles participam desse jogo disputando algo que realmente pode trazer aquilo que a ambição material e política pode proporcionar: o status de poder, um salário polpudo, uma assessoriazinha qualquer em comissão, mordomias mil, holofotes, regados a muito vinho e pó.

Mas, e nós, os de baixo, os educadores, os sans-culottes, que nada temos a perder, a não ser o nosso mísero salário do mês? Tão grande a miserabilidade reinante que, inicialmente material atinge também o espiritual. Foi Marx quem disse que antes de fazer poesia era preciso comer, ter um teto. No nosso caso, estamos numa sub-condição humana, em busca do piso.

Não se trata apenas de se manter em sala de aula para pagar as dívidas do mês, como dizem aqueles que permanecem fora da greve, fazendo o jogo dos de cima. Essas dívidas pessoais todos nós temos. Mas, eu afirmo aqui: prefiro ficar devendo a conta de luz, de água, de telefone, os bancos, a ter que deixar de lutar com meus colegas educadores por um presente e um futuro com um pouco mais de perspectiva. Do contrário não valeria a pena. O dia eu que eu desistir de lutar com os meus colegas educadores, é porque eu perdi todas as esperanças na carreira da Educação. Aí já estaria na hora de abandonar a carreira e procurar outra atividade, que mesmo que não desse um retorno material melhor, que pelo menos eu soubesse que os colegas são lutadores, são guerreiros, não se deixam intimidar ante ao primeiro (ou segundo) toque de ameaça.

Eles, os de cima, brincam com a nossa cara. Eles riem de nós nos luxuosos salões de festas, regados a muita bebida e pó. Eles zombam de nós nos carrões do ano, ou nos passeios de helicópteros. Somos a gentalha que eles pensam que podem fazer o que bem entendem. Tratar feito animais que são levados ao abate.

Mas, mas... Nós somos também esse mero detalhe que às vezes, não se sabe por que cargas d'água, incomoda; fazemos revoluções, derrubamos governos, paramos o trânsito, ocupamos palácios, enfrentamos a polícia, e varremos do mapa tipos que antes se julgavam invencíveis.

Por isso, senhores do poder aparentemente indestrutível: muito cuidado conosco. Não brinquem com a multidão. Não brinquem com fogo. Podemos ser a maioria adormecida em berço esplêndido que o nosso hino de certa forma retrata. Mas, essa maioria adormecida uma hora dessas pode acordar. E chacoalhar o corpo. E não deixar mais pedra sobre pedra. "De pé, ó vítimas da fome!". E muita gente que hoje vive no teto, nas alturas, deslumbrada, vai perder o piso, literalmente.

O nosso piso pode ser sonegado, camuflado, ou, diria até, caloteado. Mas, o piso de vocês, senhores do poder, pode desaparecer. Por isso, respeitem-nos! Antes que nós, os de baixo, comecemos a perder o respeito por vocês.

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Anônimo:

Observações reportagem MG TV 2ª edição


Olá Euler,

Estive assistindo ao vídeo do MG TV 2º edição, a reportagem sobre a nossa greve.

Assisti o vídeo várias vezes, e gostaria de relatar alguns detalhes.

O tempo de fala dado a secretária de educação, foi o dobro do tempo dado ao sindicato.

Em momento algum há um posicionamento da reportagem querendo esclarecer a lei do piso.

A mídia já vem com um discurso pronto, são matérias previamente acertadas na redação isso não é jornalismo.

A matéria não tem como objetivo esclarecer o telespectador, pelo contrário acaba criando uma imagem negativa dos professores.

A Sra Secretaria de Educação, não precisa nem dar entrevista pois a fala dela é a mesma desde o início do movimento. O discurso é sempre o mesmo.

Diante de tudo isso se ficarmos esperando a mídia retratar a realidade da educação, já estaremos aposentados.
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Comentário do Blog: pois é, combativa colega, um outro exemplo de mau jornalismo pode ser visto aqui, na reportagem feita pelo jornal Hoje em Dia. No texto só aparecem críticas à greve. Nenhum profissional que está em greve foi ouvido. Entrevistaram uma mãe que sofre por deixar a filha sozinha em casa, e que culpa a greve dos educadores por isso. Deveria culparo causador da greve: o governo, que não paga o piso; mostra também uma professora fura-greve que "descobriu" que quem tem que lutar por nossos direitos não somos nós, mas os alunos. Espero que nenhum conhecido, ou parente, ou amigo meu tenha algum filho ou neto matriculado naquela escola e especificamente nas turmas que esta professora leciona. Eu pediria para que ele mudasse de escola ou de professora, pois com essa visão de mundo que aprendizado poderá ter o aluno em matéria de cidadania? Quanto ao jornal, está devendo, como os demais, uma reportagem jornalística que mereça este nome.

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Anônimo:

Bom dia Euler.
Euler, quero sugerir aos professores, neste momento angustiante em que estamos vivendo, que no primeiro dia de aula, quando voltarmos, com nosso piso garantido, que trabalhemos simultaneamente, em todo o estado de Minas Gerais, um vídeo chamado:Muito além do cidadão Kane, que pode ser baixado do youtube emhttp://www.youtube.com/watch?v=6uLkX662iEM . Acho este vídeo tão importante que reuni meus filhos num fim de semana e os fiz assisti-lo do começo ao fim. Euler, já pensou, se cada professor do Brasil resolvesse, num mesmo dia, passar este vídeo em sua sala de aula e abrir comentários?
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Comentário do Blog: Boa sugestão, colega. Lembro-me de ter feito este trabalho em sala há uns três ou quatro anos, com alunos do ensino médio. Todos eles ficavam espantados com o que viam, pois a imagem criada pelo faraó através da mídia era totalmente diferente. Além desse vídeo, é importante também trabalhar outros, inclusive das nossas greves, como aula de cidadania. Mas, como você destacou corretamente: isso, só depois de ganharmos o piso!

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Marcos:

Caro Euler, gostei muito do texto e gostaria de publicá-lo no meu blog. Aproveitando, divulguei com autorização, um contracheque de um Professor do estado de MG mostrando que o Governo Aécio/Anastasia estão foras da lei.
Nossa classe precisa ter brio e realmente mostrar que são educadores e formadores de cidadãos. Porque não há como formar cidadão se não luta pelos próprios direitos.
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Anônimo:

Euler, respeito é construído muitas vezes pelo exemplo. Quando vejo a sec. educação falando tantas besteiras, usando do cargo para nos ameaçar... não vejo respeito por parte dela, então não tenho porque respeitá-la. assim também não sinto nenhum respeito por parte do herdeiro do faraó, que foge dos educadores, não cumpre a lei... a senhora Ma Lúcia pode ficar calada porque nosso assunto é com o "governador". Ela já declarou que não pode negociar conosco, logo, não temos assunto para com ela. Deveríamos procurar a justiça por assédio moral, esta senhora, que usa dos microfones para nos ameaçar, durante um período de greve legal, tem que ser processada. Mentira, ameça, calúnia... Em Minas isto também não é crime?"

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Alfredo Fortunato:

Euler,
Parabéns pelo texto.Temos que continuar nossa luta contra o desgoverno de Minas que fica afirmando não negociar com educadores de greve...
Temos que continuar lutando contra estes ladrões de colarinho branco e gravatas que só sabem sonegar os direitos "dos de baixo". Não podemos recuar agora... que corte a luz, a água, o telefone, que aumente as dívidas, mas a nossa luta precisa continuar e continuar até a vitória. "VICTORIA QUAE SERA TAMEN"
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Isabel Assumpção - Manhuaçu:

Caro Euler,
É quase impossível não perder o foco com tanta canalhice, mas como somos inteligentes o bastante para entendermos as manobras deste desgoverno, continuaremos unidos e fortes nesta luta. Seria cômico se não fosse trágico a situação que tenho passado... pasmem companheiros, mas encontro com pobres colegas alienados, que ainda estão em sala de aula e eles me perguntam se não voltarei e se não temo o corte que o governo tem anunciado para o próximo mês... é mole? Fiquem todos sabendo que estes guerreiros que agora se apresentam, estão dispostos a tudo que for preciso para que a lei se cumpra: SALA DE AULA, SÓ COM O PISO!
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Sebastião de Oliveira:

Amigos Professoresm Guerreiros,

Ao meu ver, os professores estão em greve, não é para negociar com o governo, como sempre diz a secretária Gazola, que não negocia com professores em greve, mas sim, que o governo cumpra a Lei e paga o Piso já. Não tem negociação.
Sebastião de Oliveira
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Frederico Drummond - professor de filosofia:

Mais que um desabafo suas palavras são o brado de guerra, compartilhado pela maioria dos explorados.Clima tão bem demonstrado no poema de Eduardo Alves da Costa:

No caminho com Maiakóvski

"[...]

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

[...]"

Frederico Drummond - professor de filosofia
"

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Educadora Mineira:

O governo pode até se mostrar despreocupado com a manifestação dos professores, mas é uma despreocupação aparente, pois ele tem responsabilidade bastante, em outubro tem ENEM e agosto está chegando, os dias estão passando, certamente ele, também, quer que tudo acabe bem. Então, vamos aguardar a coerência do governo com seu discurso quando pretendia chegar ao Palácio da LIBERDADE, pois as famílias desses estudantes que estão sem aula, votaram nele, acreditaram em seus discursos por uma educação de qualidade neste Estado e agora, que descaso é este?

De uma forma ou de outra estão noticiando a GREVE dos Educadores, vejam um trecho da matéria exibida no portal da redehttp://megaminas.globo.com/2011/07/08/profissionais-da-educacao-de-mg-estao-em-greve-desde-o-dia-08-de-junho

"Profissionais da educação de MG estão em greve desde o dia 08 de junhoPublicado em 08/07/2011 às 11:21

Em Uberaba, são mais de 29 mil estudantes e boa parte deles está há mais de um mês sem aulas

Profissionais da educação do estado estão em greve desde o dia 08 de junho. Eles reivindicam um reajuste no o piso salarial, que atualmente estaria abaixo do que determina uma lei federal.
[...]
Educadora Mineira
"

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Beatriz:

Euler, estou postando um vídeo da manifestação em Muriaé.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3sk7g9lWPMs"

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Educadora Mineira:

O governo não cumpre a Lei, não paga o PISO SALARIAL DO MAGISTÉRIO, mas os EDUCADORES não se ESMORECEM, são politizados, sabem de seus direitos.
Vejam o que foi publicado sobre a Manisfestação dos educadores em Muriaé.

Protesto dos professores
Aline Vaz 15 hours ago | Fonte: Conecta Muriaé

http://www.muriae.info/

Professores reivindicaram a adequação do salário ao Piso Nacional durante visita do governador.

Durante a inauguração da biblioteca municipal, os professores da Rede Pública Estadual e Ensino de Muriaé aproveitaram a proximidade do governador para realizar uma manifestação.

Os professores se aglomeraram próximo ao local de inauguração da biblioteca, e fizeram protestos, usando megafone, apitos e faixas para chamar a atenção de Antônio Anastasia. A Polícia Militar utilizou um cordão de contenção em volta do protesto, mantendo-o afastado da solenidade.

De acordo com Sandro Carrizo, coordenador da greve e do protesto, a reivindicação dos professores é de que o salário recebido por eles (R$369 para nível médio), se adeque ao piso nacional (R$ 1.587 para nível médio). Sandro afirma que os professores se sentiriam mais motivados e preparariam melhor suas aulas, caso o piso fosse adequado, já que não precisariam trabalhar em várias escolas para conseguir manter seu custo de vida.

Os professores estão em greve desde 8 de junho, e vão ficar paralisados por tempo indeterminado. Segundo Sandro os profissionais da educação tem a obrigação de repor os dias letivos perdidos ao final da greve, já que os alunos tem o direito à 200 dias letivos por ano.

Educadora Mineira
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sexta-feira, 8 de julho de 2011

EULLER:"Governo de Minas confessa: não cumpre a lei, não paga o piso!"

quinta-feira, 7 de julho de 2011




Paródia que circula pela Internet, criada por artistas, incluindo educadores, em apoio à greve em Santa Catarina. Como a realidade de descaso com a Educação pública e com os educadores é a mesma em todo o país, a música serve também para a realidade de Minas.



"Ocorrências: conforme opção previ
sta no art. 5º da Lei 15.975 manifestada por v.sa., a partir de julho/2011, deixará de perceber no regime do subsídio, retornando o seu total de vantagens mensal para R$ 935,00".


Governo de Minas confessa: não cumpre a lei, não paga o piso!


Para alguns, a ocorrência acima pode servir de motivo de desespero, de intimidação, de ameaça. Para mim, é uma confissão de duas ilegalidades: a redução salarial, contrariando a Carta Maior do país; e o não pagamento do piso, que é lei federal. Pelo valor citado, de R$ 935,00 como antigo "teto remuneratório" pago em dezembro de 2010, consta o vencimento básico de R$ 567,04.

Logo, o governo confessa que não paga o piso, nem o do MEC e muito menos o da CNTE. Pelo primeiro, no valor proporcional à jornada de 24 horas, combinado com o nível e grau do antigo regime remuneratório (no meu caso, PEB 3 B), o vencimento básico deveria ser de R$ 1.091,80 (pelo piso proporcional do MEC) e não R$ 567,04 como consta no contracheque de dezembro de 2010. E este valor, livre de qualquer outra gratificação ou vantagem, como pó de giz, auxílio transporte (ou biênios e quinquênios, gratificação por pós-graduação, etc, para quem os têm).

Já pelo piso integral sugerido pela CNTE, o vencimento básico deveria ser, para um professor PEB 3 B, de R$ 2.448,28 - sobre o qual incidiriam as citadas gratificações.

Portanto, o governo de Minas, através do subsídio, sonega aos que optaram pelo antigo regime remuneratório o direito constitucional de receber o piso do magistério. Contraria, portanto, a um só tempo: a Lei do Piso, a decisão irrecorrível do STF, a Lei do Subsídio, a Constituição Federal - que proíbe a redução salarial e assegura o direito de greve, etc.

A nossa greve, portanto, além de legal, é também legítima, pois defende interesses e direitos que estão sendo sonegados pelo governo. O mesmo direito legítimo que tem qualquer povo de levantar-se contra os opressores.

Que saibamos manter e fortalecer a nossa greve, ao mesmo tempo em que pressionemos o governo, a Justiça, a mídia, o Legislativo, o STF, o MEC, a CNTE, o Papa, enfim, a todos! Todos são cúmplices dessa realidade de descaso para com a Educação pública e os educadores.

Aceitar essa realidade, é ser parte dessa cumplicidade de quadrilha. Recusá-la, é não abrir mão de lutar bravamente contra essa forma de exploração e confisco de que estamos sendo vítimas.

Sem o piso, a greve continua! E com a força da nossa mobilização, o chão de Minas vai tremer! Se eles não nos pagam o piso, vão perder o próprio chão.
É o mínimo que podemos esperar. Ou fazer acontecer.

***

"Anônimo:

Euler, com a volta do salário de dezembro de 2010, nem os 10% de pós-graduação estão incluídos, que o governo cortou em agosto 2010, justificando que já estávamos na lei do subsídio, mas acontece que não estou no subsídio mais. Por favor, Euler, explique-me isto. Grato a você por sua atenção."


"S.O.S. Educação Pública:

Caro Euler

Que belo exemplo o Estado dá para seus cidadãos! Lei só existe para "os de baixo"? Voltamos, se é que saimos, ao Ancien Régime?

O professor no brasileiro virou um "sans salaire" , tá na hora da gente partir para derrubar a bastilha e depor o "rei".

Allons enfants de la Patrie,
Le jour de gloire est arrivé
Contre nous de la tyrannie
L'étendard sanglant est levé.
L'étendard sanglant est levé:
Entendez-vous dans les campagnes
Mugir ces féroces soldats!
Ils viennent jusque dans vos bras
Égorger vos fils et vos compagnes.
Aux armes citoyens,
Formez vos bataillons.
Marchons! Marchons!

Força, coragem, união e mobilização até a vitória!

Grande abraço

Graça Aguiar"


"Beatriz:

É isso mesmo, o governo é ilegal. Está agindo contra vários princípios constitucionais, mas o que podemos fazer? A greve está aí e, apesar de não atingir a todas as escolas, tem incomodado com certeza, mas acho que deveria haver mais firmeza nas ações do sindicato. Se são direitos legítimos, que qualquer leigo reconhece, por que temos que lutar contra tantos entraves? Governo, Assembleia, Ministério Público, Direitos Humanos, Tribunal de Justiça e outros mais, por que não respondem a nosso clamor? O que está acontecendo? A justiça está cega, muda, tetraplégica e, nós, educadores, estamos sem rumo. Cada vez que vejo as declarações da SEE, me dá uma revolta tremenda, mas e daí? Parece que essas pessoas estão imunes de qualquer responsabilidade. Somente nós, educadores, é que temos que cumprir nossas inúmeras atribuições? Não sei até quando vamos aguentar tanta pressão e pouco resultado."


"Isabel Assumpção - Manhuaçu:

Bom dia Euler,
Estive na assembleia e senti que todos os presentes estão mesmo dispostos a levar essa greve até o pagamento do piso. Concordo com suas afirmações quanto ao descumprimento total das leis por parte do desgoverno. Será que além do desgoverno a injustiça nada fará? rsrsrsrsrs. Bem companheirada temos que prosseguir fortes, unidos e de cabeça bem erguida, pois não descumprimos as leis, apenas exigimos o cumprimento delas. Grande abraço e até a vitória!!!"


"Anônimo:

Justiça proíbe governo do Rio de cortar o ponto de professores em greve

Plantão | Publicada em 07/07/2011 às 19h10mO Globo (granderio@oglobo.com.br)

RIO - O Tribunal de Justiça do Rio concedeu liminar em favor do Sindicato Estadual dos Profissonais de Educação (Sepe), impedindo o corte no ponto dos profissionais da rede estadual de ensino, em greve desde o dia 7 de junho. A decisão também impede que o governo do estado desconte os dias parados e determina que seja feita a devolução, em folha suplementar, dos valores que já tenham sido indevidamente descontados. De acordo com o Sepe, a medida é uma vitória da mobilização da categoria que, por duas vezes foi até o Fórum acompanhar audiências da direção do Sepe com o juiz encarregado de julgar o pedido de liminar do sindicato para impedir o corte no ponto dos grevistas.
Segue abaixo um trecho do parecer do juiz:
"Assim sendo pelas motivações acima expositadas, e, ainda, tendo como presentes os requisitos essenciais à sua concessão, defiro a tutela antecipada reivindicada exordialmente pela parte autora (Sepe), para determinar a parte ré (Governo do Estado) de se obstar a efetivar o desconto dos vencimentos dos servidores, a título de "falta", pelos dias em que estiveram paralisados, em virtude da greve (...) Os valores, por ventura, indevidamente descontados, devem ser pagos mediante folha de pagamento suplementar, ficando, ainda, vedada qualquer anotação em folha funcional, em virtude de tal paralisação. Intime-se a parte Ré para ciência e cumprimento desta decisão e cite-se o mesmo, com as observações legais. (...)"
Nesta sexta-feira os professores realizam um nova assembleia geral, no Clube Municipal, na Tijuca, às 14h, para discutir os rumos do movimento. As principais reivindicações da categoria são o reajuste emergencial de 26%, a incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e o descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/07/07/justica-proibe-governo-do-rio-de-cortar-ponto-de-professores-em-greve-924861014.asp#ixzz1RTF5kSKn

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Euler, bom dia, não podia deixar de mandar essa notícia, será que a justiça mineira será a única a não se pronunciar? Ou dar parecer contrário à nossa greve? Espero que não!"


"Anônimo:

Bom dia Euler!

Muito bom seu post! COM TAL NOTA NO RODAPÉ DOS CONTRACHEQUES o governo de MINAS se declara RÉU CONFESSO!

Enquanto isso, sua Secretária, Gazola, continua a produzir factóides para a mídia servil, dessa vez, "recepciona" "um tal de SIMPRO-MG,dá para acreditar? é só conferir:

A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, recebeu nesta tarde representantes do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro MG). Durante a reunião foram discutidos pontos referentes ao Plano Nacional de Educação (PNE), que está em discussão no Congresso Nacional, e ao Plano Decenal da Educação de Minas Gerais (PDE), que foi aprovado em 2010. Ambos são documentos que estabelecem as metas para a educação no período 2011-2020, em âmbito nacional e estadual respectivamente, e que têm como objetivo direcionar os esforços e recursos da educação para que seja construído um ensino melhor, com mais qualidade e informação.

https://www.educacao.mg.gov.br/imprensa/noticias/2110-secretaria-de-estado-de-educacao-se-reune-com-representantes-do-sinpro-mg"


"Anônimo:

O Pelego

Lá vai o pelego,
usando viseira,
morrendo no emprego,
arrastando a coleira.
Vai rindo da gente,
mas de cabeça pra baixo,
o ser subserviente,
da história, o capacho.
De índole servil,
ensina a lição,
que ao peito varonil,
cabe a resignação.
De sujeito a objeto,
empurra, assim, a vida,
no conflito, fica quieto,
não vê mais saída.
Como educa o pelego,
no interior da escola,
com o discurso do medo
e pedindo esmola?

Na sombra,acovardado,
terá,mesmo, sossego,
escondido e coitado,
o velho e pobre pelego?"
.


Cidade Administrativa receberá a nossa visita:

Caros colegas de luta, no próximo dia 12, educadores e o pessoal da Saúde farão uma visita à Cidade Administrativa. Esperamos que haja uma grande mobilização neste dia. Esperamos também que o governador do estado e as secretárias da Educação e da Seplag estejam no seu posto de trabalho, lá na Cidade Administrativa, porque lá estaremos em horário comercial para um contato caloroso. Esperamos que os colegas educadores e da Saúde da Grande BH e de todo o Interior de Minas compareçam em peso.

Só não será permitido balançar muito o chão daquele espaço porque, como é do conhecimento público, o piso da Cidade Administrativa está pior do que o nosso piso: trinca à toa! Ali é um local público e manda a Carta Maior do país - se bem que eu estou desconfiado que Minas não pertence mais ao Brasil. Deve ser por isso que o senador-faraó não sai do Rio, com medo de perder o mandato por representar um estado que não pertence ao Brasil. Mas, como eu dizia, a Carta Maior do Brasil assegura a seus cidadãos o direito à manifestação pacífica em qualquer lugar do país. Não venham colocar tropa de choque pra cima dos educadores não, porque isso pode dar cassação de mandato por improbidade administrativa e desrespeito aos direitos humanos. Entre ouros motivos.


Desde já devemos nos resguardar, convocando os membros dos Direitos Humanos e da Comissão de Educação da ALMG e do Congresso Nacional. Não podemos descartar a possibilidade de alertar órgãos internacionais sobre a realidade de Minas, já que o estado não encontra-se regido pelas leis vigentes do Brasil. A ONU, a OIT, a OEA e até a UNESCO - já que estão destruindo um patrimônio cultural, incluindo a não oferta de ensino público de qualidade - devem ser acionados.

A mídia deve ser lembrada que precisa fazer cobertura de tal evento. Itatiaia, Globo, Record, a Band, a TV Alterosa, O Tempo, Hoje em Dia, o jornal da família Faraó (aquele que se considera o maior jornal de Minas), entre outros, precisam marcar presença e mandar seus repórteres para lá. Todos nós sabemos que vocês recebem generosas verbas do governo do afilhado. Calcula-se que apenas nos dois desgovernos do Faraó foram gastos com publicidade algo próximo de R$ 1 bilhão de reais. Quase uma Cidade Administrativa. Ao mesmo tempo em que cortaram no nosso bolso quase três Cidades Administrativas, se considerarmos os cortes de 2003 e os da Lei do subsídio, apenas.

Então, não há desculpa, senhores proprietários da grande imprensa mineira e nacional. Vocês "cobrem" qualquer crimezinho que acontece nas esquinas de Minas - e cada vez mais acontecem crimes no estado, já que não se investe em Educação e Saúde pública, é normal que haja este crescimento da violência urbana, por falta de perspectiva, de formação crítica e cidadã, etc. Ora, nada justifica a omissão de vocês e conversaremos sobre isso com os nossos alunos e pais de alunos. Afinal, sem esta audiência vocês não sobrevivem. Por isso, respeitem-nos!

Lá, na Cidade Administrativa, colocaremos uma faixa bem grande, escrita: "Anastasia e Aécio, paguem o piso dos educadores!". E uma outra, assim: "Anastasia e Aécio: onde está o dinheiro da Educação?". E uma outra: "Que vergonha, Anastasia e Aécio, vocês pagarem um piso de R$ 369,00 para os professores!". E por aí vai. Todo mundo que trabalha naquele local e todos os que passarem de carro e ônibus pela rodovia verão a realidade da Educação. Mesmo que a mídia não mostre, as imagens ficarão ali documentadas por quem passar naquelas longas horas de visita que faremos à majestosa obra.

Por isso, este apelo: compareçam no dia 12 de julho até a Cidade Administrativa. Levem os amigos, parentes, vizinhos, pais de alunos, alunos; podem ir a pé, de bicicleta, de moto, de carro, de van, de ônibus, da forma que quiserem. Façam as suas faixas e bandeiras e vamos em grupos, documentando tudo, filmando, fotografando, enviando para os orkuts, twiters, facebooks, blogs, redação dos jornais que dormem em berço esplêndido, etc.

Será um dia inesquecível para todos nós.

E no dia seguinte, dia 13, faremos talvez uma assembleia geral histórica no pátio da ALMG. Novamente vamos precisar da presença de todos os educadores. Aos que vieram de longe, desde o dia 12, que o sindicato providencie hospedagem digna para todos. Semana que vem será uma semana decisiva para o nosso movimento.

Enquanto isso, o governador continuará sendo recepcionado pelos colegas educadores de todo o estado. Não só o governador. Se souberem do paradeiro da sra. secretária da Educação e da sra. secretária da Seplag, ou de deputados que dizem representá-los nos atos de visita pelos municípios, façam as honras da casa. Como fizeram os colegas educadores em Rio Espera, em São João del Rei, em Leandro Ferreira, como nos relatou o bravo colega Anderson de Pará de Minas. Não vamos decepcionar este governo. Devemos recebê-los para um contato caloroso, vibrante até, com apitaço, vuvuzelas, buzinaços, bandeiras, faixas, cartazes. Minas não é deles, é nossa, é da maioria pobre que eles desprezam tanto.

E façam-me o favor: chega dessa choradeira: "ah, Euler, eles não vão pagar, eles vão cortar nosso salário, eles vão nos matar, etc., etc." A estes colegas eu recomendo que passem antes por alguma igreja (não importa qual) orem, rezem, implorem, chorem aos céus de joelho, mas que após, venham para a luta com toda a disposição e coragem, porque vamos precisar de todos para estes grandes combates que faremos contra este desgoverno que descumpre as leis e tripudia da nossa cara.

É isso, colegas!

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!


"João Paulo Ferreira de Assis:

Prezado amigo Professor Euler

Acabei de ver a página do blog da Beatriz Cerqueira. Ei-la, é muito importante:

Contracheque para o Ministério Público
O Sind-UTE foi notificado pela Promotoria Especializado de Defesa do Patrimônio Público a comparecer ao Ministério Público, no dia 12/07, para prestar esclarecimentos para fins de instrução do Inquérito Civil Público que apura a ausência de cumprimento da Lei Federal 11.738/08.
Uma importante prova do descumprimento da lei é o contracheque atual.
Peço que quem conseguiu visualizar o contracheque e que já esteja na remuneração composta do vencimento básico, o encaminhe por e-mail para apresentarmos à Promotoria como prova.
Precisa enviar até 18 h do dia 11/07.
E-mail do Sind-UTE MG:

sindute@sindutemg.org.br"
.

"Carmem - Montes Claros:

No dia 07 de julho teve assembléia em Montes Claros para discutir o movimento e avaliamos que continuaremos em greve até que o governo pague o piso.

Foi proposto também fazer a cremação do governador Anastasia e da secretária Gazolla, afinal eles tentam matar a nossa carreira.

Acessem o blog da subsede de Montes Claros:

http://sindutemoc.blogspot.com

Carmem."


Comentário do Blog: parabéns aos bravos guerreiros de Montes Claros! É o bom exemplo que vem do norte de Minas, e que se espalha para todo o estado. Um forte abraço a todos os colegas educadores de Montes Claros
!

"Ricardo:

EULER,

Outro documento que prova a omissão do governo Anastasia quanto ao não cumprimento da lei do piso é o requerimento de retorno ao regime remuneratório anterior. Nele está escrito: "Declaro estar ciente que:

Voltarei a receber a remuneração composta pelo VENCIMENTO BÁSICO DO CARGO ACRESCIDO DAS VANTAGENS a que fiz jus em 31 de dezembro de 2010 (...)"

O governo se enrosca com o próprio rabo. Com o retorno à remuneração anterior, mais do nunca, quero o cumprimento da lei.

ABS.

Ricardo."


"Eduardo BH:

Euler

Uma sugestão, poderíamos fazer um contra cheque bem grande em forma de banner, e colocar para que todos vejam. Temos que dar mais visibilidade as nossas ações.

Um banner de 1m por 1,20 não custa mais que 70,00 reais. O sindicato deveria fazer muitos desses e colocar na próxima assembleia."


"Anônimo:

Ola Euler e companheiros,
Estive pensando no comportamento do deputado Bosco,ele enviou email para diretores de escolas informando que o governo se reuniu e que haveria proposta e aquele bla,bla,bla todo,se lembram?Depois quando procurado em seu gabinete por membros do sindute, mandou um assessor atendê-los e dizer que não havia proposta alguma...
Ou ele é louco ou realmente (acredito nisto) houve sim esta reunião com várias propostas e, já está tudo pronto e documentado para ser apresentado à categoria; imagino que só será divulgado depois do recesso dos políticos.
Ah, nem sei mais o que pensar diante de tamanha falta de bom senso. Um abraço e Deus nos proteja."
.

Comentário do Blog: louco certamente ele não é, pois não o vi rasgando notas de R$ 50,00 ou R$ 100,00, que para eles, deputados, governador, secretária da Educação e Cia, é material que sobra nos bolsos, deles, e que falta nos nossos. Logo, o mais certo é que ele estivesse blefando mesmo, para ganhar tempo. E nós estamos com muito tempo, pois estamos em greve. Quem vai precisar de tempo é o governo, pois o segundo semestre está chegando e o ano letivo dos alunos, que é dever do estado garantir - claro que pagando bons salários para os profissionais que atuam nas escolas - vai desaparecendo. Estejamos firmes na luta e eles não poderão nos enrolar por muito tempo.

14 comentários

quinta-feira, 7 de julho de 2011

EULLER:" Minas - a dos educadores - decide: a greve continua! Até que nos pague o piso."

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Minas - a dos educadores - decide: a greve continua! Até que nos pague o piso.



Minas - a dos educadores - decide: a greve continua! Até que nos pague o piso.

Já passa da meia-noite quando preparo o meu chá, antes de rabiscar no teclado essas fugidias linhas. Noctívago desde criança, nada como o silêncio da noite para pensar e escrever - e ouvir música, e ver filmes, e outras coisas mais, ao sabor da imaginação de cada um dos nossos ilustres visitantes.

Ali no pátio da ALMG, onde a categoria se encontra mais uma vez para decidir os rumos do movimento, reencontro velhos amigos e conhecidos, e também muita gente nova para mim, que fico conhecendo graças a este espaço virtual, que se tornou praticamente um espaço apropriado pela categoria. Impressionante como as pessoas curtem este espaço, como uma trincheira de resistência, ante ao descaso vindo de toda parte. É bom ter um (ou muitos) canto (s) de resistência, quando somos atacados. Ou mesmo quando vamos atacar.

O resultado da assembleia não foi novidade para ninguém, obviamente, posto que o governo mineiro insiste em bater as mesmas teclas, de que não negocia com servidores em greve, e de que já paga o piso através do subsídio. Duas inverdades: ele negociou com as polícias quando estavam em greve - a polícia Civil estava em greve, até ontem, pelo menos, e quanto a PM, bastou ameaçar de entrar em greve e o governo rapidamente negociou. Logo, deveria o governo dizer que somente com os servidores da Educação e da Saúde, áreas que não são prioridade deste governo, é que se aplica a tal regra do "não negociamos enquanto estiverem em greve".

A outra inverdade é dizer que já paga o piso através do subsídio. Mas, sobre isso nem vou tornar a argumentar - não nesse post - pois, seguramente iria cansar os nossos guerreiros com repetição de idéias, do tipo: piso é vencimento básico, antípoda de subsídio, que é somatória total de salário.

O clima da assembleia estava carregado de energia positiva, de alegria, de confiança. Não notei, pelo menos no meu entorno, nenhum sentimento de desconforto em relação à posição assumida. As pessoas até entendem que a greve poderia estar mais forte, que muita gente ainda não aderiu, mas, assim mesmo, há um número suficiente de valentes lutadores para manter e ampliar a paralisação por tempo indeterminado. Nossa causa é justa, é legal, é legítima.

Tanto na assembleia quanto na passeata que aconteceu logo em seguida, faço questão de ir colhendo informações com os colegas das diversas regiões de Minas. E assim a gente acaba conhecendo um pouco as diferentes realidades. Mas, no fundamental, o que ouço é muito comum: muitas escolas pararam totalmente, outras parcialmente e algumas continuam com pouca ou nenhuma adesão. Contudo, noto que quem aderiu para valer está disposto a levar a greve até as últimas consequências.

O governo mineiro precisa ter essa sensibilidade (difícil cobrar sensibilidade deste governo, mas, vá lá!) para entender o que está em jogo. Primeiro, a luta em favor de um direito, após muitos anos de perdas. Segundo, a vontade muito firme de um núcleo duro da categoria, composto por centenas de educadores muito esclarecidos sobre os seus direitos.

O governo não pode tratar a categoria como vinha fazendo até há algum tempo. Hoje existe uma outra realidade. Após a greve de 2010 formou-se um núcleo duro, um grande grupo de aguerridos educadores dispostos a lutarem obstinadamente pelos direitos a que fazem (fazemos) jus. Não estou falando aqui da direção do sindicato, ou de meia dúzia de pessoas, não, mas de centenas de pessoas, sobretudo da base da categoria, mas não somente, que organiza e faz a greve no cotidiano. Dezenas de lideranças de todas as regiões de Minas constroem cotidianamente este movimento, por mais que o governo utilize todas as suas artimanhas para tentar nos dividir, solapar a nossa greve e desinformar através da sua mídia de aluguel.

O movimento vem construindo mecanismos próprios de comunicação, organização e mobilização. E o grande risco, para o governo, é forçar a radicalização do movimento com tentativas de criminalizar e ampliar os cortes e pressões sobre os trabalhadores em greve. Seguramente isso despertará mais ódio no seio da categoria. Poderá fazer com que a greve se fortaleça e crie uma situação tal que o ano letivo se inviabilize.

Num sentido oposto, que seria o retorno ao trabalho sem conquista, a situação também não ficaria boa para o lado do governo. Imagine-se o clima de terror ou frustração nas escolas se tivermos que voltar ao trabalho sem conquistar nosso piso, que é lei federal? Quem está em greve hoje são os setores talvez mais consequentes da rede pública em Minas Gerais - e no Brasil também, haja vista o grande número de greves de educadores nas redes estaduais e municipais.

Por isso, se o governo for inteligente, ele vai buscar a negociação, abandonar esse mau momento que marcou as relações entre o governo e os educadores, após a deflagração da nossa greve. O governo mineiro precisa reconhecer que errou na sua estratégia de negociação. Primeiro, tentou nos enrolar com o atendimento de coisas que são importantes, mas não tocam nas principais reivindicações dos educadores, como o piso, o terço de tempo extraclasse, a devolução das gratificações de 2003 para todos, etc.

O governo poderia muito bem ter construído um calendário de negociação objetivo, propondo, por exemplo, algo assim: este ano eu pago o piso, em 2012 eu implanto o terço de tempo e no máximo em janeiro de 2013 eu devolvo todas as gratificações confiscadas em 2003 para os novatos, incluídos aí os novos concursados. Pronto. Seria uma proposta a ser analisada com critério, podendo ser antecipado o calendário mediante à compravação da possibilidade de fazê-lo.

Mas, não. O governo, desconhecendo a força da lei federal que se consubstanciou após a decisão do STF de que piso é vencimento básico (como já constava da lei), insistiu em desconhecer essa nova realidade e manter a solução que melhor lhe atende - a lei do subsídio -, mas que traz profundas perdas para toda a categoria, e com maior força para os mais antigos.

Além disso, passou a ameaçar os trabalhadores de cortar os dias parados, de não negociar com os servidores em greve e a jogar trabalhadores contra trabalhadores, ao usar da chantagem da igualdade entre efetivos e efetivados como mecanismo de divisão na categoria. Ao invés de buscar uma solução racional e inteligente, o governo apostou na divisão e na desmoralização até da categoria (quando disse que não repusemos as aulas em 2010, o que constitui outra inverdade). A impressão que se tem é que o governo jogou e tem jogado abertamente na destruição da carreira dos educadores. Seria esta só uma impressão da minha parte? Ou seria uma realidade calculada, tendo em vista outros objetivos, como a privatização cada vez maior da Educação, a terceirização e a manutenção de um quadro de educadores cada vez menor e de menor qualidade, apenas com o intuito de manter a inclusão às avessas das famílias de baixa renda?

Claro que não assistiremos a tudo isso de forma passiva. Apesar de um número ainda razoável de educadores que ainda permanecem em sala de aula, preocupados com a conta de luz e do aluguel que mal dão conta de pagar - e que vão ter que arrumar mais um cargo ano que vem para pagar as mesmas contas que pagam hoje se não conquistarmos o piso -, apesar disso, há um grande número de pessoas que estão em greve. O governo precisa saber, reconhecer até, que não está lidando com pessoas idiotizadas. Temos hoje na categoria um núcleo pensante e também com grande capacidade de mobilização popular. Pensar que apenas dominando o aparelho estatal (Justiça, Legislativo, etc.) e a mídia é o suficiente para nos manter acuados, é subestimar a nossa capacidade de pensamento e de ação.

Pausa para mais um chá...

Retomando. Portanto, colegas de luta, temos sim capacidade de realizar grandes movimentos de pressão para alcançarmos nossos objetivos. Esperamos que o governo se sensibilize com essa realidade e retome as negociações, como diziam os colegas de Santa Catarina, "negociações efetivas", e não para nos enrolar. Queremos o piso, que é o que manda a lei federal, não o subsídio. E queremos que todos os trabalhadores em educação tenham direito a este piso, incluindo os designados e novos concursados.

Mas, enquanto o governo não nos chama para negociar, continuaremos as mobilizações. Uma delas, já prevista anteriormente, será uma grande concentração na Cidade Administrativa, no próximo dia 12, reunindo os trabalhadores da Educação e da Saúde. Será muito importante que todos participem. Já no dia 13 estaremos de volta ao pátio da ALMG para mais uma assembleia da categoria. Além disso, regionalmente os educadores continuarão tentando contato direto com o governador nas suas andanças pelo estado. E em cada subsede, a ordem é: fortalecer a nossa greve, através da visita dos comandos de greves em todas as escolas, e de realização de atos públicos com a participação de pais de alunos e estudantes.

Penso que estamos no caminho certo. Na passeata que fizemos até a porta do TJMG na Gonçalves Dias ia pensando nessas coisas, enquanto conversava com colegas de luta de várias partes de Minas. Nossa luta está boa. Pode melhorar, claro. Mas, temos um núcleo forte de educadores, com pique, com energia, com força e unidade para resistir pelo tempo que for necessário. E isso, esse elemento objetivo e subjetivo, o governo não pode desconhecer.

No decorrer da semana, espero trazer novas análises, enriquecidas pelas inúmeras contribuições que nos trazem os combativos leitores e visitantes aqui do blog.

A todos/todas, um forte abraço, força e unidade na luta, até a nossa vitória!




"Anônimo:

Ei, Euler. Olha o que saiu no blog do Lucas Figueiredo : "Aécio e a imprensa livre".

http://lfigueiredo.wordpress.com/2011/07/07/aecio-e-a-imprensa-livre/

Leia e pense na possibilidade de entrar em contato com ele do mesmo modo que vc fez com Nassif e Azenha. Quem sabe o blog do Lucas não é mais um espaço para divulgar nosso movimento e os desmandos do governo?

Bem, é só uma sugestão. Tem também as revistas Caros Amigos e Carta Capital, eu até já mandei e-mail para todos eles, porém quanto mais gente mandar, melhor. E vc, com certeza, tem mais possibilidade de ser ouvido, seu blog é conhecido e reconhecido, seus textos são esclarecedores. Enfim, acho que vale a pena tentar.
Abraço!"


Vitória também na Justiça do Rio de Janeiro: ontem eu coloquei todos os educadores mineiros que visitam o nosso blog para dormirem com uma importante vitória dos colegas educadores de Santa Catarina. Por lá, a Justiça mandou o desgoverno suspender o corte dos salários e rodar uma folha extra pagando os salários dos colegas em greve. Hoje foi o dia da vitória dos colegas educadores do Rio de Janeiro, que alcançaram o mesmo objetivo na Justiça de lá: o desgoverno Cabral não pode cortar o ponto dos colegas do Rio. Leiam aqui, no blog da nossa colega Graça Aguiar, sobre este tema (um dos comentários acima já havia mencionado a respeito, citando até o link de um mega portal). Parabéns aos colegas do Rio de Janeiro por esta importante vitória!

Agora, esperamos que a Justiça mineira, como mencionei ontem, não se apequene e também proíba o desgoverno daqui de cortar o ponto dos trabalhadores em educação. Não podemos de maneira alguma aceitar esta prática de corte de ponto quando temos diante de nós os seguintes elementos:


1) a greve é um direito constitucional. O corte do ponto representa a cassação deste direito, pois priva os trabalhadores dos meios essenciais de sobrevivência, como bem mencionou o desembargador de Santa Catarina;
2) na medida em que as aulas podem ser repostas, a greve não representa prejuízo para os estudantes, já que o ano letivo e os conteúdos podem ser aplicados normalmente após o final da greve;
3) a greve em Minas foi provocada por conta do descumprimento, por parte do governo, de uma lei federal em plena vigência e que assegura aos educadores um piso nacional. Portanto, a greve é legal, é legítima, é justa.

Sendo assim, a Justiça mineira precisa seguir este bom exemplo tomado pela Justiça de Santa Catarina e do Rio de Janeiro, em favor dos educadores, amparados que estão em sólidos e inquestionáveis direitos constitucionais.


"Anderson- Pará de Minas:

Caro Euler

A cidade de Leandro Ferreira , no centro-oeste de Minas Gerais, é conhecida como local de sepultamento de Padre Libério , padre que faleceu em 1981 e que são atribuídos vários milagres. Na região ele é considerado santo e há uma peregrinação até a cidade para visita ao seu túmulo , onde pessoas fazem seus pedidos e agradecem por graças alcançadas .

Pois bem, no dia 07/07 haveria na cidade a entrega de 30 casas construídas através do Projeto Minha Casa Minha Vida que contaria com a presença do Governador Anastasia .

Os trabalhadores em educação das cidades de Pará de Minas , Betim e Divinópolis marcaram presença em Leandro Ferreira a fim de recepcionar o governador que cancelou a visita à cidade por volta das 14 horas , mas foi representado pelo deputado aliado Inácio Franco , um representado da COHAB e autoridades locais .

Com apitaços , faixas e bandeiras mostramos à população local qual é a verdadeira realidade no serviço público em Minas Gerais ( greve em diversos setores ) e que o governo de estado não cumpre a Lei do Piso Salarial .

O deputado Inácio Franco foi cobrado pela sua postura adotada no ano de 2010 na votação da lei do subsídio e pela postura do governador que estava representando, de não cumprir uma lei federal . Ele se limitou a dizer que alcançaremos a vitória e se esquivou de outros questionamentos .

Avaliamos como positiva a atividade . O recado foi dado : se Anastasia ou deputado aliado inaugurar obra na região , estaremos lá para denunciar o governador fora da lei .

Anderson - Pará de Minas"
.

comentário do Blog: parabenizamos os valentes colegas educadores de Pará de Minas, Betim e Divinópolis pela mobilização realizada, que mostra a disposição da categoria de fazer o chão de Minas tremer, até que o governo pague o piso!

"Anônimo:

ERA uma vez... Um professor que deitado em sua cama em uma longa noite insone pensou: "Ah! Quer saber de uma coisa? o piso de mil quinhentos e tanto tá muito pouco ainda.
Trabalhar em um sistema falho, servir de babá, policial, padre/pastor, psicólogo e ainda tendo que ter o máximo de cuidados para não cometer o modismo do "bulling" (nem sei se essa é a grafia correta), o mínimo para um professor deveria ser de 5 mil (eu ainda sendo leve com o estado).
Um sistema onde o aluno entra na escola, atenta os colegas, ameaça os professores, não faz NADA a não ser responder e criticar e ainda é aprovado com êxito, mostra como está o sofrimento do professor.
Pra que estudar? Vou passar mesmo. Essa é uma das falas que ouço diariamente.
Se ele não tem pra que esforçar... Não tem boas notas por que lutou por elas...
...Então NUNCA será um cidadão digno (já que na cabeça dessa criança o mundo sempre estará lhe devendo favores).
O pior de tudo é que essa criança vai se formar, vai encontrar faculdades que com o dinheiro saído do bolso dos pais irá aprová-lo, e entrará no mercado de trabalho como médico (nosso e dos nossos filhos), advogados,policiais (para prender professores "grevistas e arruaceiros" - como nos chamarão), engenheiros e arquitetos (para construir nossas casas sem "piso" e com um "teto" bem pesado).
Muitos ainda acertarão as carreiras (já que nunca precisara fazer nada), entrarão para a política, se tornarão vereadores, deputados... GOVERNADORES e quem sabe até presidentes.
Quando isso ocorrer, ele pensará da seguinte maneira: "Pra que obrigar as crianças a agüentar aqueles professores ditadores como eu agüentei? EU VENCÍ... SEM AJUDA DE NENHUM! Vou fazer com que ganhem pouco, já que a única função deles é a de reclamarem e fazerem greve. Ganham o tanto que lhes bastam.
... E aí... Nós não teremos porque lutar.... Pois a luta já estará perdida.
Nesse caso, com todo esse movimento se formando, devemos pedir um salário digno SIM! E também uma mudança no sistema de ensino.
Por que senão alegarão da seguinte maneira: O salário está ótimo para a classe, já que não estão fazendo NADA (se referindo aquelas crianças que passam de ano sem nada saber, e nada quer), culpando injustamente aos professores.


Para mim o piso de 1500 está ainda baixo.

Voltei para a carreira antiga com muito orgulho! (tendo ainda um empréstimo que fiz para pagar em 3 anos descontando direto do meu contra cheque, meu salário vai cair para 780). Tenho somente um cargo da lei 100, ao qual não pedi para estar assim . Fiz uma pós graduação pensando em me concursar e ganhar um pouco mais, já que por essa lei 100 eu não teria direito a nada com ela (motivo do empréstimo).
Devo agradecer a DEUS pelo meu salário? Afinal ele é milagroso! Já que água, LUZ, gás, telefone, aluguel, comida, roupas da loja de 9,99, tudo isso deve "caber" e ainda sobrar para divertir (ultimamente, com o salário que a classe se encontra, o divertimento mais barato é beber pinga - pena eu não gostar - então não vou me divertir). :(

Sendo assim... Talvez seja a hora de rasgar o meu diploma e me tornar político... Mas infelizmente minha mãe e minhas professoras da época me auxiliaram a formar o meu caráter... E, dessa maneira, eu não conseguiria ser um bom político.
Divorciar-me e casar com uma mulher rica também me passou pela cabeça... Mas infelizmente amo demais minha esposa (na riqueza e na pobreza- ultimamente estou na pobreza).
Talvez então, me tornar traficante. Estranho que nesse país essa classe tenha crescido tanto. Ainda teria a vantagem de não ser preso. Infelizmente nunca mexi com drogas, portanto nem sei onde começar.
Já sei! GAROTO DE PROGRAMA! A vida fácil talvez me auxiliasse nessa empreitada! Pena eu já ter passado um pouco da idade, portanto não ganharia muito.
... ... ... É... ... ...
Estou sem solução... O que fazer?
Hoje estou em greve... Esperando (palavra que vem de ESPERANÇA - a qual minha saudosa avó sempre dizia para eu ter), que como nos contos de fadas que ouvi na minha infância, o lobo, o gigante, a bruxa e o prefeito corrupto (do flautista mágico) tenham o que merecem.

... E que eu possa, enfim, viver FELIZ PARA SEMPRE.

Nova Serrana, 08 de Julho de 2011"


"Anônimo:

A minha frase já está pronta: "SUBSIDIO uma afronta, PISO NACIONAL um calote".

Abraços e força na luta!"


"Anônimo:

Ola Euler e amados companheiros,
que lindo o texto do anônimo de Nova Serrana, fiquei emocionada e também acredito que o bem prevalecerá. Fiquemos firmes e tenhamos fé, Deus está conosco..."