sábado, 22 de maio de 2010

DIA 24/05 HAVERÁ NOVA TENTATIVA DE DIÁLOGO ENTRE SIND-UTE/MG E ESTADO

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DANIEL SILVEIRA

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Os professores da rede estadual em Minas voltam a se reunir com o governo na próxima segunda-feira (24) para mais uma rodada de negociações. Neste sábado (22), houve reunião do Comando de Greve dos professores realizada pelo Sind-Ute/MG , quando foram levantados os pontos a serem defendidos na conversas com o governo, retomadas no dia anterior.

De acordo com a coordenadora do Sind-Ute/MG, Beatriz Cerqueira, nessa sexta-feira (21) ela se reuniu com a secretária de Planejamento, Renata Vilhena, numa tentativa de restabelecer o diálogo entre o governo e a categoria. Elas se reúnem novamente na segunda-feira e na terça (25) os professores realizam uma nova assembleia para definir os rumos da greve, iniciada no dia 8 de abril.

Segundo Beatriz Cerqueira, somente após a reunião de segunda-feira o sindicato vai se pronunciar sobre a retomada das negoicações. Ela salientou que a categoria espera alguma proposta efetiva de reajuste salarial. "O movimento foi declarado com o interesse claro de que o governo modifique as nossas bases salariais. Até hoje não foi apresentada nenhuma proposta de reajuste salarial. O governo só ofereceu a concessão de benefícios", afirmou.

Atualizada às 19h30.

Comentários

22/05/2010 - 21h35

renata

BHTE

Esta mensagem continha conteúdo ofensivo e/ou palavras de baixo calão e foi removida.

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22/05/2010 - 21h29

Lucinda

Governador Valadares.

Vamos ver se desta vez chega a um acordo. Com a proposta do governo de trocar seis por meia dúzia não é aceitável.

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22/05/2010 - 21h09

jose pedro rodrigues

Itabira

Até que enfim surge uma luz no fim do tunel. E`preciso tomar a redeas da responsabilidade , do diálogo, do consenso. Do respeito para com a sociedade. O Governo já foi longe demais fazendo de desententido, embasado no discurso da irresponsabilidade fiscal. E não no discurso da incapacidade de solucionar problemas dentro de sua Casa que é nosso Estado de MInas Gerais.

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22/05/2010 - 21h06

Professor Marcus Lourenço

Belo Horizonte

Vejam só este governo. Dinheiro para pagar salário justo ao professor não tem, mas, para pagar hacker para crackear site do SIND-UTE tem. Os alunos estão do nosso lado e irão à rua conosco terça feira, e mais. UNIFORMIZADOS. Legal né?

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22/05/2010 - 20h58

ivone

Minas Gerais

Gente, o que é isso? Por que o site do Sindute está bloqueado? Tentei acessar e está idendificado como foco de ataques. Alguém pode me explicar ?

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22/05/2010 - 20h55

Elizabete

Caratinga

Peço aos Governantes do Estado de Minas Gerais que se coloquem na posição dos Professores por um instante e avaliem com sabedoria a situação.Existe uma angústia,uma insatisfação muito grande no ar.O que está claro é que estamos todos prejudicados e sofrendo.Mais sofrimento,sanções,imposições não vão resolver o problema.Conversem,apresentem uma proposta que possa elevar pelo menos um pouco a auto-estima dos Professores,falo como Professora.Precisamos encontrar uma razão a mais para voltar porque uma razão maior eu já tenho,meus alunos...sei que eles precisam de mim...mas eu preciso lutar por condições mais dignas de trabalho...por mim...pelas minhas filhas...pelos meus alunos...por toda a sociedade! É preciso a valorização da classe dos trabalhadores da àrea da Educação. Investir na Educação é uma questão de sobrevivência...Senão não sei o que vai ser desta nação.Não quero apontar culpados, o momento é para buscar a solução e que ela seja agradável para todos.Por favor envie esta mensagem ao Governador.Agradecida! Prof.Elizabete A. F. Codato.

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22/05/2010 - 20h45

Ana

Ipatinga

Se não acontecer uma proposta satisfatória, continuaremos de greve. Não podemos mais suportar este salário.

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22/05/2010 - 20h44

marcelo

cons lafaiete

Não concordo com essa greve pois, o outro lado é colocado em 2º plano, em especial os alunos, que se quizerem que esperem e percam o ano letivo e suas férias que é de direto.

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22/05/2010 - 20h39

Adauto

BH

Sem dinheiro nenhum profissional consegue trabalhar bem. Sem vale-transporte, sem vale-refeição, vale-alimentação também nâo. Há muitos professores morando de aluguel ou de favor em casa de parentes ou amigos.

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22/05/2010 - 20h21

eraldo

BH

O QUE NÓS, PROFESSORES, QUEREMOS É UM SALÁRIO DECENTE. SE FOR PARA ENROLAR, A GREVE CONTINUA COM MAIS FORÇA

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Responder esse comentário

22/05/2010 - 20h08

Paula

Belo Horizonte

Que bom que o Governo retomou o dialogo, espero que cheguemos a um acordo. Ainda bem que temos a internet para fazemos a nossa mídia, o nosso site do Sind-ute-MG e o de SP tbm foi craqueados. Daqui a pouco tiram o Tempo de circulação. Isso é muito triste!! Precisamos de alunos e Pais de alunos em nossa assembléia do dia 25/05.

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22/05/2010 - 20h04

Maria

BH

Mudaria o título: Governo retoma diálogo com os professores, mas de qualquer forma, surge outra luz e que haja bom senso no lugar de ameaças.

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TEM MUITO MAIS PROFESSORES EM GREVE DO QUE O ESTADO ANUNCIA

Professores ignoram bloqueio


Governo do Estado reafirma que greve se limita a 10,5% dos profissionais

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) reagiu ontem à decisão judicial que determinou o bloqueio de R$ 130 mil das contas da entidade e aumento da multa diária cobrada pela continuidade da greve. A paralisação na rede estadual chega hoje ao seu 44º dia.

A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, afirmou que o bloqueio do dinheiro não afeta a decisão dos professores de permanecerem de braços cruzados pelo menos até a próxima terça-feira quando acontece uma nova assembleia.

A retenção nas contas do sindicato aconteceu anteontem, quando o desembargador Alvim Soares, da 2ª Instância do Tribunal de Justiça, acatou pedido feito pela Advocacia Geral do Estado (AGE) para que a ação que considerou a greve ilegal, no último dia 4, fosse executada. O valor bloqueado é referente a 13 dias de greve - entre 7 e 19 deste mês.

Na decisão, o desembargador ainda determinou que a multa diária pelo descumprimento da decisão passe dos R$ 10 mil diários para R$ 30 mil. Com isso, o limite de bloqueio de recursos da entidade passou de R$ 500 mil para R$ 900 mil.

Beatriz Cerqueira afirmou que a estratégia do governo para forçar o fim da greve teve efeito contrário. "O Sind-UTE/MG vai honrar seus compromissos. A categoria sabe que somos uma entidade séria. É por isso que a cada dia mais professores estão aderindo à greve, sem medo de ameaças", disse.

O Instituto de Educação Minas Gerais, a maior e mais tradicional escola da rede na capital, é um exemplo da reação dos professores, segundo o sindicato.

A Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A, à qual o Instituto de Educação pertence confirmou que 200 dos 265 professores da instituição cruzaram os braços, ontem. Cinco mil alunos estudam no instituto.

De acordo com a diretora da superintendência, Elci Santos, outras escolas aderiram à greve nessa semana, mesmo depois de o governo anunciar o corte do pagamento dos grevistas. "Acredito que o trabalho do governo de informar suas propostas diretamente aos professores, sem intermédio do sindicato, pode funcionar bem", comentou a diretora.

Enquanto o sindicato divulga que metade dos 250 mil profissionais da educação em Minas está de braços cruzados, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) informa que a adesão não passa de 10,5%. Sobre o possível aumento na adesão ao movimento, a SEE, por meio da assessoria, preferiu não se pronunciar.

Flash
Duração. Hoje o protesto completa 44 dias. A última greve mais longa, segundo o Sind-UTE, foi em 2002, quando os professores ficaram de braços cruzados por 50 dias. Em 1991, quando houve a maior greve da rede estadual, a paralisação chegou a durar 86 dias.

Fonte, O Tempo Online

JUSTIÇA AUTORIZA O ESTADO A CONTRATAR PROFESSORES PARA RETOMAR AS AULAS



BELO HORIZONTE (21/05/10) - O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu nesta sexta-feira (21) que o Governo de Minas pode contratar professores substitutos aos que se encontram em greve liderada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE).

Segundo a decisão, o Governo do Estado está autorizado a adotar “as providências que refutar cabíveis para restaurar a prestação do serviço público mediante a edição de novo ato administrativo no qual, segundo seu critério de discricionariedade, discrimine as condições para que as contratações temporárias possam ser efetivadas”. Ainda de acordo com a decisão, o objetivo é “propiciar o retorno dos alunos da rede pública às aulas”.

Fonte: Agência de Minas

Negociação que é bom, NADA! SÓ PROMESSAS!

SINDICATO DENUNCIA "JUDICIALIZAÇÃO" DO CONFLITO ( BLOG DO BENNY)

Sexta-feira, 21 de maio de 2010 10:39 pm

SINDICATO DENUNCIA “JUDICIALIZAÇÃO” DO CONFLITO

Em entrevista exclusiva a este blog, a presidente do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira, repercutiu a decisão da Justiça, divulgada no fim da tarde desta sexta, que autoriza o governo a contratar professores substitutos para os grevistas.

Publicado o edital com as vagas disponíveis, o Estado, em caráter de urgência, pode conseguir repor professores em sala de aula em três dias.

Beatriz afirmou que “o governo, em vez de tentar trabalhar numa mesa de negociação o conflito, foi pra Justiça tentar impor o fim do movimento”.

Questionada sobre o fato de o sindicato também ter ido à Justiça contra o Estado no fim de abril, Beatriz Cerqueira classificou de uma situação diferente. “O Estado não respeitou o direito de greve quando ainda não havia a decretação da ilegalidade. Só recorremos à Justiça quando o governo tentou demitir professores e colocar substitutos.

A respeito da decisão judicial de hoje, a presidente do Sind-Ute informou que “na assembleia da próxima terça isso vai ser avaliado”. Depois, ao longo da conversa, admitiu que “vamos recorrer da decisão. Todos os recursos jurídicos serão usados”.

As medidas judiciais de ontem e hoje vão enfraquecer o movimento?, perguntou este blogueiro. Beatriz acha que não. “No caso de ontem, a conseqüência é administrativa, sobre as finanças do sindicato. A categoria não foi atingida. No caso de hoje, sem querer antecipar a decisão da assembleia da próxima semana, os professores já enfrentaram outras situações tão graves e não houve abalo no movimento”.

A presidente do Sind-Ute cobrou uma atitude do governo frente aos salários dos professores. “O Estado tem que encarar a questão salarial, há vencimentos menores que o salário mínimo, a nossa greve é por salário, não é por outra coisa. Todas as profissões têm sua importância na sociedade, engenheiro, jornalista, médico, e o professor também”.

Beatriz entende que o governo tem desviado o foco da discussão. “Olhe o discurso do governo nos últimos 30 dias, a fala do governo é sobre lei eleitoral, lei de responsabilidade fiscal, há uma série de justificativas, mas nenhuma delas plausível para explicar o salário atual dos professores. Comparado, por exemplo, com Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Amapá, todos pagam melhor que Minas”.

Ela exibiu números para explicar por que a profissão está desvalorizada. “Uma professora de primeira a quarta série tem 20, 25 crianças sob responsabilidade dela, se não é uma pessoa preparada, como fica a Educação dessas crianças? E o salário dessa professora, de nível médio, tendo magistério como formação é de 369 reais, vencimento básico inicial, como é que ela pode ser uma pessoa capacitada?”

Depois, mostrou que nem à medida que o profissional se qualifica a situação melhora. “Sabe quanto vai ganhar um professor depois do mestrado? 832 reais. Onde já se viu uma política salarial assim?”

Em entrevista exclusiva à TV Alterosa, concedida à repórter Isabela ReiDy, a secretária de Educação, Vanessa Guimarães, explicou por que o governo não cumpriu o que foi divulgado no site da secretaria, a partir de primeiro de janeiro de 2010, quando o valor do piso salarial profissional ficaria desprovido de vantagens pecuniárias e se tornaria vencimento básico inicial de carreira do magistério da educação básica e, a partir daí, incidiriam as vantagens e gratificações previstas nas normais estaduais para cálculo da remuneração mensal do servidor.





PARTICIPE DESTE BLOG, MANDE AGORA SUA OPINIÃO!

Autor: cidadão - 22/05/2010 às 22:19
Comentário: Parabéns para minas! Virou quintal deste governo, que faz com vocês o que bem quer. E vcs que fiquem bem caladinhos.



Autor: CRISTINA COSTA - 22/05/2010 às 22:14
Comentário: MEU DEUS, AGORA QUE CONSEGUI OUVIR O QUE DISSE A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO VANESSA GUIMARÃES. Gente, eu ouvi mesmo tudo isto da boca dela???? Como pode meu Deus, ter coragem de ir a uma rede de TV e falar com a cara mais lavada do mundo isto!!!!!Será que se ela continuasse como professora, gostaria de ouvir A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO falando assim... quem já trabalhou com ela já me disseram que A "VANESSA PROFESSORA" era bem diferente da "Vanessa SECRETÁRIA" se apresenta hoje! POR QUE SERÁ???? TALVÉS NOSSO COLEGA WENDER POSSA RESPONDER?



Autor: Benny - 22/05/2010 às 21:57
Comentário: Prezada Cristina Costa, pode ter havido algum problema, com esse tanto de coments. Vc se importa de mandar de novo? Fico no aguardo. Desculpe-me e obrigado pelo prestígio. Abs, Benny



Autor: Cristina Costa - 22/05/2010 às 21:45
Comentário: Benny, porque não publicou meu comentário????? Já enviei a quase 2 horas, sempre participo do seu BOLg!! Não ofendi ninguém, pelo contrário estava parabenizando vc e seu blog,que é um dos poucos que como jornalista dá espaço para todos nós profissionais da Educação na pessoa da Beatriz Cerqueira, uma líder nata e dígna.E parAbenizei o colega Wender Moura por ser honesto a ponto de não se deixar vender ao Governo, provando que nem todos tem seu preço. Foi mais ou menos isto, não ofendi ninguém nem nem falei mentira.



Autor: Manoel,professor - 22/05/2010 às 21:26
Comentário: Político que não cumprisse promessas de campanha eleitoral deveria pagar multa ou ser demitido como propõe o governo do estado aos professores.Viva nossos demagogos.



Autor: Caetana - 22/05/2010 às 21:18
Comentário: Esta greve pode não ter um desfecho satisfatório para os professores - Não sei porque me veio à memória a Fábula do lobo e o cordeiro- mas todos puderam enfim conhecer o governo que temos. Nossa resposta virá nas urnas!



Autor: Maria - 22/05/2010 às 21:16
Comentário: Oi pessoal! Viram que segunda feira terá reunião do Sindiute com o governo? Deu no super: Governo reabre diálogo com os professores.



Autor: vania - 22/05/2010 às 21:13
Comentário: Boa noite, Benny, só quero desejar melhoras para vc,estamos orando pela sua saúde. Beijos!!!



Autor: isabela - 22/05/2010 às 21:13
Comentário: Esqueci de postar o link da comunidade do orkut... http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=102000163



Autor: Carla Lazarotti - 22/05/2010 às 21:11
Comentário: Estou me sentindo cada dia mais forte, é um desafio para cada um de nós. Está em jogo a dignidade, aí já não importa mais ter os dias cortados ou ser demitida. Continuo na luta, por mim, por todos os professores, que estão ou não em greve, por meus alunos e por meus filhos.


SE OS JUIZES PODEM FAZER GREVE, POR QUÊ NÃO OS EDUCADORES DE MINAS GERAIS????

[http://mdfnoticias.blogspot.com/p/educacao-saude.html]
PROFESSOR

Descaso dos poderes com a carreira

Fonste: João Evilázio Gomes


O minguado provento do professor é inferior ao de muitas funções em que se exige apenas saber ler e escrever. Na escala de importância das carreiras, ela deveria ser a primeira, pois todos passam pelo caminho dos ensinamentos de um mestre. Porém, para os governantes, a carreira de professor é medíocre. E, as lutas de classe para conseguir o mínimo de seus direitos sagrados têm se transformado em angústia. Agora, o Tribunal de Justiça de Minas considera a greve ilegal, determina sua suspensão imediata, multa sindicato em R$30 mil a cada dia de paralisação, bloqueia a conta da instituição e Estado ordena corte do ponto. E a Justiça autoriza substituir professores, o que é proibido. Verdadeiro massacre.

Mas, em 2003, numa conduta ilegal, imoral, antiética e altamente desrespeitosa ao povo, triste exemplo de afronta e insulto à Nação, sem pensar no conjunto dela, juízes ameaçaram entrar em greve, fechar fóruns, impedir a entrada de advogados e funcionários, e pensaram até em arruinar o Brasil para garantir vantagens e privilégios próprios.

Aliás, os doutores de toga já ganhavam bem, tinham tantos benefícios, não cediam nada e ainda queriam mais, em uma época em que o governo teve até de decretar “guerra à fome”. Como os magistrados poderiam dar essa demonstração de desrespeito às leis, ousando paralisar as atividades do Judiciário? Se eles podem fazer greve, outras categorias profissionais também podem. E, os professores, por razões fortíssimas, podem muito mais.

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Postado por Noticias e Entretenimento no MDF - Informação e Opinião em 5/22/2010 08:09:00 PM

sexta-feira, 21 de maio de 2010

BLOG DO EULER QUESTIONA SOBRE A GREVE

Após 42 dias de greve, perguntamos: por onde anda este personagem da foto abaixo?

Dizem que no dia da nossa Assembléia, 18.05, enquanto brigávamos para um salário mais justo, ele estava na Itália. Se recebesse salário de professor da rede estadual de Minas, teria condições de viajar no máximo para São João del-Rei. Assim mesmo de ônibus e se hospedando em pensão bem simples. Sem direito à almoço.
Com o mencionado personagem, Minas conheceu a mordaça da mídia como nunca antes; conheceu também o quanto a nossa Justiça não pratica as leis vigentes no país (claro que há exceções. Ainda temos bons desembargadores no estado. Mas, em compensação, tem outros que... xiiiiiii.... melhor nem falar).




Mas, enquanto o personagem citado, o neto daquele outro, viaja pelo mundo, quem segura a batata quente é este aí, da foto, ao lado de duas outras personagens, que são chamadas, ora para soprar, ora para ameçar.



Enquanto isso, os professores, com a carreira destruída e um salário de fome faze m manifestação nas rodovias, nas praças, nas ruas. Já tem até gente pensando em montar uma barraca em praça pública para pedir doações. É assim que Minas avança, deixando os educadores e toda a geração de crianças e jovens para trás...




Assembléia lotada, 15 a 20 mil educadores, e alguns comentaristas de aluguel têm a cara de pau de dizerem que a greve é política. Eles que recebem poupudas verbas do governo, querem jogar a comunidade contra os professores em greve. Mas , os verdadeiros responsáveis pela greve e pelo caos na Educação pública em Minas é o personagem acima e seus colaboradores diretos.


Sem salário mais justo, a greve continua! Até a vitória!




Fonte: Blog do Euler

SIND-UTE RESPONDE A DECISÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS

Nota do SIND-UTE/MG em resposta à decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
"O pedido do Governo de Estado de executar a multa cobrando R$130 mil com bloqueio deste valor da conta corrente do Sindicato, além de majorá-la para R$30mil por dia e modificar o limite de R$500mil para R$900mil é mais uma estratégia de dificultar a organização da categoria. A fonte de recursos do Sind-UTE MG é exclusivamente composta pela contribuição voluntária do servidor que se associa ao Sindicato.
O Governo insiste numa estratégia de judicializar um conflito que não será resolvido pela imposição, mas por uma justa negociação que modifique os baixos salários praticados em Minas Gerais."

Beatriz Cerqueira - Coordenadora Geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
Sind-UTE/MG
Belo Horizonte, 20.05.2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A GREVE É...






















A GREVE É UM DIREITO
CONSTITUCIONAL.ELA É LEGAL!


A GREVE É UM DIREITO CONSTITUCIONAL?ELA É LEGAL?

VOLTEMOS ÀS SALAS DE AULAS, TRABALHEMOS QUATRO DIAS, REGISTREMOS NOS TRÂMITES LEGAIS QUE IREMOS FAZER GREVE E RETORNEMOS À GREVE PARA QUE ELA SEJA LEGAL.LEGAL! LEGAL?
NÃO DARÃO UM JEITINHO DE ACHAR UMA COISINHA PARA TORNAR UMA PRÓXIMA GREVE ILEGAL? DESSA VEZ FOI A HISTÓRIA DA CAROCHINHA QUE TRANSFORMOU ( NUM PASSE DE MÁGICA) A EDUCAÇÃO COMO SERVIÇO ESSENCIAL E POR ISSO A NECESSIDADE DE "AVISO PRÉVIO" DE 72 HORAS... E SE ACONTECER DE VOLTARMOS ÀS AULAS E FIZERMOS TUDO "LEGALMENTE" PARA SATISFAZER AO PAÍS DE
OZ...???SERÁ ONDE O LOBO MAL VAI APARECER PARA ASSOPRAR A NOSSA CASINHA???


A GREVE É UM DIREITO CONSTITUCIONAL. ELA É LEGAL!

A GREVE É UM DIREITO CONSTITUCIONAL? ELA É LEGAL?

QUE PAÍS É ESSE?

CADÊ O PEQUENO PRÍNCIPE?

O QUE É LEGAL MESMO?
O QUE É LEI MESMO?
LEI É ALGO QUE DEVE SER SEGUIDO POR TODOS?
DEVERES E DIREITOS IGUAIS VALE
PRÁ TODOS?
O QUE É DIGNIDADE?

ACALMEM-SE FILHOS DO MEU ÚTERO.
ACALMEM-SE FILHOS DAS MINHAS ESCOLAS.
NÃO SEI QUE PAÍS É ESSE.
NA VERDADE NUNCA SOUBE MUITO BEM.
AS NOSSAS PISCINAS ESTÃO CHEIAS DE RATOS
E AS VERDADES NÃO
CORRESPONDEM AOS FATOS.
VOU LHES NINAR FILHOS MEUS
VOU LHES CONTAR HISTÓRIAS DE IGUALDADE, FRATERNIDADE E LIBERDADE
VOU LHES SUSSURRAR NOS OUVIDOS QUE HÁ HERÓIS MAIS MARAVILHOSOS QUE OS DO
BBB E QUE TODA MENTIRA, UM DIA, SERÁ BANIDA DA FACE DA TERRA.

E, POR FIM, VOU LHES GARANTIR QUE A GREVE É LEGAL
NEM QUE SEJA COMO GÍRIA.


VANDA SANDIM

PROFESSOR FERNANDO MASSOTE FALA SOBRE O ESPAÇO QUE A GREVE EM M.G. VEM CONQUISTANDO NOS JORNAIS


GREVE DOS PROFESSORES CONQUISTA MAIS ESPAÇO NOS JORNAIS, José de Castro (*)

Censura à Imprensa Mineira, Minas Gerais, Mobilizações da Sociedade Civil, Política Nacional | 19 de maio de 2010 | Envie para um amigo

Hoje, as fotos principais das primeiras páginas dos jornais “Hoje em Dia” e o “Tempo” mostram a assembléia dos professores da rede estadual de educação que decidiu nesta terça-feira, 18 de maio, continuar em greve. Até então, a imprensa mineira praticamente ignorou que centenas de milhares de estudantes, em sua maioria filhos de quem não pode pagar uma escola, estão sem aulas há 41 dias. O jornal “Estado de Minas” ainda acha que a greve não tem importância para seus leitores.

Terminei meu último artigo neste blog informando sobre mudanças na chefia da redação do “Hoje em Dia” e manifestando a esperança de que, finalmente, teríamos um jornal a serviço não mais do governo, e sim dos leitores. Continuo esperançoso. É verdade que a greve não mereceu manchete, mas ocupou metade da página 26 do Minas. Lembro as barreiras que precisei saltar, quando era editor desse caderno, há uns seis anos, para publicar ali esse tipo de notícia. Nas páginas de política, então, nem pensar.

Por sua vez, a manchete de “O Tempo” é sobre a greve, destacando a informação divulgada pelo governo de que os professores não receberão salários nos dias parados. Serão pelo menos 51 dias de prejuízo, pois a próxima assembléia só ocorrerá no próximo dia 25, se o governo cumprir a ameaça. O problema é que, desse modo, ele terá que encerrar o ano letivo por decreto, deixando de cumprir a legislação que prevê um período mínimo de dias letivos por ano. Sem ter recebido salário, os professores certamente não darão aulas de reposição dos dias parados.

O “Hoje em Dia”, em editorial intitulado “Caos no ensino”, afirma que 60% dos 220 mil servidores da educação estão em greve. “Sofrem os alunos, prejudicados com a falta das aulas, e os pais, especialmente aqueles que têm filhos menores e que dependem de alguém para cuidar dos pequenos”, diz o jornal, que considera “mais do que justas as reivindicações dos mestres mineiros que pedem, sobretudo, o pagamento do piso salarial de R$ 1.312”. E argumenta: “Como é que um professor pode se reciclar, se atualizar, se qualificar, enfim, em nome da qualidade do ensino público, com um salário inferior ao de muitas profissões braçais?”.

Eu acrescentaria: com um salário inferior ao dos soldados da PM. Estes, com duas greves sangrentas, realizadas nos governos Newton Cardoso e Eduardo Azeredo, obrigaram o governo a reconhecer a importância de seu trabalho. Armados apenas de giz e palavras, coitados dos professores!

É: coitado dos professores. Problemas também na maior rede privada de ensino de Minas, o Pitágoras. Ontem, em reunião no Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), decidiram paralisar as atividades de todas as unidades do Pitágoras no Estado depois de amanhã, para a realização de assembléia que decidirá sobre proposta de greve. Na última segunda-feira, houve conflito entre estudantes e PMs, durante manifestação na Av. Raja Gabaglia contra a reforma pedagógica proposta pelos donos do Pitágoras, entre eles o ex-secretário estadual de Educação Walfrido dos Mares Guia. Quando um aluno entra na Faculdade Pitágoras, em Belo Horizonte, ele assina contrato de 3.600 horas/aula. Agora a escola quer que 600 horas sejam de aulas pela Internet.

E os professores temem demissões. Se a reforma for adotada, ela poderá afetar professores de 600 escolas integrantes do Sistema de Ensino Pitágoras espalhadas por todo o país.

GOVERNO DO ESTADO MENTE E ENGANA OPINIÃO PÚBLICA EM ENTREVISTA SOBRE GREVE DOS PROFESSORES






http://www.agenciaminas.mg.gov.br/audios/governador/8469-entrevista-do-governador-antonio-anastasia-sobre-paralisacao-parcial-dos-professores


BELO HORIZONTE (19/05/10) - O governadorAntonio Anastasia demonstrou nesta quarta-feira (19), em entrevista coletiva no Palácio das Mangabeiras, preocupação com a persistência da paralisação dos professores do Estado de Minas Gerais apesar de todas as propostas apresentadas pelo sindicato terem sido aceitas nas últimas negociações. O governador esclareceu que os pontos acertados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) não foram sequer apresentados aos professores pela entidade na assembleia da categoria realizada nessa terça-feira (18). O governador Antonio Anastasia assegurou que a maior preocupação do governo é com os alunos que estão sendo prejudicados.

“Na semana passada, o governo teve negociações com o sindicato, e nessas negociações foram estabelecidos alguns pontos em comum. O tema foi avante e nós esperávamos que, conforme as negociações, houvesse ontem uma decisão. Mas, com surpresa, percebemos que a proposta do governo nem foi levada à discussão”, afirmou o governador, salientando que tal atitude reforçou a impressão de vários setores da sociedade de que a motivação da paralisação vai além das questões salariais.

O governador esclareceu novamente que, de acordo com a legislação eleitoral e com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo do Estado está impedido de conceder reajustes salariais desde o dia 6 abril. Foi concedido, em março, um aumento de 10% para todos os servidores públicos, inclusive os professores, que já está em vigor a partir deste mês de maio.

Revisão

O acerto feito com o sindicato previa, conforme proposta dos próprios grevistas, a formação de um grupo de trabalho que iria estudar a incorporação de vantagens que já são pagas ao salário-base. A partir deste estudo, um projeto de lei seria encaminhado à Assembleia Legislativa e as mudanças entrariam em vigor a partir do próximo ano. Apesar de o sindicato não ter discutido a proposta em sua assembleia, o Governo de Minas vai prosseguir com o estudo.

A secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, anunciou que será publicado nesta quinta-feira (20), no “Minas Gerais”, diário oficial do Estado, a criação de uma comissão para avaliar essa revisão da estrutura remuneratória dos servidores da Educação.

“A comissão formada por integrantes das Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão, Educação e Fazendavai rever a estrutura remuneratória de todos os professores, sem a participação do Sind-UTE, uma vez que eles se negaram a participar, porque nós temos que priorizar os servidores que estão na sala de aula, que estão trabalhando, que estão prestando serviço. Então, há o reconhecimento do Governo de que a carreira precisa ser revista”, explicou.

Comunicação

A secretária também destacou que o Governo vai priorizar a comunicação com os professores para explicar as propostas do Governo.

“O esforço do Governo de Minas esta semana é de comunicar a todos os professores, diretores e superintendentes quais são as propostas que o Governo encaminhou, porque a nossa percepção é que de fato isso não está chegando a eles, e demonstrar quais são as consequências para a vida funcional do professor, uma vez que a greve foi julgada ilegal”, disse a secretária.

Como o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da greve, segundo a secretária, os servidores que estão sem trabalhar terão prejuízo na contagem de suas férias regulamentares e prêmios, na avaliação de desempenho e no Prêmio por Produtividade.

A secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães, também acredita que a comunicação direta do Governo com os professores pode ser benéfica.

“As crianças, os jovens e as famílias estão tendo prejuízos e não é justo com eles porque o reajuste não é algo que o Governo possa conceder. Há prejuízo inclusive para os próprios professores”, afirmou.

PROFESSOR MARCOS FARIA EM SEU BLOG NOS FALA SOBRE A GREVE DE M.G.: UMA LIÇÃO DE CIDADANIA

quinta-feira, 20 de maio de 2010
PROFESSORES DE MG: LIÇÃO DE CIDADANIA

Os últimos governos de MG têm promovidos arroxos salariais nunca vistos no estado. Hoje, o salário bruto de Professor com curso superior não chega a dois salários mínimos, com os descontos cai para menos de um salário mínimo e meio.

Esta é a eficiência em gestão pública pregada pelo PSDB (Piores Salários do Brasil). Existe um provérbio: "Quando se espreme muito, a coisa acaba saindo pelos dedos." E foi o que aconteceu. A classe já não aguenta mais e resolveu ir para o "tudo ou nada".

Primeiro, peitou o autoritarismo de um governo tupiniquim, que arrogante não negociava e sempre conta com a mídia para maquiar e manipular e, um aparato policial, este sim muito bem pago para o proteger e tentar intimidar os movimentos sociais e dos trabalhadores. Não tendo sucesso, "usou" a justiça para tentar intimidar a classe e oprimir mais uma vez trabalhadores que vem sendo "pisoteado" por governos sem nenhuma sensibilidade social. Não adiantou. A Justiça também já está desmoralizada. Segundo Jornal Hoje em Dia, na capital mineira 60% dos belorizontinos não confiam na justiça.

A última do governo foi tentar ludibriar os professores com modificações em propostas para o fim da greve. Parece que também não deu certo. Será que o governo está em seu inferno astral?

Mas diante de tudo isso, não podemos deixar de parabenizar esta classe que vem dando uma lição de cidadania e dignidade ao povo brasileiro e basta.

Chega de governos fantasiosos que só se sustentam pela mídia corporativa e cúmplice.

Chega de instituições que insistem em defender seu STATUS QUO e não representar a sociedade, isso sim, sua finalidade constitucional.

Chega de submissão, vivemos numa democracia e queremos uma democracia de fato.

PARABÉNS, POR MAIS UMA LIÇÃO! E NÃO DESISTAM, POIS, OS CIDADÃOS DE BEM ESTÃO COM VOCÊS, HERÓIS E MESTRES.

Marcos Faria
Blog do Marcos: www.mdfnoticias.blogspot.com

BLOG DO BENNY:As secretárias de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e de Educação, Vanessa Guimarães DERAM ENTREVISTA SOBRE A GREVE

Quarta-feira, 19 de maio de 2010 05:45 pm

GOVERNO ALERTA PROFESSORES SOBRE OS RISCOS DE SEGUIR EM GREVE

As secretárias de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e de Educação, Vanessa Guimarães, deram entrevista coletiva há pouco, no Palácio da Liberdade, em que alertaram os grevistas sobre os riscos de avançar com a paralisação por mais tempo.

Elas também anunciaram a criação de uma comissão que vai estudar a questão salarial dos professores, sem a participação do Sind-Ute.

Leia a entrevista completa.

Repórteres - O Sindicato alega que não é reajuste salarial, diz que é uma mudança no sistema e o prazo estaria apto para fazer essa mudança, como seria isto?

Secretárias - Eles tem toda razão, tanto que a proposta que foi encaminhada pelo governo por escrito propõe a criação de um grupo de trabalho para a revisão da carreira, da estrutura remuneratória dos servidores. Isso já foi identificado, a secretária pode dizer aqui, eles tem uma remuneração muito complexa, com um número muito grande de gratificações e foi essa a proposta apresentada ontem e que não foi acatada.

E por que?

Essa é que é a nossa pergunta. Se o governo acata uma proposta que foi encaminhada por escrito pelo próprio Sindicato, eu tenho o email do sindicato que me encaminhou por escrito e eu respondi, por escrito, acatando a proposta que eles fizeram, quando chegou na assembléia não entendemos o que aconteceu. O Sindicato fez um encaminhamento de condução para a greve.

O que eles pediram e o que vocês aceitaram?

Eles pediram a criação de um grupo de trabalho com representatividade do sindicato para que pudéssemos fazer a revisão da estrutura remuneratória de toda a carreira da Educação, não somente dos professores. Foi acatado. O prazo que eles pediram foi de 20 dias e nós propusemos 30 dias.

Vanessa Guimarães - Dois meses, depois aceitamos 30 dias porque menos do que isto não dava tecnicamente para fazer um bom estudo.

Renata Vilhena - A outra proposta que eles fizeram foi de concurso público em junho. Nós propusemos em julho, que é o prazo que nós temos para concluir toda a proposta e fazer o lançamento do edital. Pediram ainda a certificação dos diretores de escolas, que o processo fosse até dezembro, nós aceitamos.

VG - A certificação é uma pré-condição para a eleição do ano que vem. Primeiro fazemos uma prova e todos os candidatos se submetem. Os candidatos aprovados são candidatos possíveis, se assim desejarem, para a direção das escolas no próximo ano. Então, esta etapa da certificação eles pediram para que fosse garantida até dezembro e izemos o compromisso com eles. Enfim, o que a Renata está mostrando aqui é que eles concordaram inclusive com as pequenas modificações que o Governo fez ao texto deles. Fizemos ajuste de datas, composição de comissão, isso foi negociado pela representação sindical e para nosso espanto e perplexidade não houve o encaminhamento dessa proposta na assembléia. O que está nos preocupando agora é dar o máximo de informação e esclarecimento à comunidade escolar, porque os professores precisam saber e entender que não há nenhuma possibilidade de aumentos maiores que os 10% dados para este ano. A nossa perspectiva é de construir alternativas boas a partir do ano que vem. Mas para isto é preciso fazer um esforço e contávamos com a representação da categoria para discutir isto. O governo amanhã estará instalando grupo de trabalho independentemente da participação do sindicato, porque que eles não querem vir. Temos 90% das escolas que esperam uma boa proposta do governo ainda nesse semestre para vigorar a partir do ano que vem.

E a demissão e o corte de pontos, que é uma reivindicação deles também?

Não, essa reivindicação eles não deram a menor importância para ela. Foi feito um esforço para a negociação no sentido de que esses dias parados fossem pagos tão logo eles voltassem ao trabalho, na próxima folha que fosse feita já seriam reconsiderados os dias trabalhados, que foi uma coisa dificílima porque seria a volta atrás de uma decisão de corte de ponto, que continua em vigor, e mesmo assim, a partir do apelo dos parlamentares, fizemos essa negociação sobre esse ponto, e isso não impediu. Eles fizeram uma proposta, desenvolvemos uma proposta. Foi entregue em mãos deles a proposta negociada pelos parlamentares. Temos parlamentares de todas as áreas, presentes nessa negociação, inclusive da oposição. No entanto, não foi encaminhado isso. A questão fundamental agora é o seguinte. Os prejuízos acumulados estão quase ficando impossíveis de, a gente, depois, minimizar. A população está tendo um prejuízo, as crianças e os jovens estão acumulando prejuízos. Isso não é justo com eles. Porque não é algo que eu possa conceder. Não é algo que o governo possa conceder, nesse exato momento. Então, estamos acumulando prejuízos para os alunos, prejuízos para as famílias, prejuízos para os próprios professores que estão enganados, porque imaginam que há a possibilidade de obter mais vantagens ainda este ano. Isso não é possível. Então, o que temos que fazer é construir para um futuro muito próximo. Estão percebendo uma grande possibilidade de participar dessa discussão.

E já há alguma decisão prática, secretária, alguma postura efetiva que o governo vai tomar para resolver esse impasse? Alguma novidade em relação à postura do governo?

Olha, vocês estão pedindo à gente que apresente de imediato algo? Se tivéssemos disponível um arsenal, já estaríamos usando imediatamente. O que eu quero insistir, nesse momento, é que temos que fazer um enorme esforço de comunicação, não só com as famílias, mas também com os professores. Eles precisam saber, primeiro, das possibilidades reais da luta que eles estão travando agora. Segundo, temos que ver que estamos perdendo a oportunidade de construir um futuro próximo. E, por último e em terceiro lugar, já estamos alertando há bastante tempo, eu não preciso ter um arsenal em particular, a legislação é muito rigorosa em relação às conseqüências da falta prolongada de servidores públicos.

RV - Principalmente depois da greve ter sido considerada ilegal.

Pois é. O que pode acontecer?

VG - O que pode na prática. Você tem um primeiro grupo mais exposto à uma situação, que são os contratados. Nós temos cerca de 30 mil pessoas contratadas no setor que tem uma relação de trabalho mais frágil, evidente. Depois, você tem o servidor público. Tem toda uma legislação que o protege, mas tem toda uma legislação, também, que define regras, passo a passo. Por exemplo, antes de qualquer outra consequência, temos que ver o problema das férias-prêmio, que interrompe a contagem. Temos a questão da avaliação de desempenho, que tem implicações na subida na carreira. Então, se essas faltas são faltas consideradas como não justificadas, porque temos uma decisão judicial, isso não é algo que eu possa simplesmente apagar. Então, eu estou chamando a atenção, insistindo muito na informação, porque existe uma série de consequências para o servidor público.

Secretária, qual o limite do governo para começar a demitir? Qual é o limite de vocês?

Olha, a questão, para nós, de começar a demitir, não se coloca nesse momento. Estamos examinando toda a legislação existente e queremos fazer o máximo de informação. Não queremos que ninguém seja surpreendido, ou que possa alegar que não sabia de uma série de circunstâncias. Então, temos que informar todas as Superintendências, informar todos os diretores de escola, quais são as rotinas, quais são os procedimentos. Porque isso não se faz, o governo não está querendo usar isso como ameaça. Mas temos que alertar que eles estão levando longe demais um processo de greve que não está acumulando vantagens para a categoria. Ao contrário, está trazendo problemas para a população e trazendo problemas para todos nós.

Qual o prazo máximo que o governo vai suportar essa situação, já que vocês estão dentro da lei? Para demitir essas pessoas, até quando o governo vai esperar a boa vontade deles em concordar ou não com o governo?

Esse é um exemplo que faço diariamente. Essa é uma questão que a gente tem que, todo dia, estar levando em conta e mantendo, sempre aberto, o diálogo com outros setores do próprio setor educacional. Não é o sindicato o único interlocutor que temos legítimo na área do setor educacional. Então temos que manter. Por exemplo, vamos fazer reuniões com diretores para ouvi-los e para esclarecer também como proceder.

O governo pensa em encerrar a negociação se esse impasse continuar?

RV - O esforço, essa semana, da secretária Vanessa e do Governo é de comunicar com todos os professores, a todos diretores de escola, a todos superintendentes quais são as propostas que o governo encaminhou, que de fato, a nossa percepção é de que isso não está chegando a eles e segundo, de mostrar quais são as consequências para a vida funcional do professor, uma vez que a greve foi julgada ilegal. Essa comunicações temos convicções que não estão chegando aos professores. Segundo ponto. Está sendo publicado do Diário Oficial, amanhã, a criação de uma comissão conjunta com a Secretaria de Planejamento, Educação e Fazenda para rever a estrutura remuneratória de todos professores sem a participação do SindUte, uma vez que eles se negaram a participar. Porque temos que priorizar aqueles servidores que estão na sala de aula, que estão trabalhando, que estão prestando o seu serviço. Então, há um reconhecimento do governo que a carreira precisa ser revista e essa atitude vai ser criada essa semana.

Mas qualquer alteração de valor seria para o ano que vem?

Sim. Os impactos vão ser avaliados através dessa comissão através de um processo e depende de um projeto de lei que teria que ser encaminhado a Assembleia Legislativa ainda esse ano e votado para vigir a partir do ano que vem.

Vocês cogitam demissão?

Por enquanto não.

Queria uma informação pedagógica. Para os alunos que estão sem aulas, o que a senhora está pesando, em termos de passagem de final de ano, como vai ser isso? Tem que esperar a greve acabar para pensar?

VG - Não posso construir uma escola para eles. Alguns pais têm tomado a iniciativa de transferir de uma escola para outra escola pública que está funcionando regularmente. Eu poderia facultar isso a todos os pais se tivessem vagas em todas as escolas, mas essa é uma alternativa que não preciso autorizar. Os pais já estão fazendo e onde podem eles estão conseguindo fazer essas transferências. É um problema que nos preocupa tanto, tanto, que já fizemos todas as negociações que estavam ao nosso alcance fazer. Por quê? Porque estamos acumulando prejuízos para os alunos. Eu sei disso, vocês sabem, os pais sabem e os alunos sabem.

A partir de que momento da greve, de quantidade de dias de paralisação pode ter como consequência a perda do ano letivo.

Isso não se coloca porque o ano letivo se prolonga para janeiro e fevereiro se for necessário. O que temos que ver é o seguinte, a questão da reposição tem que ser encarada, até quando que é razoável fazer uma reposição sem maiores prejuízos da qualidade do ensino. Quer dizer, é possível de administrar. E a partir de um momento, e digo, já passamos desse momento, em que começamos acumular pontos negativos nessa recuperação. Ou seja, dificilmente com aulas aos sábados, sem férias e suspendendo feriados, vamos conseguir manter o mesmo padrão, que é importante que se diga, Minas vinha tendo e mantendo, e vai manter nas demais escolas que estão funcionando. Temos resultados educacionais fantásticos porque temos professores fantásticos e boas escolas funcionando. Esse é um episódio preocupante. Não a greve em si, porque ela faz parte da nossa vida, mas o prolongamento alem do necessário, a falta bom senso na condução desse impasse é que está nos fazendo ficar bastante preocupados com este conjunto de alunos que está sofrendo esse processo.

VOCÊ ACHA QUE OS PROFESSORES DEVEM SEGUIR EM GREVE? OU O TERMO DE ACORDO QUE CHEGOU AOS GREVISTAS ONTEM DEPOIS DA ASSEMBLEIA ATENDE A CATEGORIA? A PARALISAÇÃO JÁ FOI ALÉM DO LIMITE E PODE TER RESULTADO ADVERSO? PARTICIPE DESTE BLOG, OPINE AGORA!

Autor: Gui - 20/05/2010 às 11:59
Comentário: Como filho de professores, fico triste ao ver que o Governo não quer por fim a greve dos professores. Nesse mês peguei os contras chegues deles é uma vergonha o que eles ganham. A greve é um direito, para que a sociedade saiba o descaso dos governantes em relação a EDUCAÇÂO que pode mudar o país e desenvolve-lo. Vai um reflexão: Por que os politicos pode aumentar os seus salarios sem que ninguem conteste? Sera que o aumento dos salarios dos professores é o único que causa rombo nos cofres publicos? Nesse jogo quem sai perdendo é a sociedade e os professores que se virar p/ honra o compromisso.



Autor: Isabel - 20/05/2010 às 11:56
Comentário: Nina, eu por exemplo quero seguir seu exemplo, acho que uma diarista está ganhando mais do que eu, pois elas tem bolsa familia, bolsa estudo, e outras vantagens, gostaria que todos nós fizessemos isso, nínguém quer ser professor ultimamente, nós mais velhos que começamos quando nossos salários eram pelo menos 2 x mais que o mínimo, não encontramos outros empregos pela nossa idade, mas haverá o dia que o que voce sugeriu chegara e quem sabe o governo pagará uma fortuna atras de um professor. voce por exemplo



Autor: Benny - 20/05/2010 às 11:41
Comentário: prezado Rodrigo e outros que fizeram o mesmo questionamento, na noite de terça, depois da assembleia, conversei por telefone com a Beatriz e que ela me disse está no post. Ou seja, a entrevista de ontem é que seria um "direito de resposta", digamos assim, embora para mim seja a continuidade da cobertura. Também pedi à Beatriz no mesmo dia que me enviasse a cópia do termo que o governo mandou pra ela às 13h, e ela disse que o faria "em 40 minutos", mas até hoje não recebi o documento.



Autor: Élem - 20/05/2010 às 11:35
Comentário: Olá Benny! Obrigada por abrir o seu espaço para que eu, como professora, me expresse. O governo não cumpriu com o acordo em nenhum momento, pois, não colocou nada no papel, a não ser retaliações pela mídia. Considerar a nossa greve ilegal está sendo a prova maior que no nosso país a justiça não cumpre a Lei Majoritária, chamada de Constituição Federal. Dói em mim presenciar isso... Eu acompanhei a trajetória de Tancredo Neves na luta pela democracia, aos 12 anos vi a conquista de um povo por tantos direitos! Gostaria de pedir justiça sem retaliações,afinal, só essa categoria sabe o q passa.



Autor: Euler Conrado - 20/05/2010 às 11:29
Comentário: Caro Benny, é muito cinismo do governo reunido num texto só. Preimeiro reconhecem que temos professores fantásticos e que a educação oem Minas é de primeira. Por que então não remuneram melhor aos profissionais? Depois têm a cara de pau, após oito anos de governo, de querer propor aumento para o próximo governo. E procuram mostrar que estão preocupados com os pais e com os alunos. É muita hipocrisia. Se os educadores estão em greve é justamente por conta do descaso com que a educação pública foi tratada até agora. Deveriam propor algo concreto ao invés de enrolar e mentir.



Autor: Friederich - 20/05/2010 às 11:28
Comentário: Olha que beleza! Agora, depois de oito anos de governo, tratando os professores como LIXO, a Secretaria de Educação está muito preocupada com a situação. Agora, a Secretária de Educação vem sensibilizar os professores em função do prejuízo social que estão causando e diz que está fazendo todos os esforços para melhorar a situação. Isso depois de oito anos. Porque não fez isso antes? Da minha parte, penso que é momento de se dar uma lição para o (des)governo. O professores DEVEM CONTINUAR EM GREVE até fecharem um ACORDO DECENTE, com chacela legal do legislativo e PUBLICAMENTE assumido em mídias



Autor: helbert ronnan - 20/05/2010 às 11:19
Comentário: gostaria de mandar um recado a sta.magda: não escolhi a profissão de professor, por que era a única coisa que me interessava, escolhi por que é um dom, e eu gosto da minha profissão. não cobre dos professores, cobre do governo que vem enganando a todos, inclusive à você que deve ter votado neles. Em vez de cobrar dos ¨"vagabundos professores", deveria cobrar dos grandes trabalhadores parlamentares, que trabalham exaustivamente em favor da população. Você deve ser uma mãe que participa exaustivamente da vida escolar, vai a todas as reuniões, parabéns a você que tem este pensamento ridiculo



Autor: Ailton Abreu - 20/05/2010 às 11:18