sexta-feira, 1 de outubro de 2010
"Getúlio Vargas suicidou. Nietzsche enlouqueceu. E eu? Não vou nada bem..."
Não dá pra ir bem num clima deste, né gente? Muito calor. Uma diarréia civilizada, com hora marcada, que me atacou durante quase a semana inteira. E eu nem peguei licença. Tô ficando mané. E o cenário político mineiro? Uma diarréia, literalmente. Quanto do meu salário-não-recebido está sendo gasto em propaganda eleitoral?
Não que eu tivesse qualquer expectativa na eleição de algum governador que priorizasse de fato o tal "social", que valorizasse os servidores públicos e respeitasse os movimentos sociais e sindicais. Para quem já suportou Newton Cardoso, Eduardo Azeredo, Itamar Franco, o faraó e o afilhado em dose dupla, qualquer coisa que vier dificilmente será pior. E tudo pode acontecer no dia 03 de outubro, a despeito das pesquisas e da mídia altamente suspeitas.
No cenário nacional, já disse antes, acabou se mantendo a polarização entre dois projetos que, embora guardem entre si semelhanças na macroeconomia - na política de juros altos, superávit primário, etc, que beneficiam a banqueiros e ao agronegócio -, diferem em questões essenciais, como na política externa, nas políticas sociais - como o bolsa-família -, e na relação com os movimentos sociais. Por estes motivos, entre outros, a vitória de Dilma é preferível ao retorno do diabólico projeto demotucano e sua variante da dita onda verde.
O leque da esquerda no chamado campo revolucionário e libertário e comunista e afins não conseguiu ainda construir um forte movimento que se apresente como alternativa de poder popular, diretamente ligado e controlado pelo proletariado. Estamos distantes de um outubro vermelho. Que por sinal não deve se repetir, pois tal fato viria, parodiando o velho barbudo, como farsa ou como tragédia.
Nesta altura da vida, não tenho a menor ilusão de testemunhar uma revolução proletária. Não nos moldes clássicos. Os ventos de 1871 em Paris, os de 1917 na Rússia e os da década de 60 do séc. XX por todo o planeta parecem ter se recolhido "nalgum canto do jardim" (Chico Buarque). Mas, na mesma linha do poeta, "sei também quanto é preciso, pá. Navegar, navegar".
Em que pese os sonhos de grandeza que nos levavam do inferno ao paraíso em poucos minutos terem dado lugar ao grotesco realismo de mercado, grandes batalhas ainda estão por vir.
No meu canto - "não vou nada bem, não vou nada bem" (Seu Jorge e Ana Carolina) - consigo enxergar que o caminhar se tornou mais importante do que a linha de chegada. A luta, a resistência, a conquista ainda que parcial, assumem o lugar dos sonhos de um mundo dourado. E se tornam por isso mesmo ouro puro, ou em pó, como queiram. É preciso continuar lutando e arrancando das elites os espaços, as riquezas e os instrumentos que nos foram expropriados por elas.
Quando enxergo a sociedade como uma luta entre interesses de classe antagônicos, consigo identificar na minha e na nossa luta um lado, uma parte em comum, que está em choque direto contra a outra parte. Um salário mais justo para os de baixo implica em tirar riquezas daqueles que se acostumaram a abocanhar todas as fatias de um bolo que deveria ser repartido para toda a humanidade.
Cada conquista arrancada - das liberdades individuais, do direito de ir e vir, do direito de greve - quase nunca respeitado -, da redução da jornada de trabalho, dos direitos como servidores públicos e como indivíduos -, representa um passo na direção de um cotidiano melhor. Apesar de tudo aquilo que tentam nos subtrair, com suas máscaras de bons mocinhos encobrindo o canalha, o bandido, o babaca, enfim, suas verdadeiras faces. A mídia dos porcos (acho melhor assim do que a frescura do tal PIG - Partido da Imprensa Golpista) deve ser combatida em todas as trincheiras, a começar pela Internet.
Nos próximos anos, seja quem for o governador eleito, teremos que travar muitas batalhas, todas elas na dependência de que um número cada vez maior de combatentes se envolva no movimento e na luta por uma Educação pública de qualidade. Quando vejo as coisas por este ângulo, já nem me sinto tão mal assim. A diarréia passou. E na minha frente só enxergo a possibilidade de derrotarmos o choque de gestão, a meritocracia, as políticas de achatamento salarial, as práticas autoritárias oriundas das superintendências da Educação e as disfarçadas políticas de privatização da Educação pública em curso em Minas e no Brasil. Seja quem for o governante que implementar essas políticas, vai enfrentar a nossa fúria. E a força organizada de muitos milhares de educadores.
* * *
Leiam também:
- Blog do COREU (atualizações)
- Mulher com Multifacetas: "Depressão pré-eleição"
- Ocupação Dandara: "Informes do 2º dia: sob nossas lonas passam milhares..."
- S.O.S. Educação Pública: "CIDADANIA : AGORA, É VIA DE MÃO ÚNICA?"
- Acompanhem as eleições no site 48horasDemocracia
Uma cobertura cidadã das eleições 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
5° FECIC em São João del Rei
Igreja de São Francisco de Assis
5ª Fecic - Feira do Comércio, Indústria e Mostra Cultural de São João del-Rei
A ACI del-Rei - Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei convida para a: "5ª FECIC - Feira do Comércio, Indústria e Mostra Cultural de São João del-Rei"
"Participação especial: II Mostra de Orquídeas do Núcleo Orquidófilo Serra de São José"
DATA - De 08 a 12 de outubro de 2010
LOCAL: Avenida Presidente Tancredo Neves - Centro
INFORMAÇÕES: ACI del-Rei: TELEFONE - (32) 3371-7377 - E-MAIL - acidel-rei@acidelrei.com.br
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010
BLOG DO EULER:"O debate final e as eleições."
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
O debate final e as eleições
O debate da Globo entre os candidatos à presidência terminou sem grandes surpresas. Quem esperava que houvesse uma "virada" em favor de algum candidato deve ter se decepcionado. Foi na verdade um debate sem grandes emoções, o que indica a manutenção dos mesmos índices apurados pelas pesquisas anteriormente. E se não houver nenhuma mudança até o dia 03 de outubro - e neste país há sempre a possibilidade de uma manipulação de última hora - é bem provável que a próxima presidente do Brasil seja a candidata Dilma Rousseff.
Aqui em Minas as pesquisas apontam uma liderança não muito folgada do candidato afilhado do faraó. Mas, como nem a mídia e nem tampouco as pesquisas são confiáveis, especialmente em Minas Gerais, podemos esperar qualquer resultado. Dificilmente haverá um segundo turno em Minas, já que não temos uma terceira candidatura forte eleitoralmente falando para jogar o pleito para o segundo turno. Portanto, a reta final de campanha, sobretudo com a boca de urna, pode ser decisiva.
Não é segredo para ninguém que o faraó e o afilhado usam a máquina do estado e contam com forte financiamento de campanha, o que lhes dá uma vantagem nesta reta final. Mas, o outro candidato com maior força eleitoral, o do PMDB-PT, também tem respaldo de generosas doações, que não se comparam às máquinas estatal, midiática e financeira dos demotucanos, mas que pode garantir uma participação com alguma chance.
O que poderia provocar um diferencial nessa reta final, além da boca de urna paga, seria o envolvimento da militância de esquerda e dos educadores, que não se entusiasmaram com os projetos em disputa. Os partidos menores, como o PSTU e o PCB, embora tenham programas e propostas que se aproximam mais claramente dos interesses dos assalariados de baixa renda, não conseguiram ainda se firmar enquanto referências de massa para conquistar uma fatia mais expressiva do eleitorado. Por outro lado, a antiga militância do PT, com o advento de sucessivas vitórias eleitorais e com a cooptação de algumas lideranças dos movimentos sociais e sindicais para as asas do aparato estatal, simplesmente deixou de existir.
Nos últimos dias, o governo do faraó e afilhado colocou em andamento os mecanismos de "convencimento" dos educadores, com as superintendências se movimentando para tentar conquistar parcela dos trabalhadores em educação a votar no afilhado. Em contrapartida observamos também o engajamento de muitos educadores na campanha pró-candidato do PMDB-PT, já que é grande a revolta pelos confiscos e choques praticados pelo governo.
O governo mineiro atacou em várias frentes para tentar angariar votos junto aos educadores. Além da lei do subsídio, da antecipação do prêmio de produtividade, e de um reposicionamento que não deu certo, o governo vem atuando também junto aos colegas da Lei 100. Em relação a estes, criou-se um clima de terror psicológico, ao dizer que se o afilhado não for eleito a Lei 100 vai acabar e que os servidores desta lei serão demitidos. E mais: só o afilhado garantirá a estabilidade dos servidores da Lei 100. É tão verdadeira essa afirmação que na minha escola uma colega da Lei 100 em ajustamento funcional por problema de saúde acabou de ser comunicada pelo diretor que a inspetora determinou que ele a demitisse. Em plena vigência da lei eleitoral, sem justa causa nem nada, terá esta colega 30 dias para procurar outra escola, senão ficará sem emprego. É esta a estabilidade prometida pelo afilhado?
Mas, felizmente as eleições de 03 de outubro estão chegando ao final e caberá à população, cuja cidadania continua confiscada, exercer esse limitado direito de escolher a cada quatro anos aqueles que poderão desempenhar o papel de algozes dessa população.
Podemos dizer que houve uma melhora em relação àquilo que habitualmente chamam de "conscientização" por parte das comunidades, dos de baixo. Mas, ainda continuamos reféns de imagens construídas pela máquina midiática. Será preciso uma politização, no sentido não vulgar do termo, para que amplos setores explorados consigam entender os conteúdos por trás dos projetos em disputa. E mais do que isso: para que consigam (consigamos) construir o seu (nosso) próprio projeto de transformação da sociedade. É um longo caminho a ser percorrido; caminho este que não começou agora, nem terminará no dia 03, e no qual a nossa heróica luta - a dos educadores mineiros e de outras partes do Brasil -, está inserida.
Por agora, nesse processo eleitoral, já me dou por satisfeito com a vitória da Dilma no primeiro turno, com todas as reticências, interrogações e certezas que tal candidatura expressa. E quicá tenhamos em Minas pelo menos um segundo turno. A par disso, ou apesar disso, devemos reunir todas as nossas energias e nos preparar, como disse a nossa brava colega Cristina Costa em comentário no post anterior, para lutar por tudo o que nos confiscaram. Em última instância, será no campo de batalha direta que arrancaremos os nossos direitos.
O debate final e as eleições
O debate da Globo entre os candidatos à presidência terminou sem grandes surpresas. Quem esperava que houvesse uma "virada" em favor de algum candidato deve ter se decepcionado. Foi na verdade um debate sem grandes emoções, o que indica a manutenção dos mesmos índices apurados pelas pesquisas anteriormente. E se não houver nenhuma mudança até o dia 03 de outubro - e neste país há sempre a possibilidade de uma manipulação de última hora - é bem provável que a próxima presidente do Brasil seja a candidata Dilma Rousseff.
Aqui em Minas as pesquisas apontam uma liderança não muito folgada do candidato afilhado do faraó. Mas, como nem a mídia e nem tampouco as pesquisas são confiáveis, especialmente em Minas Gerais, podemos esperar qualquer resultado. Dificilmente haverá um segundo turno em Minas, já que não temos uma terceira candidatura forte eleitoralmente falando para jogar o pleito para o segundo turno. Portanto, a reta final de campanha, sobretudo com a boca de urna, pode ser decisiva.
Não é segredo para ninguém que o faraó e o afilhado usam a máquina do estado e contam com forte financiamento de campanha, o que lhes dá uma vantagem nesta reta final. Mas, o outro candidato com maior força eleitoral, o do PMDB-PT, também tem respaldo de generosas doações, que não se comparam às máquinas estatal, midiática e financeira dos demotucanos, mas que pode garantir uma participação com alguma chance.
O que poderia provocar um diferencial nessa reta final, além da boca de urna paga, seria o envolvimento da militância de esquerda e dos educadores, que não se entusiasmaram com os projetos em disputa. Os partidos menores, como o PSTU e o PCB, embora tenham programas e propostas que se aproximam mais claramente dos interesses dos assalariados de baixa renda, não conseguiram ainda se firmar enquanto referências de massa para conquistar uma fatia mais expressiva do eleitorado. Por outro lado, a antiga militância do PT, com o advento de sucessivas vitórias eleitorais e com a cooptação de algumas lideranças dos movimentos sociais e sindicais para as asas do aparato estatal, simplesmente deixou de existir.
Nos últimos dias, o governo do faraó e afilhado colocou em andamento os mecanismos de "convencimento" dos educadores, com as superintendências se movimentando para tentar conquistar parcela dos trabalhadores em educação a votar no afilhado. Em contrapartida observamos também o engajamento de muitos educadores na campanha pró-candidato do PMDB-PT, já que é grande a revolta pelos confiscos e choques praticados pelo governo.
O governo mineiro atacou em várias frentes para tentar angariar votos junto aos educadores. Além da lei do subsídio, da antecipação do prêmio de produtividade, e de um reposicionamento que não deu certo, o governo vem atuando também junto aos colegas da Lei 100. Em relação a estes, criou-se um clima de terror psicológico, ao dizer que se o afilhado não for eleito a Lei 100 vai acabar e que os servidores desta lei serão demitidos. E mais: só o afilhado garantirá a estabilidade dos servidores da Lei 100. É tão verdadeira essa afirmação que na minha escola uma colega da Lei 100 em ajustamento funcional por problema de saúde acabou de ser comunicada pelo diretor que a inspetora determinou que ele a demitisse. Em plena vigência da lei eleitoral, sem justa causa nem nada, terá esta colega 30 dias para procurar outra escola, senão ficará sem emprego. É esta a estabilidade prometida pelo afilhado?
Mas, felizmente as eleições de 03 de outubro estão chegando ao final e caberá à população, cuja cidadania continua confiscada, exercer esse limitado direito de escolher a cada quatro anos aqueles que poderão desempenhar o papel de algozes dessa população.
Podemos dizer que houve uma melhora em relação àquilo que habitualmente chamam de "conscientização" por parte das comunidades, dos de baixo. Mas, ainda continuamos reféns de imagens construídas pela máquina midiática. Será preciso uma politização, no sentido não vulgar do termo, para que amplos setores explorados consigam entender os conteúdos por trás dos projetos em disputa. E mais do que isso: para que consigam (consigamos) construir o seu (nosso) próprio projeto de transformação da sociedade. É um longo caminho a ser percorrido; caminho este que não começou agora, nem terminará no dia 03, e no qual a nossa heróica luta - a dos educadores mineiros e de outras partes do Brasil -, está inserida.
Por agora, nesse processo eleitoral, já me dou por satisfeito com a vitória da Dilma no primeiro turno, com todas as reticências, interrogações e certezas que tal candidatura expressa. E quicá tenhamos em Minas pelo menos um segundo turno. A par disso, ou apesar disso, devemos reunir todas as nossas energias e nos preparar, como disse a nossa brava colega Cristina Costa em comentário no post anterior, para lutar por tudo o que nos confiscaram. Em última instância, será no campo de batalha direta que arrancaremos os nossos direitos.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
EULER:"Por que a Educação terá índice de promoção diferente das demais carreiras do Estado?"
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Por que a Educação terá índice de promoção diferente das demais carreiras do Estado?
Uma das coisas mais gritantes no novo plano de carreira da Educação, também conhecido como "lei do subsídio", que entrará em vigor a partir de janeiro de 2011, é a redução do índice de promoção na carreira, de 22% para apenas 10%. Enquanto em todas as carreiras do Executivo estadual prevalece o mesmo índice de 22% para mudança de nível - quando o servidor adquire um novo título acadêmico após determinado interstício de tempo, combinado com um número x de avalições positivas de desempenho -, a Educação pública de Minas foi mais uma vez castigada pelo governo do faraó e afilhado com a redução deste índice para 10%.
A desculpa dada pelo governo é a de que, com o aumento do valor dos subsídios nas novas tabelas, mesmo com a redução do índice ocorrerá um aumento salarial superior aquele dado aos atuais vencimentos básicos (reconhecidamente ridículos). Ora, esse mesmo argumento não foi usado para outras carreiras do Executivo, cujos vencimentos básicos são superiores ao novo teto salarial imposto aos educadores para 2011. Por que essa discriminação em relação aos educadores?
É caso inclusive para que o departamento jurídico do sind-UTE estude uma ação judicial questionando a inconstitucionalidade desta alteração no nosso plano, que representou violento confisco de salário, além de quebrar a isonomia nos critérios para a evolução nas carreiras públicas do Estado de Minas. O governo já havia aplicado em 2003 um ato cruel contra os servidores novatos, quando cortou os quinquênios e os biênios. Depois cometeu outro choque contra os educadores mais antigos, cortando essas gratificações dos demais servidores da Educação. Finalmente, cometeu mais um ato de confisco - a redução dos índices de promoção e progressão - contra todos os servidores da Educação.
Um plano de carreira deve proporcionar a progressão dos servidores, o desenvolvimento das pessoas na carreira, e para isso precisa oferecer perspectivas claras de avanço nas carreiras, que combine o tempo de serviço prestado com a conquista de outro(s) título(s) acadêmico(s). Ao alterar o plano em vigência com a lei do subsídio, o governo impôs três medidas que prejudicaram em muito as carreiras dos educadores: a) reduziu o índice de promoção de 22 para 10%; b) reduziu o índice de progressão de 3 para 2,5%; c) confiscou o tempo de serviço prestado ao estado no posicionamento dos servidores. Com esta medida, por exemplo, praticamente todos os servidores da Educação serão posicionados no grau inicial da carreira (grau A), tenham eles apenas um dia de serviço prestado ou 15 anos de carreira.
Na prática, o governo criou um novo teto salarial de R$ 1.320,00 para 2011, ao mesmo tempo em que, em troca deste aumento em relação ao atual teto de R$ 935,00, estabeleceu as medidas de confisco e achatamento citados. Doravante, as carreiras da Educação serão as únicas que receberão este tratamento inferiorizado em relação às demais carreiras do serviço público mineiro. O governo poderia ter negociado, no lugar do subsídio, o vencimento básico com os mesmos valores das novas tabelas; poderia também ter negociado a troca dos quinquênios e biênios dos antigos servidores por um justo posicionamento das novas tabelas, sem tocar nos índices de promoção e progressão. E com isso criaria carreiras mais equânimes, sem as injustiças anteriores - criadas pelo próprio governo - e as atuais - igualmente criadas pelo faraó e afilhado.
Mas, quem disse que os governantes mineiros querem tornar as carreiras da Educação mais atraentes? Mais uma vez, portanto, revelou-se o descaso para com os educadores de Minas. E da nossa parte, não restará outra alternativa senão lutar para (re)conquistar os direitos confiscados, quais sejam: o reposicionamento na nova carreira de acordo com o tempo de serviço prestado e o tratamento isonônico em relação aos índices de promoção (22%) e progressão (3%). Sem abrirmos mão, é claro, de outras bandeiras, como um terço do tempo extraclasse, reajuste anual de salário, etc. Às vésperas das eleições, é bom que os educadores não se esqueçam de tudo o que ocorreu em Minas nos últimos anos.
* * *
Incorporo ao texto central a mensagem do(a) colega Interior, que ilustra bem a realidade de fato imposta pelo governo do faraó e afilhado.
"Interior:
Triste constatar: tenho mais de 30 anos como professora. Com isso vou perder 10 biênios, 6 quinquênios e 1 trintenário. E pelas minhas contas ainda estou no grau A. Sem chance de subir, pois estou me aposentando no começo de 2011. Me sentindo "roubada", revoltada e desiludida. Uma Vida dedicada à Educação. Nenhum mérito pela experiência, pelos cursos que fiz para atualizar (às minhas custas..é claro!!!). Nenhum mérito pelas conquistas dos meus alunos...o mérito é do governo...que não se cansa de proclamar o quanto a educação mineira vai bem!!! Ele esteve na sala atuando???? Ele passou pelo menos em frente à uma escola enquanto governador????
Fica registrada minha REVOLTA!!!!! ".
* * *
Incorporo ao texto central os comentários abaixo, dos colegas "Notícias e Entretenimento" e João Paulo. Em seguida faremos os nossos comentários.
"Noticias e Entretenimento:
Caro Euler, a nossa situação é calamitosa, mas não podemos esquecer dos equívocos que o sindicato tem praticado. Você citou a isonomia, ela foi quebrada por uma lei aprovada pelo Itamar Franco e o sindicato na época dizia que seria bom. Essa greve deste ano foi feita na hora adequada mas como todas as outras terminadas na hora errada, tanto que na minha cidade não houve paralisação nos dias 24 e 25 de setembro. Minha posição é de fazer a opção por ficar no plano antigo, mesmo que com isso perca um pouco, mas estaria mostrando para o governo e o sindicato que não concordamos com os acordos de bastidores. E acho que todos que tem direitos a quinquênio e biênio deveriam optar pelo antigo, pois, com certeza as maldades deste governo não vão parar por aí. E ele as estão fazendo por etapas. Depois quando acordarmos será tarde."
"João Paulo Ferreira de Assis:
Minha solidariedade à colega INTERIOR. Ao colega Notícias e Entretenimento digo que concordo com ele em relação a permanecermos na antiga carreira, pois o tal reajuste a cada ano não é líquido e certo. Primeiro tem de ter arrecadação suficiente.
Agora, já estamos no dia 30 de setembro. E as votações na Assembleia, o SIND-UTE acompanhou? Não se esqueçam que não adiante nenhuma greve se não tiver previsão orçamentária para nos atender.
Também concordo com o colega Notícias e Entretenimento quando menciona as maldades. Uma das primeiras foi nos comer as férias de julho. Bem que uma supervisora (hoje aposentada) nos avisou. Se cedéssemos dois dias, iríamos acabar perdendo duas semanas, e foi o que se deu. Hoje, mal temos tempo para um merecido descanso no mês de julho."
Comentário do Blog: Com relação aos erros cometidos no passado pelo sindicato, não quero entrar nesse mérito aqui. Mas, no nosso movimento atual, considero que a direção estadual do Sind-UTE atuou com firmeza e respeito pela categoria. Pode eventualmente ter cometido erros de avaliação, mas não foi conivente com os confiscos impostos pelo governo. Tanto assim que foi o governo quem quebrou de forma unilateral o acordo assinado, anunciando as novas tabelas ao arrepio de uma comissão de negociação entre o sindicato e o governo que discutia propostas para aproximar o nosso salário do piso salarial nacional.
No que tange à escolha do plano em vigência, devemos refletir bem sobre isso. Primeiro, porque devemos evitar a divisão da categoria, pois se os antigos servidores fizerem uma opção e os novatos outra dificilmente conseguiremos uma unidade de ação para resistir aos ataques do governo. Segundo, porque algumas variantes precisam ser consideradas. Uma delas é a votação da Lei do Piso pelo STF - se piso é piso ou se é piso mais penduricalhos. A outra questão é saber quanto será o valor do novo piso para 2011, já que a Lei do Piso abre propositadamente brecha para se praticar o pagamento proporcional às diferentes jornadas praticadas no país.
Por último, com relação ao risco de não reajuste anual de salários, isso se aplica aos dois planos. Tanto assim que no atual plano nosso salário ficou congelado e a somatória do vencimento básico e demais penduricalhos fica abaixo ainda, na maioria dos casos, do vencimento inicial da nova tabela. Como nós temos 90 dias após o quinto dia útil de fevereiro de 2011 para fazermos a opção, devemos analisar todas as possibilidades. Levando sempre em conta a necessidade da nossa unidade, como patrimônio (re) conquistado na nossa maravilhosa revolta dos 47 dias.
Por que a Educação terá índice de promoção diferente das demais carreiras do Estado?
Uma das coisas mais gritantes no novo plano de carreira da Educação, também conhecido como "lei do subsídio", que entrará em vigor a partir de janeiro de 2011, é a redução do índice de promoção na carreira, de 22% para apenas 10%. Enquanto em todas as carreiras do Executivo estadual prevalece o mesmo índice de 22% para mudança de nível - quando o servidor adquire um novo título acadêmico após determinado interstício de tempo, combinado com um número x de avalições positivas de desempenho -, a Educação pública de Minas foi mais uma vez castigada pelo governo do faraó e afilhado com a redução deste índice para 10%.
A desculpa dada pelo governo é a de que, com o aumento do valor dos subsídios nas novas tabelas, mesmo com a redução do índice ocorrerá um aumento salarial superior aquele dado aos atuais vencimentos básicos (reconhecidamente ridículos). Ora, esse mesmo argumento não foi usado para outras carreiras do Executivo, cujos vencimentos básicos são superiores ao novo teto salarial imposto aos educadores para 2011. Por que essa discriminação em relação aos educadores?
É caso inclusive para que o departamento jurídico do sind-UTE estude uma ação judicial questionando a inconstitucionalidade desta alteração no nosso plano, que representou violento confisco de salário, além de quebrar a isonomia nos critérios para a evolução nas carreiras públicas do Estado de Minas. O governo já havia aplicado em 2003 um ato cruel contra os servidores novatos, quando cortou os quinquênios e os biênios. Depois cometeu outro choque contra os educadores mais antigos, cortando essas gratificações dos demais servidores da Educação. Finalmente, cometeu mais um ato de confisco - a redução dos índices de promoção e progressão - contra todos os servidores da Educação.
Um plano de carreira deve proporcionar a progressão dos servidores, o desenvolvimento das pessoas na carreira, e para isso precisa oferecer perspectivas claras de avanço nas carreiras, que combine o tempo de serviço prestado com a conquista de outro(s) título(s) acadêmico(s). Ao alterar o plano em vigência com a lei do subsídio, o governo impôs três medidas que prejudicaram em muito as carreiras dos educadores: a) reduziu o índice de promoção de 22 para 10%; b) reduziu o índice de progressão de 3 para 2,5%; c) confiscou o tempo de serviço prestado ao estado no posicionamento dos servidores. Com esta medida, por exemplo, praticamente todos os servidores da Educação serão posicionados no grau inicial da carreira (grau A), tenham eles apenas um dia de serviço prestado ou 15 anos de carreira.
Na prática, o governo criou um novo teto salarial de R$ 1.320,00 para 2011, ao mesmo tempo em que, em troca deste aumento em relação ao atual teto de R$ 935,00, estabeleceu as medidas de confisco e achatamento citados. Doravante, as carreiras da Educação serão as únicas que receberão este tratamento inferiorizado em relação às demais carreiras do serviço público mineiro. O governo poderia ter negociado, no lugar do subsídio, o vencimento básico com os mesmos valores das novas tabelas; poderia também ter negociado a troca dos quinquênios e biênios dos antigos servidores por um justo posicionamento das novas tabelas, sem tocar nos índices de promoção e progressão. E com isso criaria carreiras mais equânimes, sem as injustiças anteriores - criadas pelo próprio governo - e as atuais - igualmente criadas pelo faraó e afilhado.
Mas, quem disse que os governantes mineiros querem tornar as carreiras da Educação mais atraentes? Mais uma vez, portanto, revelou-se o descaso para com os educadores de Minas. E da nossa parte, não restará outra alternativa senão lutar para (re)conquistar os direitos confiscados, quais sejam: o reposicionamento na nova carreira de acordo com o tempo de serviço prestado e o tratamento isonônico em relação aos índices de promoção (22%) e progressão (3%). Sem abrirmos mão, é claro, de outras bandeiras, como um terço do tempo extraclasse, reajuste anual de salário, etc. Às vésperas das eleições, é bom que os educadores não se esqueçam de tudo o que ocorreu em Minas nos últimos anos.
* * *
Incorporo ao texto central a mensagem do(a) colega Interior, que ilustra bem a realidade de fato imposta pelo governo do faraó e afilhado.
"Interior:
Triste constatar: tenho mais de 30 anos como professora. Com isso vou perder 10 biênios, 6 quinquênios e 1 trintenário. E pelas minhas contas ainda estou no grau A. Sem chance de subir, pois estou me aposentando no começo de 2011. Me sentindo "roubada", revoltada e desiludida. Uma Vida dedicada à Educação. Nenhum mérito pela experiência, pelos cursos que fiz para atualizar (às minhas custas..é claro!!!). Nenhum mérito pelas conquistas dos meus alunos...o mérito é do governo...que não se cansa de proclamar o quanto a educação mineira vai bem!!! Ele esteve na sala atuando???? Ele passou pelo menos em frente à uma escola enquanto governador????
Fica registrada minha REVOLTA!!!!! ".
* * *
Incorporo ao texto central os comentários abaixo, dos colegas "Notícias e Entretenimento" e João Paulo. Em seguida faremos os nossos comentários.
"Noticias e Entretenimento:
Caro Euler, a nossa situação é calamitosa, mas não podemos esquecer dos equívocos que o sindicato tem praticado. Você citou a isonomia, ela foi quebrada por uma lei aprovada pelo Itamar Franco e o sindicato na época dizia que seria bom. Essa greve deste ano foi feita na hora adequada mas como todas as outras terminadas na hora errada, tanto que na minha cidade não houve paralisação nos dias 24 e 25 de setembro. Minha posição é de fazer a opção por ficar no plano antigo, mesmo que com isso perca um pouco, mas estaria mostrando para o governo e o sindicato que não concordamos com os acordos de bastidores. E acho que todos que tem direitos a quinquênio e biênio deveriam optar pelo antigo, pois, com certeza as maldades deste governo não vão parar por aí. E ele as estão fazendo por etapas. Depois quando acordarmos será tarde."
"João Paulo Ferreira de Assis:
Minha solidariedade à colega INTERIOR. Ao colega Notícias e Entretenimento digo que concordo com ele em relação a permanecermos na antiga carreira, pois o tal reajuste a cada ano não é líquido e certo. Primeiro tem de ter arrecadação suficiente.
Agora, já estamos no dia 30 de setembro. E as votações na Assembleia, o SIND-UTE acompanhou? Não se esqueçam que não adiante nenhuma greve se não tiver previsão orçamentária para nos atender.
Também concordo com o colega Notícias e Entretenimento quando menciona as maldades. Uma das primeiras foi nos comer as férias de julho. Bem que uma supervisora (hoje aposentada) nos avisou. Se cedéssemos dois dias, iríamos acabar perdendo duas semanas, e foi o que se deu. Hoje, mal temos tempo para um merecido descanso no mês de julho."
Comentário do Blog: Com relação aos erros cometidos no passado pelo sindicato, não quero entrar nesse mérito aqui. Mas, no nosso movimento atual, considero que a direção estadual do Sind-UTE atuou com firmeza e respeito pela categoria. Pode eventualmente ter cometido erros de avaliação, mas não foi conivente com os confiscos impostos pelo governo. Tanto assim que foi o governo quem quebrou de forma unilateral o acordo assinado, anunciando as novas tabelas ao arrepio de uma comissão de negociação entre o sindicato e o governo que discutia propostas para aproximar o nosso salário do piso salarial nacional.
No que tange à escolha do plano em vigência, devemos refletir bem sobre isso. Primeiro, porque devemos evitar a divisão da categoria, pois se os antigos servidores fizerem uma opção e os novatos outra dificilmente conseguiremos uma unidade de ação para resistir aos ataques do governo. Segundo, porque algumas variantes precisam ser consideradas. Uma delas é a votação da Lei do Piso pelo STF - se piso é piso ou se é piso mais penduricalhos. A outra questão é saber quanto será o valor do novo piso para 2011, já que a Lei do Piso abre propositadamente brecha para se praticar o pagamento proporcional às diferentes jornadas praticadas no país.
Por último, com relação ao risco de não reajuste anual de salários, isso se aplica aos dois planos. Tanto assim que no atual plano nosso salário ficou congelado e a somatória do vencimento básico e demais penduricalhos fica abaixo ainda, na maioria dos casos, do vencimento inicial da nova tabela. Como nós temos 90 dias após o quinto dia útil de fevereiro de 2011 para fazermos a opção, devemos analisar todas as possibilidades. Levando sempre em conta a necessidade da nossa unidade, como patrimônio (re) conquistado na nossa maravilhosa revolta dos 47 dias.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Debate de Minas: confesso que eu dormi
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Debate de Minas: confesso que eu dormi
Vanessa e Fabinho, excluídos "democraticamente" dos debates na TV.
Não sei se pelo clima chuvoso e gostoso, que trouxe aquele friozinho que nos convida a ficar debaixo da coberta; ou ainda, se pelo fato de que poucos minutos antes eu havia acabado de devorar um prato de macarrão com pedaços de linguiça frita e molho de tomate; mas o fato é que, devo confessar, passei a maior parte do debate entre os candidatos ao governo de Minas num outro planeta bem distante da Terra.
E olha que na escola hoje (ou ontem) a noite meus colegas professores, eu e mais alguns alunos havíamos comentado sobre as eleições e sobre o debate que aconteceria logo mais na TV Globo. Para a maioria dos mortais que acordam às 5h30m da madrugada para cumprir a louca jornada de trabalho de uma herança produtiva ainda ligada aos primórdios da Revolução Industrial - como é difícil alterar certas heranças! - o horário do início do debate era impeditivo: quase 11h da noite. Para mim, noctívago incorrigível, até que não. A noite apenas começara em tal horário. Apesar disso, os fatores mencionados acima, somados ao cansaço acumulado acabaram por dar guarida àquele sono despreocupado, leve, de quem aparentemente não tem nenhuma outra preocupação na vida senão curtir cada segundo daquele momento de deleite e de viagem que um bom sono é capaz de produzir.
Mas, não vou negar também que entre uma viagem sonífera e um despertar momentâneo, próprio de guerreiros que mantêm sempre aberto um olho quando cochila, acabei assistindo recortes das falas dos candidatos. É uma pena que a Vanessa Portugal do PSTU e o Fábio Bezerra do PCB tenham sido excluídos dos debates pela TV. Seguramente eles teriam muito a acrescentar. O Fabinho esteve no nosso encontro metropolitano em Vespá na parte da manhã e contribuiu com uma rica análise da nossa greve e do movimento dos educadores em Minas. Na parte da tarde quem falou foi justamente a Vanessa Portugal, que deu uma aula de política centrando sua fala na Educação pública que deve ser buscada, e não aquela que é praticada hoje pelos diversos governos. Os dois, Fabinho e Vanessa, excluídos pela limitada democracia vigente, fariam grande diferença nos debates.
O candidato afilhado do faraó não conta com os debates para tentar se (re)eleger. Sua campanha é de marketing, assim como a imagem do faraó, que foi construída nos últimos oito anos pela mídia, pelo uso da máquina estatal e por grandes gastos financiados pelas empreiteiras e outros patrocinadores das campanhas eleitorais. As respostas do afilhado lembram aquele aluno que decora a sua fala quando tem que apresentar um trabalho escolar.
O candidato do PMDB-PT tenta recuperar o terreno perdido pela inabilidade e falta de ousadia em estabelecer um confronto direto com o projeto neoliberal do faraó e afilhado. O problema é que os interesses em jogo entre as duas candidaturas são muito afins e isso acaba criando uma oposição consentida. As críticas corretas que agora são feitas, como os bilionários gastos em obras faraônicas no lugar de investimento nas obras sociais - educação, saúde, etc -, talvez não tenham mais o mesmo efeito que se tivessem sido trabalhadas ao longo da campanha, ou mesmo antes, durante os dois mandatos do governador-faraó. O candidato do PMDB-PT, com voz de repórter global, fala mais espontaneamente, mas com pouco conteúdo.
Até mesmo na questão da Educação, embora o candidato do PMDB-PT critique a política de achatamento salarial que atingiu os educadores, não consegue firmar compromissos claros com este setor. Disse que pagará salário pelo menos maior do que aquele que é pago pelo estado de Alagoas (ou seria Sergipe? Posso estar enganado em relação ao estado), onde, segundo ele, o professor recebe R$ 1.012,00. Ora, se quisesse aproveitar a deixa, o candidato-afilhado diria que as novas tabelas para janeiro de 2011 são melhores do que esse salário. Por que será que em nenhum momento o candidato do PMDB-PT disse claramente: vou pagar o piso de R$ 1.312,00 sem cortar as gratificações? Analisando retrospectivamente, esse foi um dos motivos pelos quais os professores não assumiram com entusiasmo a candidatura do PMDB-PT, embora seja público e notório que a grande maioria dos educadores de Minas não votará no afilhado.
O candidato do Psol, nessa reta final de campanha, começou a apresentar um discurso mais desenhado e não mais uma mensagem acadêmica afastada das realidades concretas. Fez críticas consistentes aos governos e com isso contribuiu para o debate, embora saiba que não tem chance alguma para concorrer, eleitoralmente falando. Ele elogiou, por exemplo, as paralisações dos educadores de Minas, mesmo não conhecendo com mais detalhe sobre as realidades e demandas do nosso glorioso movimento.
O candidato do PV faz aquela oposição mais que consentida ao governo do afilhado e aproveita para divulgar a campanha da candidata Marina, inflada pela mídia demotucana para tentar jogar as eleições para o segundo turno. Não se surpreendam se futuramente o candidato do PV for convidado para assumir alguma secretaria de estado pelo futuro governante, seja ele quem for, para depois concorrer a alguma prefeitura. Os políticos profissionais não sobrevivem muito tempo sem cargos de confiança ou mandatos. O mesmo, nesse caso, se aplica aos outros dois candidatos: o afilhado e o do PMDB-PT.
Amanhã terei a oportunidade de ouvir e de ler sobre as impressões de quem viu e ouviu o debate integralmente. Durante a tarde de ontem eu havia levado o meu tanque de guerra para um mecânico conhecido e tive a grata surpresa de que o defeito era mais simples do que imaginávamos, me custando apenas R$ 12,00 - e isso, convenhamos, até mesmo o minguado salário-de-professor-de-Minas (assim mesmo, tudo junto) dá pra pagar. As marchas do tanque voltaram a funcionar a todo vapor.
Observei também o esforço redobrado da mídia para empurrar as eleições para o segundo turno. O Datafraude conseguiu reduzir alguns pontos percentuais da Dilma, aumentou um ponto para Serra e dois para Marina e chegou à conclusão mirabolante de que, consideradas as margens de erro nas pesquisas, poderá haver segundo turno. As mesmas margens de erro aplicadas em direção oposta podem garantir robusta vitória da candidata Dilma no primeiro turno, mas isso não é dito pelo jornaleco demotucano.
Vamos aguardar agora pelo último debate, o de quinta-feira, entre os candidatos à presidência, quando eu seguramente estarei acordado em tempo integral. E atento às manobras golpistas da TV Globo e demais meios das famíglias que ainda dominam a mídia brasileira. E que espero, isso esteja com os dias contados, para o bem da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão.
* * *
P.S.: Recebemos um e-mail da nossa colega professora do Rio de Janeiro Graça Aguiar que lamentou não poder participar do nosso encontro por razões mais do que justificadas, mas se comprometendo a participar do próximo encontro e parabenizando a todos os colegas de Minas pela nossa luta. Agradecemos a manifestação da combativa colega Graça Aguiar, que apesar de não poder contribuir pessoalmente com os debates no encontro, já o faz por outros meios, inclusive pela Internet, através dos blogs que coordena, entre os quais o S.O.S Educação Pública.
P.S.2 - Por falar em blog, antes de começar os diálogos do nosso glorioso encontro, em conversa com a colega Beatriz Cerqueira, coordenadora geral do Sind-UTE, sugeri que ela criasse um blog para ela. Ela disse que já havia pensado nessa possibilidade, e que a partir de outubro, quando tivesse mais tempo, poderia fazê-lo. Tem todo o nosso apoio para tal iniciativa. E pela liderança que ela exerce junto à categoria, seguramente será um dos blogs mais visitados da rede.
* * *
Incorporo ao texto central o comentário do nosso colega e amigo professor João Paulo:
"João Paulo Ferreira de Assis :
Prezado amigo Professor Euler
Aviso de utilidade pública: no blog do Azenha (Vi o Mundo) há uma menção ao post ''campanha dos e-mails falsos'', que está no blog Sejaditaverdade. São treze emails que foram colocados para difamar a Dilma, inclusive um que fala sobre a ação que uma lésbica teria entrado para receber pensão da Dilma. Só que o advogado mencionado no e-mail não existe! Não consta dos registros da OAB! A acusação de que Dilma ''matou'' o Mário Kozel Filho não resiste à menor análise. Como numa caminhonete iria caber 10 pessoas e 50 quilos de dinamite? Dilma estava em Belo Horizonte na época. E o fato foi em Quitaúna SP. O ''apoio'' do Hugo Chávez também não existiu. Fizeram uma montagem de um vídeo em que Hugo Chávez falava para uma plateia toda vestida de vermelho. Bom, tem outros esclarecimentos no sejaditaverdade. O blog do Azenha tem os linques.
Atenciosamente João Paulo Ferreira de Assis."
Leiam também:
- Blog Ocupação Dandara:"COMUNICADO URGENTE: Acampamento na PBH"
Postado por Blog do Euler às 22:12
1 comentários:
João Paulo Ferreira de Assis disse...
Prezado amigo Professor Euler
Aviso de utilidade pública: no blog do Azenha (Vi o Mundo) há uma menção ao post ''campanha dos e-mails falsos'', que está no blog Sejaditaverdade. São treze emails que foram colocados para difamar a Dilma, inclusive um que fala sobre a ação que uma lésbica teria entrado para receber pensão da Dilma. Só que o advogado mencionado no e-mail não existe! Não consta dos registros da OAB! A acusação de que Dilma ''matou'' o Mário Kozel Filho não resiste à menor análise. Como numa caminhonete iria caber 10 pessoas e 50 quilos de dinamite? Dilma estava em Belo Horizonte na época. E o fato foi em Quitaúna SP. O ''apoio'' do Hugo Chávez também não existiu. Fizeram uma montagem de um vídeo em que Hugo Chávez falava para uma plateia toda vestida de vermelho. Bom, tem outros esclarecimentos no sejaditaverdade. O blog do Azenha tem os linques.
Atenciosamente João Paulo Ferreira de Assis.
29 de setembro de 2010 11:17
Debate de Minas: confesso que eu dormi
Vanessa e Fabinho, excluídos "democraticamente" dos debates na TV.
Não sei se pelo clima chuvoso e gostoso, que trouxe aquele friozinho que nos convida a ficar debaixo da coberta; ou ainda, se pelo fato de que poucos minutos antes eu havia acabado de devorar um prato de macarrão com pedaços de linguiça frita e molho de tomate; mas o fato é que, devo confessar, passei a maior parte do debate entre os candidatos ao governo de Minas num outro planeta bem distante da Terra.
E olha que na escola hoje (ou ontem) a noite meus colegas professores, eu e mais alguns alunos havíamos comentado sobre as eleições e sobre o debate que aconteceria logo mais na TV Globo. Para a maioria dos mortais que acordam às 5h30m da madrugada para cumprir a louca jornada de trabalho de uma herança produtiva ainda ligada aos primórdios da Revolução Industrial - como é difícil alterar certas heranças! - o horário do início do debate era impeditivo: quase 11h da noite. Para mim, noctívago incorrigível, até que não. A noite apenas começara em tal horário. Apesar disso, os fatores mencionados acima, somados ao cansaço acumulado acabaram por dar guarida àquele sono despreocupado, leve, de quem aparentemente não tem nenhuma outra preocupação na vida senão curtir cada segundo daquele momento de deleite e de viagem que um bom sono é capaz de produzir.
Mas, não vou negar também que entre uma viagem sonífera e um despertar momentâneo, próprio de guerreiros que mantêm sempre aberto um olho quando cochila, acabei assistindo recortes das falas dos candidatos. É uma pena que a Vanessa Portugal do PSTU e o Fábio Bezerra do PCB tenham sido excluídos dos debates pela TV. Seguramente eles teriam muito a acrescentar. O Fabinho esteve no nosso encontro metropolitano em Vespá na parte da manhã e contribuiu com uma rica análise da nossa greve e do movimento dos educadores em Minas. Na parte da tarde quem falou foi justamente a Vanessa Portugal, que deu uma aula de política centrando sua fala na Educação pública que deve ser buscada, e não aquela que é praticada hoje pelos diversos governos. Os dois, Fabinho e Vanessa, excluídos pela limitada democracia vigente, fariam grande diferença nos debates.
O candidato afilhado do faraó não conta com os debates para tentar se (re)eleger. Sua campanha é de marketing, assim como a imagem do faraó, que foi construída nos últimos oito anos pela mídia, pelo uso da máquina estatal e por grandes gastos financiados pelas empreiteiras e outros patrocinadores das campanhas eleitorais. As respostas do afilhado lembram aquele aluno que decora a sua fala quando tem que apresentar um trabalho escolar.
O candidato do PMDB-PT tenta recuperar o terreno perdido pela inabilidade e falta de ousadia em estabelecer um confronto direto com o projeto neoliberal do faraó e afilhado. O problema é que os interesses em jogo entre as duas candidaturas são muito afins e isso acaba criando uma oposição consentida. As críticas corretas que agora são feitas, como os bilionários gastos em obras faraônicas no lugar de investimento nas obras sociais - educação, saúde, etc -, talvez não tenham mais o mesmo efeito que se tivessem sido trabalhadas ao longo da campanha, ou mesmo antes, durante os dois mandatos do governador-faraó. O candidato do PMDB-PT, com voz de repórter global, fala mais espontaneamente, mas com pouco conteúdo.
Até mesmo na questão da Educação, embora o candidato do PMDB-PT critique a política de achatamento salarial que atingiu os educadores, não consegue firmar compromissos claros com este setor. Disse que pagará salário pelo menos maior do que aquele que é pago pelo estado de Alagoas (ou seria Sergipe? Posso estar enganado em relação ao estado), onde, segundo ele, o professor recebe R$ 1.012,00. Ora, se quisesse aproveitar a deixa, o candidato-afilhado diria que as novas tabelas para janeiro de 2011 são melhores do que esse salário. Por que será que em nenhum momento o candidato do PMDB-PT disse claramente: vou pagar o piso de R$ 1.312,00 sem cortar as gratificações? Analisando retrospectivamente, esse foi um dos motivos pelos quais os professores não assumiram com entusiasmo a candidatura do PMDB-PT, embora seja público e notório que a grande maioria dos educadores de Minas não votará no afilhado.
O candidato do Psol, nessa reta final de campanha, começou a apresentar um discurso mais desenhado e não mais uma mensagem acadêmica afastada das realidades concretas. Fez críticas consistentes aos governos e com isso contribuiu para o debate, embora saiba que não tem chance alguma para concorrer, eleitoralmente falando. Ele elogiou, por exemplo, as paralisações dos educadores de Minas, mesmo não conhecendo com mais detalhe sobre as realidades e demandas do nosso glorioso movimento.
O candidato do PV faz aquela oposição mais que consentida ao governo do afilhado e aproveita para divulgar a campanha da candidata Marina, inflada pela mídia demotucana para tentar jogar as eleições para o segundo turno. Não se surpreendam se futuramente o candidato do PV for convidado para assumir alguma secretaria de estado pelo futuro governante, seja ele quem for, para depois concorrer a alguma prefeitura. Os políticos profissionais não sobrevivem muito tempo sem cargos de confiança ou mandatos. O mesmo, nesse caso, se aplica aos outros dois candidatos: o afilhado e o do PMDB-PT.
Amanhã terei a oportunidade de ouvir e de ler sobre as impressões de quem viu e ouviu o debate integralmente. Durante a tarde de ontem eu havia levado o meu tanque de guerra para um mecânico conhecido e tive a grata surpresa de que o defeito era mais simples do que imaginávamos, me custando apenas R$ 12,00 - e isso, convenhamos, até mesmo o minguado salário-de-professor-de-Minas (assim mesmo, tudo junto) dá pra pagar. As marchas do tanque voltaram a funcionar a todo vapor.
Observei também o esforço redobrado da mídia para empurrar as eleições para o segundo turno. O Datafraude conseguiu reduzir alguns pontos percentuais da Dilma, aumentou um ponto para Serra e dois para Marina e chegou à conclusão mirabolante de que, consideradas as margens de erro nas pesquisas, poderá haver segundo turno. As mesmas margens de erro aplicadas em direção oposta podem garantir robusta vitória da candidata Dilma no primeiro turno, mas isso não é dito pelo jornaleco demotucano.
Vamos aguardar agora pelo último debate, o de quinta-feira, entre os candidatos à presidência, quando eu seguramente estarei acordado em tempo integral. E atento às manobras golpistas da TV Globo e demais meios das famíglias que ainda dominam a mídia brasileira. E que espero, isso esteja com os dias contados, para o bem da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão.
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P.S.: Recebemos um e-mail da nossa colega professora do Rio de Janeiro Graça Aguiar que lamentou não poder participar do nosso encontro por razões mais do que justificadas, mas se comprometendo a participar do próximo encontro e parabenizando a todos os colegas de Minas pela nossa luta. Agradecemos a manifestação da combativa colega Graça Aguiar, que apesar de não poder contribuir pessoalmente com os debates no encontro, já o faz por outros meios, inclusive pela Internet, através dos blogs que coordena, entre os quais o S.O.S Educação Pública.
P.S.2 - Por falar em blog, antes de começar os diálogos do nosso glorioso encontro, em conversa com a colega Beatriz Cerqueira, coordenadora geral do Sind-UTE, sugeri que ela criasse um blog para ela. Ela disse que já havia pensado nessa possibilidade, e que a partir de outubro, quando tivesse mais tempo, poderia fazê-lo. Tem todo o nosso apoio para tal iniciativa. E pela liderança que ela exerce junto à categoria, seguramente será um dos blogs mais visitados da rede.
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Incorporo ao texto central o comentário do nosso colega e amigo professor João Paulo:
"João Paulo Ferreira de Assis :
Prezado amigo Professor Euler
Aviso de utilidade pública: no blog do Azenha (Vi o Mundo) há uma menção ao post ''campanha dos e-mails falsos'', que está no blog Sejaditaverdade. São treze emails que foram colocados para difamar a Dilma, inclusive um que fala sobre a ação que uma lésbica teria entrado para receber pensão da Dilma. Só que o advogado mencionado no e-mail não existe! Não consta dos registros da OAB! A acusação de que Dilma ''matou'' o Mário Kozel Filho não resiste à menor análise. Como numa caminhonete iria caber 10 pessoas e 50 quilos de dinamite? Dilma estava em Belo Horizonte na época. E o fato foi em Quitaúna SP. O ''apoio'' do Hugo Chávez também não existiu. Fizeram uma montagem de um vídeo em que Hugo Chávez falava para uma plateia toda vestida de vermelho. Bom, tem outros esclarecimentos no sejaditaverdade. O blog do Azenha tem os linques.
Atenciosamente João Paulo Ferreira de Assis."
Leiam também:
- Blog Ocupação Dandara:"COMUNICADO URGENTE: Acampamento na PBH"
Postado por Blog do Euler às 22:12
1 comentários:
João Paulo Ferreira de Assis disse...
Prezado amigo Professor Euler
Aviso de utilidade pública: no blog do Azenha (Vi o Mundo) há uma menção ao post ''campanha dos e-mails falsos'', que está no blog Sejaditaverdade. São treze emails que foram colocados para difamar a Dilma, inclusive um que fala sobre a ação que uma lésbica teria entrado para receber pensão da Dilma. Só que o advogado mencionado no e-mail não existe! Não consta dos registros da OAB! A acusação de que Dilma ''matou'' o Mário Kozel Filho não resiste à menor análise. Como numa caminhonete iria caber 10 pessoas e 50 quilos de dinamite? Dilma estava em Belo Horizonte na época. E o fato foi em Quitaúna SP. O ''apoio'' do Hugo Chávez também não existiu. Fizeram uma montagem de um vídeo em que Hugo Chávez falava para uma plateia toda vestida de vermelho. Bom, tem outros esclarecimentos no sejaditaverdade. O blog do Azenha tem os linques.
Atenciosamente João Paulo Ferreira de Assis.
29 de setembro de 2010 11:17
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Governo de Minas usa sindicatos "amigos" para tentar quebrar a autonomia do sind-UTE
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Governo de Minas usa sindicatos "amigos" para tentar quebrar a autonomia do sind-UTE
Desde o início do primeiro mandato do governo do faraó e afilhado, um dos objetivos da política neoliberal implantada com o choque de gestão tem sido a tentativa de impedir a autonomia dos movimentos sociais e sindicais. Especialmente em relação ao Sind-UTE, que tem longa tradição de luta e resistência, o governo de tudo fez para reduzir a influência deste sindicato.
Em nenhum momento, por exemplo, o afilhado e o faraó conversaram diretamente com a representação sindical dos educadores de Minas. Isso ficou ainda mais evidenciado durante a nossa maravilhosa revolta dos 47 dias, quando o afilhado, já como governador, não recebeu para negociar os dirigentes do sind-UTE (vejam abaixo link para o Informativo Nº 20 do Sind-UTE, texto assinado pela Coordenadora Geral Beatriz Cerqueira e Nota de Esclarecimento da Direção Estadual do sindicato). Além disso, o faraó passou 40 dias em uma longa e não merecida viagem pela Europa e sequer tocou no assunto da greve que abalou Minas Gerais e expôs as tripas desse governo e de seus atos para toda a população mineira. Agora, como candidato a senador, ele tem a cara de pau de dizer que vai lutar por mais verba para a Educação em Minas, quando sequer aplicou adequadamente a receita estadual em favor da Educação pública em Minas e na valorização dos educadores.
Terminada a nossa maravilhosa revolta/greve, a estratégia do governo tem sido uma combinação de atos voltados para o enfraquecimento do nosso movimento. De um lado, impôs um calendário concentrado de reposição de aulas, para que os educadores não tenham tempo sequer para refletir e participar do processo eleitoral e político. Por outro lado, a sistemática pressão por parte das superintendências, inclusive com ameaças de remoção (meu caso) e demissões de contratados de forma ilegal (em função da lei eleitoral). Além disso, tem sido corriqueiro o uso da máquina do estado para a realização de reuniões com educadores em todo o estado, com a desculpa de estar "esclarecendo" as dúvidas sobre a nova lei do subsídio.
É importante notar que para essas reuniões, que são na verdade campanha política para o atual governador, as superintendências não se importam com a liberação de educadores, inclusive causando prejuízos para os alunos, já que essas aulas não serão repostas.
E para completar, o governo tem levado a tiracolo representantes dos sindicatos "amigos" (mui amigos!) como o Sindipúblicos e a tal de APPMG, numa clara tentativa de fortalecer essas entidades junto à parcelas dos servidores. Essas entidades são apresentadas como aquelas que estão garantindo conquistas para os servidores. A pergunta é: que conquistas são essas, se nos últimos oito anos ou mais os servidores só colheram prejuízos e confiscos?
Na área da Educação então, nem se fala: cortaram o biênio e o quinquênio dos servidores que entraram após 2003 e agora cortaram dos demais; reduziram ao máximo as férias-prêmio; dificultaram ao extremo a possibilidade de alguém adoecer, tal a burocracia implantada para apresentar uma licença médica; arrocharam os salários dos servidores, especialmente dos educadores, a ponto de pagar menos que um salário mínimo para o vencimento básico de um professor. As novas tabelas que serão pagas em janeiro de 2011 tiveram que ser arrancadas na luta, assim mesmo o governo confiscou conquistas históricas dos educadores, e ainda por cima reduziu os percentuais de progressão e promoção da atual tabela.
Mas, o governo não quer de maneira alguma conviver com um movimento autônomo, capaz de desafiá-lo em praça pública como fizemos durante a nossa maravilhosa revolta dos 47 dias. Por isso usa os mais variados expedientes para tentar impedir o fortalecimento deste movimento. Por outro lado, nós também não podemos assistir a essas movimentações do governo sem reação. A direção do sind-UTE tem se movimentado pelo interior de Minas, tentando se contrapor às investidas do governo. Dezenas de lideranças do nosso movimento continuam dialogando com os colegas e realizando um cotidiano trabalho de crítica do que vem acontecendo em Minas. Os nossos blogs - este, do COREU, da Vanda, do Anderson, da Cristina, do Sebastião, da Marlene, da Marly, da subsede de Caxambu, e dezenas de outros - estão diariamente alimentando a discussão e trazendo informações sobre o que a mídia esconde da população mineira.
Nos pŕoximos meses, devemos ampliar a nossa discussão a partir das bases e com isso acumular em termos organizativos e políticos para enfrentar o próximo governo com muita força, união e determinação. Exigimos respeito e valorização dos educadores de Minas e do Brasil. E para isso, para esta luta, a nossa autonomia em relação ao governo, seja ele qual for, é condição essencial.
- Copie aqui o Informativo nº 20 do Sind-UTE (em pdf)
* * *
Um pouco de rotina - O calor hoje prevaleceu novamente, e houve até um ensaio de chuva agora a noite, que não vingou totalmente, mas refrescou um pouco. Pela manhã fui em Lagoa Santa respirar o ar mais puro um pouco do que o de Vespá. Quase no final da tarde, quando estava próximo uns 200 metros da escola onde trabalho, o tanque de guerra dá uma engasgada e pára. Tentei acelerar e nada. Quando mudei a marcha percebi que ela simplesmente deixara de funcionar. Com algum custo consegui encaixar uma primeira e o tanque branco de guerra pôs-se em movimento. Conversando com o porteiro da escola e com os colegas professores e alguns alunos chegamos à conclusão num rápido diagnóstico de que se tratava de algum problema na caixa de marcha ou na embreagem. Quase todo mundo é um pouco técnico de futebol e mecânico de automóvel neste país. Liguei para um mecânico conhecido e ele me disse que sem ver de perto o problema não dava para diagnosticar. Fui até um mecânico próximo da escola e ele me aconselhou: deixe o seu carro na garagem da escola e traga-o aqui pela manhã, pois deve ser a caixa de marcha. Já na escola o diretor me desaconselhou a deixar o carro lá. Não há vigia noturno e é muito comum pularem os muros da escola durante a madrugada. Tudo bem que o carro é bem velho, mas ainda anda. E bem. Então quando terminou meu horário de trabalho, o jeito era tentar chegar no bunker com um tanque de guerra avariado. Uns 10 km mais ou menos a vencer. Lasquei uma primeira para enfrentar as subidas e pisava na embreagem nas descidas. Entre uma descida e uma subida o carro parava e numa dessas acho que acertei uma terceira que resolveu literalmente a parada da metade do trajeto em diante. O tanque de guerra é forte: geralmente arranca de segunda e sobe a maioria dos morros de quarta, que é a sua última marcha. Nem foi preciso usar o plano B: uma colega sairia da escola uns dez minutos depois de mim e caso meu tanque parasse de vez na rodovia a máquina ficaria por lá e eu pegaria uma carona até o centro de Vespá. Felizmente, São Cristóvão, São Pedro - que mandou uma chuva bem ralinha durante o trajeto talvez para esfriar o motor -, e Nossa Senhora de Lourdes, padroeira de Vespasiano, me deram total proteção até a chegada ao bunker. Amanhã será dia de enfiar a mão no bolso já praticamente vazio graças ao minguado salário-de-professor-de-Minas (assim mesmo, tudo junto) para pagar o mecânico e comprar as peças necessárias. Afinal, o tanque não pode parar. Tampouco eu.
* * *
Incorporo ao texto central o comentário do colega Interior:
"Interior:
Texto retirado do Inf. 20 do sind-UTE/MG...para reflexão.
"Precisamos saber de que lado estamos e quem está ao nosso lado". E citando Gandhi,"Chame a todos, convide a todos. Se ninguém vier, vá sozinho. FAÇA A SUA PARTE."
A leitura diária dos blogs dos colegas citados, nos faz sentir que não estamos só. "Um mais um é sempre mais que dois"
Abraços aos colegas de caminhada!!!!"
Postado por Blog do Euler às 19:39
1 comentários:
Interior disse...
Texto retirado do Inf. 20 do sind-UTE/MG...para reflexão.
" Precisamos saber de que lado estamos e quem está ao nosso lado. E citando Gandhi,"Chame a todos, convide a todos. Se ninguém vier, vá sozinho.FAÇA A SUA PARTE."
A leitura diária dos blogs dos colegas citados, nos faz sentir que não estamos só. "Um mais um é sempre mais que dois"
Abraços aos colegas de caminhada!!!!
27 de setembro de 2010 21:43
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domingo, 26 de setembro de 2010
Euler:"Um domingo manhoso, com musicalidade, muito calor e um debate pela frente".
Um domingo manhoso, com musicalidade, muito calor e um debate pela frente
Domingo tranquilo, um almoço com frango assado na casa de minha mãe, seguido de um sono quase profundo. Que calor. São Pedro havia prometido chuva para estes dias. Deve ter adiado. Sinal de que pode vir granizo. E meu tanque de guerra precisando de um banho. A culpa é dele, de São Pedro, não minha.
Um pouco mais tarde o som de uma banda me arrasta para o centro da praça principal de Vespasiano. Morar no centro tem dessas coisas. A gente está sempre próximo das movimentações artísticas que acontecem. Algumas de bom gosto; outras nem tanto. Claro que o que é de bom gosto para uns, pode ser um desgosto para outros. Mas, um encontro de bandas, como o que aconteceu há pouco, e a poucos metros do meu bunker, é algo de muito bom gosto. Pelo menos para mim, que assisti de pé a apresentação de cinco bandas de várias cidades: Vespasiano, São José, Pará de Minas, entre outras. E assisti de pé por puro capricho, porque havia por lá uma arquibancada, mas escolhi um ponto onde se tornava mais fácil sair quando quisesse e também para cumprimentar os passantes conhecidos meus. Morar no interior tem dessas coisas: a gente conhece quase todo mundo.
Ao final da apresentação, comprei um espeto de frango que vim devorando enquanto caminhava em direção ao bunker, mas não sem antes passar numa sorveteria e recolher num copão umas três ou quatro bolas de sorvete de vários sabores que fui degustando suavemente no meu bunker, enquanto ouvia algumas músicas. De Milton Nascimento inclusive, apesar dele estar apoiando o afilhado. Ele e todos os demais cantores e compositores mineiros. Para mim agora há uma nítida separação, entre o que eles foram no passado, quando compuseram ou interpretaram suas músicas, e agora, quando se adaptaram integralmente ao sistema.
O problema é que se excluirmos o repertório dos artistas que não se mostram engajados com as lutas sociais vamos ter que ficar praticamente sem ouvir música. Talvez a década de 60 fora aquela que criara o maior número de cantores engajados ou comprometidos com a causa da resistência à ditadura, como foi o caso de Chico Buarque, Taiguara, Geraldo Vandré, e até mesmo Caetano, Gil e Milton Nascimento, que vez ou outra produziram belas músicas com forte teor social. Hoje há outros músicos, nos mais variados estilos, que produzem canções ligadas às realidades das periferias dos grandes centros. Sem falar no Cazuza, Renato Russo e tantos outros cantores e cantoras de gerações posteriores àquela que mencionei.
Mas, quando não se tem um ouvido dogmático e sectário, ouve-se de tudo um pouco, filtrando as preferências nem tanto pelo teor social das letras, mas por sentidos que transcendem as limitações ideológicas e cujas melodias mexem com o nosso ser. Podem falar do amor, ou das plantas, ou das flores, ou do vento, ou do mar, ou dos pássaros. Não importa. Entretanto, devo confessar, pra gente que é sempre engajado nas lutas sociais, por mais que diversifiquemos o repertório, incluindo as belíssimas músicas internacionais, a gente sempre acaba voltando, revisitando, diria, aquelas músicas de protesto cantadas por Chico Buarque, Vandré, Elis, Caetano, Taiguara, Gil, Milton, Cazuza, Renato Russo, entre outros. Mesmo que alguns deles tenham passado para o outro time. Eles que se justifiquem perante suas consciências, não eu.
E como daqui a pouco começa o debate entre os candidatos a presidência da República - às 21h, na Rede Record - vou ficando por aqui, neste manhoso domingo de sol quente, com a promessa de uma chuva que São Pedro tarda a enviar e que será bem-vinda como o som das bandas que ouvi hoje a tarde. Se tiver pique, volto mais tarde, após o debate, para registrar aqui as impresssões que conseguir captar. Lembrando sempre que na semana que vem, neste mesmo dia e horário, já saberemos quem será o novo - ou a nova, mais provavelmente - presidente da República. E mais ainda: contra qual governador passaremos os próximos quatro anos lutando pela valorização dos educadores e pela Educação pública de qualidade, entre outras coisas. Então, até.
São Pedro - Fui criticar São Pedro e ele, ao visitar o nosso blog, não deixou barato. Durante o debate na TV Record, pelo menos por uns bons 10 minutos mais ou menos caiu uma chuva deliciosa em Vespasiano. Foi pouca, é verdade. Mas veio logo depois da minha cobrança aqui no blog. Minha conversa com São Pedro é sempre assim, direta, sem intermediários. Tomara que venha um pouco mais de chuva, pois a que veio não deu para lavar o tanque de guerra. E a noite, embora tenha refrescado um pouco, ainda continua quente.
Debate: A noite pode estar quente, mas o debate foi morno. Houve alguns momentos em que o candidato Plínio do Psol sobressaiu, muito mais pela forma solta, fora do figurino, do que propriamente por uma crítica radical e consistente. As pessoas gostam das críticas que ele faz, mas isso não se traduz em votos. Marina Silva tenta ser a boazinha, acima do bem e do mal, mas no fundo foi oportunista, tentando fazer média com parcelas dos eleitores dos dois partidos - do PT e do PSDB. Dilma, nessa reta final, será ainda mais atacada. E acho que o comando da campanha cometeu um erro ao aceitar que o último debate, o da Globo, seja realizado na próxima quinta-feira, a partir de quando os candidatos não terão mais tempo na TV para se defenderem de manipulações. A experiência da derrota de Lula para Collor não serviu como ensinamento. Já o candidato demotucano não consegue ser simpático e vai tentar o tudo ou nada no debate da Globo.
* * *
Incorporo ao texto central o comentário do nosso amigo professor João Paulo.
"João Paulo Ferreira de Assis:
Prezado amigo Professor Euler
As primeiras análises do debate ressaltaram que Dilma foi muito bem. Li no esquerdopata e no escrevinhador. Aguardo a análise do Brizola Neto. Eu considero que a Globo não deve aprontar, pois há a ação do Movimento dos Sem Mídia contra ela e o SBT, ação da qual orgulhosamente sou um dos signatários. O que devemos temer é que o pessoal pode plantar alguma coisa no computador daquele guerrilheiro colombiano. E aí a coisa pode complicar.
Nós temos armas: nossa militância, nossos esclarecimentos aos alunos. Outro dia eu contei que os acasos, os inesperados sempre beneficiam os tucanos, e que eu nunca vi um fato inesperado beneficiar o PT. Lembrei de Barbacena, em que um vereador tucano teve sua carreira alavancada por um fato meio maroto que foi a tubulação do Terminal Rodoviário arrebentar e jogar porcaria numa rua que leva o nome da mãe do então prefeito. O vereador em questão (irmão de deputado tucano que votou contra nós em tudo), discursou falando que o sr.prefeito não cuidava nem da rua que leva o nome da mãe dele, que dirá das mais. Esse vereador foi eleito prefeito com quase 70% dos votos. Ou em Nova Iguaçu RJ, um prefeito tucano às voltas com a greve dos serventuários da saúde, ser beneficiado com uma invasão de ''grevistas'' nos hospitais públicos, que foram entrando nos quartos e desligando os aparelhos. A imprensa carioca calou a versão do sindicato e adotou a do prefeito.
Peço a Deus que me dê um presente: a vitória da Dilma no primeiro turno."
"Interior:
Bom dia colegas Euler e João Paulo.
E eu pedindo que Deus conceda o MILAGRE MINEIRO.E batalhando muito para que ele aconteça. Com palavras, atos e sem omissões...
Boa semana para todos nós...com ajuda de quase todos os santos. (Sto Antônio pode ficar quietinho no seu canto....rs)
Abraços."
Postado por Blog do Euler às 16:44 2 comentários
sábado, 25 de setembro de 2010
Domingo tranquilo, um almoço com frango assado na casa de minha mãe, seguido de um sono quase profundo. Que calor. São Pedro havia prometido chuva para estes dias. Deve ter adiado. Sinal de que pode vir granizo. E meu tanque de guerra precisando de um banho. A culpa é dele, de São Pedro, não minha.
Um pouco mais tarde o som de uma banda me arrasta para o centro da praça principal de Vespasiano. Morar no centro tem dessas coisas. A gente está sempre próximo das movimentações artísticas que acontecem. Algumas de bom gosto; outras nem tanto. Claro que o que é de bom gosto para uns, pode ser um desgosto para outros. Mas, um encontro de bandas, como o que aconteceu há pouco, e a poucos metros do meu bunker, é algo de muito bom gosto. Pelo menos para mim, que assisti de pé a apresentação de cinco bandas de várias cidades: Vespasiano, São José, Pará de Minas, entre outras. E assisti de pé por puro capricho, porque havia por lá uma arquibancada, mas escolhi um ponto onde se tornava mais fácil sair quando quisesse e também para cumprimentar os passantes conhecidos meus. Morar no interior tem dessas coisas: a gente conhece quase todo mundo.
Ao final da apresentação, comprei um espeto de frango que vim devorando enquanto caminhava em direção ao bunker, mas não sem antes passar numa sorveteria e recolher num copão umas três ou quatro bolas de sorvete de vários sabores que fui degustando suavemente no meu bunker, enquanto ouvia algumas músicas. De Milton Nascimento inclusive, apesar dele estar apoiando o afilhado. Ele e todos os demais cantores e compositores mineiros. Para mim agora há uma nítida separação, entre o que eles foram no passado, quando compuseram ou interpretaram suas músicas, e agora, quando se adaptaram integralmente ao sistema.
O problema é que se excluirmos o repertório dos artistas que não se mostram engajados com as lutas sociais vamos ter que ficar praticamente sem ouvir música. Talvez a década de 60 fora aquela que criara o maior número de cantores engajados ou comprometidos com a causa da resistência à ditadura, como foi o caso de Chico Buarque, Taiguara, Geraldo Vandré, e até mesmo Caetano, Gil e Milton Nascimento, que vez ou outra produziram belas músicas com forte teor social. Hoje há outros músicos, nos mais variados estilos, que produzem canções ligadas às realidades das periferias dos grandes centros. Sem falar no Cazuza, Renato Russo e tantos outros cantores e cantoras de gerações posteriores àquela que mencionei.
Mas, quando não se tem um ouvido dogmático e sectário, ouve-se de tudo um pouco, filtrando as preferências nem tanto pelo teor social das letras, mas por sentidos que transcendem as limitações ideológicas e cujas melodias mexem com o nosso ser. Podem falar do amor, ou das plantas, ou das flores, ou do vento, ou do mar, ou dos pássaros. Não importa. Entretanto, devo confessar, pra gente que é sempre engajado nas lutas sociais, por mais que diversifiquemos o repertório, incluindo as belíssimas músicas internacionais, a gente sempre acaba voltando, revisitando, diria, aquelas músicas de protesto cantadas por Chico Buarque, Vandré, Elis, Caetano, Taiguara, Gil, Milton, Cazuza, Renato Russo, entre outros. Mesmo que alguns deles tenham passado para o outro time. Eles que se justifiquem perante suas consciências, não eu.
E como daqui a pouco começa o debate entre os candidatos a presidência da República - às 21h, na Rede Record - vou ficando por aqui, neste manhoso domingo de sol quente, com a promessa de uma chuva que São Pedro tarda a enviar e que será bem-vinda como o som das bandas que ouvi hoje a tarde. Se tiver pique, volto mais tarde, após o debate, para registrar aqui as impresssões que conseguir captar. Lembrando sempre que na semana que vem, neste mesmo dia e horário, já saberemos quem será o novo - ou a nova, mais provavelmente - presidente da República. E mais ainda: contra qual governador passaremos os próximos quatro anos lutando pela valorização dos educadores e pela Educação pública de qualidade, entre outras coisas. Então, até.
São Pedro - Fui criticar São Pedro e ele, ao visitar o nosso blog, não deixou barato. Durante o debate na TV Record, pelo menos por uns bons 10 minutos mais ou menos caiu uma chuva deliciosa em Vespasiano. Foi pouca, é verdade. Mas veio logo depois da minha cobrança aqui no blog. Minha conversa com São Pedro é sempre assim, direta, sem intermediários. Tomara que venha um pouco mais de chuva, pois a que veio não deu para lavar o tanque de guerra. E a noite, embora tenha refrescado um pouco, ainda continua quente.
Debate: A noite pode estar quente, mas o debate foi morno. Houve alguns momentos em que o candidato Plínio do Psol sobressaiu, muito mais pela forma solta, fora do figurino, do que propriamente por uma crítica radical e consistente. As pessoas gostam das críticas que ele faz, mas isso não se traduz em votos. Marina Silva tenta ser a boazinha, acima do bem e do mal, mas no fundo foi oportunista, tentando fazer média com parcelas dos eleitores dos dois partidos - do PT e do PSDB. Dilma, nessa reta final, será ainda mais atacada. E acho que o comando da campanha cometeu um erro ao aceitar que o último debate, o da Globo, seja realizado na próxima quinta-feira, a partir de quando os candidatos não terão mais tempo na TV para se defenderem de manipulações. A experiência da derrota de Lula para Collor não serviu como ensinamento. Já o candidato demotucano não consegue ser simpático e vai tentar o tudo ou nada no debate da Globo.
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Incorporo ao texto central o comentário do nosso amigo professor João Paulo.
"João Paulo Ferreira de Assis:
Prezado amigo Professor Euler
As primeiras análises do debate ressaltaram que Dilma foi muito bem. Li no esquerdopata e no escrevinhador. Aguardo a análise do Brizola Neto. Eu considero que a Globo não deve aprontar, pois há a ação do Movimento dos Sem Mídia contra ela e o SBT, ação da qual orgulhosamente sou um dos signatários. O que devemos temer é que o pessoal pode plantar alguma coisa no computador daquele guerrilheiro colombiano. E aí a coisa pode complicar.
Nós temos armas: nossa militância, nossos esclarecimentos aos alunos. Outro dia eu contei que os acasos, os inesperados sempre beneficiam os tucanos, e que eu nunca vi um fato inesperado beneficiar o PT. Lembrei de Barbacena, em que um vereador tucano teve sua carreira alavancada por um fato meio maroto que foi a tubulação do Terminal Rodoviário arrebentar e jogar porcaria numa rua que leva o nome da mãe do então prefeito. O vereador em questão (irmão de deputado tucano que votou contra nós em tudo), discursou falando que o sr.prefeito não cuidava nem da rua que leva o nome da mãe dele, que dirá das mais. Esse vereador foi eleito prefeito com quase 70% dos votos. Ou em Nova Iguaçu RJ, um prefeito tucano às voltas com a greve dos serventuários da saúde, ser beneficiado com uma invasão de ''grevistas'' nos hospitais públicos, que foram entrando nos quartos e desligando os aparelhos. A imprensa carioca calou a versão do sindicato e adotou a do prefeito.
Peço a Deus que me dê um presente: a vitória da Dilma no primeiro turno."
"Interior:
Bom dia colegas Euler e João Paulo.
E eu pedindo que Deus conceda o MILAGRE MINEIRO.E batalhando muito para que ele aconteça. Com palavras, atos e sem omissões...
Boa semana para todos nós...com ajuda de quase todos os santos. (Sto Antônio pode ficar quietinho no seu canto....rs)
Abraços."
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sábado, 25 de setembro de 2010
Um pouco mais sobre campanha de Hélio Costa- n° 15
Política
Embate entre Hélio Costa e Anastasia no debate da Record
Peemedebista criticou o atual Governo mineiro e tucano acusou Governo federal pelos problemas em Minas
Sidney Martins - Repórter - 21/09/2010 - 00:46
TONINHO ALMADA
debate_record
Candidatos ao Governo de Minas participam de debate na Record
Transcorreu em clima morno, quebrado apenas em alguns momentos de embate direto e forte entre os dois principais rivais ao Governo de Minas - o governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta a reeleição, e Hélio Costa (PMDB) -, o debate entre candidatos na Record Minas. Como acontece na campanha eleitoral, a disputa entre os candidatos do PMDB e do PSDB dominaram o debate. Enquanto Hélio Costa fez críticas ao atual governo e a áreas que ele considera frágeis no Estado, como a saúde, o tucano jogou para o plano nacional e acusou o Governo federal pelos problemas em Minas.
Hélio Costa defendeu uma comparação entre as propostas dos dois principais candidatos. Voltou a ligar seu nome ao da candidata do PT a presidente da República, Dilma Rousseff, e ao presidente Lula. Apesar da desvantagem apontada pelas pesquisas, ressalvou que sempre recebeu os resultados com muito cautela.
Hélio Costa afirmou que "existe uma tendência entre os órgãos de Imprensa de seguir apenas as ações do governo". Questionado pelo candidato do PSOL, Professor Luiz Carlos, se houve censura em Minas durante os últimos oito anos, ele foi reticente. "Não falo em censura, mas numa tendência lamentavelmente em apoiar as ações do governo".
Segundo acusou o candidato do PSOL, a censura existe nas pesquisas feitas no Estado. Isso porque, segundo ele, nas sondagens feitas em Minas, o nome dele muitas vezes não aparece. Na sua resposta, Hélio Costa admitiu que, se o nome do adversário não consta nos levantamentos, a censura "está aí".
A apresentação dos dois principais concorrentes ao Palácio da Liberdade - Hélio Costa e Antonio Anastasia (PSDB) - seguiu à risca a estratégia de campanha traçada até agora. Anastasia se apresentou ao telespectador como o nome que "representa uma candidatura nascida em Minas, e para Minas". O tucano reforçou, já no início do confronto, a tese de que sua candidatura, ao contrário da candidatura de Hélio Costa, é fruto de um projeto nascido em Minas - e não fora do Estado. A provocação foi em relação ao fato de seu adversário ser apoiado pelo presidente Lula e pela petista Dilma Rousseff.
O concorrente do PMDB também não mudou o discurso que tem adotado como rotina. Costa se apresentou como o candidato que tem preocupação com o social, "assim como o governo Lula", que procura, segundo ele, "ajudar as pessoas". Citou ainda que o Governo do Estado tem de ser afinado com o Palácio do Planalto.
O embate entre os dois principais candidatos ao Governo de Minas ficou mais intenso no segundo bloco do debate. Hélio Costa, ao responder uma pergunta sobre investimentos em saúde, criticou a construção do novo Centro Administrativo do Estado (pelo então governador Aécio Neves), que, conforme disse, demandou altos gastos. "Ao invés de fazer o Centro Administrativo, poderíamos ter feito muito mais", alfinetou Costa, em recado a Anastasia.
Na sua resposta ao candidato do PMDB, o concorrente tucano afirmou que a construção da nova sede do Executivo mineiro irá economizar R$ 90 milhões ao ano. Hélio Costa, apoiado pelo presidente Lula, ainda insinuou que os principais gastos na Saúde no Estado foram feitos pela União, e não pelo governo tucano.
"Os recursos do SUS é que garantem o funcionamento dos hospitais. O que o Estado (de Minas) tinha que fazer era repassar os 12% para a Saúde". De acordo com o que apontou o peemedebista, estes repasses foram comprometidos porque a oposição ao Governo federal "retirou R$ 40 bilhões da Saúde".
Na sua réplica, Anastasia rebateu as declarações, afirmando que os recursos do SUS não são provenientes só da União. E acusou que parte da responsabilidade de a Emenda 29 - que obriga o repasse mínimo - não estar regulamentada é de deputados do PT e PMDB que, segundo ele, ainda não votaram a lei.
Hélio Costa também responsabilizou o Governo de Minas pela atraso nas obras de revitalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Afirmou que, diferentemente do que vem sendo dito pelo Governo mineiro, a administração federal só não iniciou as obras porque a Secretaria de Estado de Meio Ambiente atrasou na apresentação da licença ambiental. Anastasia refutou, informando que o que houve foi uma intervenção do Tribunal de Contas de União, identificando indícios de superfaturamente no projeto.
Para o candidato Hélio Costa, existe um investimento grande do Governo federal no Estado de Minas, o que é uma marca do governo Lula. Para ele, Minas foi privilegiado com verbas públicas federais, mas algumas parcerias público-privadas são mal conduzidas. Para ele, essa parceria deve ser acertada antes para funcionar melhor.
Para Anastasia, é preciso uma gestão profissional na administração pública. O candidato do PSDB destacou a importância do anel rodoviário e disse que a administração pública deve ser moderna e apresentar resultados. Acrescentou que a parceria público-privada é uma boa alternativa, mas não a única.
Indagado pelo Professor Luiz Carlos sobre o que os servidores de educação podem esperar do governo, caso ele seja eleito, Anastasia disse que a educação mineira é de excelência por esforço do professor, da família do aluno e dele próprio. Mas o candidato afirma que é necessário investir mais na educação, com nova metodologia de ensino e programas, como os que ajudam os alunos em piores situações, indo até a casa deles ajudá-los a estudar e a conseguir boas notas.
Chamou atenção no debate do Record da presença de Duda Mendonça. Famoso pela campanha que elegeu o presidente Lula em 2002, o publicitário se desdobra nas eleições deste ano para dar conta de todas as campanhas que comanda. No seu rol de clientes em 2010, estão os candidatos a governo de São Paulo Paulo Skaf (PSB), ao Governo do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e ao governo de Minas, Hélio Costa (PMDB).
Com debates simultâneos realizados pela Record ontem, Duda escolheu acompanhar o encontro pessoalmente onde a situação está mais complicado para seu candidato: Minas Gerais. Antes líder nas pesquisas, Costa perde pontos para seu principal adversário na disputa, o atual governador do Estado.
O debate teve quatro blocos, com os candidatos respondendo a perguntas formuladas por jornalistas convidados e também fazendo perguntas entre si. O debate foi mediado pelo apresentador do MG Record, André Vasconcelos. Os apresentadores dos programas Balanço Geral e MG no Ar, Mauro Tramonte e Carlos Viana, também participaram sabatinando os convidados, ao lado do coordenador da Editoria de Política do HOJE EM DIA, Alex Capella.
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* .Record Minas realiza seu primeiro debate entre candidatos ao governo
Levon Nascimento
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sábado, 4 de setembro de 2010
Hélio Costa apresenta 15 propostas para a educação em plenária do SindUTE
Postado em 04/09/2010 por Equipe Hélio+Patrus
Os candidatos da coligação “Todos Juntos por Minas” (PMDB/PT/PCdoB/PRB) a governador, Hélio Costa, e a vice, Patrus Ananias, participaram, na tarde de hoje, de uma plenária organizada pelo SindUTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), em Belo Horizonte. Centenas de professores vindos de diferentes regiões do Estado ouviram atentamente à explanação de Hélio e depois dirigiram perguntas aos candidatos.
Durante seu pronunciamento, o candidato a governador enumerou os 15 pontos do programa de governo da coligação para a área da educação: criação de escolas técnicas profissionalizantes; construção de 600 creches de qualidade em 300 municípios; educação em tempo integral; valorização dos profissionais; redução do analfabetismo; fortalecimento do ensino superior gratuito e de qualidade; disponibilização de computadores para alunos e professores do ensino médio; distribuição de kits pedagógicos; alimentação de qualidade; inserção de crianças e jovens com deficiências; implantação de medidas para manter a segurança escolar; discussã o de um plano de carreira para os professores com representantes do setor; ampliação da participação das escolas estaduais no programa ‘Mais Educação’; criação do ProMédio; e manutenção do diálogo permanente com representantes da classe.
Caso eleito, Hélio afirmou que construirá 31 escolas técnicas profissionalizantes nas principais regiões do Estado. Outras 50 escolas estaduais já existentes também passarão a oferecer cursos profissionalizantes. Sobre a valorização dos profissionais, Hélio foi enfático: “engessar os salários dos professores, não abrir as portas para negociar com a classe e impor decisões não serão atitudes toleradas por nós”, ressaltou, em referência à greve de 42 dias dos servidores públicos de educação realizada nesse ano no Estado.
Em relação ao ensino superior público, o candidato peemedebista afirmou que a reestruturação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) como uma universidade gratuita e de qualidade é prioridade: “o governo precisa assumir esse compromisso com a educação pública. Não existe isso de cobrar mensalidade na UEMG e agregar uma fundação à instituição”.
Ele enfatizou que a instalação de internet banda larga nas cinco mil escolas de Minas, o que ocorreu em sua gestão como ministro das Comunicações do governo Lula, levou muitos alunos a acessarem bibliotecas digitais e aumentarem os contatos com a leitura e pesquisa. Ele falou sobre a proposta de levar computadores aos alunos do ensino médio: “um governo que tem 1 bilhão e 500 milhões de reais para construir a Cidade Administrativa, poderia gastar 100 milhões de reais em tal ação”.
Questionado sobre a cultura do governo de nomear superintendentes de educação sem consultar a classe, Hélio respondeu que, em seu governo e de Patrus, os superintendentes serão escolhidos em conjunto com os representantes da classe: “vamos manter as portas abertas e discutir essas decisões com vocês, professores. O secretário de Educação, por exemplo, será uma pessoa experimentada, que vive a realidade de vocês”.
O candidato finalizou sua participação na plenária com uma exclamação que puxou aplausos da platéia: “vocês são a vanguarda do exército que quer ver Minas mudar e que vai lutar para isso nesse fim de campanha”. Hélio e Patrus assinaram a carta-compromisso do SindUTE, cujas reivindicações estavam previstas no programa de governo da Coligação.
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