sábado, 21 de maio de 2011

LEIAM A PARTICIPAÇÃO DOS LEITORES EDUCADORES NO BLOG DO NOSSO QUERIDO AMIGO EULLER CONRADO

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"Elaine - Betim:

Talvez Euler , o sindicato esteja vendo no piso uma forma de perder a sua massa de manobra e ainda não sabe como irá lidar com isso.
Elaine - Betim "

"Flávio Pereira:

Euler gostaria de propor a vc um abaixo eletronico, com os nomes e masp dos professores que irão parar as atividades no dia 31/05 nas Gerais. Mostrar ao governador que a nossa revolução já está começando, muitos povos derrubaram lideres e a educação não ficará para trás, vamos nos mobilizar e mostrar através de nossa força que podemos sim salvar a educação.
Vamos fazer uma lista com milhares de assinatura de professores indignados, vamos mostrar a nossa força.

Paro no dia 31/05 Flávio Pereira Masp 825913-7 "

"Marcos:

Na minha opiniao, só faltou o convite para o Tiirica para discutir os problemas da Educação no Brasil. Como todo respeito aos nordestinos e ao Tiririca.
Eh direção marqueteira essa, hein!!"

"Anivaldo - Porteirinha:

Euler blogueiro, fico triste com essa noticia! ao saber do conselho, fiquei ansioso por informações e imaginei que essa reunião seria um momento de discussão mais aprofundada sobre a conversa com a secretária Gazolla. Ao que parece o palanque de Rogério Correia ainda não foi desmontado. Até quando os educadores serão massa de manobra? Nossa sorte é o espaço virtual que você Amigo( permita-me) nós oferece para trocarmos impressões e informações sobre nossa situação! Um grande abraço e muito obrigado. "

"Linder:

Caro Euler,
Também já postei um comentário para o sind ute, depois de anos acompanhando a atuação de um sindicato pelego, com um grando numero de desfiliação na nossa região ( Leste ), sentimos a partir de 2010 a volta de uma categoria animada, lutando nas ruas, escolas... Porém vem ocorrendo, na minha opinião, uma certa paciência das lideranças com o governo!!! Enquanto todo o interior se animou, espera pela luta, as lideranças estão pacientes demais com a enroleção do governo, aqui na região achamos que o prezo máximo para tal enrolação precisa ser até 31 de maio, caso contrario deveriamos radicalizar!!!

Linder"

"Evardo de Abreu:

ÊÊEÊÊ^^EEÊ^^EÊ^.... e o Anastasia agradece a divisão da categoria e a proposta de divisão do sindicato exatamente nesse momento nevrálgico da negociação!!!!
Penso que primeiro aglutinamos força contra o enrola enrola do governo e depois arrumamos a casa. Mas pelo jeito. O Governador deve estar rindo até o canto com a categoria dividida mais uma vez. Opiniões pessoais são uma coisa, mas daí a postar em um gde meio de comunicação como esse exatamente nesse momento é no mínimo temerário. Enfim...

Evardo de Abreu "

"Alessandro:

Euler
Estou convicto que nós professores devemos tomar algumas atitudes em relação ao nosso Sindicato
1- Desfiliação e massa
2- Fundar outro Sindicato somente com pessoas interessadas em lutar pela categoria e não ser palanque ou fonte de arrecadação para custear as mordomias de poucos
3- Não sei se vc irá concordar comigo mais se todas as nossas reivindiações forem acatadas o Sindicato não terá papel algum
4- Então por isso que para eles o pior e melhor "

"Anônimo:

Caro Euler! Serão muitos a aderir à causa e buscar um caminho Não podemos desmerecer este momento histórico de conquista legal da categoria (piso-piso). É a questão! Se o sindicato só quer palanque e palco, nós queremos outras coisas, dentre elas, respeito. Desde quando um grupo de representantes de categoria podem defender tamanhos absurdos na forma como estamos vendo o SindUte fazer? Isso que é desperdiçar conquistas e oportunidades.E o pior: onde vai parar tamanha irresponsabilidade? Nós sabemos: como prejuízo nosso, financeiro e moral, porque é um desgaste totalmente desnecessário; porque Minas Gerais em tempo algum vai pagar piso que não seja o mínimo estabelecido pelo MEC, porque o tempo só está passando , o governo se preparando para o bote fatal (senão não se justificaria tanto segredo) e a base da categoria contabilizando os trocados das perdas futuras (que nem precisaria acontecer se o governo estivesse devidamente pressionado) É hora de ação de nossa parte! "

"Geraldo Antonio (município de Uberlândia):

Caro Euler,

Tenho acompanhado seu blog. Muito informativo. Você faz o que a dieração do sindute não faz.
O que eu acho engraçado no sindicato é que ele é contra a reeleição por mais de dois mandatos para direção de escola, para eleição de presidente da república, de governador e de prefeito. Por que a direção do sindicato não é contra a reeleição por mais de dois mandatos do próprio sindicato. Há muito que sou a favor disso. Votei nesta proposta no último congresso mas a proposta foi perdedora. É hora de mudar isso. Acredito que o seu blog tem um importante papel no sentido de divulgar esta proposta para o próximo congresso. Vamos fazer essa campanha?
Abraços fraternos,
Geraldo Antonio (município de Uberlândia) "

"Silvio - Geografia:

Caro Euler. Comungo de sua irritação pela falta de objetividade e descaso sobre as não ações da cúpula do sindicato à respeito de lei do piso e seus desdobramentos. É claro que, não só suas acertadas opiniões, mas um forte coro soará por parte de TODOS os servidores da educação e demais simpatizantes, que possuem um senso crítico e politizado, contra àquelas pessoas que deveriam nos representar e lutar por nossos direitos. Não podemos, numa hora extremamente estratégica, deixar que objetivos capiciosos e velados por discursos vasios, venham corromper uma história de muitas lutas e e enormes decepções. Decepções essas, que podem ter um início de resgate com a aplicação da Lei do Piso JÀ. Façamos TODOS, o que for preciso, para que essa oportunidade NÂO se esvasie. "

"Luiz Fernando:

Prezados Euler e demais companheiros,
Foi dado o ultimato ao sindute: ou realmente luta pelos nossos interesses, ou nós mesmos o faremos. Caso não se perceba uma mudança de postura do sindicato na assembléia deste sábado, proponho que promovamos um encontro de educadores, coordenados por este blog, na capital ou em outra localidade, para discutirmos nossas ações. Me coloco à disposição do blog nesta luta.
Abraços,
Luiz Fernando "

"Leonardo - Contagem:

A Reunião do conselho do sindu-UTE, conforme proposta de uma pessoa do município de Juiz de Fora e outra de Araguari, no último conselho, seria para veirificar a prestação de contas, uma vez que várias subsedes estão ficando sufocadas em função dos descontos feitos pela Sede Central. Este era o tema da reunião. Agora a Direção Estadual mudou o foco, com objetivos claros de promover deputados e desviar o foco da proposta original. è hora de vermos as contas do SINDUTE - Isso é importante para o enfrentamento com o governo, para cobrar o pagamento do piso, termos um jurídico que dê conta dos nossos prlblemas - como por exemplo não redução de salário. Ir para a mídia.
Leonardo - Contagem "

"Alessandro:

Euler como sugestão
Entrar na Justiça contra o Governo da não aplicação do Piso e tbem contra o nosso valoroso sindicato por omissão, incompetência.
Ou mandar o vidro de olho de peroba por achar que todos nós somos idiotas, vamo fazer uma campanha NÃO AO NOSSO SINDICATO.
A propósito nós estamos bem servidos de representação sindical uma APPMG que é um bando de puxa-saco do governo
e o nosso valoroso Sind Ute, pois para não perder a sua arrecadação está fazendo corpo mole
o que me revolta mais ao inves de usar ao reverter o dinheiro para nós professores usam para financiar campanhas eleitorais ".

"Anônimo:

EULER , SOU FILIADO E ESTOU COM VOCÊ PARA O QUE DÉR E VIER. "

"Anônimo:

É EULER ,O PESSOAL DO SINDUTE FICA AI DORMINDO E A ANA LUCIA GAZOLLA SO COMENDO PELAS BEIRADAS, O SINDICATOZINHO DE BOS...

https://www.educacao.mg.gov.br/imprensa/noticias/1981-secretaria-de-estado-de-educacao-conquista-aprovacao-dos-profissionais-da-educacao-de-janauba "

"
Anônimo:

Caro Euler:

Se o PISO é lei, o governo mesmo depois do acórdão ele poderá não implantar o seu valor?
Já não é uma vitória dos professores?
E mesmo que o governo não aceite nos pagar o que é devido, o sindute poderá entrar com uma ação judicial.
Nesse momento acho que devemos voltar para a carreira antiga, com as vantagens, e o nosso tempo, porque o piso já é lei.

Um abraço! "


"Anônimo:

Tivemos um curso com funcionários da SRE e tivemos também a confirmação que o PISO É LEI e nenhum prefeito e governador pode recusar a pagar o piso aos professores,não adianta eles quererem passar por cima de uma lei já aprovada pelo STF. Essa informação foi passada pela funcionária da SRE. Nos disse também antes de decidir em qual sistema remuneratório ficar, entre primeiro em seu blog. Então mais uma vez PARABÉNS e que Deus o ilumine sempre, pois só através do seu blog ficamos informados. Aliás por onde anda o SINDUTE, que não deixa nenhuma informação.Vou me desfiliar e convido outros colegas de profissão a fazer o mesmo."

"Anônimo:

EULER, AQUI EM MINHA CIDADE, QUEM AINDA NÃO VOLTOU AO REGIME ANTIGO VAI VOLTAR ATÉ DIA 6. ACREDITO QUE VAI SER UM NÃO EM MASSA AO FAMIGERADO SUBSÍDIO. CHEGA DE DESCASO DE GOVERNO COM NOSSA CLASSE. ELE FAZ TANTA QUESTÃO DE PARECER BONZINHO, ENTÃO É HORA DE MOSTRAR NÃO BONDADE, MAS COMPETÊNCIA EM ATENDER A UMA LEI QUE É DO CONHECIMENTO DE TODOS. UM ABRAÇÃO A VOCE."

"Edilson Luiz de Souza:

Euler concordo com você.E o problema é que se o governador conceder algum aumento em cima do subsídio,aí sim,estaremos perdidos e podemos dar adeus a qualquer chance de negociar.É uma pena,mas muitos companheiros estão satisfeitos com as migalhas atiradas pelo governador."


"Professora - Santa Catarina

caro amigo,
Sou a professora de Santa Catarina que lhe escreveu há algum tempo e quero compartilhar nossa situação. Estamos em greve há três dias porque o atual governador se nega a pagar o piso sem que seja o acórdão. Porém como a greve tem afetado 90% das escolas estaduais, o governador chamou novamente o SINTE para apresentar nova proposta. O governador queria continuar somando gratificações ao piso, o que é ilegal perante a lei. Nossas manifestações têm sido intensas com o apoio do SINTE, que vem trabalhando arduamente ao nosso lado. Tenho visto a angústia de vocês mediante ao posicionamento sindicato, e quero lhe dizer que aqui em Santa Catarina o nosso sindicato está nos apoiando em tudo, buscando apoio com vereadores, deputados e senadores. Inclusive entrou com uma ação no Ministério Público contra a Secretaria de Educação do estado por estar ameaçando os professores grevistas. O SINTE tem visitado as escolas e todos os dias tem organizado diversas manifestações públicas para pressionar o governo a pagar o piso. A mobilização aqui tem sido intensa e está fazendo com que o governador refaça as contas para nos pagar. Cobrem também do sindicato de vocês este trabalho de mobilização para pressionar o governo. Mantenho contato sobre nossas negociações. "

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Um pouco de humor para passar o domingo:

Humor perfumado: na reunião do conselho, como eu havia dito, o amigoRômulo falou em duas oportunidades. Na primeira fala dele, na parte da manhã, ele se apresentou como representante da Liga Operária e Camponesa. Na fala da tarde ele já agiu como um orador do Blog do Euler, rsrs. Na fala da manhã, ele defendeu questões de princípios revolucinários, citando Marx, Lênin, etc, criticando o economicismo dos dirigentes sindicais e conclamando todos a terem uma compreensão mais ampla da luta, por uma sociedade comunista. Só no finalzinho da primeira fala ele enfatizou a importância do piso. Na hora do almoço, ele me perguntou o que eu achei da fala dele. E eu lhe disse, em tom de gozação: olha Rômulo, tirando os 80% das ideologias, o restante ficou muito bom, rsrs. Mas, o que eu mais gostei na fala dele, foi quando ele disse: o mais importante é isso (numa referência à luta política que ele acabara de defender), o resto... é perfumaria", e quando disse "perfumaria" esticou o braço na direção da mesa composta por dirigentes sindicais e pelo deputado do MSC. Talvez isso tenha acontecido inconscientemente, já que o Rômulo é uma pessoa muito sensível e delicada até, mesmo quando defende de forma intransigente as mais radicais propostas. Mas, isso não passou de forma despercebida para o registro deste blog.

Mais um pouco: ainda em direção ao almoço, na reunião de ontem, os colegas do PSTU comentavam orgulhosos da fala da professoraAmanda Gurgel. Está vendo, Euler, ela é do PSTU... E eu dizia: mas a fala dela teve essa merecida repercussão porque ela falou de forma direta, sem curva. Se fizesse um discurso ideológico, todo planejado, seguramente não teria nenhuma repercussão. E neste instante um dos colegas do PSTU arrematou: o Zé Maria é que se cuide! Para quem não sabe, Zé Maria tem sido o candidato a presidência da República do PSTU nas últimas eleições. É uma liderança política, com importante passagem no movimento sindical e operário. Mas, depois da fala da nossa colega professora Amanda, é bom mesmo que ele coloque as barbas de molho.

E para finalizar a sessão: o abraço do Paulão. Como relatei acima, tomei um café caprichado com os educadores do Estadual Central, convidado que fui pelos colegas Toninho e Israel. O primeiro, gente da melhor qualidade, grevista de primeira hora, estudou comigo; o outro, também grevista ao som do primeiro toque, trabalhou um tempo comigo na EE Machado de Assis. Mas, o Israel reclamou que no dia daaudiência na ALMG, dia 04 de maio, quando foi cumprimentar a combativa turma de Vespasiano e São José, recebeu um abraço tão apertado do Paulão que ele saiu com o corpo todo desmantelado. Diz ele que trabalhou uma semana com dores terríveis por todo o corpo. Expliquei para ele que o Paulão pratica o Jiu-Jitsu, e como ele é iniciante na área, deve ter aproveitado para treinar um golpe novo com o Israel. Mas, depois pensei: e se a gente convocasse o Paulão para acompanhar o governador Anastasia nas suas andanças? Ele ia sentir a verdadeira força dos educadores.

***
"Rômulo:

Ontem, após a reunião do Conselho Geral, chegando em casa nem bem cumprimentei a companheira, já corri para a estante e peguei o dicionário para saber o significado da palavraprocela.

Estava muito curioso, já que na hora que o dirigente do SINDPOL disse essa bela palavra eu não entendi, perguntei para o Euler que fez negativo com a cabeça, perguntamos para o Mestre Martinho e ele também nem imaginava o que significava.

PROCELA: tormenta no mar, tempestade, grande agitação.

Fechei o dicionário, abracei a companheira e disse: VIVENDO E APRENDENDO!

Faltam 09 dias para a Assembleia que considero a mais importante dessa campanha salarial. Na minha opinião devemos seguir o exemplo dos educadores do estado de Santa Catarina e não esperar pela publicação do acórdão e cruzar os braços exigindo a aplicação imediata do PSPN e a recomposição salarial para os outros cargos da educação.

Seguir o exemplo dos educadores potiguares, onde 90% da categoria aderiu ao movimento grevista.

Apresentar uma plataforma mínima para o governo, cruzar os braços e disputar a opinião pública.

Quem Sabe faz a Hora!

Por uma grande PROCELA dos educadores de MG!

Rômulo"


Comentário do Blog: não é que eu havia esquecido dessa palavrinha, rsrs. Bem lembrado, camarada Rômulo. Ante ao governo que protela o pagamento do piso, façamos uma procela!



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Há seriedade ou espetáculo no Sindicato ( SIND-UTE) de M.G.?É o que Euller questiona.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sindicato promove espetáculo, talvez para não discutir seriamente os problemas da categoria



Sindicato promove espetáculo, talvez para não discutir seriamente os problemas da categoria


A reunião do conselho geral do Sind-UTE, que se realizará amanhã, dia 21, tinha tudo para ser uma reunião produtiva e objetiva, voltada para os problemas da categoria dos educadores. Seria o momento para analisarmos com detalhe as negociações com o governo, a nossa pauta de reinvindicações e bandeiras de luta, corrigindo os erros e construindo uma necessária unidade na luta. Mas, ao que parece, a direção sindical não quer que isso aconteça.

Pela pauta da reunião indicada no site do sindicato, percebe-se claramente que está sendo montado um palanque político, um espetáculo, como cortina de fumaça para engessar a categoria. Vamos passar o dia todo ouvindo discursos políticos de dirigentes sindicais e deputados da oposição, com pouquíssimo tempo reservado para que a base da categoria se pronuncie, com o tempo e com a profunidade de análise necessária para a construção da nossa luta.

O primeiro ponto de pauta indica a discussão da conjuntura de Minas. Ali vamos "aprender" que Minas está crescendo e que o governo mantém os salários dos servidores arrochados; que contratou centenas de pessoas através de leis delegadas; e que mantém e renova a sua política de choque de gestão, iniciada no governo do faraó. O que mais será dito, que já não sabíamos, nesta primeira parte da manhã?

Se era para montar um espetáculo, deveriam chamar também alguém para falar da conjuntura nacional, na qual o governo federal impôs uma política de choque de gestão quase idêntica ao do governo de Minas, com direito a congelamento salarial e à manutenção de um valor do piso do magistério muito aquém do que merecemos.

Aliás, poderiam convidar também alguém para falar do cenário internacional, que é marcado, de um lado, pela crise mundial nos países ricos; e de outro, pela revolta dos povos árabes, e com a intervenção imperialista em vários países.

Por mais que reconheçamos a importância de todos estes e outros temas, não podemos deixar de dizer que a reunião do conselho sindical, às vésperas da nossa assembléia do dia 31, e tendo em vista a fragilidade nas negociações entre a comissão sindical e o governo de Minas, deveria ter outro foco.

O centro nervoso desta reunião tinha que ser, necessariamente: a reflexão sobre a forma de negociação com o governo e a rediscussão da pauta de reivindicações, a qual inclui exigências que extrapolam às conquistas legais que obtivemos com a lei do piso - e que podem escapar das nossas mãos, graças à conduta da direção sindical.

Deveríamos amarrar, nesta reunião, o nosso programa mínimo, de exigência ao governo e de ação junto à categoria e à comunidade. Era o momento para sairmos dali com força, com um discurso único, construído para convencer a todos, especialmente para contar com amplo apoio da base da categoria e da comunidade - e nos prepararmos, se necessário, para uma prolongada greve geral por tempo indeterminado.

Mas, vamos talvez desperdiçar essa oportunidade, para dar guarida à estratégia político-eleitoral do grupo que comanda o sindicato, o mesmo blocão que reúne o PT-CUT-CNTE.

Por isso estou escrevendo agora não mais para "sensibilizar" a direção sindical, mas para um chamamento à base da categoria: vamos acordar e tomar as rédeas desse jogo nas nossas mãos.

Temos tudo para conquistar os nossos direitos, do programa mínimo que temos repetidas vezes publicado aqui, mas podemos perdê-lo, por conta dos interesses convergentes entre o governo e a oposição.

Não estou sugerindo a desfiliação em massa do sindicato, e muito menos o abandono da luta. Pelo contrário: sugiro que passemos a nos encontrar e a nos articular para não aceitar mais estas manobras que vão nos conduzir ao fracasso. O governo não leva mais a sério a nossa categoria, já que percebeu que a direção sindical faz um jogo que lhe agrada.

Esta direção fez corpo mole para entrar na campanha pelo retorno da categoria para o antigo regime remuneratório; depois fez corpo mole na pressão ao STF, tanto para a aprovação do piso enquanto vencimento básico, quanto para a questão do terço de tempo extraclasse. Sequer tiveram a coragem de assinar e indicar no site do sindicato o abaixo-assinado que promovemos para pressionar o STF. E vem encampando reivindicações da CNTE, como o piso de R$ 1.597 para o professor com ensino médio para a jornada de 24 horas, que sequer é reconhecido pelo MEC. Tem dado prioridade à eleições para diretores de escola, deixando escoar o tempo de opção para o antigo regime remuneratório. Isto sem falar no silêncio cúmplice da direção após as reuniões com o governo, só divulgando um relatório resumido após enorme pressão aqui no blog.

É hora, portanto, de deixarmos bem claro para a direção sindical: ou eles mudam esta postura, ouvindo a categoria, estabelecendo um diálogo horizontal, ou vamos começar a propor a mudança geral no sindicato, inclusive da direção. Não se trata aqui de nenhum golpe, mas do direito legítimo, de classe, da categoria reagir em defesa dos seus (nossos) interesses.

Não dá para combater o tempo todo em duas frentes: contra o governo e contra a direção sindical. Contra o primeiro, a luta é permanente; contra o outro, depende da categoria, se quer manter esse quadro de desconfiança eterna, ou se quer construir um outro tipo de sindicalismo, combativo, autônomo, não atrelado aos partidos e aos governos. Um sindicalismo de classe, enfim.

Amanhã eu quero estar na reunião do conselho geral, nem que seja para, mais uma vez, me sentir agredido pela prática do espetáculo. Mais um na nossa vida, a nos iludir, a construir cortina de fumaça para que não discutamos as coisas que nos atingem. Mais um momento de fazer curva na conversa, que deveria ser direta, reta, em torno das bandeiras comuns que envolvem os interesses de toda a categoria.

Depois eu trarei aqui a percepção do que eu vi. E até onde minha paciência aguentar.

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

BLOG DO EULLER conclama a classe de educadores de M.G. a exigir do, governo, o nosso PISO SALARIAL.

As tabelas revelam: subsídio, não!



Na foto, da esquerda para a direita, Carminha, diretora da subsede do Sind-UTE de Vespasiano e São José, o editor do blog, Alex, Paulão, Carlos Alberto, João Martinho e Cláudia Luiza - uma parte da turma de combate de Vespá e São José. A foto foi tirada na audiência da ALMG pelo professor Anderson, que também faz parte da galera da luta.


E por falar em turma de luta, eis a seguir um vídeo que recebi por e-mail. Trata-se do depoimento daprofessora Amanda Gurgel, diretamente do Rio Grande do Norte - a turma de combate do Nordeste não tá pra brincadeira não! -, que abre o verbo e mostra a realidade da Educação pública e dos educadores no Brasil. Vale a pena ver e ouvir.

QUARTA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2011

Se tiverem (tivermos) vergonha na cara, educadores cruzam os braços no final de maio para exigir do governo o piso já!




A fala que desmascara os de cima

Se tiverem (tivermos) vergonha na cara, educadores cruzam os braços no final de maio para exigir do governo o piso já!

Há momentos na nossa vida que precisamos decidir se queremos continuar a ser tratados como escória, ou se queremos nos fazer respeitar, exigindo nossos direitos. Este momento, para os educadores de Minas, está próximo de acontecer.

Desde o dia 06 de abril de 2011, data em que o STF julgou constitucional a Lei do Piso - que foi aprovada em 2008, mas que estava suspensa por força de uma ADI de cinco cretinos desgovernadores -, que TODOS OS GOVERNOS que não pagam o piso estão sonegando nossos direitos.

Não se trata aqui de esperar pelapublicação de um acórdão, como tem dito, de forma repetida e enfadonha, o governo mineiro. O acórdão do STF é um mero texto que detalha asdecisões principais, que já são do conhecimento público de todo o país. Essas decisões são claras feito o dia: 1)o piso é o valor do vencimento básico, livre de quaisquer gratificações e vantagens; 2) a lei do piso é constitucional de forma integral, incluindo aí o terço de tempo extraclasse, e deve ser cumprida imediatamente.

Não há qualquer argumento capaz de tergiversar sobre a obrigatoriedade de cumprirem a lei do piso. Se disserem os governantes que não têm recurso para pagar o piso, a lei prevê que elesdevem elaborar uma planilha detalhada provando que não conseguem pagar o piso e com isso receberão aporte financeiro da União. Agora, se têm recurso em caixa e não querem pagar o que é direito dos educadores, é porque não merecem o respeito da comunidade, que precisa, exige e tem direito a uma Educação pública de qualidade.

Se a desculpa é saber se devem ou não pagar o atrasado, já que o piso deveria ser pago integralmente desde janeiro de 2010, nada impede quecomecem a pagá-lo a partir de agora, imediatamente, negociando o possível retroativo com a categoria, assim que for publicado o acórdão.

Finalmente, se a desculpa é a lei de responsabilidade fiscal (LRF), cabe dizer que esta lei não é superior a outra lei federal que exige o pagamento do piso. Se conflito houver nas contas do governo, deve ele resolvê-lo através de negociações com o Tribunal de Contas, ou com o governo federal, ou junto ao Congresso Nacional. Mas, deve pagar imediatamente o piso, pois descumprir uma lei, sob o pretexto sem lógica de que uma outra lei, a LRF, poderia ser atingida, é uma agressão aos direitos dos educadores. Estes, não podem mais uma vez pagar esta conta!

A valorização dos educadores é o primeiro item para se pensar numa educação de qualidade. Não haverá educação de qualidade enquanto os seres humanos que são responsáveis por esta educação continuarem sendo tratados com tal descaso.

Até o momento, a direção do Sind-UTE e o governo de Minas já realizaram meia dúzia de reuniões, através das quais discutiram e decidiram coisas importantes para a categoria, mas,em matéria de salário, de pagamento do piso e do terço de tempo extraclasse, não houve qualquer avanço.

É bem verdade que o sindicato continua errando ao cobrar do governo um valor do piso que não é reconhecido nem pelo MEC, e que portanto, não receberá qualquer aporte financeiro caso o governo mineiro argumente não ter recursos para pagar tal valor. Deveria o sindicato, neste primeiro momento de implantação do piso, cobrar aquilo que a lei considera como o mínimo obrigatório: o piso do MEC de R$ 1.187,00 proporcionalmente à jornada praticada em Minas de 24 horas, para o professor com ensino médio, com as respectivas variações percentuais de acordo com os níveis de formação acadêmica do nosso plano de carreira.E exigir do governo que aplique o mesmo reajuste às demais carreiras da Educação, além do terço de tempo extraclasse, que é parte integrante do piso.

Num momento posterior cobraremos do MEC um reajuste para o piso, que o torne um valor decente, à altura da importância que atribuem à Educação e aos educadores.

Mas, é fato que o governo mineiro quer ganhar tempo, ao dizer que aguarda a publicação do acórdão. Isso significa uma clara sonegação de direitos que já foram constituídos em favor dos professores. O fora-da-lei, neste caso, não são os educadores, caso resolvam cruzar os braços para defenderem os seus direitos básicos de sobrevivência, mas o governante que se recusa a cumprir a lei, que foi aprovada por consenso no Congresso Nacional em 2008, foi promulgada pelo presidente da República e julgada constitucional de forma plena pelo STF.

Por isso, atrasar o cumprimento da lei do piso constitui uma agressão gravíssima aos educadores e a todos os mineiros e brasileiros - e isso precisa já, urgentemente, ganhar a proporção que o caso requer. É preciso que comecemos já, a discutir com alunos e pais de alunos nas 3.000 escolas de Minas, a explicar tolerantemente o quanto a Educação e os educadores mineiros estão sendo tratados com descaso.

Já percebemos que os mecanismos de negociação entre a comissão sindical e o governo estão chegando a um limite de desgaste, numa claraestratégia do governo de fomentar o medo, a dúvida, a incerteza, ao mesmo tempo que acena com pequenas concessões para que as pessoas se mantenham acomodadas na lei do subsídio.

Será preciso reverter esta situação,com outra tática, mais ofensiva, por parte dos educadores. Em primeiro lugar, deixando claro para o governo quais são os pontos prioritários da negociação em curso; em segundo, estabelecendo um limite temporal para que o governo responda às nossas reivindicações; em terceiro lugar, informando a categoria detalhadamente, após cada reunião com o governo, para que o governo saiba que estamos nos mobilizando e nos preparando para a luta. A atitude distante e passiva da direção sindical não tem contribuído para gerar confiança e disposição entre os educadores.

O governo precisa ficar ciente que nós temos a lei do nosso lado, e que ele pode até descumpri-la por algum tempo. Mas, nós temos também a força organizada e unida de 200 mil educadores, que podem se revoltar.

Não se trata aqui de nenhuma intransigência por parte da categoria, que tem agido com tolerância e enorme generosidade ao longo de mais de uma década. As perdas que tivemos nos últimos anos são incalculáveis. Perdas materiais, perdas morais, perdas humanas até, se considerarmos que muita gente adoeceu, abandonou a área da educação, ou até mesmo enlouqueceu, por conta das políticas públicas irresponsáveis para a área da Educação, por parte dos diversos governos em todo o país.

Na última greve de 2010 - a nossa maravilhosa revolta-greve de 47 dias -, percebemos um pouco a retomada da auto-estima de muitos colegas da categoria, que estavam céticos e desanimados em relação ao presente e ao futuro da Educação, e já se preparavam para mudar de carreira.Foi a luta resgatou estes colegas, e não a política dos governos, que só faz tirar direitos e sonegar aquilo que conquistamos.

É hora, portanto, de nos prepararmos para mais uma greve de longa duração. Não vou negar para vocês, colegas: se chegarmos a essa decisão, vai ser uma batalha dura, renhida, com ranger de dentes, porque dela dependerá talvez o futuro da Educação em Minas e no Brasil. Até o momento nós estamos evitando a greve, para não provocar desgastes, e até mesmo esperando por acenos de bom senso por parte do governo.

Mas, a nossa espera tem limites. Já estamos no meio do ano de 2011, temos uma lei do piso nas mãos e o governo se mantém parado, a pronunciar que aguarda pela publicação de um acórdão, que não está acima da lei federal que encontra-se em vigor; e nem tampouco é, tal instrumento, mais importante do que a decisão de mérito já tomada pelo STF e publicada em ata. Não podemos, portanto, continuar submetidos a essa lógica de enganação e enrolação.

Somos a categoria mais mal remunerada do estado de Minas e do Brasil. Nenhuma outra carreira, comparativamente à complexidade do trabalho dos educadores e com equivalente exigência acadêmica, recebe vencimentos básicos tão ridículos quanto a dos educadores mineiros. Piso de R$ 369,00 para um professor com ensino médio e R$ 500,00 para um professor com ensino superior - esta é a nossa realidade, contrariando o que manda a lei do piso.

Por isso, no final deste texto, quero reproduzir novamente o programa mínimo que interessa à categoria, para que o governo, num lampejo de bom senso, possa colocá-lo em prática de forma integral, evitando assim uma greve que poderá arrastar-se por meses.

Desde já a comunidade deve ser informada do que se passa, e do que está por vir, caso o governo não cumpra a lei e nos pague o piso. Ao mesmo tempo, devem os educadores refletirem sobre o papel que lhes cabe neste momento, como profissionais e como pessoas que têm respeito por si próprios e pelos colegas, e não aceitem de maneira alguma conviver com essa realidade.

Não estamos mais naquela triste fase da lamentação isolada nos corredores, sem capacidade de reação; ou do choro pela incapacidade de reagir aos ataques inimigos; nada disso! Estamos de pé, camaradas de luta, prontos para o combate, edispostos a ir a luta pelos nossos direitos, a enfrentar o mundo se necessário for, por uma causa que é justa. Pela real valorização dos educadores, condição essencial para uma educação pública de qualidade para todos.

Estejamos prontos, portanto, para atender ao chamamento de uma greve geral por tempo indeterminado na assembleia do dia 31 de maio, caso o governo não responda positivamente às nossas reivindicações básicas, a saber:

- pelo retorno de todos ao antigo regime remuneratório, sem redução de salário;
- pelo pagamento do piso do MECimediatamente;
- pela aplicação do terço de tempo extraclasse com o pagamento de 03 aulas de extensão;
- pelo reajuste nas tabelas das demais carreiras da Educação com os mesmos percentuais dos professores;
- pela devolução das gratificações confiscadas dos novatos em 2003;
- pelo direito dos novos concurs
ados e designados de optarem pelo antigo regime remuneratório.

***
"Anderson- Pará de Minas:

Caro Euler

Deixo aqui minha sugestão : criação da jornada de 27 horas ( 18 + 9) para professor , para não causar grandes mudanças na carga horária e na grade curricular .Com isso , o menor salário da tabela será R$ 801,22 para Professor com Ensino Médio , aplicando a proporcionalidade da Lei do Piso .
Um abraço
Anderson - Pará de Minas
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Comentário do Blog: De fato, combativo colega Anderson (de Pará de Minas), não deixa de ser uma boa alternativa, pois assim não precisaríamos alterar a jornada em sala de aula praticada atualmente, e aumentaria o valor do piso para todos.Os vencimentos básicos ficariam assim: PEB1A - R$ 801,22; PEB2A - R$ 977,49; PEB3A - R$ 1.192,54; PEB4A - R$ 1.454,90; PEB5A - R$ 1.774,98; e PEB6A - R$ 2.165,47. Sobre estes valores incidiriam as gratificações e vantagens.

BLOG DO EULLER conclama a classe de educadores de M.G. a exigir do, governo, o nosso PISO SALARIAL.


QUARTA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2011

Se tiverem (tivermos) vergonha na cara, educadores cruzam os braços no final de maio para exigir do governo o piso já!




A fala que desmascara os de cima

Se tiverem (tivermos) vergonha na cara, educadores cruzam os braços no final de maio para exigir do governo o piso já!

Há momentos na nossa vida que precisamos decidir se queremos continuar a ser tratados como escória, ou se queremos nos fazer respeitar, exigindo nossos direitos. Este momento, para os educadores de Minas, está próximo de acontecer.

Desde o dia 06 de abril de 2011, data em que o STF julgou constitucional a Lei do Piso - que foi aprovada em 2008, mas que estava suspensa por força de uma ADI de cinco cretinos desgovernadores -, que TODOS OS GOVERNOS que não pagam o piso estão sonegando nossos direitos.

Não se trata aqui de esperar pelapublicação de um acórdão, como tem dito, de forma repetida e enfadonha, o governo mineiro. O acórdão do STF é um mero texto que detalha asdecisões principais, que já são do conhecimento público de todo o país. Essas decisões são claras feito o dia: 1)o piso é o valor do vencimento básico, livre de quaisquer gratificações e vantagens; 2) a lei do piso é constitucional de forma integral, incluindo aí o terço de tempo extraclasse, e deve ser cumprida imediatamente.

Não há qualquer argumento capaz de tergiversar sobre a obrigatoriedade de cumprirem a lei do piso. Se disserem os governantes que não têm recurso para pagar o piso, a lei prevê que elesdevem elaborar uma planilha detalhada provando que não conseguem pagar o piso e com isso receberão aporte financeiro da União. Agora, se têm recurso em caixa e não querem pagar o que é direito dos educadores, é porque não merecem o respeito da comunidade, que precisa, exige e tem direito a uma Educação pública de qualidade.

Se a desculpa é saber se devem ou não pagar o atrasado, já que o piso deveria ser pago integralmente desde janeiro de 2010, nada impede quecomecem a pagá-lo a partir de agora, imediatamente, negociando o possível retroativo com a categoria, assim que for publicado o acórdão.

Finalmente, se a desculpa é a lei de responsabilidade fiscal (LRF), cabe dizer que esta lei não é superior a outra lei federal que exige o pagamento do piso. Se conflito houver nas contas do governo, deve ele resolvê-lo através de negociações com o Tribunal de Contas, ou com o governo federal, ou junto ao Congresso Nacional. Mas, deve pagar imediatamente o piso, pois descumprir uma lei, sob o pretexto sem lógica de que uma outra lei, a LRF, poderia ser atingida, é uma agressão aos direitos dos educadores. Estes, não podem mais uma vez pagar esta conta!

A valorização dos educadores é o primeiro item para se pensar numa educação de qualidade. Não haverá educação de qualidade enquanto os seres humanos que são responsáveis por esta educação continuarem sendo tratados com tal descaso.

Até o momento, a direção do Sind-UTE e o governo de Minas já realizaram meia dúzia de reuniões, através das quais discutiram e decidiram coisas importantes para a categoria, mas,em matéria de salário, de pagamento do piso e do terço de tempo extraclasse, não houve qualquer avanço.

É bem verdade que o sindicato continua errando ao cobrar do governo um valor do piso que não é reconhecido nem pelo MEC, e que portanto, não receberá qualquer aporte financeiro caso o governo mineiro argumente não ter recursos para pagar tal valor. Deveria o sindicato, neste primeiro momento de implantação do piso, cobrar aquilo que a lei considera como o mínimo obrigatório: o piso do MEC de R$ 1.187,00 proporcionalmente à jornada praticada em Minas de 24 horas, para o professor com ensino médio, com as respectivas variações percentuais de acordo com os níveis de formação acadêmica do nosso plano de carreira.E exigir do governo que aplique o mesmo reajuste às demais carreiras da Educação, além do terço de tempo extraclasse, que é parte integrante do piso.

Num momento posterior cobraremos do MEC um reajuste para o piso, que o torne um valor decente, à altura da importância que atribuem à Educação e aos educadores.

Mas, é fato que o governo mineiro quer ganhar tempo, ao dizer que aguarda a publicação do acórdão. Isso significa uma clara sonegação de direitos que já foram constituídos em favor dos professores. O fora-da-lei, neste caso, não são os educadores, caso resolvam cruzar os braços para defenderem os seus direitos básicos de sobrevivência, mas o governante que se recusa a cumprir a lei, que foi aprovada por consenso no Congresso Nacional em 2008, foi promulgada pelo presidente da República e julgada constitucional de forma plena pelo STF.

Por isso, atrasar o cumprimento da lei do piso constitui uma agressão gravíssima aos educadores e a todos os mineiros e brasileiros - e isso precisa já, urgentemente, ganhar a proporção que o caso requer. É preciso que comecemos já, a discutir com alunos e pais de alunos nas 3.000 escolas de Minas, a explicar tolerantemente o quanto a Educação e os educadores mineiros estão sendo tratados com descaso.

Já percebemos que os mecanismos de negociação entre a comissão sindical e o governo estão chegando a um limite de desgaste, numa claraestratégia do governo de fomentar o medo, a dúvida, a incerteza, ao mesmo tempo que acena com pequenas concessões para que as pessoas se mantenham acomodadas na lei do subsídio.

Será preciso reverter esta situação,com outra tática, mais ofensiva, por parte dos educadores. Em primeiro lugar, deixando claro para o governo quais são os pontos prioritários da negociação em curso; em segundo, estabelecendo um limite temporal para que o governo responda às nossas reivindicações; em terceiro lugar, informando a categoria detalhadamente, após cada reunião com o governo, para que o governo saiba que estamos nos mobilizando e nos preparando para a luta. A atitude distante e passiva da direção sindical não tem contribuído para gerar confiança e disposição entre os educadores.

O governo precisa ficar ciente que nós temos a lei do nosso lado, e que ele pode até descumpri-la por algum tempo. Mas, nós temos também a força organizada e unida de 200 mil educadores, que podem se revoltar.

Não se trata aqui de nenhuma intransigência por parte da categoria, que tem agido com tolerância e enorme generosidade ao longo de mais de uma década. As perdas que tivemos nos últimos anos são incalculáveis. Perdas materiais, perdas morais, perdas humanas até, se considerarmos que muita gente adoeceu, abandonou a área da educação, ou até mesmo enlouqueceu, por conta das políticas públicas irresponsáveis para a área da Educação, por parte dos diversos governos em todo o país.

Na última greve de 2010 - a nossa maravilhosa revolta-greve de 47 dias -, percebemos um pouco a retomada da auto-estima de muitos colegas da categoria, que estavam céticos e desanimados em relação ao presente e ao futuro da Educação, e já se preparavam para mudar de carreira.Foi a luta resgatou estes colegas, e não a política dos governos, que só faz tirar direitos e sonegar aquilo que conquistamos.

É hora, portanto, de nos prepararmos para mais uma greve de longa duração. Não vou negar para vocês, colegas: se chegarmos a essa decisão, vai ser uma batalha dura, renhida, com ranger de dentes, porque dela dependerá talvez o futuro da Educação em Minas e no Brasil. Até o momento nós estamos evitando a greve, para não provocar desgastes, e até mesmo esperando por acenos de bom senso por parte do governo.

Mas, a nossa espera tem limites. Já estamos no meio do ano de 2011, temos uma lei do piso nas mãos e o governo se mantém parado, a pronunciar que aguarda pela publicação de um acórdão, que não está acima da lei federal que encontra-se em vigor; e nem tampouco é, tal instrumento, mais importante do que a decisão de mérito já tomada pelo STF e publicada em ata. Não podemos, portanto, continuar submetidos a essa lógica de enganação e enrolação.

Somos a categoria mais mal remunerada do estado de Minas e do Brasil. Nenhuma outra carreira, comparativamente à complexidade do trabalho dos educadores e com equivalente exigência acadêmica, recebe vencimentos básicos tão ridículos quanto a dos educadores mineiros. Piso de R$ 369,00 para um professor com ensino médio e R$ 500,00 para um professor com ensino superior - esta é a nossa realidade, contrariando o que manda a lei do piso.

Por isso, no final deste texto, quero reproduzir novamente o programa mínimo que interessa à categoria, para que o governo, num lampejo de bom senso, possa colocá-lo em prática de forma integral, evitando assim uma greve que poderá arrastar-se por meses.

Desde já a comunidade deve ser informada do que se passa, e do que está por vir, caso o governo não cumpra a lei e nos pague o piso. Ao mesmo tempo, devem os educadores refletirem sobre o papel que lhes cabe neste momento, como profissionais e como pessoas que têm respeito por si próprios e pelos colegas, e não aceitem de maneira alguma conviver com essa realidade.

Não estamos mais naquela triste fase da lamentação isolada nos corredores, sem capacidade de reação; ou do choro pela incapacidade de reagir aos ataques inimigos; nada disso! Estamos de pé, camaradas de luta, prontos para o combate, edispostos a ir a luta pelos nossos direitos, a enfrentar o mundo se necessário for, por uma causa que é justa. Pela real valorização dos educadores, condição essencial para uma educação pública de qualidade para todos.

Estejamos prontos, portanto, para atender ao chamamento de uma greve geral por tempo indeterminado na assembleia do dia 31 de maio, caso o governo não responda positivamente às nossas reivindicações básicas, a saber:

- pelo retorno de todos ao antigo regime remuneratório, sem redução de salário;
- pelo pagamento do piso do MECimediatamente;
- pela aplicação do terço de tempo extraclasse com o pagamento de 03 aulas de extensão;
- pelo reajuste nas tabelas das demais carreiras da Educação com os mesmos percentuais dos professores;
- pela devolução das gratificações confiscadas dos novatos em 2003;
- pelo direito dos novos concurs
ados e designados de optarem pelo antigo regime remuneratório.

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"Anderson- Pará de Minas:

Caro Euler

Deixo aqui minha sugestão : criação da jornada de 27 horas ( 18 + 9) para professor , para não causar grandes mudanças na carga horária e na grade curricular .Com isso , o menor salário da tabela será R$ 801,22 para Professor com Ensino Médio , aplicando a proporcionalidade da Lei do Piso .
Um abraço
Anderson - Pará de Minas
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Comentário do Blog: De fato, combativo colega Anderson (de Pará de Minas), não deixa de ser uma boa alternativa, pois assim não precisaríamos alterar a jornada em sala de aula praticada atualmente, e aumentaria o valor do piso para todos.Os vencimentos básicos ficariam assim: PEB1A - R$ 801,22; PEB2A - R$ 977,49; PEB3A - R$ 1.192,54; PEB4A - R$ 1.454,90; PEB5A - R$ 1.774,98; e PEB6A - R$ 2.165,47. Sobre estes valores incidiriam as gratificações e vantagens.