sexta-feira, 17 de junho de 2011

EULLER:"Subsídio é o nome da peste!"

sexta-feira, 17 de junho de 2011




Subsídio é o nome da peste!


Em época de gripe, de vírus que se espalham pelo ar, de dengue e tantas outras pragas mais, os educadores de Minas estão sendo vítimas de uma nova peste: o subsídio.

Na verdade, tal coisa não é tão nova assim, mas somente agora deixou de ser algo benéfico para se tornar uma peste.

Diz o governo, através de seus falantes porta-vozes, que tal peste é boa, é benigna. Boa para quem, perguntamos? Para eles, de fato, o subsídio é bom, porque é composto de uma parcela recheada, que inclui, além do subsídio alto, robusto, verbas indenizatórias que cobrem as mais variadas despesas do cotidiano: almoço, janta, café da manhã, transporte, vestimentas, moradia, correios, internet, cinema, teatro, etc. O subsídio sai assim limpinho, e com um valor de dar gosto: acima dos 30 salários mínimos.

O subsídio, portanto, para o governador e para a secretária da Educação, que estão de passagem pelo governo, é algo que não incomoda. É de fato benigno, indolor. Já até propus a eles que fizessem uma troca com o nosso salário, mas, ao que parece, eles não gostaram da idéia. Estranho (não é mesmo?), já que andam elogiando o nosso subsídio como se fosse a coisa melhor do mundo. Mas, será mesmo?

Vejamos o que representa esta nova peste lançada contra esta desprezada e maltratada camada ou classe ou categoria social a que chamamos aqui de "educadores".

O governo de Minas elaborou uma engenhosa fórmula para "presentear" os educadores com o que ficou conhecido como "Lei do Subsído". De fato foi um presente, de grego, claro. Muito semelhante àquele que os troianos receberam dos espertos gregos, como nos conta o épico poema Ilíada de autoria atribuída a Homero. Uma aparência externa agradável aos olhos, mas com um conteúdo recheado de surpresas desagradáveis.

Por esta lei, todos os educadores foram enquadrados compulsoriamente neste novo sistema remuneratório a partir de janeiro de 2011. Este novo modelo remuneratório tem, portanto, a característica de fazer parecer aquilo que não é.

- Como assim, caro professor blogueiro? Perguntarão alguns menos avisados.

Para entender o efeito maléfico da peste, é preciso entender um pouco a sua essência, e não olhar apenas o que aparenta ser.

O que diz o governo para a mídia? Que o piso do magistério recomendado pelo MEC é de R$ 1.187,00 para o professor com ensino médio para a jornada de 40 horas, e que Minas paga R$ 1.122,00 para este professor para uma jornada de 24 horas. Proporcionalmente a esta jornada, portanto, já está pagando até mais que o piso, que em Minas, pelo cálculo apontado, deveria ser de R$ 712,20.

Este é o pedaço do discurso do governo, que diz uma parte da verdade, mas esconde a outra ponta, a parte principal do iceberg.

Na prática, podemos dizer que o subsídio tem a proeza de somar valores para reduzi-los. É a soma que não adiciona, mas subtrai. Difícil de entender? Então vamos ao exemplo abaixo.

Vamos trabalhar com quatro números, quatro valores, que compõem o contracheque de um professor com curso superior PEB 3 D, com 25 anos de estado, até o dia 31 de dezembro de 2010. Resumindo, nós encontraremos neste contracheque: R$ 600,00 de vencimento básico, mais 50% por 10 biênios (5% a cada dois anos), + 50% por 05 quinquênios (10% a cada 5 anos de serviço) e mais 20% pelo pó de giz. No total, são 120% de gratificações e vantagens adquiridas ao longo destes anos, que aplicados ao vencimento básico resultam em R$ 1.320,00.

O que fez o governo com o subsídio? Somou todos estes valores e aplicou um novo percentual de 5% sobre o total, resultando assim em uma parcela única de R$ 1.386,00.

Aparentemente, o governo foi bonzinho, e o subsídio nem deveria ser tratado como uma peste, mas como coisa boa, algo do bem, pois elevou o valor do salário do professor em questão de R$ 1.320,00 para R$ 1.386,00.

Esta é a propaganda do governo para a mídia, como aliás, é a propaganda do governo sobre quase todos os temas da Educação. E nos dá bem a amostra de como uma coisa pode ser apresentada de tal forma que as pessoas ingênuas acreditam que aquilo é bom, quando de fato é o seu oposto. Vejamos o porquê.

A lei do subsídio foi criada para tentar fugir da Lei do Piso aprovado em 2008, mas suspensa pela ADI 4167 até o dia 06 de abril deste ano, quando o STF julgou a referida lei, considerando-a constitucional, na sua plenitude. Ou seja, o STF rejeitou a ADI 4167 que pedia justamente para que o piso fosse a somatória total do salário, e não o vencimento básico.

Então, por esta lei do piso, que já está em vigor, os governos deveriam pagar o piso enquanto vencimento básico, sobre o qual devem incidir todas as gratificações e vantagens adquiridas pelos educadores ao longo dos anos. Vejamos então como ficaria o salário daquele professor que tomamos como exemplo, mesmo pelo valor rebaixado do piso do MEC, de R$ 1.187,00 para o professor com ensino médio para a jornada de 40 horas.

Proporcionalmente à jornada praticada em Minas, o vencimento básico deveria ser de R$ 712,20 para o professor com ensino médio - o PEBIA da antiga carreira. Para um professor com curso superior (licenciatura plena), PEB3A, o vencimento básico deveria ser de no mínimo R$ 1.060,00. No caso do professor em questão, considerando que ele está na letra D, é só acrescentar mais 3% por cada letra sobre o vencimento básico. Logo, encontraremos o valor de R$ 1.158,29. Este é o valor do vencimento básico, apenas, que a lei obriga que o governo pague a este sofressor de 25 anos de Casa.

Sobre este valor de vencimento básico devem incidir as gratificações e vantagens que citamos acima, que totalizam 120%. Vejamos o resultado final: R$ 1.158,29 + 120% é igual a R$ 2.548,23.

Agora comparem os valores: pelo subsídio, o tal professor receberá R$ 1.386,00 e ainda vai ter que aguentar o governo falando que já o paga até mais que o piso. Um piedoso, este governo. Já pela lei do piso em vigor aplicada ao antigo regime remuneratório do estado, também em vigor, o salário deste sofredor professor deveria ser de no mínimo R$ 2.548,23 pelo cargo de 24 horas. Uma diferença mensal, portanto, de R$ 1.162,23 em desfavor do pobre professor. São R$ 15.500,00 de prejuízo apenas em 2011. Quase o valor do subsídio de um mês, apenas, do nosso ilustre governador e sua falante secretaŕia da Educação.

Apresentado dessa forma mais completa e complexa, percebe-se com facilidade que o subsídio é mesmo uma peste que corrói o bolso do sofredor educador. E o pior é que tem gente que ainda continua neste sistema. E com grande risco de, em vingando no corpo dos educadores, se alastre também para outras carreiras do estado.

- Ah, mas eu sou novato e não tenho mais as tais gratificações, que me foram roubadas em 2003 pelo governo do faraó, dizem alguns.

Mesmo neste caso, o subsídio é prejudicial à saúde, pois ele destrói as carreiras dos educadores. Ao contrário de todas as outras carreiras do estado que têm a mesma estrutura, o subsídio impôs um confisco todo especial ao bolso dos educadores. Reduziu os percentuais de promoção de 22% para 10%, e de progressão, de 3% para 2,5%, e confiscou o tempo de serviço de todos os servidores, posicionando-os no grau inicial da carreira, o grau A. Mesmo quem já terminou o estágio probatório e conseguiu uma progressão, passando para a lera B, teve que andar igual a caranguejo, voltando para a letra A. O mesmo acontecendo com todos os demais servidores, que andaram para trás na carreira.

- Ah, mas o subsídio reduziu as distorções e as desigualdades salariais - repetem os porta-vozes do governo feitos papagaios.

Ora, tais distorções nada mais são do que os cortes (confiscos) diferenciados impostos pelo choque de gestão no desgoverno do faraó e afilhado. Em 2003, cortaram os quinquênios e biênios dos novatos e a partir daí o próprio governo criou uma situação na qual uns tinham tais direitos, e outros não. E com o subsídio o governo tenta dar o golpe final, cortando tais direitos de todos e igualando os salários por baixo.

Somos a carreira em que o professor com curso superior recebe apenas dois salários mínimos como salário total, ou melhor, como subsídio, sem direito a auxílio-transporte, auxílio-paletó, auxílio-moradia, auxílio-alimentação, auxílio-passagem-de-avião, sem nada, enfim, além dos dois mínimos reunidos numa única parcela: o subsídio.

O subsídio, enquanto peste, representou o confisco de algo próximo de duas Cidades Administrativas no bolso dos educadores - cálculo que demonstrei em outro post aqui no blog. E um confisco que não para de crescer, se considerarmos que em janeiro de 2012 o novo piso do magistério do MEC deve passar para, pelo menos, R$ 1.450,00 ou 22,15% de reajuste.

Neste caso, um profissional com curso superior em início de carreira continuará recebendo os tais R$ 1.320,00 de salário bruto pelo subsidio, enquanto o profissional que recebe pelo antigo regime remuneratório terá direito a pelo menos R$ 1.553,74, fora o terço de tempo extraclasse, que, se fosse pago resultaria em R$ 1.747,96. Quase o mesmo valor que a secretária da Educação disse que Minas já paga aos educadores na entrevista que deu ao jornalista Eduardo Costa, sem explicar onde foi que guardou a diferença entre os 1.320,00 e aquele valor que não existe.

Portanto, colegas de luta, a greve deve continuar, até que o governo espante de vez esta peste da vida dos educadores e nos pague o piso a que merecemos por lei.

Um forte abraço a todos e força na luta!

***




"Cristina Costa:

Caro amigo Euler,

Temos que pegar este seu post, ou melhor crônica, e colocar na mídia!!! Pense nisto?????

Está super esclarecedor!

Fico-me perguntando por que esta secretária aceita fazer este papel de "IGNORANTE" da situação dos professores????

Por que este Governo fica gastando uma fortuna com propaganda enganosa e não resolve logo esta situação?????

Isto sim é um exemplo de descaso com a população.

Acho importante comprar a publicação da nossa opção de vencimento para ele não inventar outra desculpa, como a de que, não existe outro tipo de remuneração no Estado.

ESTOU NESTA LUTA ATÉ O FINAAAAAAAAAAL!!!!!!!!!!!

0 EXEMPLO ACIMA É O MEU CASO. PERGUNTO PARA VOCÊ E QUALQUER OUTRO: TENHO OU NÃO RAZÃO DE ESTAR DE GREVE E FICAR ATÉ A VITÓRIA????
POIS SE NÃO HOUVER VITÓRIA NÃO PRECISA DE MAIS LEI NENHUMA NESTE PAÍS!!!

PREFIRO CORRER O RISCO DE PERDER DO QUE ME ARREPENDER DE NÃO TER LUTADO!!

Um abraço!"


"ANGELICA- SDPRATA:

MINISTERIO DA SAÚDE ADVERTE: SUBSÍDIO FAZ MAL A SAÚDE POIS É SINONIMO DE SUICÍDIO!!!!!
EULER, BOA TARDE. QUE VERGONHA. SERÁ QUE ESSE PESSOAL AINDA NÃO ENTENDEU ISSO! PENSO QUE NÃO, POIS POR AQUI AINDA TEM PROFESSOR DIZENDO QUE NÃO PODE ENTRAR EM UMA GREVE ONDE O SINDICATO LUTA POR UM SALÁRIO QUE ELE JÁ RECEBE (MOSTRANDO O CONTRACHEQUE COM O VALOR DO SUICÍDIO) TA DIFÍCIL HEM?????? ESTÃO CAINDO COMO PATINHOS NA LÁBIA DA SECRETARIA.

ANGELICA- SDPRATA"


"Anônimo:

O ministério dos professores indica exigência do PISO SALARIAL para combater esta peste no estado de MINAS Gerais, tendo como efeito colateral a GREVE por tempo INDETERMINADO. Eu já estou usando.
Euler, Tarumirim presente na GREVE."

"
Anônimo:

Euler, não tem como desenhar para que todos entendam? Rsrs! Brincadeira!!! É fato, depois de seus esclarecimentos, só fica nesse subsídio e aceita essa situação quem não tem perspectiva nenhuma de vida ou é o verdadeiro "professor aloprado". Vamos exterminar essa peste, nossa vacina é a lei (nossos direitos), tomemos todos boas doses de conhecimentos para garantir a total extinção desse mal."

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

EULLER:"Entrevista revoltante: o que a secretária da Educação não disse para o jornalista Eduardo Costa."

quarta-feira, 15 de junho de 2011




Entrevista revoltante: o que a secretária da Educação não disse para o jornalista Eduardo Costa


Eu não ouvi a infeliz entrevista da secretária da Educação de Minas ao jornalista Eduardo Costa da Rádio Itatiaia, mas pude lê-la no site da SEE-MG. Fiquei revoltado, ainda mais, e estou disposto a ficar em greve, agora até o final do ano se necessário for. Fomos desrespeitados, humilhados, espezinhados, tripudiados.

A secretária não mostrou qualquer respeito pelos educadores de Minas. Disse que não repusemos as aulas na greve do ano passado, quando ela sequer estava a frente da Secretaria. Quantos sábados e feriados todos nós trabalhamos para repor as aulas? E vem a secretária com esse número espalhafatoso de 1 milhão e tantas aulas que não teriam sido cumpridas. Um desrespeito à inteligência de cada um de nós, educadores, e da comunidade.

A secretária tentou jogar a comunidade contra os educadores, de maneira irresponsável. Por estes dados caberia ao Ministério Público processar o governo de Minas por não ter assegurado o número de aulas exigido por lei federal.

E o que dizer do subsídio? A senhora secretária, numa entrevista que pareceu ensaiada, não teve coragem de dizer ao jornalista Eduardo Costa que Minas não paga o piso do magistério no antigo regime remuneratório, que está em vigor, inclusive por força da Lei do Subsídio, que faculta aos educadores a opção de sistema remuneratório. E que neste antigo regime remuneratório o vencimento básico para o professor com ensino médio é de R$ 369,00 e para o professor com curso superior é de R$ 550,00. E que, portanto, o governo de Minas não paga o piso, nem o do MEC e muito menos o da CNTE.

Ela também não disse ao senhor Eduardo Costa - que, diga-se, pelo nível das perguntas, também se mostrou pouco informado -, que o subsídio representou um enorme confisco nos salários dos educadores. Eu calculei, pelas informações do próprio governo, que duas Cidades Administrativas foram confiscadas do bolso dos educadores com a Lei do Subsídio. Que reduziu os percentuais de promoção e progressão, respectivamente, de 22% para 10% e de 3% para 2,5%. E que confiscou o tempo de serviço dos servidores, que foram posicionados quase todos no grau inicial da carreira. Além de incorporar as gratificações como quinquênios e biênios dos colegas mais antigos, que tinham sido poupados em 2003 com o confisco dessas mesmas gratificações pela gestão do faraó.

Ela não disse ao jornalista - e este, infelizmente, parece mal informado sobre o assunto - que o subsídio representa a negação da Lei do Piso, que foi julgada recentemente pelo STF e considerada plenamente constitucional. Não explicou a senhora secretária ao jornalista que o subsídio equivale à ADI 4167, a mesma que foi rejeitada pelo STF. Piso é vencimento básico, sobre o qual devem incidir as gratificações e vantagens. Subsídio é somatória de vencimento básico e gratificações. Um é a negação do outro.

Ora, por que o governo não mudou o regime remuneratório de outras carreiras do estado de Minas implantando o subsídio? Porque ninguém aceita este confisco que foi imposto aos educadores de Minas.

Da mesma forma, a senhora secretária não esclareceu ao senhor Eduardo Costa que um professor com curso superior hoje, em Minas Gerais, recebe apenas dois salários mínimos, esteja ele ingressando hoje na carreira ou tenha ele 10 anos de Casa. E que isso é uma vergonha para Minas Gerais - que cresce em proporções chinesas e tem dinheiro para construir cidades administrativas, viadutos, estádios e pontes, mas não remunera dignamente os educadores.

O mesmo governo que propõe pagar R$ 4.000,00 de piso (não de subsídio, mas PISO) para os policiais com formação em ensino médio (e aqui adianto que somos a favor de que os policiais recebam até mais do que isso), este mesmo governo não tem vergonha de dizer que os professores com curso superior estão bem remunerados, ganhando de salário total apenas dois salários mínimos.

É revoltante e só pode provocar, da parte da comunidade e dos educadores, a nossa indignação!

Por último, a senhora secretária da Educação teve a audácia de dizer que recebemos R$ 16,29 por aula! Alguém está ficando com o nosso dinheiro! Façam as contas, colegas educadores: 108 aulas/mês (24 horas semanais x 4 semanas e meia, que é a fórmula da nossa jornada) x R$ 16,29 = R$ 1.759,32 pelo cargo de 24 horas, segundo a secretária. Isso, de acordo com a secretária, é pago ao professor em início de carreira. Ora, para afirmar uma coisa dessa, é preciso ter muita... nem vou dizer, né gente, porque não queima mesmo.

É uma pena que a atual secretária da Educação, que iniciou a sua gestão aparentando despojamento e espírito de abertura para o diálogo franco, esteja agora enveredando tão cedo para um caminho que pode representar o desgaste de sua imagem enquanto educadora. A secretária anterior era uma pessoa absolutamente distante, fria, que nada contribuiu para mudar a realidade da Educação pública em Minas, e dos educadores. Pelo contrário, foi conivente com tudo de ruim que aconteceu com os educadores mineiros, e com isso, prestou um desserviço, por mais que queiram maquiar os números.

Por último, pessoal, aí já falando diretamente aos educadores, tenhamos vergonha na cara, e abracemos a greve por tempo indeterminado com coragem e determinação. Se voltarmos agora, se enfraquecermos, nunca mais haverá uma recuperação da nossa autoestima. Não é apenas o meu salário que está em jogo, mas a nossa carreira, além da nossa dignidade enquanto pessoas.

Se pretendemos continuar educadores, temos que ter vergonha na cara, caráter até, e só voltar ao trabalho quando Minas pagar o piso e o governo passar a nos respeitar. Acho que o sindicato tem obrigação de exigir o direito de resposta na rádio Itatiaia. E acho que devemos começar a discutir formas de chamar a atenção agora não mais de Minas, apenas, mas do mundo inteiro, para a realidade de descaso com que estamos sendo tratados. Em Minas e no Brasil.

Força na luta, colegas, e vamos todos à assembleia de amanhã, que precisa encher aquela praça da ALMG e realizar uma grande passeata.

***
"Gilson Vieira Soares:

Euler entendi os 16,29 que a Ana Lucia se refere. Esse valor se refere as aula em sala e não as 6 horas fora de sala para o cargo de 24 hs. A conta para ela é referente a 18 hs:

18 x 4.5 x 16.29 = 1319,49

Boa de conta viu.
Espertinha ela, né!
Tinha muita admiração por ela quando era aluno da UFMG, agora... tá queimando o filme."


Comentário do Blog: caro Gilson, boa de conta não, ela é desinformada acerca dos nossos direitos. Afinal, a nossa jornada de trabalho é composta de 24 horas, e não de 18. Ou nós estamos trabalhando de graça este tempo extraclasse? Que aliás, deveria ser de um terço de tempo da jornada, outra coisa que não é cumprida em Minas, e ela nada disse a este respeito. Um abraço!

"Gilson Vieira Soares:

Quando disse que ela é boa de conta foi zombando da hipocrisia. Segundo o entendimento dela e do governo o trabalho se dá somente em sala de aula e o 1/3 se aplicado corretamente sobre 24 hs deveria ser 16 aulas e não 18.
Tá tudo errado!"


"Anônimo:

ESSA CORJA NÃO TEM VERGONHA NA CARA MESMO!!!!!!!!!!!!! O SALÁRIO DELA NÃO DEVE SER POR SUICÍDIO MAS DEVE SER BEM GORDO PARA APREGOAR ESSA POUCA VERGONHA. SÓ DE ESTAR AO LADO DESSE GOVERNADOR, PARA MIM E FARINHA DO MESMO SACO. VAMOS A LUTA. JUNTOS SOMOS MAIS, ABAIXO O CHOQUE DE GESTÃO, ABAIXO SUBSIDIO, ABAIXO QUERER PASSAR TETO POR PISO.... "



Comentário geral do Blog: pessoal, uma outra coisa que chama a atenção é a tentativa do governo de atrair os colegas efetivados e ao mesmo tempo provocar a divisão na categoria. Não podemos entrar nesse jogo, de maneira alguma. A nossa luta é comum, para o bem de todos os trabalhadores em educação, sejam efetivos, efetivados ou designados. Não aceitemos este jogo sujo provocado pelo governo, de tentar jogar uns contra os outros. Tudo o que o governo deseja é isso: que um segmento da categoria se lance contra o outro, enfraquecendo-nos. Estejamos unidos, porque a nossa luta contempla os interesses de classe de todos os educadores.

"Edna - Uberlândia:

Boa noite a todos.

A fala da Secretária da Educação é, realmente, de causar indignação. Estou revoltada companheiros, constrangida até. Como é que pode mentir tanto?
Se as aulas não foram repostas porque diretores de escolas e das SRE's não foram exonerados? Sim, por má gestão. E os inspetores? Não fiscalizaram?

Na escola em que trabalho todas as aulas foram repostas, e com qualidade. Nós não fomos para a sala de aula para enganar ninguém. Fomos porque somos profissionais de respeito, que honram seus acordos, seus diplomas... Muito diferente do Senhora Gazzola que se esquece de que ESTÁ SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DE MG, mas que é de fato EDUCADORA, ou melhor, já nem sei se ela ainda o é.
Senhora Secretária queremos, além do piso, respeito!"


"Luciano História:

Amigo Euler,minha maior revolta não é com a secretária (dela eu já esperava mais cedo ou mais tarde esse discurso) e sim com os professores que depois de tudo isso ignoram o movimento grevista. Greve só tem força quando a escola fecha as portas, parar meia dúzia de professores em cada escola como está acontecendo na minha cidade não gera impacto,os colegas grevistas são usados como bois de piranha por esse bando de sangue sugas, professor que tem mais de 10 anos de profissão (que possui gratificações) e não aderiu a greve por motivos fúteis merece apodrecer no subsídio e perder todas as suas gratificações. Um abraço desse indignado amigo do norte do Estado."


"Clayton Coelho:

Não vamos nos desesperar, pois o governo esta fazendo o seu papel que é mentir e usar palavras que não condizem com a realidade.

Formada em letras, ela sabe muito bem, através do discurso, fazer algo que não é real parecer verdade. Até mesmo porque entrevista encomendada e papel aceitam tudo.

O que eu quero mesmo é acreditar que não só aqueles que postam em seu blog bem como acompanham as informações ai comentadas estejam de fato fazendo a greve. Há uma grande diferença em estar em greve e fazer a greve. Devemos estar mobilizados, visitando escolas, participando de atos entre outros eventos. Não foi bem isso que vi hoje quando participei da passeata na cidade administrativa. Havia poucas pessoas de Belo Horizonte da educação. É claro que muitos estavam fazendo outras atividades, mas o número de trabalhadores em greve é suficiente para fazermos muito mais coisas ao mesmo tempo. Portanto vamos à luta.

Clayton Coelho."



"Maria Joana:

Euler, aqui em Montes Claros mais 06 escolas paralisaram hoje, depois dessa entrevista espero a indignação dos colegas para juntos desmascararmos essa secretária enganadora e desrespeitosa."


"Alexandre Campos:


Pura indignação... é o que essa secretária nos causa. Mas uma vez o Estado de Minas Gerais, não cumpre a Lei maior que é a Constituição. No lugar desta "ridícula" secretária, eu ficaria calado, ao invés de dizer abóboras.

Começamos a perder nossos direitos, quando aceitamos que o governo fizesse conosco o que bem entendesse.
O trecho abaixo é da Constituição Federal, no qual nosso desgoverno comete todas as irregularidades. E só uma pergunta, até quando essa cambada (Governo) vai ficar impune?...

TRECHO CONSTITUIÇÃO DE 1988:
TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios obedecerá aos princípios de: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência; e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

Colegas, precisamos dar um basta nesta hipocrisia que está o desgoverno de Minas."


"Anônimo:

Gazzola muito preocupada com a greve e com a gravidade desse momento publica artigo para esclarecer a população quanto à política remuneratória do governo.
Vejam a cara de pau da secretária.

http://www.agenciaminas.mg.gov.br/images/stories/pdf/14.06.11-educacao-publica.pdf "


"Igor:

Quanto mais mentiras maior será nossa resposta e adesão ao movimento.

Não é o espaço, mas preciso falar pq estou mto feliz, em nossa região mais duas escolas estão aderindo totalmente ao movimento hoje e uma parcialmente, isso fruto do trab. do comando de Greve.

Chegamos a 20% total e 36% parcial com essas adesões, num total de 48 escolas.

Igor"


"Anônimo:

De onde surgiu essa tal Gazolla? "Vão-se os dedos sujos, ficam as unhas encravadas"? Essa é a realidade da Secretaria de Minas, sai uma, entra outra. E vem essa mulher dizer que os professores não repuseram as aulas do ano passado. E os sábados, domingos e feriados municipais que não tivemos no 2º semestre? Em minha escola, todas as aulas foram repostas, mas o dinheiro do corte não, ficamos sem receber três dias. Por isso, se tiver corte (como afirmou a secretária)não haverá reposição."

"Anônimo:

Gostaria de pedir a GAZZOLA encarecidamente e educadamente que me dê satisfações de onde ela está aplicando o meu dinheiro, porque os valores que ela mostrou infelizmente não batem com a realidade do meu contracheque ou as diferenças que está faltando nos nossos contracheques estão caindo no bolso dela para ela ter coragem e cara de pau para falar tanta mentira. MENTIR NÃO É CORRETO NEM PARA CRIANÇAS!"

"Anônimo:

Euler, infelizmente, com tudo isso acontecendo, tem escola como o Pandiá Calógeras, que fica perto da Assembléia, que não compartilha totalmente com este movimento.
Precisa fazer um trabalho com a turma da tarde, que só ganha aumento nas costas dos colegas do turno matutino.Que professores são estes? Ensinando o quê?Os alunos também têm que aprenderem a lutar pelos seus direitos e começar agora.
Um abraço."


"Marcel:

Amigos, o sindicato deve urgentemente divulgar uma nota de esclarecimento contra as informações divulgadas por Gazzola, uma vez que pela visão do governo (e distorcendo a realidade) tudo que ela está passando pode muito bem ser demonstrado como verdade, mesmo não sendo.

Precisamos desmentir fala por fala, inclusive a questão dos efetivados, que ela alardeia tanto que "eles foram igualados aos efetivos". Pura mentira, uma vez que é inconstitucional a estabilidade sem concurso público. E nesse mesmo patamar, os mesmos efetivados continuam sem os principais direitos dos efetivos: ampliação de carga horária do regime básico e promoção/progressão na carreira. Estes últimos, por força de lei, eles não podem mudar, mas tentam passar para a sociedade a imagem de um governo "preocupado" com os servidores, o que não é verdade.

A minha escola, em Uberlândia, aderiu ontem ao movimento e, para minha felicidade, todos os professores estão de greve. As estatísticas que ela apresenta são maquiadas e não refletem a realidade da paralisação."


"Anônimo:

Caro Euler: acho que nossa greve deve buscar um modo de gerar um grande impacto, como fizeram os bombeiros no R.J. Não sei o que poderíamos fazer, mas creio que devemos fazer... Não estou falando de violência, mas de ações impactantes que possam chamar a atenção para a situação dantesca que vivemos. Nossas passeatas só chama a atenção pelo fato de atrapalhar o trânsito..."


"Anônimo:

Atrás das mentiras vem a recompensa.
A secretária é boba de perder o salário?
Quando é que vai ser a nosso favor?
NUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
UUUCA"

"Anônimo:

Acho que os dois (Anastasia e Secretária), realmente não tem conhecimento do piso como vencimento básico sem as vantagens. São mesmo ignorantes. Precisam de estudar mais as leis, se não vão continuar falar bobagens."

"Anônimo:

Euler certa vez um ex político disse que somos muitos e ai conclui que ,os poucos, que são eles, ganham muito.Alguns e algumas pessoas perguntam, porque este governador que ai está ganhou? Quem votou nele? Vamos repensar sobre os candidatos, seja quem for, que partido for. No interior e na capital. Mas no momento, VAMOS A LUTA. LUTAR É VENCER. Não vamos lutar para perder. Eles ganharam, os Srs políticos, de forma geral. QUEREMOS GANHAR TAMBÉM, E VAMOS GANHAR ESSA. É LEI. LEI TEM QUE SER CUMPRIDA."

"Paula:

Oi Euler, tudo que é falado tem que ser provado. A secretária(com letra minúscula)tem que provar o que ela falou em relação ao pagamento do dias parados de 2010. Na minha escola, por exemplo, temos como provar que pagamos todos os dias. Então, processo nela, por calúnia e difamação. Vamos fazer isso, ela merece. Um abraço, Paula."

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

EULLER:"Deputados precisam honrar as calças que vestem e convocar a secretária da Educação e o governador para explicarem o descumprimentode trêsleis"

quarta-feira, 15 de junho de 2011




Deputados precisam honrar as calças que vestem e convocar a secretária da Educação e o governador para explicarem o descumprimento de três leis, pelo menos


A Lei do Piso, a Lei do Subsídio e o Direito de Greve. São três leis descumpridas pelo governo de Minas, em flagrante desrespeito à Carta Maior do país. Caberia aos deputados estaduais, e também ao Ministério Público, fiscalizar e cobrar o respeito aos mandamentos legais existentes.

Onde estão os deputados estaduais, eleitos com os votos dos mineiros, e que agora se calam diante dessa grosseira agressão aos direitos constitucionais dos educadores? Onde está o Ministério Público, que também se cala diante desse descumprimento do que manda a lei?

Estamos diante de um Estado de direito às avessas, pois nesse país bandidos de colarinho branco têm proteção extra, pela interpretação das leis pelas penas de alguns magistrados de aluguel, enquanto a população de baixa renda se vê desprotegida. De que adiantam as leis se os governos não as cumprem? Se tripudiam da Justiça e dos órgãos de fiscalização?

No caso da Lei do Piso, a agressão à lei é gritante, pois tal lei federal foi aprovada em 2008, foi suspensa pela ADI 4167 e a partir do dia 06 de abril último, quando o STF julgou o mérito da ADI, a Lei do Piso foi considerada plenamente constitucional, não havendo o que questionar. É cumprir a lei e pronto.

Mas, em grosseiro desrespeito a esta lei, o governo de Minas impôs a Lei do Subsídio, que é a cara da ADI 4167, a mesma que foi rejeitada integralmente pelo STF. Ela incorpora as gratificações ao vencimento básico no seu valor mais rebaixado e ainda por cima confisca o tempo dos servidores, rebaixa os percentuais de promoção e progressão, destruindo a carreira dos educadores de Minas. Os educadores são a única carreira de Minas a passar por esse novo confisco, ilegal e imoral.

Contudo, nem mesmo a Lei do Subsídio imposta pelo governo com o aval da maioria de deputados-carneiros que possui na ALMG - em troca sabe-se lá de quais e quantas vantagens -, nem mesmo essa lei, dizia, é cumprida pelo governo. A lei do subsídio prevê a possibilidade de opção de regime remuneratório pelos servidores da Educação, devendo tal opção entrar em vigor no primeiro dia útil do mês seguinte. Todos nós que fizemos opção pelo antigo regime remuneratório antes do mês de junho já deveríamos ter os nossos contracheques com este sistema para o qual optamos, composto de vencimento básico, gratificações e vantagens.

Mas, o governo comete este outro desrespeito à lei, ao não cumprir a sua própria lei. Não cumpre a Lei do Piso, não cumpre a Lei do Subsídio.

E por último, a Lei de Greve. Como já mandou cortar o ponto dos dias de paralisação, vê-se que não cumpre também a Lei de Greve, pois a nossa greve cumpriu todas as exigências legais. A categoria tentou negociar com o governo durante quase todo o primeiro semestre, não obtendo qualquer resultado no que tange ao item principal, que é o pagamento do piso. Diante disso, a categoria, em duas assembléias, aprovou a greve por tempo indeterminado, tendo a entidade sindical protocolado tal decisão com antecedência de uma semana, junto ao governo. Os pais e alunos foram devidamente comunicados nas unidades escolares e a greve teve início de forma legal e legítima.

Não há qualquer motivo para que o governo mandasse cortar o ponto dos grevistas, ainda mais considerando que na Educação existe a possibilidade, já tradicionalmente em uso, da reposição dos dias parados. O corte de ponto é um ato desumano, é um ato de terrorismo do governo, é um ato de tortura psicológica contra os educadores, já castigados pelo salário de fome.

Com este ato ilegal e imoral o governo chantageia os educadores menos preparados emocional e politicamente, privando-os de um dos mais importantes direitos assegurados pela Constituição Federal, o direito de greve. Em Minas, os servidores da Educação, além de mal remunerados, estão proibidos de fazer greve, pois têm o ponto imediatamente cortado, numa atitude de quase vilania por parte do governo. É caso para os Direitos Humanos, também.

Como se não bastasse, também os alunos serão prejudicados, caso os educadores decidam não repor as aulas, pois já tiveram o ponto cortado antes de qualquer negociação. Quem vai garantir o direito constitucional dos 200 dias letivos? Onde o governo encontrará milhares de educadores habilitados para repor as aulas, com a mesma qualidade em curso nas escolas?

Bem fizeram os diretores de escola de Santa Catarina, que num ato de coragem resolveram, coletivamente, que não mandariam para o governo os dados dos professores em greve. Minas está longe desta realidade, já que por aqui o grau de potilitização dos diretores - a maioria, pelo menos - é o de obedecer a ordem dos de cima. Tomara que a partir de agora se forme um núcleo de diretores comprometidos com o nosso movimento e não com o governo.

Enfim, devemos pressionar os órgãos de fiscalização, como a ALMG e o Ministério Público, para que estes cobrem do governo o cumprimento das leis vigentes no país. Entre essas, a Lei do Piso, a Lei do Subsídio e a Lei de Greve.

Até quando vamos aceitar essa realidade de descaso e abusos para com os educadores e demais trabalhadores de baixa renda?

***
"José Alfredo Junqueira:

Nós sabíamos que este desgoverno apelaria para esta tática terrorista, mas me diga quem foi o juiz ou desembargador que autorizou o corte do salário dos grevistas, não estou sabendo."


1 comentários
Lin

terça-feira, 14 de junho de 2011

EULLER: "Talvez seja melhor fechar as escolas e construir mais cadeias..."

terça-feira, 14 de junho de 2011




Talvez seja melhor fechar as escolas e construir mais cadeias...


A depender da política do governador de Minas Gerais e da secretária da Educação, talvez seja melhor mesmo fechar as escolas públicas e construir mais cadeias para a população de baixa renda. Pois, eles demonstram que não têm o menor compromisso com a Educação pública de qualidade ao se recusarem a pagar o piso do magistério, que é lei federal e não vem sendo cumprida em Minas Gerais.

A política de descaso e desvalorização das carreiras da Educação está diretamente relacionada com o aumento da violência e da criminalidade. Se o Estado não oferece um ensino público de qualidade, que possibilite uma formação humanista, crítica, que amplie o universo de milhões de crianças, jovens e adultos, que resultado colheremos deste descaso?

Embora alguns "especialistas" bem remunerados tenham a cara de pau e o cinismo de separarem a valorização dos educadores e a qualidade do ensino, está mais do que evidente que essas coisas andam juntas. Não há como construir uma Educação de qualidade quando os seres humanos responsáveis pela sua implementação são tratados com descaso, com desdém até, com baixos salários e com carreira destruída.

Este tratamento dispensado aos educadores em Minas e no Brasil é o responsável direto pelo abandono de dezenas de bons profissionais, que trocam a Educação por outras carreiras mais atraentes do ponto de vista dos salários e das condições de trabalho. Milhares de estudantes universitários desistem de fazer licenciatura plena por conta da realidade dramática da Educação.

Formar-se para a profissão de professor não é uma coisa eu recomendo para os meus alunos. Aliás, nem preciso dizer para eles. Eles estão cansados de saber que professor em Minas e no Brasil recebe menos do que qualquer outra profissão, até mesmo em relação aos profissionais com formação em ensino médio. Uma vergonha para um país e para um estado como Minas Gerais, que adora exibir-se publicamente como campeão em aumento de receita e de uma pseudo eficiência administrativa. Que eficiência é esta, que coloca a Educação como última prioridade do estado?

Um professor com curso superior em início de carreira em Minas recebe como salário total não mais que dois salários mínimos por um cargo completo. Um professor com curso superior e com 30 anos de Casa recebe, pelo mesmo cargo, não mais que três salários mínimos. Isso constitui uma falta de respeito pelos profissionais da Educação. Uma vergonha para o Brasil. Uma vergonha para Minas Gerais.

Ainda mais quando se sabe que, diretores do TCE, responsáveis pela aprovação das contas do Estado - mesmo quando os técnicos de carreira dizem que estas contas não cumpriram as exigências constitucionais -, estes diretores do TCE, indicados pelos governantes, chegam a ganhar até R$ 60 mil reais, entre salários e verbas indenizatórias. Um promotor público ingressa na carreira ganhando R$ 19 mil; um juiz discute teto salarial, algo próximo dos R$ 30 mil; um deputado, entre salário e verbas indenizatórias mil, não fica por menos que R$ 40 mil reais. O governador e a secretária da Educação não fogem a este escopo de poupudos salários e vantagens mil.

E nós nem estamos reivindicando qualquer coisa próxima dessas benesses que a alta esfera dos três poderes constituídos recebe. Pedimos apenas o mínimo do mínimo, que é o pagamento do já rebaixo piso salarial do magistério, que é lei federal e é descumprida em Minas e na maioria dos estados e municípios brasileiros.

Minas é o estado que gasta R$ 1 bilhão de reais com a mídia em poucos anos, para comprar o silêncio cúmplice da mesma, que é capaz de fingir que a nossa greve não existe, ao invés de cobrar todos os dias do governo uma explicação pela ausência de investimento na Educação pública e suas consequências diretas para a dramática realidade do estado e do país.

Minas é o estado que constrói uma Cidade Administrativa gastando R$ 1,5 bilhão de reais, enquanto, com a Lei do Subsídio, confisca dos educadores o equivalente a duas Cidades Administrativas para não pagar o piso dos educadores.

Minas é o estado que tem dinheiro para construir viadutos, pontes, estradas, estádios, cidades administrativas, mas não tem recursos para investir no ser humano que é o responsável pela educação de milhares de crianças, jovens e adultos.

Por isso, nesta política de inclusão às avessas, talvez seja melhor mesmo fechar as escolas e construir mais cadeias...


***

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Blog lança desafio: governador e secretária da Educação de Minas, troquem os seus salários pelos nossos!



Blog lança desafio: governador e secretária da Educação de Minas, troquem os seus salários pelos nossos!

De acordo com as declarações na imprensa mineira, fornecidas pelo senhor governador do estado e pela senhora secretária de Educação, os educadores de Minas estão ganhando bem com o subsídio implantado em 2011.

Como já dissemos e provamos aqui, em vários posts, subsídio não é piso, é ADI 4167. É confisco dos nossos salários.

Mas, nós topamos receber pelo subsídio desde que o senhor governador e a senhora secretária da Educação concordem em fazer uma troca. Aliás, uma troca bem simples e objetiva.

Já que eles gostaram do nosso "salário" (muito entre aspas), e nós não estamos satisfeitos com o que estamos recebendo (e muito menos com o que estamos deixando de receber), propomos ao ilustre senhor governador de Minas e à ilustríssima senhora secretária da Educação que procedam à troca que proponho a seguir, simples e objetiva.

Vocês ficam com os nossos salários e nós ficamos com os seus. Quanto ganha o governador de Minas? Quanto ganha a secretária da Educação em Minas? Entre subsídios e verbas de representação e indenizatórias?

Juro que eu não sei. Mas, eles sabem quanto eu e meus colegas educadores ganhamos. E ao que parece, eles gostaram do nosso salário. Para que sejam coerentes, uma boa prova disso seria sobreviver com o que ganham os educadores de Minas com o subsídio que o senhor governador e a senhora secretária andam dizendo por aí que é bom. Bom para quem?

Bom, pensamos que como eles gostaram do nosso subsídio, estamos dispostos a trocar. Que tal o desafio, senhor governador e senhora secretária?

E na minha costumeira humildade, abro mão até das verbas de representação e indenizatórias e ajudas outras que os senhores recebem. Topo fazer a troca só pelo principal: o nosso subsídio pelos seus. Que tal? Aceitam o desafio?

Vamos ver se o senhor governador e a senhora secretária da Educação conseguem viver dignamente com dois salários mínimos, sem auxílio transporte, sem auxílio-alimentação, sem auxílio-paletó, sem auxílio-moradia, sem nada mais além do subsídio de dois salários mínimos.

Devolvo aos senhores o mesmo tom com que os senhores nos têm tratado. Para o governador e para a secretária, nós merecemos isso que ganhamos. Para nós, na mesma medida, achamos que o nosso subsídio de dois mínimos está de bom tamanho para os senhores. E como os senhores gostaram desse nosso salário, sejam coerentes, e aceitem a troca proposta aqui no blog.

Está feito, portanto, o desafio: troquem o seu subsídio pelo nosso, senhor governador e senhora secretária da Educação.

Do contrário, deixem de enrolação e paguem-nos o piso a que temos direito por lei.

***

"Anônimo:

Eu vou mais além:

Senhor governador passe a remunerar o seu secretariado pelo "subsídio dos professores de Minas"; troque os vencimentos da Polícia Militar pelo "subsídio dos professores de Minas.

Senhores deputados estaduais: troquem seus salários pelo "subsídio dos professores de Minas.

Senhores Promotores: troquem seus vencimentos pelo "subsídio dos professores de Minas".

Senhores Ministros do STF: troquem seus salários pelo nosso; aí quem sabe vocês assinam o Acórdão da Adin 4167? Quem sabe vocês tomam uma posição decente em favor da Educação?"
.

"Anônimo:

Para a secretária e o Anestesia afirmar que o subsídio está acima do piso,provavelmente eles perderam a noção de valores. Aliás eles não devem saber nem os valores das despesas diária deles , porque somos nós que bancamos, por isso é fácil ter a cara de pau de dizer que estamos bem pagos. Se não conhecem mais valores ,então tenham ao menos a dignidade de pedir demissão do cargo e deixar a quem tem conhecimento de como é sobreviver com esse salário de fome que recebemos."

"Anônimo:

Sempre o Euler com as palavras certas, na hora certa.
Gostaria de obter uma informação, se você Euler ou algum de seus leitores puderem tirar a minha dúvida, agradeço.
Sabemos que em MG as leis andam meio desnorteadas. O que é ilegal, inconstitucional acaba sendo lei por aqui e o que deveria ser cumprido dentro da lei não se cumpre. Nessa ilegalidade toda, já não sei mais o que pode ou não pode, por isso gostaria de saber se corte no pagamento durante a greve é legal (considerando a lei de fato, no papel)? A escola em que trabalho é sempre a primeira a efetuar os cortes. E, mesmo após a reposição das aulas, sempre ficamos no prejuízo. Inclusive, o corte no pagamento é o principal motivo de muitos professores não aderirem a greve. Acho importante essa questão ficar esclarecida, pois só assim os furões de greve vão apoiar o movimento."


"Anônimo:

Achei que o Anestesia tivesse perdido somente as aulas de interpretação de texto, pois não sabe interpretar leis, mas acho que perdeu também as aulas de matemática financeira. E a Senhora Secretária de Educação, deveria se envergonhar, mas sei que a cara de pau é tamanha que nem isso é capaz de fazer."

"Anônimo:

Com toda sinceridade, depois que li o texto do EULER do dia 13-06-11, "sobre troca de salários dos professores com o governador e sua digníssima secretária da educação", com muita vergonha na cara eu implantaria esse piso salarial logo ou pegaria o meu boné e tiraria o meu time de campo enquanto é tempo. Esse "trem" não me está cheirando bem. Para o governador é muito simples: dinheiro eles têm com sobra, a lei federal está do nosso lado, é só cumprir e ficar de bem com toda galera do magistério. EULER, você é o "cara", mata a pau."

"Thiago Coelho:

Bom dia Euler!

Acabo de sair de uma das escolas onde tenho 1 cargo. Hoje de manhã eu me pronunciei e disse que irei paralisar as atividades. Logicamente fui odiado por uma grande quantidade de pessoas em um curto espaço de tempo, mas há alguns companheiros que também irão paralisar. Nessa escola temos um professor que é o representante sindical, mas ele estAVA ausente hoje, pois está de greve desde segunda feira. Fui bombardeado com uma série perguntas e críticas a respeito do movimento. Muitos acharam que eu estava ali defendendo o sindicato. Deixei claro que não! Eu apoio o movimento mas tenho várias críticas contra o sindicato (mas algumas a favor também, claro). O argumento dos educadores contra a greve é a dificuldade para executar a reposição das aulas, e outro argumento que é o principal é o seguinte: "Da última vez paralisou e não resolveu nada!!!". Então eu decidi colher algumas informações a respeito do que foi conquistado na greve do ano passado e colar no mural da escola, acho importante os servidores tomarem conhecimento disso, já que pensam que nada foi conquistado. Gostaria também de pegar algumas informações aqui do site (se você permitir) e colar nesse mural, pois a outra crítica dos colegas é que não há informação sobre o que está acontecendo, que rumo tomar. Realmente quero aproveitar esse tempo que ficarei paralisado para realizar atividades que possam manter os colegas informados a respeito de tudo.

Então companheiro, para finalizar, gostaria que você me dissesse onde eu posso conseguir um material que fale sobre as conquistas que obtivemos com a greve do ano passado, e pedir sua permissão também para divulgar informações que você coloca que, e divulgar o site também, para que mais colegas acessem e acompanhem em primeira mão essa novela que o governo tem feito.

Obrigado! E como você mesmo diz: "FORÇA NA LUTA!!!""


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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Euller:..." piso não é subsídio!"

domingo, 12 de junho de 2011
Quando a cara de pau e o cinismo tentam substituir a verdade: piso não é subsídio!

Quando a cara de pau e o cinismo tentam substituir a verdade: piso não é subsídio!

Que os governos em geral tentem tergiversar sobre as realidades e as ações impostas aos cidadãos, isso não constitui novidade. Mas, mentir descaradamente acerca do nosso piso salarial é algo que não podemos aceitar. Ainda mais partindo de autoridades que deveriam dar exemplo de retidão, não apenas nos atos, mas também nas palavras.

O governo de Minas - e quase todos os demais também, infelizmente -, e todos os seus porta-vozes faltam com a verdade quando afirmam que Minas já paga o piso através do subsídio.

Tal afirmação somente seria verídica em duas condições, apenas: 1) se não existisse outro regime remuneratório em vigor no estado, composto de vencimento básico e de gratificações - e no qual o piso não foi aplicado; e 2) se o piso tivesse sido considerado pelo STF como remuneração total e não enquanto vencimento básico, como de fato aconteceu no dia 06 de abril de 2011.

A partir desta realidade, constitui um grande cinismo deste governo - e de seus agentes - dizer simplesmente que "Minas já paga até mais que o piso através do subsídio."

Minas não paga o piso do magistério, é preciso que se diga aos quatro cantos do país. Uma vergonha para o terceiro estado mais rico da federação. Um mau exemplo de governo, ainda mais quando as vítimas são os educadores e a Educação pública - e a própria comunidade, diga-se, pois será ela a grande prejudicada, tanto com a greve que não desejávamos, quanto com o pioramento das condições da Educação pública, com a não valorização dos educadores.

Toda a ladainha em favor de uma gestão eficiente e de qualidade cai por terra quando se considera que nem mesmo a Lei do Piso é cumprida em Minas Gerais. Para onde vão os recursos da Educação? Que eficiência é esta, quando os governantes têm que tergiversar e mentir para a opinião pública ao invés de cumprirem a lei e pagar o piso?

O subsídio em Minas Gerais é sinônimo da ADI 4167, a mesma que foi derrotada pelo STF no dia 06 de abril último. O que pedia a famigerada ADI impetrada por cinco desgovernadores, que pelo menos tiveram a coragem de assumir a sua cara de pau publicamente? Ora, esta ADI (ação direta de inconstitucionalidade) pedia exatamente aquilo que fez Minas Gerais com o subsídio. Ou seja, que o piso fosse considerado como a somatória de vencimento básico mais gratificações. E isso foi rejeitado pelo STF.

O governo de Minas, ao invés de subscrever a tal ADI, fez pior: materializou de forma diabólica o conteúdo da derrotada ADI, incorporando ao vencimento básico todas as gratificações e vantagens conquistadas pela categoria, além de reduzir os percentuais de promoção de 22% para 10%, de progressão de 3% para 2,5%, e de confiscar o tempo de todos os servidores, que foram posicionados no grau inicial da carreira.

O governo de Minas não tem o direito de dizer que já paga até mais que o piso com esta lei, que representou, como já demonstramos em outro post, um confisco de duas Cidades Administrativas no bolso dos educadores.

O subsídio é tão bom que, à exceção dos cargos de confiança, somente aos educadores foi imposta tal lei. Nenhuma outra carreira do estado sequer aceitou conversar sobre este tema. Mas, como a Educação é sempre tratada com descaso, o governo de Minas não teve o menor pudor em impor uma lei que representou a negação do que é exigido na Lei do Piso.

Piso é vencimento básico, senhores do Governo de Minas e do Brasil, sobre o qual devem incidir as gratificações e vantagens conquistadas, como pó de giz, biênios, quinquênios, gratificação por pós-graduação, etc.

Ao invés de tergiversar para a população, os senhores deveriam é devolver aos novatos que ingressaram após 2003 as gratificações que foram confiscadas na gestão do faraó.

Chega de confisco salarial! Chega de achatamento salarial! Chega de cinismo e chega de mentir para a população mineira e brasileira!

Não será possível construir uma Educação de qualidade sobre essas bases. É um alicerce podre, que vai ruir caso os senhores insistam com esta cantilena.

Os educadores de Minas e do Brasil não vão aceitar isso! Queremos o nosso piso! Queremos o nosso terço de tempo extraclasse! Queremos as gratificações que foram confiscadas em 2003! Queremos o reajuste em todas as tabelas de acordo com os reajuste dos professores!

E que a nossa greve se fortaleça para que todos saibam que, enquanto a Lei do Piso não for cumprida, em Minas reinam o cinismo e a mentira!


Próximo post (daqui a dois dias): Até quando a Promotoria pública, a Justiça, o Legislativo e o governo federal ficarão omissos em relação ao não pagamento do piso em Minas e no Brasil?

***
"Cristina Costa:

Euler, acabei de compartilhar seu post no meu blog, no orkut, no facebook e no twitter.

Parabéns mais uma vez pelo conteúdo esclarecedor.

Um abraço!"

"Cristina Costa:

Como nosso governo pode ser assim tão mentiroso mesmo tendo uma legislação dizendo o contrário????

Realmente Euler você tem razão: vai ser cara de pau assim lá longe...

mas... bem longe da gente de preferência... "

"Anônimo:

sugiro que façamos uma corrente, via msn, blogs, email e tudo o que for meio de espalhar o texto que o companheiro Euler escreveu, até que todos saibam quem realmente é este governador de MG, imprensa em geral vamos a luta."

Postado por Blog do Euler às 16:04 3 comentários
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sexta-feira, 10 de junho de 2011
Educadores mineiros: por que todos nós devemos aderir à greve

Por que todos nós devemos aderir à greve

Vou esboçar aqui algumas razões para que os educadores que ainda estão resistentes e não aderiram à paralisação aprovada pela categoria em assembleia possam mudar de ideia e participar ativamente da greve:

1) porque a nossa greve é legal, é justa, é necessária. A Constituição Federal assegura aos trabalhadores, incluindo os servidores públicos efetivos e contratados, o direito à greve, direito este conquistado em duras lutas pela classe operária. Muito sangue foi derramado para que hoje possamos usufruir deste e de outros direitos em defesa dos nossos interesses de classe. E no caso presente, em defesa de direitos já garantidos em lei e descumpridos pelo governo;

2) porque constitui uma vergonha um professor com curso superior receber como remuneração por um cargo apenas dois salários mínimos, enquanto um policial militar e ou um bombeiro com curso médio recebe R$ 2.000,00 de piso, com reajustes previstos para R$ 4.000,00 em quatro anos. Não que os policiais ou bombeiros não mereçam. Pelo contrário, merecem até mais do que este valor, tendo em vista os riscos e os relevantes serviços que prestam à comunidade. Utilizo esta comparação apenas para mostrar o quanto a carreira dos profissionais da Educação encontra-se desvalorizada, maltratada, humilhada por este e por outros desgovernos;

3) porque temos uma lei federal aprovada, a Lei do Piso, considerada plenamente constitucional pelo STF, e que não é cumprida no estado de Minas Gerais, que não paga o piso e nem o terço de tempo extraclasse. Na pior das hipóteses, pelo piso do MEC aplicado proporcionalmente à jornada de 24 horas praticada em Minas Gerais, um professor com curso superior em início de carreira já deveria estar recebendo pelo menos R$ 1.431,00 entre vencimento básico (R$ 1.060,00) + pó de giz (20%) + três aulas de extensão como pagamento pelo terço de tempo extraclasse. O que é ainda muito pouco, diga-se de passagem;

4) porque o governo está contrariando todas as leis, tanto a federal - do piso -, quanto a lei estadual - do subsídio -, ao não implantar o piso no antigo regime remuneratório. Isto tem ocasionado perdas gigantescas para cerca de 35 a 45% dos educadores que possuem as gratificações como biênios e quinquênios, e que continuam recebendo, pela tabela do subsídio, valores muito inferiores aos que têm direito no antigo regime remuneratório para o qual já fizeram opção, segundo a lei estadual;

5) porque o governo tem obrigação legal para com os profissionais do magistério, e moral para com as demais carreiras, de reajustar todos as tabelas de vencimento básico do antigo sistema remuneratório em pelo menos 93% - índice que corresponde ao reajuste do valor dos vencimentos básicos para se chegar ao valor do piso mínimo exigido por lei. Para se ter uma idéia, um profissional com ensino médio (PEB1A) no antigo sistema, até 31 de dezembro de 2010 recebia como vencimento básico apenas R$ 369,00. Pela lei do piso, aplicado de acordo com o valor do MEC (R$ 1.187,00 para até 40 horas para o profissional do magistério com ensino médio), o vencimento básico deste profissional aqui em Minas deveria ser de pelo menos R$ 712,20; o vencimento básico do professor com licenciatura curta deveria ser de R$ 868,88; para a licenciatura plena (PEB3A), R$ 1.060,00; e para a especialização (PEB4A) R$ 1.293,24 e assim por diante - e sobre estes valores devem incidir as gratificações e vantagens adquiridas;

6) porque ao implantar a Lei do Subsídio o governo confiscou pelo menos o equivalente a duas Cidades Administrativas do bolso dos educadores. E o equivalente a mais uma Cidade Administrativa em 2003, quando cortou as gratificações dos servidores que ingressaram na carreira a partir daquela data - ou quando criou leis esdrúxulas, que confiscam tais direitos para os professores que ficaram fora de sala durante 300 dias, seja por doença, licenças outras, ou por não terem conseguido contrato com o estado;

7) porque Minas Gerais não aplica os 25% da receita na Educação, conforme revela o presidente do Sindifisco, Lindolfo Fernandes. A ser verdadeira esta revelação, pergunta-se: para onde estariam sendo transferidos os recursos da Educação? Para as empreiteiras? Para os banqueiros? Para os diretores do TCE que votam a favor da aprovação das contas do governo? Para o Papa? Para a Copa? Para os políticos amigos? Isso só o governo poderá responder. Mas, uma coisa é certa: para os educadores é que não é;

8) porque devemos denunciar também a omissão do governo Federal que não reajusta o nosso piso para pelo menos o valor defendido pela CNTE de R$ 1.597,00. Além disso, o governo federal se omite de cobrar dos governos estaduais e municipais o cumprimento imediato do pagamento do piso, tendo em vista a decisão definitiva tomada pelo STF. Vale lembrar também que o ex-presidente Lula, que sancionou a Lei do Piso, infelizmente cometeu o equívoco de vetar o artigo 7º desta lei, que dizia textualmente:

“Art. 7º - Constitui ato de improbidade administrativa a inobservância dos dispositivos contidos nesta Lei, sujeito às penalidades previstas pela Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992."

Ou seja, o governante que descumprisse essa lei seria responsabilizado perante a Justiça, podendo ter o mandato cassado, entre outras formas de punição pelo descumprimento da lei.

9) porque a nossa categoria, pelo menos uma parte dela, precisa tomar vergonha na cara e parar de fugir da responsabilidade e do compromisso com a nossa luta pela valorização das carreiras da Educação. Questões passageiras ou pessoais, como: férias prejudicadas, reposição de aula aos sábados, dívidas contraídas para compra de uma TV LCD 60 polegadas ou de um carro Zero, etc, etc, não podem servir de pretexto para impedir a conquista de direitos e vantagens que serão usufruídas por todos, durante os próximos anos da nossa vida.

Portanto, colegas educadores, é hora de focarmos o nosso objetivo na greve geral por tempo indeterminado, parando as escolas e mobilizando a comunidade para que, juntos, possamos pressionar o governo em favor das nossas justas reivindicações.

Um forte abraço e força na luta!


P.S.: uma boa matéria produzida pelo jornalista Nikolas Spagnol, intitulada "Prioridade Zero - Baixo salário na rede estadual motiva greve pelo segundo ano consecutivo" pode ser lida aqui.

***
"Anônimo:

Ufa!!! Que prazer perceber que o Euler de semanas atrás está retornando! E isso aí, colega: força na luta! Vc é força para todos nós! Abraços."

"CASSIA:

EITA EULER VELHO DE GUERRA, AGORA SIM.
SEI QUE A SUA CORAGEM E INTELIGÊNCIA ESTAVA APENAS DESCANSANDO, E COMO UM BRAVO COLEGA DE MONTES CLAROS DISSE ONTEM, EM NOSSA ASSEMBLEIA, GREVE: É CORAGEM DE LUTAR; CERTEZA DA VITÓRIA; ÁGUA NO CANTIL E FORÇA NA LUTA!
CONFIAMOS E PRECISAMOS DE SUA COERÊNCIA E OBJETIVIDADE, MAS ENTENDEMOS QUE OS BONS GUERREIROS TAMBÉM PRECISAM DE FRAQUEJAR PARA REDESCOBRIREM SUA FORÇA!
OBRIGADA!!!"

"Anônimo:

Remexendo em papéis aqui na minha casa encontrei alguns contra cheques que acho que deveria ser mostrado em seu blog por ser confiável e lido por muitos sofredores como eu.Veja o absurdo. Em 2009 tinha 26 anos de profissão com superior e pós graduação, PEB3A e recebia 1.597,91, décimo terceiro de dez/2010 recebi 1.354,54, contra cheque de dez/2010 recebi 1.340,33. Achei interessante colocar esses valores, pois um dos meus filhos concluiu que estudei para ganhar menos. Resumindo, com esse salário de fome tenho que sustentar minha casa, meus filhos na escola porque ainda estudam, são menores, não é possível trabalhar e sou viúva. Isso é só um desabafo, porque para o governador ele nunca vai saber como é sobreviver com esse salário de fome porque ele nunca foi assalariado e nunca precisou medir a água e o fubá para sobreviver, porque nós professores sempre bancamos a vida de marajás que eles levam. Obrigada pelo espaço valioso que temos em seu blog Euler."

"Anônimo:

Prezado amigo Euler, por favor me esclareça: no dia 04-04-11 assinei meu requerimento de aposentadoria, dia 05-05-11 voltei para remuneração antiga. Terei direito ao 6º quinquênio, trintenário, férias-prêmio, mesmo antes da publicação deste retorno pela SEE-MG? Grato pela sua habitual atenção."

Educadores do Rio de Janeiro também na luta:
IMAGENS DA PASSEATA DOS PROFESSORES. RIO, 10/06/2011
"Anônimo:

ATÉ QUE ENFIM.LEIA NO BLOG DA BEATRIZ CERQUEIRA .SIND-UTE DENUNCIA GOVERNADOR POR NÃO CUMPRIR LEI FEDERAL."

Informes que chegam via e-mail:

ATENÇÃO EDUCADORES DE MONTES CLAROS, AGENDA DA GREVE:

* SABADÃO NO MERCADO(11/06) - PANFLETAGEM A PARTIR DAS 9:00;

* SEGUNDA: VISITAS AS ESCOLAS PELA MANHÃ E A TARDE (16:00) TODOS(AS) CARACTERIZADOS(AS) NO ARRAIÁ EDUCACIONÁ - CASAMENTO DO NHÔ PISO CÁ SINHAZINHA CARREIRA, SANFONEIRO, QUADRILHA, PIPOCA E MUUUUUITA ANIMAÇÃO.


"S.O.S. Educação Pública:

Caro Euler

Andei sumida por causa da preparação da nossa GREVE, finalmente saiu.

Os funcionários da educação, os bombeiros, os médicos e os PMs do estado do Rio de Janeiro, o segundo mais rico da união, está ficando mundialmente conhecido como o funcionalismo de 0,99! O aluguel pago pela Seeduc por aparelho de ar condicionado, 800 reais, é maior do que o salário de um professor ou de um bombeiro.

Domingo, todos unidos vamos dar a nossa resposta na passeata a ser realizada em Copacabana. A mídia com certeza vai boicotar, mas a Internet, nos dá a garantia de mostrar para todo o Brasil a nossa indignação, vamos encher a rede com as imagens e os vídeos do evento.

Aproveito para parabenizar todos os colegas mineiros, pela garra e determinação.

União, Força e Perseverança! A valorização do docente é uma questão nacional, pertence a todos nós! Unidos em torno de um mesmo ideal seremos vitoriosos.

Não deixe de documentar o movimento com imagens, só assim podemos desmascarar a fala dos poderosos e furar o boicote da mídia, que tudo estão fazendo para desqualificar e enfraquecer os nossos movimentos. A Internet nos deu voz e visibilidade!

Grande abraço a todos!

Graça Aguiar"

Luciano História:

Amigo Euler, estou muito decepcionado, chateado com os meus colegas aqui de Janaúba, a adesão a greve foi mínima, inexpressiva, mesmo com a liderança sindical falando a importância do movimento muitos não aderiram por vários motivos, uns são absurdos: a escola tal não aderiu eu também não vou, não vou perder meus finais de semana repondo aulas, tenho contas para pagar (quem não tem), se nossa escola entrar de greve vai perder alunos para as escolas que não entrarem (infelizmente aqui em Janaúba existe a escola José Gorutuba onde os professores com exceção de 6 dúzia, não entram em greve e muitos pais levam seus filhos para o colégio queridinho do governo). O que mais me deixou chateado foram professores com mais de 20 anos não aderirem, olham apenas para o umbigo e acham que o protocolo de retorno a antiga carreira já está de bom tamanho para garantir o pagamento do piso, enquanto os militares exigem um piso de 4000,00 essa classe no qual estou com vergonha de pertencer não tem coragem de exigir o cumprimento de uma lei federal".

"Comentário do Blog: entendo sua justa indignação, amigo Luciano, mas temos que resistir e tocar o barco. Em toda parte sempre tem uma turma que espera um tempo antes de aderir e até mesmo aqueles que nunca aderem. Se dependermos destes, jamais conquistaremos um centavo. Aliás, eles mereciam ganhar salário mínimo e estariam muito bem pagos. Desculpem a minha franqueza.

Procure manter contato com as pessoas que estão dispostas a lutar e formem um comando de greve na região; reúnam-se e façam um arrastão pelas escolas. Fizemos isso aqui na última greve e funcionou bem. Muitas escolas, cujos profissionais fingiam que aquele movimento nada tinha a ver com eles, caíram na real após as nossas insistentes visitas.

Procurem provocar também os alunos e os pais de alunos, explicando a nossa situação e de como essa realidade é prejudicial para a Educação e, consequentemente, para os alunos. Professor que não aderir a greve neste momento presta um desserviço à Educação, e isso precisa ser dito para os alunos e pais de aluno.

Daqui a pouco nenhum bom profissional vai querer lecionar e os cargos serão preenchidos por pessoas sem preparo para tal atividade. Onde estarão estes furadores de greve neste instante? Provavelmente choramingando em alguma esquina, reclamando dos baixos salários que eles ajudaram a manter, com a omissão nos momentos de luta.

A comunidade precisa entender que a escola que fura greve não é boa referência. Pelo contrário: é sinal de que alguma coisa está errada naquela escola. A primeira coisa errada que grita aos nossos ouvidos: a despolitização, a ignorância, a ausência de cidadania e a incompreensão dos direitos conquistados. Um profissional desprovidos dessas competências e conhecimentos e experiência prática não pode ser considerado um bom profissional. Jamais gostaria que um sobrinho, ou filho de algum amigo meu passasse pelas mãos de um professor com este grau de atraso.

Fazer greve não é sinônimo de irresponsabilidade ou coisa de maus profissionais. Pelo contrário: fazer greve é coisa para bons profissionais, principalmente quando se trata de uma luta justa e necessária como a que agora estamos organizando. Ao mesmo tempo, como disse no post acima, as razões pessoais não podem sobrepor-se aos interesses de classe. Todo mundo tem inúmeras razões para não correr riscos e ter o ponto cortado. Mas, se assim procedermos, nunca conquistaremos nada. E as nossas dívidas vão aumentar, já que com este salário de fome não dá para ter uma vida digna.

Que os colegas de Janaúba, aqueles que ainda não aderiram à greve, revejam sua posição e entrem no movimento com toda a energia para que possamos arrancar juntos os nossos direitos, através da única linguagem que este governo entende: a da luta!

Um forte abraço e força na luta!"



"Anônimo:

Bom dia Euler!URGENTE

UOL EDUCAÇÃO divulga matéria importantíssima sobre a greve que está acontecendo em oito ESTADOS BRASILEIROS (incluindo MG). Por favor, divulgue em seu blog para que os colegas mineiros ainda indecisos se aderem ou não a greve possam refletir de que esse é o melhor momento.

A EDUCAÇÃO NACIONAL PARALISADA É UM MOMENTO HISTÓRICO.

ABRAÇO A TODOS!!!

http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/06/10/professores-da-rede-publica-estao-em-greve-em-pelo-menos-oito-estados.jhtm

Comentário do Blog: e enquanto isso a CNTE, que deveria organizar uma paralisação nacional e dar visibilidade a este movimento nacional, inclusive com propaganda paga em rádios e TVs e jornais, simplesmente dorme. Quando todas as greves terminarem aí esta entidade vai propor paralisação de um dia, não se sabe bem para quê. O nosso momento é este, é agora, temos que levantar o Brasil e mostrar que não dá mais para continuar com essa realidade dramática de descaso para com a Educação e com os educadores. Vamos divulgar as nossas lutas e as lutas dos colegas dos outros estados e fazer chegar o nosso grito aos governos federal, estaduais e municipais.

"Alexandre Campos:

Enqunato nos organizamos em greve o governo vem só falando que em Minas a educação vai bem e muito obrigado!

Veja no link da secretaria :
https://www.educacao.mg.gov.br/imprensa/noticias/2059-plano-nacional-de-educacao-e-discutido-em-belo-horizonte

Tiveram reunião e ainda disseram que Minas aprovou o Plano Decenal da Educação em Minas. Aprovou sim através de leis delegadas sem consulta a qualquer comunidade e aos educadores. Esse bando de mentirosos, quando a casa destes vai começar a cair. É de deixar qualquer indignado o descaso do governo com nós profissinais em educação.
Força Sempre!!!"

"Anônimo:

EULER , A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO JÁ DISSE A APEOSP QUE VAI CUMPRIR RIGOROSAMENTE A DECISÃO DO STF, INCLUSIVE O TERÇO DE TEMPO EXTRA CLASSE, PORQUE O ANASTASIA NÃO FAZ O MESMO.

http://apeoespsub.org.br/teste/Fax/Fax_4511.pdf "

"Anônimo:

Juiz obriga Prefeita Cleide Oliveira a pagar o piso nacional aos Professores do Município.

http://bloglivreopiniao.blogspot.com/2011/02/juiz-obriga-prefeita-cleide-oliveira.html"

"Anônimo:

Caro Euler,
sinto-me orgulhosa em ter em nossa categoria uma pessoa como você!
No primeiro dia da greve eu estava me sentindo tão vazia, pois depois de participar de tantas
outras greves, ainda vejo na escola aqueles amigos do desgovernador, que só criticam o sindicato e nada fazem e NUNCA fizeram pela causa que deveria ser de todos mas não se constrangem em deixar alguns poucos irem à luta. É uma lástima, pois muitas vezes se gabam de ser durões com os alunos (é fácil,né?).

Felizmente,voltei ao ânimo (confesso, depoisde voltar a este blog) e também por entender que sindicato somos nós e devemos estar juntos na caminhada.

P.S. fico impressionada com uma coisa: muitos que reclamam do e às vezes tem anos da profissão sequer são sindicalizados e nunca participaram de nenhuma assembléia."

"marcia:

Euler, no jornal Estado de Minas Gerais pág. 9 a secretaria da educação postou uma nota com o titulo Educação Pública. Nele ela atesta que MG já paga o Piso através do subsidio. Que a lei 11.738/2008 estabele um piso de 1187,00 que com a proporcionalidade seria 712,00. E no subsidio o valor pago em MG é de 1.122, portanto muito superior. E mais algumas pérolas, digna de resposta paga pelo SINDUTE para esclarecimento a população mineira da enganação dessa senhora.

Para ela não existe plano de carreira."

"Anônimo:

EULER , ANASTASIA EM ENTREVISTA DISSE QUE MINAS PAGA O TERCEIRO MELHOR SALÁRIO DO PAIS E, NÃO TEM COMO NEGOCIAR MAIS, ESPERA APENAS O BOM SENSO DOS PROFESSORES.

http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,38580;4,governador+anastasia+visita+o+sul+de+minas.aspx"

"Anônimo:

Euler ,
Boa Tarde!
Você leu o Estado de Minas de hoje? Nele tem mais uma mentira ,desta feita , a Secretária Ana Lúcia A Gazzola ,diz que o governo já paga o piso.Piso é Piso e não subsídio que engoliu todas as vantagens adquiridas com os anos trabalhados de cada servidor.Creio que a Secretária esquece que o professor sabe tanto a diferença que já exigiu o retorno ao pagamento de dezembro de 2010. Pobre secretária!!!!!! Maris das Graças de Matos Maffra Professora Aposentada -Masp -2245355 -Timóteo"

Tema para o próximo post deste blog: Quando a cara de pau e o cinismo tentam substituir a verdade: piso não é subsídio!

"Anônimo:

Gente, eu estou convencida de uma coisa: custe o que custar (corte de salários, ameaças, reposições em férias, seja lá o que for!) NÃO podemos desistir dessa greve e só poderemos voltar para as escolas com nosso Piso garantido. Não somos idiotas! Sei o quanto será difícil para nós (principalmente se houver corte de salário), mas de desistirmos agora, podemos esquecer de qualquer valorização da nossa categoria. É agora ou nunca! Se desistirmos, novamente serviremos de chacota para governos, secretários, pelegos e etc! Temos que arrancar esse piso. A lei está ao nosso favor. Vamos fazer o que for preciso. Se for preciso perder o ano, que se perca. Chega de sermos passados para trás. Precisamos de ações drásticas, doa a quem doer. Essa é a hora dos professores. Outros estados estão em greve pela valorização da educação. Não vamos desistir diante das pressões que certamente virão e a primeira será corte de dias, pois o governo sabe como nos "pegar" e ele vai mexer no bolso, pois sabe que assim muitos correrão para a escola com "o rabinho entre as pernas" (desculpem pela expressão, mas é o que acontece). Não vamos desistir enquanto não pagar. Vamos ver quem tem mais força: nós, uma categoria que se une dentro da lei ou esse governo fora da lei. Abraços!"
"Maria Luiza D. Silveira:

Caro colega Euler, com salários dos professores nos níveis que este mesmo blog vem anunciando, que professor em Minas compra TV LCD ou carro Zero km? Este tipo de comentário pode trazer interpretações errôneas criando equívocos e contradições.

Maria Luiza D. Silveira"

Comentário do blog: cara colega Maria Luiza, com 360 meses de prestação é possível comprar um carro ou uma casinha de dois cômodos nos rincões de Minas. Comprar desta forma é possível. O problema é pagar. Ainda mais com este salário-de-fome-de-um-professor-de Minas (assim mesmo, tudo junto). E o pior ainda é deixar de fazer greve por conta destas supostas dívidas. Nada disso combina com a realidade que queremos, não é mesmo?

"Cristina Costa:

Euler,

Adorei o título do novo post!!!!

Vai ser explicativo também para nossos colegas que não querem entender que deveriam voltar para o antigo regime.

Um abraço"

"Anônimo:

ACREDITO QUE A SECRETÁRIA, A SUBSECRETÁRIA E A ANA LÚCIA DEVEM ESTAR SENDO MUITO BEM REMUNERADAS PARA TER TAMANHO CINISMO E DIZER TANTA MENTIRA E PENSAR QUE AINDA CONSEGUE ENGANAR OS OUTROS. ESSE TEMPO JÁ FOI. INFORMAÇÕES NÓS TEMOS DURANTE 24 HORAS POR DIA."

"cidalima.com:

É verdade que temos muitos colegas usando várias desculpas para não aderir ao movimento, e principalmente a perspectiva de reposição. Aliás, ficar na escola pra não ter o salário cortado é muita cara de pau. Vai ter que repor do mesmo jeito. Desculpe-me os colegas que estão nesta situação, mas não tem perdão para quem concorda em ganhar este mísero salário e ainda defender o direito de não participar do movimento. Qualquer profissional de curso superior ganha muito mais que o professor. Então tenho que concordar com O Euler quando diz que a escola que não para tem algum problema.Por que então o professor tem vergonha de ir pra rua exigir um direito que está garantido pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERGONHA é para o governo do Estado de MG, o segundo estado mais rico do país, pagar vergonhosos salários para educação, saúde e segurança, alguma coisa está errada com este governo. Gente, vamos aderir ao movimento para garantirmos condições dignas para a nossa categoria agora, NÃO PODEMOS MAIS ESPERAR A BOA VONTADE DE NOSSOS GOVERNANTES. QUEM FAZ A HISTÓRIA SOMOS NÓS. CIDA".


Postado por Blog do Euler às 12:09 20 comentários
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Lin