quarta-feira, 22 de junho de 2011

Exclusivo! Blog filma reunião entre governo e sindicato na Cidade Administrativa.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Exclusivo! Blog filma reunião entre governo e sindicato na Cidade Administrativa





Através de filmagem ultrasecreta, o Blog do Euler consegue gravar a última reunião ocorrida entre as representantes do Sindicato dos educadores - o Sind-UTE -, e a secretária da Educação e assessores diretos desta, pelo governo de Minas.

A reunião durou três horas e nem um cafezinho sequer foi servido. E para piorar as coisas, a secretária mandou ligar o ar condicionado no ultimo furo, para deixar o ambiente bem congelado, igual ao salário dos educadores.

Com moderna tecnologia, conseguimos captar todo o diálogo entre as partes, de forma exclusiva. Até mesmo os cochichos da secretária com suas assessoras foram gravados pelo blog. Acompanhem os principais lances deste emocionante encontro a seguir.

- Sindicato: Bom dia, sra. secretária, viemos falar hoje especificamente sobre o piso salarial...

- Secretária: ah, o piso. Pois é, minha filha, não sei se vocês ficaram sabendo, mas o piso aqui da Cidade Administrativa trincou todo. Tivemos que contratar cinco empreiteiras para iniciar os serviços de reparo. Felizmente, os reparos ficaram baratos, na verdade uma mixaria, de quase 500 milhões de reais...

- Sindicato: Mas, o piso a que estamos nos referindo, sra. secretária, é o do magistério...

- Secretária: Ah, o magistério, eu tô encantada com o magistério de Minas. Os resultados das nossas pesquisas e avaliações indicam que o magistério de Minas é o melhor do Brasil. Os educadores estão de parabéns pelos serviços de qualidade que vêm prestando. Por favor, levem essa minha mensagem para os educadores...

- Sindicato: Então, secretária, já que o serviço do magistério é de qualidade, nada mais justo do que pagar o piso...

- Secretária: Mas nós já pagamos, minha filha. Não te falei que cinco empreiteiras foram contratadas para reparar o piso aqui da Cidade Administrativa.

- Sindicato: Não, sra. secretária, mas não é este piso que nós estamos falando não, secretária, é o nosso piso.

- Secretária: Uê, cês também tão com problema de piso na casa de vocês? Uai, eu posso indicar uma empreiteira muito boa para pequenos serviços de reparo em domicílios.

- Sindicato: Não, sra. secretária, estamos falando de salário, piso do magistério, sra secretária!

- Secretária: calma, minha filha, não precisa ficar nervosa. (Neste instante a secretária cochicha no ouvido de uma assessora: "que povo chato esse, que só sabe falar em piso, piso, piso, que pobreza!").

- Secretária: Mas, pois é, minha filha, retomando a conversa, essa estória de piso não tá com nada não. Nosso negócio agora é subsídio. É muito mais chique do que este negócio de piso. Veja bem: deputado recebe subsídio, ministro do STF e desembargador recebem subsídio; o governador de Minas recebe subsídio. Até eu recebo subsído e posso afirmar para vocês com segurança que estou muito satisfeita. Não troco meu subsídio de jeito nenhum pelo piso do magistério. (Aí ela cochichou novamente no ouvido da assessoria: "teve até um doido aí que propôs trocar meu subsidio pelo salário dele. Deus que me livre!!!!!").

- Sindicato: Mas, secretária, o subsídio de vocês é de ricos; o nosso é de pobres. Vocês discutem o teto, nós queremos o piso.

- Secretária: que coisa minha filha, essa mania suas de querer sempre pra menos. Isso é coisa de pobre, minha filha. Por isso que nós criamos o subsídio com todo carinho para vocês. Para que vocês possam dizer para todo mundo que, tirando os deputados, desembargadores, governador - até eu, imagina! -, somente os educadores em Minas é que recebem o subsídio. E olha que o subsídio que nós oferecemos é muito maior do que esse tal de piso do MEC.

- Sindicato: Mas o subsídio que vocês ofereceram somou o vencimento básico e todas as gratificações e com isso descaracterizou o nosso piso...

- Secretária: Então, minha filha, é melhor somar do que dividir ou subtrair, não é mesmo? (E aí já cochichando no ouvido da assessora: "que povo chato, meu Deus, só falam em piso, piso, piso. Que pobreza! Manda aumentar o ar condicionado, faz favor")

- Secretária: Mas, então minha filha, retomando a conversa, nós temos que ter uma visão de futuro. O governo de Minas tem um projeto todo especial para a Educação pública. Estamos pensando, por exemplo, em sugerir para os diretores das escolas a uniformização dos uniformes dos alunos. Contratamos uma empresa especializada no assunto e pagamos uma bagatela de R$ 200 milhões pela consulta, e já escolhemos o novo modelo de uniforme para alunos e professores: blusa rosa choque e calça bonina.

- Sindicato: Mas, secretária, nós estamos falando do piso...

- Secretária: ah, o piso, que bom que vocês lembraram, porque não havíamos pensado no sapato adequado para combinar com o uniforme. Ohhh, Fulana (aí se dirigindo a uma das assessoras), liga lá para empresa especializada e pede outra consulta urgente sobre o calçado, o pisante, entendeu, para o uniforme. Tá vendo como é bom conversar com este pessoal do sindicato. Não tinha nem lembrado desse detalhe importante da vestimenta...

- Sindicato: Mas, secretária, nós estamos falando do piso salarial do magistério, que agora é lei federal... Pelo amor de Deus!

- Secretária: Ahhhhhhhhh, é sobre isso que vocês queriam falar? Ah, cês deviam ter sido mais objetivas, porque agora meu tempo com vocês acabou. Vamos marcar uma nova reunião pra semana que vem. Nós temos muita coisa pra discutir. Agenda aí pra gente, oh Fulana. E manda entrar o pessoal do governo que está aí fora, porque o pessoal do sindicato já está de saída. (Detalhe: o pessoal do governo a que ela se referia era o pessoal da AaPpPMg e do Sindipublicado).

Assim, mais uma objetiva reunião entre o governo e o sindicato foi realizada no 14º andar do prédio Minas Gerais, na Cidade Administrativa.

Ao despedir-se do pessoal do sindicato, a secretária ainda advertiu:

- Muito cuidado quando descerem as escadarias do prédio - o elevador estava enguiçado -, porque lá embaixo o piso tá todo trincado. Graças a Deus que nós só entramos aqui pelo teto.

***


"Anônimo:

Ôu, vc é "phoda"!(com todo respeito)
Muito bom mesmo...Tiro o chapéu :-)"


"ANGELICA- SD PRATA:

EULER, SINCERAMENTE, SE VOCE NAO EXISTISSE TERIAMOS DE MANDAR FAZER UM. ETA CARA PORRETA!!!! AMEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIII.
NO PRINCIPIO AO LER O TITULO ATE PENSEI QUE FOSSE COISA SERIA..... SO VOCE MESMO PARA NOS FAZER RIR NUM MOMENTO COMO ESSE.
OBRIGADO POR VOCE EXISTIR!

ANGELICA- SD PRATA"


"Cristina Costa:

Euler....

Até fiquei preocupada com você por um momento:

"Nossa... meu amigo pirou de vez..."


Filmar ou gravar conversa alheia é crime, colega. kkkkkk

Só você mesmo, para nos fazer rir em um momento como este.

A batalha vai ver longa e realmente temos que desanuviar um pouco!

Um abraço!

"Existem três tipos de pessoas. As que fazem as coisas acontecer, as que ficam vendo as coisas acontecer, e as que perguntam: O que aconteceu?" Philip Kotler

Não precisa nem dizer em que grupo você se encontra...

Obrigada!"


"Anônimo:

EULER CONFIRMANDO O QUE DISSE A ANGÉLICA, TAMBÉM CHEGUEI A PENSAR QUE FOSSE VERDADE. ESSA FOI DEMAIIIIIIIIIIIIIIIS. ENVIE UMA CÓPIA EXCLUSIVAMENTE PARA A "FARAOZINHA""


"José Alfredo Junqueira:

Recebi um email da secretária: Vocês querem piso, vocês ainda aguentam mais pisadas. Estamos pisando em vocês desde que o cavaleiro do apocalipse assumiu há uns... sei lá, 9 anos? Vamos é mandar o cavalo justiceiro pisar em vocês tambem. Isto é, se ele topar. Se aquele cavalo que está recebendo medalhas não obedecer, mando os burros da tropa de choque pisar em vocês. Vocês estão cheirando muito pó de giz, estão malucos!"


"Anônimo:

"A vida imita a arte", ou seria o contrário???"


"Anônimo:

Euler, gostei muito do seu escrito, você é o "cara" e além disso é camisa 10. Você é o capitão do nosso time, é o coordenador da belas jogadas, distribui o jogo, instrui, chama para si toda a responsabilidade, falta só o governo pagar o nosso piso salarial e você comemorar o gol juntamente com todo time do magistério.

P.S. Euler, concordei inteiramente com o colega professor Paulo quando ele diz que a greve dos professores deveria começar em novembro e só terminar em fevereiro. Só assim, os alunos, pais e sociedade em geral dariam o "grito" e o governo atenderia nossas reivindicações. Gostei muito de sua ideia, professor Paulo. Parabéns. Obrigado, Euler."


"Anônimo:

Seria cômico se nossa situação não fosse trágica...( Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra , blá, blá, blá, e nesse dia os oprimidos, uma canção numa só voz irá cantar.....) vamos a luta companheirada, a vitória é certa.....piso do CNTE, do Dieese.... lá vamos nós. 1,2,3, 4,5 mil, nós é que fazemos a história do Brasil....força na peruca!!!!"

"Gilson Vieira Soares:

Essa foi boa! rss
Então você é um piadista também?
Abraço."


"carlos montes claros:

Oi Euler, aqui em Montes Claros nosso movimento está cheio de ações. Na sessão da câmara municipal, hoje, foi votada uma moção de apoio a greve e também os vereadores encaminharam uma carta à secretária Gazolla para que se abra as negociações. Amanhã, o nosso dia "D", conforme informações da subsede será as 9:30 na Praça da Catedral, juntamente com o pessoal da policia civil."


"Geane - Teófilo Otoni:

Oi Euler, olá colegas blogueiros e de luta.
É isso ai, a nossa greve continua! As razões que nos levaram a ela são muito maiores que qualquer outra justificativa, daqueles que se mantem trabalhando e descaracterizando o nosso movimento, também a nossa causa.

Se temos que lutar em duas frentes, que o façamos. De um lado, contra esse desgoverno antidemocrático e déspota. Do outro, com nossos colegas, que se esqueceram de uma das atribuições da Educação, portanto do EDUCADOR, que é politizar, conscientizar e garantir que os cidadãos e as cidadãs tenham dignidade. A melhor Educação, é o exemplo. É verdadeiramente um descaminho pelo qual estamos trilhando. Mas não podemos desistir. Alguém, alguma cabeça lúcida tem que sacudir as demais. Felizmente, essas cabeças existem. São elas quem tem que pegar o "boi pelo chifre". No final, o churrasco é para todos.

Fico feliz por seu bom humor, heim!!! Há uns anos atrás, alguém sacrificou seu trabalho, sua vida, sua liberdade, porque acreditava no futuro. E nós estamos aqui, vivendo a Democracia, mas tendo que brigar de novo pelo nosso presente sem deixar de acreditar no futuro.
Beijo a todos."


"Paulo:

P.S. Euler, concordei inteiramente com o colega professor Paulo quando ele diz que a greve dos professores deveria começar em novembro e só terminar em fevereiro. Só assim, os alunos, pais e sociedade em geral dariam o "grito" e o governo atenderia nossas reivindicações. Gostei muito de sua ideia, professor Paulo. Parabéns. Obrigado, Euler."


Então.....será que ninguem nunca pensou em levar essa idéia para uma assembléia da categoria ????

Outra coisa: Bahia - Não paga o piso
Rio Grande do Sul - Não paga o piso
São estados governados pelo partido do governo federal. O mesmo governo federal que está completamente omisso em relação a nossa luta !!
Enquanto fazemos greve para fazer valer uma lei, o governo federal faz cara de paisagem e nos próprios estados governado pelos companheiros do mesmo partido, nada de piso.
A verdade colegas é que estão todos rindo da nossa cara!!!
Deveríamos deixar as notas dos alunos despencarem nas avaliações que medem a qualidade da educação e fazer esse país de canalhas passar mais vergonha do que já passa perante a comunidade internacional.
"

"Maria Helena:

Euler se você não existisse, teríamos que inventá-lo. É impressionante como você consegue expressar com uma clareza tão grande a nossa situação, em seus textos. Leio todos, mas esse da reunião é o máximo. Fiquei imaginando uma peça cômica com o mesmo."


"David:

Carissimos Euler e colegas
Talvez valha a pena exibir na comunidade o vídeo da Beatriz Cerqueira Fazendo esclarecimentos sobre as reivindicações da categoria
http://www.youtube.com/watch?v=rzjqyuMfF4s&feature=player_embedded
repassar para o máximo de gente possível.
Também tive a infelicidade de assistir a matéria do MGTV de hoje sobre a greve falando que os alunos estão prejudicados. A pergunta é: ATÉ QUANDO A SOCIEDADE VAI SER TÃO CEGA DE FALAR QUE SÓ O ALUNO É PREJUDICADO?
E NÓS? NÃO TEMOS FAMÍLIA, COMPROMISSOS E TUDO MAIS?
Como já comentei anteriormente o aluno já está prejudicado a muito tempo à medida que o gorverno nos desvaloriza.
Abração
David"


"Anônimo:

Precisamos sair da inércia e destas "manifestações" organizadas pela direção ou novamente a greve vai pras cucuias.Tem que radicalizar"

Comentário geral do Blog: amigos colegas da luta! Uma boa notícia: a escola pólo de Vespasiano, a E.E. Machado de Assis, decidiu hoje, por maioria, paralisar as atividades a partir de segunda-feira. Houve uma assembleia na escola com educadores dos três turnos, da qual tive o prazer de participar, juntamente com o comandante João Martinho, a diretora da subsede Cláudia Luiza, além dos combativos colegas do próprio Machado que sempre estão presentes nas lutas, greves e assembleias da categoria, como: Alex, Paulão, Anderson, Carlos Alberto, entre outros. A discussão entre os educadores presentes foi muita rica e respeitosa, cada qual expondo seus pontos de vista, contra ou favor da paralisação da escola e adesão à greve que já está em curso no estado desde o dia 08. A escola Machado de Assis é referência para toda a região. Igualmente, a EE Elias Issa, do município de São José da Lapa, é outra importante escola-referência para a região, cujos combativos educadores paralisaram as atividades desde o dia 13. Uma outra escola referência para a região é a E.E. Renato Azeredo, no bairro Morro Alto, que aderiu à greve logo no primeiro momento. Com isso, o quadro de adesão à greve por parte dos educadores da região da subsede de Vespasiano e São José da Lapa caminha para atingir algo próximo de 80%. Algumas poucas escolas ainda funcionam, inclusive algumas com adesão de 50% ou mais dos educadores ao movimento. Esperamos que durante este final de semana e o início da próxima possamos consolidar um quadro que caminhe para 85 ou 90% de adesão à greve.

Um grito de BRAVO! aos combativos educadores de Vespasiano e São José da Lapa que já estavam em greve ou que acabam de aderir ao movimento de paralisação! Que sejam todos bem-vindos à histórica luta dos educadores de Minas e do Brasil pelo piso nacional do magistério, e pela salvação da nossa carreira de educadores. É com a participação de cada um nesta luta que haveremos de construir e conquistar dias melhores para todos nós!


"Solange:

Euler, você é ótimo! Gostei da sua criatividade. Conseguiu desopilar nossos fígados tão sobrecarregados pela hipocrisia e descaso do "Anestesia" e da sua súdita, a Gazzola. Continue assim. Meu fraterno abraço, Solange"


"CARLA:

ADOREI!!!!!!!!!! BRASILEIRO É O POVO MAIS FELIZ DO MUNDO!!! CONSEGUE RIR ATÉ EM SITUAÇÃO TRÁGICA!!! SOU BRASILEIRO E NÃO DESISTO!!! PARABÉNS EULER!!! NOS SURPREENDE A CADA DIA!!"


"Paula:

Oi Euler, olha essa:

Você estudou? - BEM FEITO!

Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês.
"Homenageado e condecorado pela Academia Brasileira de Letras"

Tiririca: R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;
- Mesmo sendo analfabeto, é "Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...

Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...

Moral da História:

Os professores ganham pouco é porque só servem
para ensinar coisas inúteis, como ler, escrever e pensar.

Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:
- Educação: Futebol Circo
- Música: Sertaneja Pagode Axé
- História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira, Biografia dos Heróis do Big Brother do Bial, Involução do Pensamento das "Celebridades"
- História da Arte: De Carla Perez a Faustão
- Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha, Cálculo Percentual de Comissões e Propinas, Técnicas de "Como Fraudar o Fisco", "Como Abrir Empresas-Fantasma", "Como Aliciar Laranjas"
- Português e Literatura : Para quê? O último "prizidente" orgulhava-se de jamais ter lido um livro!
-Biologia, Física e Química : Desnecessárias, por excesso de complexidade.
- Educação Moral e Cívica: Manual do Guerrilheiro A Guerrilha Urbana Como Preparar Bombas Caseiras

Um abraço. Paula."


"Profa. Joana D’arc:

EULER,VEJA A CANALHICE QUE A APPMG ESTA FAZENDO ENVIANDO ESTE TIPO DE E-MAIL, NÃO PODEMOS PROCESSAR ESTA ENTIDADE POR AGIR DE MÁ-FÉ ?.

INFORMATIVO APPMG Terça-feira, 21 de Junho de 2011 11:06
De: "Departamento Juridico" Adicionar remetente à lista de contatos
Para:
Cc: "Departamento Juridico"

APPMG INFORMA

PISO NACIONAL DO PROFESSOR

Conforme decisão da plenária do STF, a discussão sobre Piso Nacional, definiu-se que deve ser entendido como a remuneração mínima a ser recebida pelos professores. Manteve-se a Jornada Semanal de 40 horas para o piso.
A medida cautelar em ADIN 4167 DF, do Relator Ministro Joaquim Barbosa, foi deferida, por maioria, no sentido de que a referência ao piso salarial é a Remuneração e não tão somente o Vencimento básico inicial na Carreira.
Em Minas Gerais, a jornada do professor é de 24 horas.
A APPMG explica o que é Remuneração: É o total em dinheiro, que cada servidor recebe no contracheque referente ao mês trabalhado.

Professores, cuidado com os falsos profetas!

Que Deus nos ilumine achar o caminho certo das reivindicações tão merecidas pela Classe do Magistério.

Profa. Joana D’arc"


"Anônimo:

caros colegas acabei de ver no blog da beatriz , que a secretaria chamou para uma reunião amanhã quarta feira 22/06. Isso faz parte da importancia da nossa luta. Quero pedir aos companheiros seja qual for a decisão dessa negociação que ninquem volte para a escola até a nossa próxima assembléia só assim conseguiremos vencer."

"Anônimo:

EULER, SERA QUE DA PARA PROCESSAR A APPMG?

O Crime de falsidade ideológica é figura tipificada no artigo 299 do Código Penal Brasileiro, que tem a seguinte redação:

Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante."


"luisinho34:

Haverá reunião com a Secretária de Estado da Educação nesta quarta-feira, dia 22/06, 10:30.
Informaremos o resultado ainda nesta quarta.
Acabei de ver agora no blog da beatriz..
A " nossa querida Globo" que é a detentora da maior parte dos milhões gastos em publicidade pelo desgoverno estadual, demorou a veiculara quelas famosas reportagens tendenciosas com total apoio do faraozinho com certeza!!
O sindicato através de seu diretor encaminhou a rede Globo o seguinte comunicado:

OBSERVAÇÕES A RESPEITO DA REPORTAGEM DO MGTV VEICULADA EM 21/06

Prezada Márcia Lamarca,

Conforme contato telefônico, encaminho considerações feitas pelo diretor do Sind-UTE/MG, Paulo Henrique Fonseca, a respeito da entrevista por ele concedida à Rede Globo.

1º) Questiono o recorte da imagem em frente a uma escola totalmente paralisada em função do movimento de greve, mas que sequer foi mostrada ou citada. Outros personagens contendo o contrário, escola aberta/escola fechada com a presença da mãe de aluno foram citados com imagens ampliadas. O fato então não faz justiça aos dois lados da matéria como sugere a boa prática jornalística. Reitero, a Escola Afonso Pena é uma das centenas de educandários que engrossam a greve dos trabalhadores na educação e a Globo minimizou o movimento ao dar foco contrário.

2º) Na questão da resposta à Secretaria de Educação (horas aulas não cumpridas) a afirmação enfática de irresponsabilidade na informação da Secretária, pois a Secretaria não poderia fechar um ano letivo sem o cumprimento dessas horas, sequer foi usada.

3º) A questão salarial (há duas formas hoje de pagamento: o piso 369,00 e o valor pago na forma de subsídios, o que descaracteriza a carreira do trabalhador da Educação. Há comprovação de que o governo estadual paga o pior Piso Salarial do país. O vencimento básico do professor, formado em Magistério, é R$369,00. O subsídio proposto pelo Governo não é Piso Salarial e sim, total de remuneração, descaracterizando a carreira do profissional da educação.

4º ) Outra informação omitida é o fato do governo não cumprir a Lei Federal 11.738, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), fator que motivou a categoria a deflagrar a greve por tempo indeterminado. Será que fosse o contrário, a categoria, ou o Sindicato descumprindo uma lei, a Globo omitiria?

5º) Em relação ao apoio ou não à greve, a Globo ouviu uma mãe de aluno, mas poderia, como sugere a boa prática jornalística ouvir os dois lados da questão. Assim poderia ouvir também uma entidade representativa dos estudantes que manifesta apoio à greve, como a Ames por exemplo.

Face a esses registros, a direção do Sind-UTE/MG pede à Rede Globo uma retratação da matéria, na expectativa de que os fatos sejam levados ao ar de maneira isenta como sugere um dos princípios basilares do jornalismo e, por conseguinte, acredita-se também ser esse um dos parâmetros da Emissora para a boa prática jornalística.

Atenciosamente,

Paulo Henrique Santos Fonseca
Diretor de Comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG)"


"David:

Caríssimos
Ao invés de propor uma ação na justiça contra a APPMG, eu tenho uma ideia: que tal se exigirmos que os membros da direção dessa entidade que tornem publica a sua opção pelo subsídio. Como eles pregam que esse sistema de remuneração é melhor, que assumam essa opção e façam bom proveito dele. E que nos deixem em paz com a nossa carreira.
Abraço
David"


"luisinho34:

NA VERDADE GALERA O QUE ESTÁ ESCRITO É VERDADE, NA LIMINAR CONCEDIDA EM 2008, ERA ESTA A INTERPRETAÇÃO. A MÁ FÉ DESTE E-MAIL ESTÁ EM OMITIR (PARA OS DESINFORMADOS CLARO!!) QUE A DECISÃO FOI TOMADA EM CARÁTER DEFINITIVO NO DIA 27/04 (DIGO 27/04, PORQUE É NESTA DATA QUE SE CONTA PARA A QUESTÃO DA DECISÃO FINAL DO PLENÁRIO, VISTO QUE NO DIA 06/04 O JULGAMENTO FOI SUSPENSO AGUARDANDO VOTO DE UM MINISTRO AUSENTE). E A DECISÃO FINAL É QUE O PISO REFERE-SE A VENCIMENTO INICIAL DA CARREIRA SEM ENGLOBAR OUTRAS GRATIFICAÇÕES A QUE O SERVIDOR FIZER JUS. É A FAMOSA TÁTICA DE COLOCAR SÓ O QUE INTERESSA E OMITIR O QUE NÃO INTERESSA!!!

DEVERÍAMOS FAZER UMA CAMPANHA AMPLA DENUNCIANDO ESSE TIPO DE CONDUTA DA APPMG E TAMBÉM ORIENTAR QUE OS COLEGAS QUE SE ASSOCIARAM A ESTA INSTITUIÇÃO SAÍSSEM IMEDIATAMENTE (A MAIOR PARTE ASSOCIOU-SE POR CONTA DE CONVÊNIOS), SERÁ QUE VALE À PENA DAR "MORAL" PARA ESTE TIPO DE INSTITUIÇÃO?
CONCORDO QUE SEJA UM ABSURDO, UM GOLPE BAIXO, SE ISTO REALMENTE PARTIU DA APPMG (O QUE NÃO DUVIDO)!!!

UM ABRAÇÃO LUISINHO/LAFAIETE"

"Anônimo:

NÃO CONFUDAM MAGISTERIO COM MAGISTRADOS!

CNJ aprova auxílio-alimentação para juízes brasileiros

Magistrados argumentaram que, pela Constituição, devem ter o mesmo tratamento garantido aos integrantes do Ministério Público

Felipe Recondo - 21/06/2011 - 20:44

Os juízes de todo o País passarão a receber, além do salário superior a R$ 20 mil, auxílio-alimentação e poderão, ainda, vender e embolsar 20 dos 60 dias de férias a que têm direito anualmente, além de tirar licença remunerada para fazer cursos no exterior e não remunerada para tratar de assuntos pessoais. Os integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovaram nesta terça-feira (21) o texto de uma resolução que amplia as vantagens dos magistrados e permite o pagamento imediato desses privilégios pelos tribunais de todo o Brasil.

Os novos benefícios não têm respaldo da Lei Orgânica da Magistratura (Loman), de 1979. Para conseguirem esses privilégios, os magistrados argumentaram que, pela Constituição, devem ter o mesmo tratamento garantido aos integrantes do Ministério Público. A Lei Orgânica do MP prevê essas regalias para os integrantes da carreira.

"O Conselho reconheceu uma pretensão justa da magistratura em geral", justificou o conselheiro Felipe Locke, relator do pedido de simetria entre juízes e integrantes do Ministério Público. "Essas são garantias diretas da Constituição. Não estamos inventando nada aqui", acrescentou.

A equiparação era uma demanda antiga dos magistrados e levou a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) a ameaçar uma greve inédita da categoria. Além disso, os juízes pressionam o governo e o Congresso a aprovarem o aumento salarial de 14,79%. Por esse percentual, o salário dos ministros do STF, referência para toda a magistratura, passariam de R$ 26.723 para R$ 30.675.

A Advocacia-Geral da União (AGU) deve recorrer dessa decisão. A AGU argumenta, assim como defendeu o próprio presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, Cezar Peluso, que os benefícios só poderiam ser garantidos aos juízes com a aprovação de uma lei específica pelo Congresso Nacional.
"

"Clayton Coelho:

Caros Colegas,

“Polícia Civil rebate decisão do TJ que considera ilegal manifestação da categoria na Cidade Administrativa”

O Tribunal de Justiça a serviço do executivo mineiro considerou ilegal qualquer tipo de atividade que esteja programada para ocorrer na Cidade Administrativa. Vejam que mesmo sem qualquer ato programado, o TJ se antecipa e declara ilegal qualquer manifestação popular naquela área.

Essa atitude é uma das consequências da última manifestação conjunta dos servidores públicos – educação, saúde, segurança e finanças ocorrida na MG10.

O TJMG utilizou como pretexto a Polícia Civil para dar o recado aos trabalhadores em educação. Não há dúvida, estamos vivendo sob a vigência do AI-5 aqui em Minas.

Clayton Coelho."


"Anônimo:

kkkkkkkkkkkkkkkk.. Euler, só você mesmo. Eu li o título da matéria e até me assustei! Mas como foi bom para eu rir... E cada vez mais fico indignada como pessoas tão inteligentes, como você por exemplo, (e todos os professores, afinal não estudamos à toa e somos formadores de opiniões e etc..) temos que mendigar aos trancos e barrancos essa migalha desse Piso. Deveríamos ganhar era muito dinheiro. Mas por outro lado, nada paga essa sua presença de espírito! Muito bom! Abraços e estamos firmes e fortes na luta!"

"Anônimo:

EULER, OLHA O QUE A RENATA VILHENA ESTA FALANDO DO SINDUTE E, DO SUBISIDIO.

http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=174668,OTE&busca=greve%20professores&pagina=1"



"Anônimo:

JORNAL O TEMPO 21/06/11

Após reunião nesta tarde de terça-feira (21), entre o Sindicato dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental de Belo Horizonte e a secretária de Planejamento e Gestão do Governo de Minas, Renato Vilhena, os trabalhadores resolveram não entrar em greve, pelo menos até o dia 12 do mês que vem, quando acontece um novo encontro.

Os especialistas, pedem a equiparação da remuneração inicial com a média nacional, de R$ 4 mil. Atualmente, o salário inicial é de cerca de R$ 2 mil. Nesta terça-feira, cerca de 250 pessoas fizeram uma manifestação na Cidade Administrativa, na região Norte da capital.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Pedro Calixto, atualmente cerca de 380 pessoas trabalham nesta função em Belo Horizonte, num cargo considerado de extrema importância pelo próprio governador Antonio Augusto Anastasia.

http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=122101,NOT

POIS É! ELES TEM PISO DE 2 MIL E QUEREM 4 MIL E FORAM ATENDIDOS RAPIDINHO PELA RENATA VILHENA.

MAS VAMOS AGUARDAR A REUNIÃO COM A SEE QUE ESTA ACONTECENDO AGORA!
VEREMOS SE CONTINUARÃO A IMPOR MENTIRAS À SOCIEDADE!"


"Isabel Assumpção:

Bom dia, Euler.
Ainda bem que não perdemos o senso de humor, pois se fôssemos todos chorar pelos acontecimentos, Minas viraria um Vale de lágrimas e nem a Arca de Noé salvaria nosso Brasil. A luta continua e estarei com todos vocês na próxima assembleia. Força na Luta!!!"


Comentário do editor do Blog no jornal O Tempo:

Caros colegas, por indicação de um dos nossos visitantes acima, fui acompanhar o que disse a sra. Secretária Renata Vilhena sobre os educadores no jornal O Tempo, neste link:


http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=174668,OTE&busca=greve%20professores&pagina=1

Não pude deixar de comentar tal texto da ilustre secretária. Eis o teor do rápido comentário que fiz, o qual já foi devidamente encaminhado:

"Impressionante a cara de pau da secretária do Choque de Gestão. Ela não teve coragem de dizer, por exemplo, que mesmo os tais R$ 712,20 para o professor com ensino médio não está sendo pago pelo governo no antigo regime remuneratório. O piso desses colegas é de R$ 369,00 apenas - portanto, abaixo do que manda a Lei.

Ora, se o governo julga que as pessoas vão perder dinheiro no antigo regime remuneratório por que então ele não cumpre a Lei, implanta o pessoal que optou pela carreira antiga e paga o piso do magistério neste sistema?

Além disso, é bom a senhora secretária se lembrar que no ano passado, enquanto o sindicato negociava os termos do acordo assinado com o governo, este interrompeu unilateralmente as negociações e anunciou o subsídio sem o aval do sindicato. Além disso, logo depois, em abril último, o STF considerou que o piso do magistério é vencimento básico e não somatória de vencimento e gratificações, como acontece com o subsídio.

Como se não bastasse, a senhora secretária não informa também à comunidade que a Lei do Subsídio reduziu os percentuais de promoção de 22% para 10% e de progressão, de 3% para 2,5%, além de confiscar todo o tempo de serviço dos educadores, que foram posicionados na carreira no grau A - grau inicial. Quem tem 10 ou 15 anos de carreira recebe hoje o mesmo salário de quem está ingressando agora na carreira.

O governo Anastasia está na ilegalidade, fora da lei, pois não paga o piso do magistério, que é lei federal, não cumpre sequer a Lei do Subsídio, que faculta a opção dos educadores para o antigo sistema remuneratório. Quem optou por tal sistema continua recebendo pelo subsídio, por imposição do governo.

Por último, em relação à reposição das aulas, considero uma irresponsabilidade do governo lançar no ar este número espalhafatoso de 1,3 milhões de aulas não cumpridas. Primeiro, a reposição se dá nas escolas, que são 3.500 em Minas. Todas elas têm controle de ponto e também através da presença de inspetoras. Ora, se alguns educadores de algumas dessas escolas não cumpriram a reposição, era dever do estado contratar novos servidores para garantir ao educando o direito à reposição. Poderia até cortar o pagamento de quem não repôs, mas tinha que assegurar o número de aulas e dias letivos aos estudantes. Quem comete infração grave, neste caso, é o governo. E crime confesso, por sinal, já que o governo descumpri mais esta lei.

O governo de Minas deveria é ter vergonha de pagar apenas dois salários mínimos para o professor com curso superior, enquanto constrói cidades administrativas, estádios de futebol, rodovias e viadutos; enquanto paga subsídios altíssimos, com verbas indenizatórias e tudo mais, para as altas esferas dos três poderes constituídos. Com esta política, o governo mineiro contribui para destruir a carreira dos educadores, talvez já prevendo que, no lugar de escolas, talvez seja melhor construir mais cadeias."


"Anônimo:

O GLOBO -22/06/2011 10h34

ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE Companhia de MG abre concurso para 297 vagas de nível superior. Os candidatos devem ter curso superior em qualquer área de atuação, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Cargos são na área administrativa e de tecnologia da informação. Salários são de R$ 2.724,28.

http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2011/06/companhia-de-mg-abre-concurso-para-297-vagas-de-nivel-superior.html

SALARIO INICIAL OU SEJA O PISO DE QUASE 3 MIL!!

E PARA A EDUCAÇÃO QUANTO SERÁ HEIN????????"

"Anônimo:

O Governador de Minas fez a entrega do Prêmio Bom Exemplo 2011. Quanta incoerência!!!!"

"Angelica:

Pessoal no site da SEE tem uma pequena nota sobre a reuniao de hoje entre a SEE e o Sindiute. Vejam o link abaixo:

https://www.educacao.mg.gov.br/imprensa/noticias/2087-representantes-da-educacao-e-planejamente-se-reunem-com-comissao-do-sind-ute

Angelica- SDPrata"


"Anônimo:

O GLOBO
Artigo publicado18 de junho de 2011,

REVISÃO DO SALARIO DOS SERVIDORES NÃO DEPENDE DE LEI
Por Marco Aurélio Mello

Em um Estado democrático de Direito, há de observar-se a ordem jurídica. O respeito deve vir tanto dos cidadãos em geral como do Estado, do qual é aguardada postura exemplar. Políticas governamentais são potencializadas e nem sempre isso se verifica quanto a valores básicos. Em verdadeira atuação de força, míope ante os ares da Constituição Federal, parte-se para o menosprezo a interesses maiores, sendo alcançados contribuintes e servidores, toda a sociedade, enfim.
O fator de equilíbrio está na própria Carta da Republica, a que todos, indistintamente, se submetem. A falha das autoridades constituídas, intencional ou não, fez surgir, com papel insuplantável, segmento equidistante, não engajado nesta ou naquela política governamental, que é o Judiciário. Preserva o Direito e, por esse motivo, torna-se o destinatário das esperanças dos que se sentem espezinhados, dos que sofrem as consequências danosas do desprezo a interesses legitimamente protegidos. É o que vem acontecendo, ano a ano, e nas três esferas federal, estadual e municipal, relativamente à equação serviço a ser implementado e remuneração dos servidores públicos.
Embora a Constituição Federal imponha a revisão anual dos vencimentos dos servidores, isso não ocorre, havendo a diminuição do poder aquisitivo. O servidor já não recebe o que recebia inicialmente, com desequilíbrio flagrante da relação jurídica, vindo o setor público, mediante perverso ato omissivo, alcançar vantagem indevida os mesmos serviços geram vencimentos que já não compram o que compravam anteriormente.
Até aqui, vinga, em verdadeira confusão terminológica, a ótica de estar o reajuste sujeito à previsão em lei, apesar de não se tratar de aumento, apesar de o próprio Diploma Maior já contemplar os parâmetros a serem observados, ficando afastada a opção político-normativa concernente à lei: a reposição do poder aquisitivo da moeda o reajuste deve ser anual, no mesmo índice, que outro não é senão o indicador oficial, da inflação do período. Não existe razão suficiente para cogitar da necessidade de lei, a não ser que se potencialize a forma pela forma.
O quadro conduz ao abalo da paz social, como acabou de acontecer no lamentável episódio do Rio de Janeiro, envolvendo policiais militares bombeiros.
Na última trincheira da cidadania, o Supremo, teve início o julgamento da matéria. Coincidentemente, policial civil de São Paulo reivindica o reconhecimento da responsabilidade do Estado ante a omissão, ante a incúria, do poder público, pleiteando a correlata verba indenizatória. Relator do recurso, pronunciei- me pelo acolhimento da pretensão, seguindo-se o pedido de vista da ministra Cármen Lúcia.
Que prevaleça a concretude da Constituição Federal, alertados os agentes políticos sobre as graves consequências do menosprezo às regras jurídicas, do menosprezo à dignidade dos cidadãos. Somente assim, avançar-se-á culturalmente.

FAVOR ENVIAR PARA O GOVERNADOR DE MG E EQUIPE!!!"


"Anônimo:

SOUBE QUE NÓS QUE OPTAMOS PELO ANTIGO REGIME REMUNERATÓRIO ,VAMOS VOLTAR A RECEBER MÊS QUE VEM E QUE SAIU UMA NOTÍCIA SOBRE PROGRESSÃO POR ESCOLARIDADE.SERÁ QUE É A DA APPMG? ALGUÉM TEM ALGUMA INFORMAÇÃO?"

"Anônimo:

BOA TARDE EULER E COLEGAS. NO SITE DA SEE CONSTA QUE SOMENTE COM O FIM DA GREVE,O DIALOGO SERA RETOMADO... ACREDITEM SE QUISEREM.ABRAÇO E QUE DEUS NOS ABENÇOE."

"Anônimo:

DEPOIS DA SACANAGEM, VEM O CINISMO. VEJA A APPMG PEDINDO PROMOÇÃO AUTOMÁTICA PARA OS EDUCADORES. AFINAL ONDE ELA QUER CHEGAR? LEIA NO SITE DA APPMG."


Sobre a negociação governo X sindicato:

Pessoal da luta, vejam que trecho interessante da matéria publicada no site da SEE-MG, após mais uma reunião com o Sind-UTE:

"A secretária Ana Lúcia Gazzola e a secretária adjunta Maria Ceres Pimenta Spínola Castro reafirmaram o compromisso com o diálogo, mas ressaltaram que a agenda de negociações só será retomada após do fim da greve. A secretária reforçou que o Governo de Minas tem interesse em retomar as negociações e ressaltou que o mais importante é que os estudantes da rede estadual não sejam prejudicados pela greve, que já dura 14 dias."

(Fonte: https://www.educacao.mg.gov.br/imprensa/noticias/2087-representantes-da-educacao-e-planejamente-se-reunem-com-comissao-do-sind-ute)


Ora, esse pessoal não tem respeito nenhum nem pelos educadores e muito menos pelos estudantes. O sindicato negociou quase seis meses com o governo e não houve um milímetro de avanço em matéria de salário e carreira, que é o que nos interessa com maior força.

Agora dizem que temos que voltar ao trabalho para retomarem as negociações. Para quê? Para continuarem mais seis meses nos enganando e aos estudantes também? Os responsáveis pela nossa greve é o governo. É ele quem tem que responder para a comunidade pelo fechamento das escolas.

O governo do afilhado, que iniciou a gestão ensaiando uma mudança de comportamento em relação aos sindicatos e movimentos sociais, pelo visto está voltando ao modelo antigo, da gestão do faraó. O que ele está esquecendo é que a realidade mudou.

Nós não aceitamos intimidações em 2010 na nossa maravilhosa greve de 47 dias. Não vamos aceitar novamente. O governo não pode cassar mais esse direito legal dos trabalhadores, que é o direito de greve.

Além de não pagar o piso e descumprir a própria Lei do Subsídio, o governo de Minas quer agora abolir a Lei de Greve. "Só negociamos se voltarem ao trabalho". Me poupem, né pessoal. Será que acham que estão lidando com quem, heim?

A greve deve continuar e ganhar força e o governo terá que negociar se quiser garantir os 200 dias letivos que manda a Constituição Federal. Toda força na nossa luta, colegas, e não vamos nos intimidar!


"Paulo:

A notícia já está no site do governo, aqui no blog, e não apareceu ainda no site do sindicato e nem no blog da coordenadora."


"Anônimo - Carangola:

Todo filho de dirigentes públicos deveriam ser obrigado por lei a estudar em escola pública. E dos magistrados também. Aí eu queria ver se ficariam omissos à nossa causa. Não é possível que não enxergam a covardia que estão fazendo conosco.

Agora, mais do que nunca, quero continuar em greve. Meus credores que me esperem... Mais importante agora é mostrarmos que ainda temos dignidade e não é uma secretariazinha de meia que irá me pressionar. Aliás sou eu que pago (e bem pago) o seu salário (que não é subsídio)

Carangola - MG"


39 comentários

terça-feira, 21 de junho de 2011

BLOG DO EULLER :"Nos descaminhos da Educação em Minas..."

Nos descaminhos da Educação em Minas...


No caminho com Maiakóvski

Autor: Eduardo Alves da Costa


"(...)

Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.


Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.


Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

(...)"



***

Não sei porque cargas d'água, toda vez que leio este trecho do profundo poema de Eduardo Alves da Costa, poeta fluminense, penso na categoria dos educadores de Minas.

perdemos os biênios. Já perdemos os quinquênios. E agora, com o subsídio, estamos perdendo o piso, já que o teto, nunca o tivemos.

Reduziram os percentuais de promoção e progressão, confiscaram-nos as gratificações e engoliram, de uma só vez, o tempo de serviço prestado ao estado.

O que mais falta fazer, para que a categoria desperte para a luta?

Talvez, nestes anos todos de choques e confiscos tenham tirado de nós o que há de mais importante: a dignidade, a coragem de lutar.

De uma categoria ou de um povo que não sabe lutar, só se pode mesmo esperar por piedade.

Acendamos uma vela para os colegas que perderam a voz e a coragem de defender os interesses da nossa categoria.

Eles precisarão de muitas velas, quando a escola pública e a carreira dos educadores, pela omissão de muitos, deixarem de existir, e no seu lugar, o governo continuará construindo mais cadeias, e viadutos, e cidades administrativas, e pontes, e estádios de futebol...

E porque nos calamos quando era preciso lutar, já não podemos fazer mais nada a não ser... aceitar, e aceitar, e aceitar...

***
"Anônimo:

Boa Noite Prof Euler

Muito oportuno o texto, poema retrata muito bem a realidade atual. tomara os colegas entendam e tomem posição!
Creio que o artigo abaixo completa bem o seu último post.
E creio tb que já é mais que hora de se cobrar dos deputados uma posição clara sobre a Lei do Piso.

Afinal o Governo é composto de Legislativo e Executivo e Judicário, claro! Dessa vez o Judicário não poderá declarar a greve ilegal, o que ele terá que fazer é declarar ILEGAL O GOVERNO QUE NÃO CUMPRE A LEI FEDERAL 11738/08 QUE DETERMINA O PAGAMENTO DO PISO PARA OS PROFESSORES! PISO = VENCIMENTO BÁSICO E NÃO É TETO DA REMUNERAÇÃO CONFORME DETERMINA A LEI DO SUBSÍDIO, APROVADA PELOS DEPUTADOS DE MG. SOS!

JORNAL FOLHA DE SP 20/06/2011

Três inúteis Poderes de Estado?
CELSO LIMONGI

A paz social exige seja nosso livre-arbítrio moldado. Ao Legislativo cabe moldá-lo. E o legislador é paradoxalmente dotado de arbítrio. Mas quem vai impedir o Estado, conhecido por seu vampirismo tributário, por exemplo, de exagerar na tributação?
O legislador deve produzir leis para o bem comum da sociedade.
Porém, produz leis para segmentos sociais próximos a ele. O legislador é atento e ágil, quando lhe interessa, na defesa de corporações e oligarquias. Editada uma lei, precisamos todos apurar quem está por detrás dela, a quem ela serve, ler a lei nas entrelinhas...
O legislador tem o dever de ser imparcial. Mas, se ele produz uma lei parcial, protegendo certo segmento social, como fica o juiz, que deve ser imparcial? Aplicando uma lei parcial, será também parcial.
Se o juiz for apenas a boca da lei, como um ser inanimado, estará cumprindo a missão democrática de destinar tratamento de igualdade a todos? Para Paulo Bonavides, os governantes são os autores da ingovernabilidade, porque "se apartaram da concretização dos fins que fazem legítimo o exercício do poder na complexidade social contemporânea".
Falta aos governantes o senso ético de que deveriam trabalhar exclusivamente para o bem comum.
Contudo, enquanto corporações se veem protegidas, a massa popular fica sem voz no Congresso: os 27 partidos políticos que deveriam representá-la pensam em seus próprios interesses.
Estamos mais distantes do núcleo político das decisões, porque os eleitos não decidem.
Decidem o mercado, a Bolsa de Valores, o FMI, o Banco Mundial, a reconhecer o ocaso da democracia representativa.
O Executivo é o responsável pela "ruptura na adequação dos meios aos fins, do quebrantamento da unidade, harmonia, independência e equilíbrio dos Poderes" (Bonavides). O Executivo, na sua função típica, administra, mas legisla (poder de sanção ou veto) e, em muitos temas, só ele dispõe da iniciativa da lei. Expede medidas provisórias. (OU LEIS DELEGADAS COMO EM MG)
É o responsável pelo Orçamento. Dispõe de milhares de cargos comissionados, a favorecer a barganha política. Obriga o Congresso a deglutir projetos de seu interesse. (EM MG A ASSEMBLÉIA DE MG VOTA A FAVOR DO EXECUTIVO... ATÉ QUANDO ISSO? )
O Judiciário assume vital importância na defesa dos direitos fundamentais do homem. Interfere gravemente no espaço reservado aos demais Poderes, ao controlar políticas públicas. Precisa, pois, de independência político-administrativa.
Se instrumentos legais lhe faltam, são, porém, suficientes para que exerça com independência sua atividade, desde que não fique a bordejar, navegando sem rumo, por falta de vento nas velas, ou de coragem de seus juízes e, principalmente, dos tribunais superiores, que não devem se associar à tibieza do Legislativo e se conformar com a hipertrofia do Executivo...

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2006201108.htm"


"Rômulo:

Permitam-me, com toda humildade, citar uma frase do filosofo alemão barbudo:

"Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência." - Karl Marx.

Consciência de classe. Eis o x da questão!

Ontem ao fazer o trabalho de mobilização em uma escola do turno da noite que ainda não aderiu ao nosso justo movimento grevista, antes de iniciar a conversa com os educadores(as) solicitei que chamassem as companheiras auxiliares de serviços e o pessoal do administrativo. Uma professora posicionou-se contra, argumentando ser desnecessário a presença desses setores. Educadamente, insisti na minha proposta e a professora ao ver que os outros colegas concordavam com a ideia se retirou da sala aos gritos: "Eles querem fazer é lavagem cerebral, manipular, usar como massa de manobra. Esse rapaz de cavanhaque (o único de cavanhaque era eu) é figurinha conhecida, cabeça de greve!

A reunião continuou e foi razoável. Os colegas escutaram, fizeram questionamentos, críticas. Aproveitei a deixa e abordei a questão da consciência de classe, da gente se sentir como classe explorada e oprimida e que é preciso unificar e se solidarizar.

Por isso que a greve é a escola política do trabalhador. Nela, as contradições, saltam-nos aos olhos.

Precisamos de ter paciência e perseverança. Mas muitos irão dizer: "paciência tem limite!" Nesse caso, penso que não. Precisamos perseverar e apoiar nos que estão na luta. Os companheiros que não aderem a greve atrapalham? Sem dúvida que muito. Contudo, muitos não aderem por dúvidas e desinformações. Outros por egoísmo e ausência de consciência de classe. E muitos em função do receio, devido a miserabilidade e ao empobrecimento. Esses devemos encorajar e ter muita paciência.

Esse o nosso maior desafio: trabalhar a consciência de classe. E digo que as condições são boas, pois a nossa linha política é correta, os nossos argumentos são justos e temos como exemplo a combativa história de luta do proletariado mundial.

Obs: Sugestão de leitura nesse feriado para manter o ânimo e a disposição: O romance "Subterrâneos da Liberdade" de Jorge Amado. O livro aborda a trajetória de luta dos comunistas durante a ditadura do Estado Novo de Vargas. Livro que se lê de uma sentada só!

Rômulo"


"Anônimo:

EULER, NÃO VAMOS DESISTIR, MIREMOS NO EXEMPLO DOS COLEGAS DE SC E VAMOS LUTAR NEM QUE A GREVE DURE 90 OU 100 DIAS.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5197 "


"Anônimo:

Minas foi, é, e smpre será reconhecida pela luta a favor do direito de ser livre, cabeças já rolaram crimes mais perversos já ocorreram para impedir que os cidadãos se pronuncie. Vejo que a tirania persiste vestindo outras roupas, tirano vestidos de democratas. Usam sempre a educação para tirar proveito em época de eleição. Coitada, ela está igual profissionais do sexo , usam ,usam na época das campanhas políticas e depois descartam. Lula quando falava, a sua lingua enrolava ainda mais , porém era melhor do que dilma que se quer faz algum pronunciamento. Aécio e anastasia estorquiu dinheiro da coitada para construir cidade administrativa.

Colegas vivemos à deriva, já levaram os nossos bienios, quinquênios só nos restam agora as nossas entranhas... Cuidado, pois, poderá ser a próxima, e voces que se acovardam diante do movimento vão ser os primeiros."


6 comentários

domingo, 19 de junho de 2011

EULLER e seus comentários sobre a LEI 100 e a greve em M.G.

domingo, 19 de junho de 2011

Aos que estão em sala de aula, enquanto estamos na luta



Aos que estão em sala de aula, enquanto estamos na luta


Caros colegas que ainda não aderiram à greve em Minas Gerais. Este texto é dedicado a vocês. Gostaria que vocês refletissem comigo sobre algumas coisas que vou dizer aqui. A presença de vocês em sala de aula, quando a categoria está em greve, aprovada em três assembleias dos educadores de Minas, denota o quanto a nossa realidade é dramática.

Por acaso vocês estão satisfeitos com o salário que recebem e com as condições de trabalho nas escolas? Claro que não. Ouvi o depoimento de uma colega professora que disse que não aguenta mais entrar numa escola, e que não está em greve porque está quase aposentando e não quer que haja o menor pretexto para que a sua aposentadoria atrase. Estou falando de uma professora a quem eu respeito como pessoa e como profissional, e cuja falecida mãe desta colega foi minha professora no ensino básico da rede pública estadual - e por sinal, ótima professora.

A escola virou um ambiente muito ruim, marcado por violência, indisciplina, e pela precarização até, das relações, das condições materiais de sobrevivência de alguns e da própria sanidade mental de outros, dado ao regime quase prisional que tal instituição vem reproduzindo.

A escola pública deveria ser um espaço de cultura, da crítica, de cidadania, do aprendizado não-formal, apenas, do estímulo ao crescimento individual e coletivo. Ao contrário disso, a escola virou um ambiente de inclusão às avessas de milhares de estudantes de baixa renda. E os profissionais são tratados pelos governos como uma espécie de babás de luxo, tomadores de conta de crianças e jovens, com curso superior.

E quando os resultados não são aqueles esperados e apontados pela sociedade ou pela mídia, somos apontados pelos "especialistas" bem remunerados como os culpados pelo analfabetismo funcional existente no pais. Sem salários dignos, sem as condições adequadas de trabalho, sem programas de formação continuada, somos tratados com descaso.

Os governos e suas respectivas secretárias de Educação não têm o menor respeito pelos educadores, disso nós já sabemos e a vida nos tem mostrado, pela forma como somos tratados. No discurso, fazem promessas mil. Na prática, zombam da nossa cara. Mas, pelo menos nós mesmos deveríamos nos respeitar. E neste momento, este respeito se consubstancia na luta que ora travamos para que o governo atenda as nossas reivindicações - e a principal delas, o pagamento do piso do magistério, que é lei federal, e o governo não a cumpre.

Bastou a Polícia Militar ameaçar de fazer greve no estado e o governo imediatamente apresentou uma proposta que duplica o vencimento básico dos policiais, de R$ 2.000,00 para R$ 4.000,00. Ainda que não seja a proposta que eles desejavam - já que é em parcelas, e muitos policiais não estão satisfeitos, e estão até indignados com a traição dos parlamentares que dizem representá-los - a verdade é que, quando os policiais ameaçam parar, o governo atende os seus pleitos.

E nós, educadores, o que acontece com a nossa categoria? Quando ameaçamos parar, uma parte da categoria vem logo dizendo que não confia no sindicato e por isso não entra em greve; e outra parte diz que tem problemas pessoais, como contas a pagar, como se isso fosse exclusividade destes colegas.

Ora, por mais que eu tenha críticas à direção sindical - com esta e com todas as demais -, não posso usar este argumento como pretexto para deixar de lutar por interesses que são da categoria como um todo. Se a categoria quisesse, eu participaria da greve mesmo que a direção sindical firmasse um acordo escrito com o governo contra a greve - claro que não é esta a nossa realidade.

Então, é importante dizer aos colegas que ainda não aderiram à greve, que a presença de vocês em sala de aula, quando estamos em greve, é um claro sinal de que a nossa categoria está mal. Isso reflete o baixo grau de consciência política e de ausência de conhecimento dos direitos de cidadania. Uma das tarefas principais da escola, que consta inclusive da LDB e demais diretrizes pedagógicas e educacionais, é preparar o aluno para a cidadania. Ora, como alguém que dá um mau exemplo de cidadania pode cumprir tal tarefa?

Neste momento, a escola que não aderiu à greve é a negação de tudo o que está inscrito na nossa Carta Maior e nas diretrizes educacionais. Engana-se quem pensa que boa escola é aquela que não faz greve. Pelo contrário, na realidade atual, esta escola tem sérios problemas. Se eu fosse diretor de uma escola assim, eu chamaria os pais e os alunos para uma conversa com os representantes grevistas e deixaria os profissionais que estão em sala de aula em maus lençois.

Se se tratasse de uma greve apenas por razões partidárias, eleitoreiras, até que se justificaria a não participação de uma parcela que não comunga com tais ideais. Mas, a nossa luta é por um direito assegurado em lei - o piso do magistério - e por outras demandas que contemplam toda a categoria. Se o subsídio prevalecer, quem aposentar-se, daqui a pouco vai ter que voltar a trabalhar; e quem está em sala de aula, daqui a pouco vai ter que trabalhar em 4 turnos para dar conta de pagar as prestações.

Esta greve estabelece um marco entre o nosso presente e o futuro. E até mesmo com o passado, já que, se há alguma possibilidade de reivindicarmos a devolução das gratificações roubadas em 2003, esta se dá apenas se o piso for implantado no antigo regime remuneratório.

Se houvesse uma adesão total à greve, o próprio governo pensaria mil vezes antes de cortar o ponto dos trabalhadores em greve. Quem iria repor essas aulas, caso desejássemos não fazê-lo, já que o governo teria cortado o ponto sem negociar conosco? Onde o governo arranjaria 200 mil educadores qualificados para repor 30 ou 40 dias de greve? Como o governo se explicaria para os pais e alunos, caso jogasse nas escolas pessoas sem preparo para lecionar? E caso não cumpra os 200 dias letivos inscritos na Constituição Federal, o governo poderia sofrer ação por improbidade administrativa.

O governo e sua secretária brincam com fogo quando tripudiam da cara dos educadores. Os que têm brio, neste momento estão de greve. Os mais desinformados, infelizmente, ainda não aderiram ao movimento, pois estão com olhos presos ao mundo individual, apenas. Não somos uma ilha, colegas. Se a nossa carreira for mal, se continuar com este grau de desvalorização e desprezo, logo ela será extinta. Todos perdemos com isso: os educadores e a comunidade escolar.

Os governos são passageiros, a secretária da educação daqui a pouco se candidata a algum cargo eletivo e nem vai lembrar que existe a carreira dos educadores; e a própria direção sindical daqui a pouco muda. Somos nós, educadores de carreira, e a comunidade de baixa renda que depende da escola pública é que temos que defender os interesses de classe dos educadores e a escola pública de qualidade.

Infelizmente, na nossa categoria, além dos profissionais de carreira despolitizados, ainda existem também aqueles trabalhadores que usam a Educação como bico. Gente que participa de algum projeto, ou que subsituti o professor por um curto tempo, e que sequer possui habilitação para lecionar, mas que, pela falta de profissionais no "mercado", acaba assumindo tais tarefas. Muitos desses profissionais não têm interesse em entrar em greve e é até compreensível, já que não se sentem parte da carreira dos educadores, e para eles este momento é só um bico, uma fonte de renda a mais, até que arranjem coisa melhor.

É o retrato de como as coisas estão e de como podem piorar, se permitirmos. Por isso, não faço a menor crítica aos colegas efetivados ou designados que são habilitados, estão há algum tempo na carreira, e estão em greve. Eu os respeito e lutarei pelos seus direitos, que não são contraditórios com os nossos. Como respeito também aqueles profissionais que entraram em greve, mesmo que isoladamente nas suas respectivas escolas. Eles dão o bom exemplo. Aqui em Vespasiano, estou aguardando que os colegas da E.E. Machado de Assis, escola polo da região, onde já trabalhei, cruzem os braços, pois é uma vergonha esta tradicional escola continuar funcionando, quando todas as escolas da periferia já aderiram à greve.

Finalmente, faço aqui o meu apelo aos estudantes e pais de alunos: ajudem-nos a convencer os educadores que não aderiram à greve. Essa luta é para o bem da comunidade, também, pois se a Educação vai mal, se a carreira dos educadores vai mal, logo os seus filhos e netos, senhores pais, serão as grandes vítimas.

Que todos nós façamos essas reflexões e iniciemos a semana seguinte com a decisão de parar todas as escolas. Antes que elas acabem, e no lugar delas, o governo tenha que construir mais e mais cadeias, já que não investiu adequadamente em Educação.

Um abraço a todos e força na luta!

***
"Anônimo:

Euler querido,

Bem que a gente poderia entrar em contato com a Globo, solicitando uma reportagem sobre a greve em Minas.
Quem sabe dá certo, né?

http://falecomaredeglobo.globo.com/

Abraços."


sábado, 18 de junho de 2011

A lei 100 em questão - abrindo um espaço



A lei 100 em questão - abrindo um espaço


Havia tomado a decisão unilateral de não discutir e não publicar qualquer ataque ou polêmica ou crítica a um segmento específico da categoria, pois isso poderia causar a divisão neste momento da nossa luta. Mantenho, na essência, essa decisão, mas não vou fugir ao desafio lançado por alguns colegas, de falar sobre o tema dos efetivados em nível elevado.

Primeiramente, quero dizer que concordo que o correto é que haja concurso público regularmente para todos os cargos, especialmente para o magistério. Trata-se de uma exigência constitucional, não há dúvida. Estou muito à vontade para dizer isso, porque sou concursado.

Contudo, colegas, existem realidades criadas pelo governo de Minas, como é o caso da Lei 100, que envolvem um intricado conjunto de realidades, que não podemos desconhecer, nem tampouco agir com amadorismo.

A razão principal para a criação da Lei 100 pelo governo, em 2007, foi a solução de um problema de caixa do governo, que recolheu durante vários anos a contribuição previdenciária de milhares de educadores designados, muitos dos quais estão prestes a aposentar. O governo estava diante de um impasse: como se tratavam de designados, não podiam aposentar pela previdência do Estado, pois legalmente não pertenciam às carreiras dos educadores. Mas, como contribuíram para a previdência, não podiam simplesmente ser lançados ao léu, sem qualquer direito previdenciário.

O governo poderia resolver este problema, na época, transferindo a soma de todas as contribuições para o SUS, para que os colegas então designados pudessem se aposentar normalmente. Ocorre que a soma era muito elevada, na ordem de vários bilhões de reais, acumulados ao longo de duas décadas ou mais de contribuição de milhares de designados. Não tendo este dinheiro em caixa, o governo buscou uma outra saída, que foi justamente a criação da Lei 100, dando direito aos designados que estavam no estado até 31 de dezembro de 2006 e em em exercício no mês de novembro de 2007 a se aposentarem pela previdência do estado.

Ao contrário do que andam dizendo alguns, a Lei 100 jamais assegurou estabilidade aos efetivados, que poderiam sim perder o emprego caso o cargo que ocupavam deixasse de existir, por exemplo, em função da redução de turmas, ou mesmo pelo provimento de vaga pelos aprovados em concurso - situação agora revogada por decreto.

Vários então efetivados foram inclusive prejudicados, inicialmente, com a Lei 100, já que ficaram paralisados na carreira: sem direito à remoção, sem direito a promoção e progressão, sem direito sequer a completar o cargo de 24 horas, mesmo havendo aulas para tal nas escolas em que trabalham. Caso o cargo que ocupava deixasse de existir, o então efetivado, se não conseguisse outra vaga em até 60 dias, seria excluído do quadro de servidores do estado.

Muita gente que foi efetivada com o curso de ensino médio ou licenciatura curta e que hoje já completou a licenciatura plena, ou mesmo o mestrado, ainda continua recebendo na condição inicial da carreira.

Posteriormente, o governo usou esta situação politicamente, ampliando alguns direitos dos efetivados e prometendo dar estabilidade igual a de um efetivo. O grande risco que vejo para a categoria nem são as conquistas dos colegas efetivados, mas essa possibilidade de manipulação por parte do governo, em cima dos educadores mais desavisados. Vou falar sobre isso ao final.

Reparem que mesmo entre os efetivados existem diferentes situações. O governo diz que são 96 mil efetivados pela Lei 100. Pessoalmente, acredito que um bom percentual desse montante seja composto pelos auxiliares de serviço, que trabalham como cantineiras, porteiros, ou no serviço de limpeza etc. Sempre manifestei minha opinião pessoal de que para estes companheiros, a maioria deles com mais de 10 anos no estado, não deveria mesmo haver concurso público. Considero uma sacanagem jogar na rua estes companheiros, que trabalham duramente e mal remunerados na Educação há 10, 20 ou 30 anos.

Quanto aos professores e outras carreiras da Educação, também existem realidades diferentes. Muitos colegas efetivados lecionam há mais de 15 ou 20 anos no estado, são habilitados, já passaram por várias avaliações de desempenho, e muitos sequer tiveram a oportunidade de participar de concurso, dada à demora em abrir novos certames pelos diversos governos.

Considerei, há um tempo atrás, um equívoco do governo haver realizado esta efetivação de forma generalizada, incluindo pessoas que não eram sequer habilitadas ou que tinham pouco tempo de estado. Deveria ter respeitado pelo menos o critério do tempo de serviço, combinado com a habilitação adequada e o manifesto desempenho eficiente na função. Acredito que a maioria dos efetivados preencheriam os critérios que mencionei. Mas, no afã de fazer política, o governo acabou deixando de fora colegas com muitos anos de estado, mas que, por azar, estavam fora de sala no momento da efetivação.

Cheguei a sugerir aqui no blog que o governo tentasse resolver a situação de modo a não prejudicar os efetivados, através das seguintes medidas: realizaria um concurso público sem colocar as vagas dos efetivados em disputa, mas estimulando a todos os efetivados a participarem, com pontuação extra pelo tempo de serviço (trata-se de um ponto aprovado inclusive pela categoria em assembleia, que vale também para os designados). Boa parte dos efetivados certamente seria aprovada e tomaria posse assumindo a própria vaga que já ocupa, deixando as vagas do concurso em aberto para os aprovados como excedentes. Considerando que muitos efetivados estão prestes a se aposentar, em pouco tempo teríamos um número cada vez maior de vagas para os concursados, incluindo os excedentes, aprovados no certame.

Por último, considerando o terço de tempo extraclasse da Lei do Piso, é possível matematicamente prever que, se cumprida tal exigência, o governo teria que abrir no mínimo mais 20 mil novas vagas para professor. Se somarmos ao número de vagas já existentes, ocupadas atualmente pelos designados, e também o número de professores que estão prestes a se aposentar (entre efetivos e efetivados), creio que não faltarão vagas para quem desejar ingressar na carreira. E que carreira, heim pessoal!

Agora vejam. Por mais que o governo tente, através da propaganda, dizer que a situação dos efetivados é idêntica a dos efetivos, isso não procede. O governo tem aprovado instruções, resoluções e decretos que asseguram alguns direitos, que aliás constam, parte deles, da pauta aprovada em assembleia pela categoria, como o direito à remoção (Instrução SEE nº 01/2011) e também o direito a completar o cargo de 24 horas para aqueles que têm um número menor de aulas.

Mas, os efetivados estão conscientes - pelos menos os mais lúcidos - que esta situação é instável, pois pode ser alterada a qualquer instante pelo governo. Não é a mesma coisa que uma lei federal, embora nem essas sejam cumpridas aqui em Minas. Juridicamente, a Lei 100 continua sendo uma solução para o problema da aposentadoria dos designados que estavam no estado até o ano de 2007. Ponto.

De qualquer forma, pessoal da luta, volto ao ponto: não acho que este problema seja o foco da nossa luta nesse momento. Não que não seja importante, inclusive por conta de alterações de critérios pelo governo na escolha de aulas e remanejamento. Certamente esta questão será tratada em outra oportunidade pelo sindicato.

Por outro lado, se os colegas que forem aprovados em concurso se sentirem prejudicados terão direito de ingressar na justiça e cobrar aquilo que julgam fazer jus. Mas, o edital do concurso nem foi publicado ainda e é muito estranho que o governo tenha deixado este assunto justamente para após o início da nossa greve.

Então vejam: o anúncio do edital para o dia 12 de julho, a ampliação dos direitos dos efetivados (alguns dos quais justíssimos, que constam inclusive da nossa pauta de reivindicações aprovada pela categoria em assembleia) e mais este dado, de que os cargos dos efetivados não serão disponibilizados para o concurso, de acordo com o decreto 45.591/2011, que revoga o artigo 8º do decreto 44.674/2007, que regulamentou a lei 100. Tudo muito estranho, tendo em vista o momento da greve.

Mas, reparem que o artigo 9º deste mesmo decreto de 2007, continua em vigor. E este artigo diz:"Os servidores referidos nos incisos III e IV do art. 3º deste Decreto não gozam da estabilidade no serviço público prevista no artigo 35 da Constituição do Estado."

Ou seja: o governo diz uma coisa, mas mantém na essência a mesma coisa de antes, embora tenha instrumentos para fazer quase tudo que quer, por meio de resoluções e instruções. Aos combativos colegas efetivados, minha sugestão continua a mesma: façam o concurso e procurem regularizar sua situação. Aos combativos designados, idem.

Todas essas questões já estavam colocadas anteriormente, mas, foram trazidas neste momento de forma capciosa pelo governo. Percebe-se o nítido objetivo de dividir a categoria.

Imediatamente, despertou a ira de parcela da categoria, especialmente dos designados, alguns dos quais querem transformar o tema em ponto principal da greve. Considero isso um equívoco.

Como demonstrei acima, em relação aos efetivados, o governo tomou duas medidas concretas: concedeu o direito à remoção e à completar o número de aulas de um cargo. Coisas que a categoria reivindicou em pauta aprovada em assembleia.

O outro ponto que considero o mais sério é aquele que iguala, para fins de remanejamento ou escolha de turma, os efetivados e os efetivos. Até então, estes tinham prioridade. Mas, é um tema que pode ser negociado com o governo sem que seja transformado em batalha entre segmentos da categoria.

Não podemos contribuir com as jogadas do governo. Por isso, podem dizer o que quiserem, já me chamaram de censurador, e até me compararam ao governador de Minas, rsrs, (principalmente no quesito salário, rsrsrs) mas não adianta: eu não vou fazer o jogo do governo, provocando a divisão da categoria.

Para mim, efetivos, efetivados e designados são colegas de uma mesma categoria, estamos no mesmo barco e a nossa pauta de reivindicações contempla os interesses comuns de todos. O sindicato está correto em não entrar nesse jogo, pois poderia oferecer uma base social para o governo.

Temos que brigar sim, para que o edital assegure o direito dos novos concursados poderem optar pelo antigo regime remuneratório
. Para que o governo aplique o terço de tempo extraclasse e abra novas vagas. Para que o governo agilize o processo de aposentadoria de milhares de colegas, abrindo novas vagas para os concursados.

Eram esses os esclarecimentos que achei importante fazer, antes de voltar ao tema do momento, que é a nossa greve, em busca do piso e da salvação da nossa carreira.


P.S. Alguns colegas disseram que vão criar blogs e orkuts e faceboks para tratar especificamente deste assunto. Acho que estes colegas têm este legítimo direito. E quando o fizerem, podem divulgar o link aqui no blog. Só não contem comigo para transformar este assunto no tema central do nosso blog. Pelo menos, não agora. Depois da greve, que pode durar 30, 60 ou 90 dias, tudo bem.

***
"Luciano História:

O curioso é que o governo fala que através do subsídio paga o piso mas não menciona o 1/3 extra-classe que está na lei do piso, pela lógica o próximo edital tem que ter o cargo de 24 horas com 16 em sala,se não for assim o governo estará descumprindo novamente a lei.Quanto a greve quem está mais furando o movimento em Janaúba são os efetivos com mais tempo de profissão, aliás, se o efetivos tivessem entrado em peso a greve já teria uma proporção bem maior em todo o Estado, mas o momento agora não é de ficar julgando ninguém.Quanto a lei 100, embora inconstitucional não sou totalmente contra, só acho que ela não deveria ser irrestrita, se o problema era a aposentadoria que se efetivasse apenas profissionais com pelo menos 10,15 anos de Estado, essa atitude seria pelo menos mais sensata. Sobre o momento de se discutir a lei 100 ou não a partir do momento que o governo deu uma indireta mais que direta aos efetivados é inevitável não mencioná-la mas concordo que essa discussão não deve ser o foco do movimento grevista."


"Ricardo:

Sou efetivado e ano passado foi publicada minha "Gratificação por curso de pós graduação". Já se passaram 13 meses desde a publicação e nada de receber.

No meu cargo de efetivo recebia meus benefícios no máximo em 6 meses após publicados. Gostaria de saber se há algum colega efetivado que conseguiu receber algum benefício já publicado."


"Anônimo:

Querdido Euler:

Sou sua leitora assídua, de Uberlândia, tenho um cargo efetiva e efetivada com 5 aulas, e tenho aulas de extensão, tenho o interesse em transformar essas aulas de extensão ampliando o meu cargo, apesar que acho um risco porque o ano que vem corre-se o risco de não ter essas aulas na escola. Nada ainda foi divulgado pela diretora da nossa escola, e pelo que eu sei, lá são vários cargos de lei 100 com cargos incompletos, o que mudaria atá a distribuição de turmas. quando será que essa lei será adotada? Se puder dar mais informações, lhe agradeço."


"Anônimo:

Euler, obrigado por esta oportunidade de estar ciente de tudo que passa na educação, sou professora há 27 anos e nunca me senti tão desanimada , aqui estamos todos de greve e esperançosos que algo de bom aconteça, pois a nossa categoria sofre dia a dia com tantos problemas. Que Deus nos dê saúde para continuarmos na luta. Abraço."

"Cristina Costa:

Bom dia Euler,

Surgiu este tipo de comentário no meu blog também...

Concordo que este é um assunto muito polêmico e que o Governo deve tomar as devidas providências (concurso- dentro da Lei), mas no momento, a preocupação é outra. E todos devem estar imbuídos na mesma causa - PAGAMENTO DO PISO PARA TODOS, TODOS OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (Todos que queiram, porque tem profissional que ainda não está convencido que este é o melhor regime, PELO MENOS POR ENQUANTO).

As divulgações e pressões no momento devem ser únicas, para serem fortes. Um degrau de cada vez... VAMOS À LUTA PRIMEIRO PELO PISO!!!

O PISO É UM BENEFÍCIO PARA A CATEGORIA, PORTANTO, TODOS UNIDOS PELO PAGAMENTO DO PISO JÁ!!!!"



"Anônimo:

Prezado Euler, li com atenção seu pronunciamento acima referente aos efetivados e gostei muito. Você é camisa 10. Só que eu não concordo com essa lei. Sou professor aposentado com dois cargos, sofri muito durante 36 anos na regência de aulas, "só" 40 por semana em três turnos. Fiz dois concursos apertadíssimos, concorri com candidatos de destaque, uma vez aprovado tive que esperar a nomeação por 2 anos, especialmente no 2° cargo, pois classifiquei-me na 3ª colocação e eram somente 2 vagas.Depois fui dar aulas na zona rural só voltando à cidade quando um professor que deu aulas para mim se aposentou. Digo tudo isto para mostrar que foi uma luta terrível. Vejo, agora, na minha escola, foi efetivado um menino ainda que foi meu aluno sem nenhum sacrifício. Sem experiência, nunca estivera numa sala de aula, só porque estava substituindo por alguns dias um titular, hoje ele é efetivado com um cargo completo de aulas. Digo mais, se eu estivesse ainda trabalhando provavelmente ele teria direito de escolher aulas na minha frente, pois somos da mesma área. Nada contra a pessoa dele, absolutamente, ele é gente boa, estou contra a situação funcional dele. Isto é inacreditável, tem de ser concurso, até porque todos nós devemos seguir a Carta Maior da República, até o filhote de faraó em nos pagar o piso salarial. Euler, obrigado."


"Anônimo:

Euler:

Sei que a principal reivindicação da greve é a aplicação do piso salarial, mas não podemos esquecer do plano de carreira adotado que nos prejudica tanto, pois, vários professores não tem acesso a sua pós-graduação, mesmo sendo efetivos, e já passado pelo estágio probatório."


Toda solidariedade à greve dos colegas educadores do Rio de Janeiro. Para acompanhar e sentir o clima de mobilização dos combativos colegas, vejam aqui, no blog da nossa amiga Graça Aguiar, o S.O.S. Educação Pública.
São vários estados e cidades do Brasil onde os trabalhadores em Educação encontram-se de braços cruzados, lutando por interesses comuns: o piso do magistério, a carreira, o respeito aos educadores.

"Anônimo:

Peço que desconsidere o comentário anterior, pois houve erro de digitação por problemas na máquina. O comentário correto é o seguinte:

Sobre a Lei 100: É um absurdo desqualificar aqueles que fizeram concurso para ingressar na carreira. Se é jogada ou não do Governo, o importante é falar disso também.
Estamos pedindo que o Governo cumpra e Lei e pague o piso e vamos aceitar que ele descumpra a Lei e iguale efetivados e efetivos? Que negócio é esse? A Lei só deve ser cumprida quando nos interessa?

Peço ao Sindute que não fique omisso neste aspecto e veja a situação dos concursados (dentro da Lei) e lute por eles. Não é possível que além de todos os absurdos da tal Lei 100, os efetivos possam perder seus direitos também na hora da escolha de turmas e atribuição de funções até para pessoas que nem formadas são.

Devemos lutar pelo concurso público e igualdade de condições e oportunidades para todos!"


"Anônimo:

Olá Euler! Concordo com a sua postura sobre o assunto efetivos, efetivados e designados. Sou efetivada e a única mensagem que quero transmitir aos meus colegas de igual situação é que não confiem nesse governo que muda e altera leis como lhe convém. E mesmo com essa tal "igualdade" de direitos, sejamos firmes na luta. E tenham certeza, para o governo não faz diferença se somos efetivos, efetivados ou designados,somos tratados da mesma forma: salários baixos, péssimas condições de trabalho, entre outros, não dá para listar aqui. Somos todos Educadores, foram anos de estudo e dedicação para obtermos essa profissão, por isso estou em greve e seguirei em greve por tempo indeterminado. (E que me desculpe o moço que não vai receber o meu aluguel, o padeiro que não vai receber na padaria, o Banco que não irá receber o meu consignado, pois não terei margem, e tantas outras prestações. Se quiserem receber vão ter que cobrar do governo)."

"Maria:

Boa tarde, Euler.
Não devemos nos dividir, pois essa é a jogada do governo. Acho que os efetivados são também vítimas deste ‘GOVERNO’ e como tal podem sofrer com novas leis impostas a eles. Na minha escola a escolha de turnos e turmas se faz através de critérios aprovados em colegiado e o primeiro critério é tempo de efetivo exercício na escola em cargo e função a contar da data de sua efetivação. Assim, os efetivados esperam os efetivos escolherem as aulas deles para depois escolher suas aulas, pois primeiro escolhe quem se tornou efetivo primeiro. Sou professora do Estado e do Município e estou em greve em ambos, aliás, a rede municipal aqui em João Monlevade tem quase 100% de adesão ao movimento de greve. E tem gente preocupada com o corte de um salário, se houver perderei dois (também tenho prestações altas, blábláblá e blábláblá). Apesar dos 96 Km de distância de BH a João Monlevade, às vezes pelos atropelos do caminho (Ponte do Rio das Velhas) essa simples viaje está durando cerca de 5 horas para ir e outras 5 horas de volta e mesmo assim estamos indo as assembléias. “Educação custa caro, mas a ignorância custa bem mais”.
"

"Anônimo:

Oi Euler, estava lendo uma reportagem na globo.com onde fala que em Roraima os professores recebem acima do piso salarial. Na reportagem fala sobre a decisão do STF e quais os estados que não pagam o piso. Para variar, MInas não é citada. Eles devem ter considerado o subsídio. Eu nunca vi tanta gente burra, incapaz de entender uma lei. Fiz de tudo para comentar, mas como não sou muito boa com tecnologia não consegui. Temos que arrumar um jeito de aparecer mais na mídia para que todos entendam a situação de MInas Gerais. Um grande abraço e força na luta. Paula."


"Anônimo:

Olá Euler,

Li a entrevista dada pela nossa "estimada" secretaria de educação e fiquei um pouco confusa, ela cita que os efetivados e efetivos têm os mesmos direitos. Mas quando recebi meu salário no suicídio, liguei para SRE para comunicar que deveria haver algum erro no meu pagamento, pois estava no grau 1 e por ter pós graduação deveria receber no grau 2, já que no regime anterior eu recebia 10% de gratificação por curso de pós graduação. A resposta dada pelo SEPLAG é que: efetivada não tem direito a progressão, que eu era nada mais nada menos que uma designada. ENTÃO AONDE QUE EFETIVADO É IGUAL A EFETIVO???? OS DECRETOS COMO MUDANÇA DE LOTAÇÃO E PERMANÊNCIA NA ESCOLA AGORA EXISTEM. MAIS AFIRMAR IGUALDADE ENTRE AMBOS NÃO DÁ. Até mais."


"Anônimo:

Prezado Prof Euler,

Você esta certo, priorizar o retorna à antiga carreira e adesão à greve é a única saída para nós. Peço que publique a noticia abaixo, para servir de motivação aos colegas que ainda não aderiram ao movimento.

JORNAL O GLOBO DOMINGO
19/06/2011 16h09 - Atualizado em 19/06/2011 16h09

Segundo a lei do piso do magistério e entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), um professor com nível médio deve ter remuneração de R$ 1.187 para uma jornada semanal de até 40 horas. Levantamento feito pelo G1 com governo e sindicatos mostrou que oito estados brasileiros não cumprem esta recomendação. São eles: Amapá, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Bahia, Ceará, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul.

NÃO CITAM MINAS GERAIS PORQUE O GOVERNO MINEIRO INFORMOU QUE MINAS JÁ PAGA O PISO OU SEJA SUBSÍDIO QUE NÃO É PISO. SOS!

Salário acima do piso atrai docentes de outros estados para Roraima

Atraídos pelo maior piso salarial do país, professores de todo o Brasil se mudam para lecionar na rede estadual de Roraima. Lá, o professor com formação de nível médio em início de carreira recebe R$ 1.400, fora uma gratificação de R$ 700, para jornada de 25 horas semanais. Um docente com doutorado no fim de carreira pode chegar ao teto de R$ 5.297,84 com gratificações para a mesma carga horária, segundo dados do governo.

LEIA MAIS:

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/06/salario-acima-do-piso-atrai-docentes-de-outros-estados-para-roraima.html"


"Anônimo:

Companheiro Euller, muito obrigado pelo post esclarecedor. Eu, como efetivo, também não concordo com essa Lei 100 (nada contra os colegas efetivados), mas como disse um colega acima, nós suamos a camisa para passar no concurso. No meu caso por exemplo, em 2006 eu trabalhava como designado em uma escola pertinho da minha casa, ocupando um cargo vago. Ao final do ano, fui nomeado e diferente do que eu imaginava, não pude ocupar o cargo vago na escola onde eu já estava, fui mandado para uma escola do outro lado da cidade (e BH não é pequena!), onde eu tinha que pegar 2 ônibus e metrô para chegar. Nesse meio tempo, um designado que ocupou o meu antigo cargo vago da escola perto da minha casa, foi efetivado em 2007. Eu com muita luta, consegui remoção em 2009 e voltei para a escola que trabalhava. Só que o tal designado(que se tornou efetivado) nunca reconheceu meu direito de efetivo (pois com meu retorno, eu fiquei por último na minha área no critério da escolha de turmas, turno, etc, só estava na frente do efetivado) e ainda assim ele sempre bate de frente comigo todas as vezes em que vamos escolher as turmas e etc. Agora, se o governo igualar os efetivos e efetivados, o que vai acontecer? Esse efetivado vai ter prioridade na minha frente, pois ele tem um ano a mais nessa escola do que eu. Eu considero uma tremenda injustiça, pois estudei para uma prova, fiz o concurso sob tensão, fui aprovado, nomeado, trabalhei em uma escola muuuito longe, comi o pão que o diabo amassou para conseguir minha remoção, e agora eu não tenho direito a mais nada? Não há nada que me diferencie do efetivado e ele vai poder assumir o que seria meu por direito, pois fiz um concurso e passei por estágios probatórios? Acho que o Sindicato deve sim, lutar por nós efetivos, pois essa igualdade, vai prejudicar muita gente, de forma completamente injusta. Estou de greve, mas depois dessa nota da SEE fiquei completamente desmotivado, pois vejo que o governo não respeita leis, não respeita o funcionalismo público, não obedece a Constituição, e o Ministério Público se cala diante disso. Estou me sentindo muito triste e preocupado, pois agora temo pelo meu futuro na escola, coisa que como concursado, eu não deveria temer. Espero que o Sindicato e outros colegas efetivos aproveitem esse momento da greve para tocar no assunto antes que saia o edital do concurso sem as vagas dos efetivados. Obrigado pelo espaço para desabafar."

"MARIA APARECIDA - VALE DO JEQUITINHONHA:

PREZADO EULER QUERO TE PARABENIZAR E AGRADECER PELA COLABORAÇÃO QUE TEM DADO A NÓS ATRAVÉS DE SUAS POSTAGENS SOU EFETIVA E NÃO TENHO NENHUM PRECONCEITO AOS EFETIVADOS... ME SINTO ENVERGONHADA QUANDO VEJO COLEGAS SE VANGLORIANDO POR TER PASSADO EM CONCURSO, PASSADO POR ESTAGIOS PROBATORIOS, ETC... PASSEI POR TUDO ISSO TAMBEM, MAS NÃO ME ESQUEÇO DAS TORTURAS PSICOLOGICAS PASSADAS NA ÉPOCA DAS DESIGNAÇÕES... ESSES COLEGAS PASSAM POR ISSO HA 15 20 ANOS, E TEM MAIS A MAIORIA SÃO ATBS QUE TEM SOMENTE O PRIMARIO, SÃO ARRIMO DE FAMILIA... PROFESSORES DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA QUE NUNCA TEVE CONCURSO PÚLBLICOS... A MAIORIA GRAÇAS A ESSA LEI TÁ TENDO UMA ESPERANÇA DE SE APOSENTAR AGORA... DOI QUANDO VEMOS EDUCADORES QUE SÃO CONTRA ESSA LEI,JUSTIFICANDO QUE JÁ PASSARAM POR CONCURSOS, ESTAGIOS PROBATORIOS ETC... OLHAM SOMENTE PARA SI.... TOMARA DEUS QUE O GOVERNO DESSE A ESSES COLEGAS A ESTABILIDADE QUE TANTO MERECEM... E QUE COLOQUE PESSOAS COMO VC EM NOSSA VIDAS, SOU PROFESSORA PRIMARIA... APOSENTADA.... PASSEI POR DOIS CONCURSOS E DOIS ESTAGIOS PROBATORIOS, MAS TAMBÉM FUI DESIGNADA POR 5 ANOS TRABALHEI MUITO TEMPO EM ZONA RURAL... CHUVA OU SOL ESTAVAMOS NA ESTRADA... NAQUELE TEMPO MOTO ERA UM SONHO... TRANSPORTE ESCOLAR NÃO EXISTIA, SÓ QUEM PEGOU DURO SABE DAR VALOR AO SOFRIMENTO DOS OUTROS .... PRECISAMOS DE PESSOAS HUMANIZADAS EM UMA SOCIEDADE MASSACRANTE COMO A NOSSA!!!!!! VAMOS JUNTOS,EFETIVOS, EFETIVADOS E DESIGNADOS SOMOS TODOS PROFESSORES!!!! POR UM PISO JUSTO!!! MEU NOME É MARIA APARECIDA DO VALE DO JEQUITINHONHA, VOU COLOCAR ANONIMO POIS NÃO ESTOU CONSEGUINDO COLOCAR O NOME"

15 comentários