terça-feira, 24 de maio de 2011

EULLER :..."Nossa resposta: greve geral por tempo indeterminado!"


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem em relação ao piso dos professores. Nossa resposta: greve geral por tempo indeterminado!







Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem em relação ao piso dos professores. Nossa resposta: greve geral por tempo indeterminado!

Não dá mais para suportar a enrolação do governo. Desde o dia 06 de abril de 2011, quando o STF julgou o mérito da infeliz ADI 4167 - impetrada por cinco mais infelizes ainda, além de canalhas, desgovernadores -, que a Lei do Piso do magistério foi considerada constitucional. Não há qualquer razão, de nenhuma ordem, para que o governo mineiro, e todos os outros, protelem o pagamento do piso.

A desculpa do governo mineiro, assim como o de Santa Catarina e de todos os demais que não têm compromisso com a Educação pública de qualidade e por isso não pagam o piso já, é a de que aguardam a publicação do acórdão do STF para pagar o piso. Isso chega a ser uma indecência, um acinte aos educadores, que esperaram por mais de dois anos pelo moroso julgamento do STF, que liminarmente havia suspendido a Lei do Piso.

Minas Gerais está entre os três estados mais ricos do país e sua arrecadação cresce, de acordo com o próprio governo, em proporções chinesas, ou até mais. Não bastasse essa realidade, se a desculpa fosse a falta de recursos, a Lei do Piso prevê que a União poderá complementar o pagamento do piso para estados e municípios que provarem não ter recursos próprios. Minas não pode provar isso por duas razões óbvias, pelo menos. Primeiro, porque tem recursos de sobra para pagar até mais do que o piso; segundo, porque teria dificuldade em provar que aplica corretamente os 25% da receita na Educação, como manda a Constituição Federal.

Aliás, este é o problema da maioria dos estados e municípios que não querem pagar o piso. Os governantes - não todos, obviamente -, usam mal os recursos da Educação e da Saúde pública; desviam dinheiro público; patrocinam obras faraônicas para sustentar empreiteiras que depois financiarão as campanhas eleitorais destes desgovernos. E para completar o quadro, compram as mídias regionais e nacionais para não terem qualquer foco de oposição, fiscalização e denúncia. Os tribunais de justiça e de contas e os legislativos, nós sabemos, com raras exceções, funcionam à base de troca de favores políticos com governantes de plantão, o que torna a nossa república, um arremedo de república, para não dizer outra coisa pior.

Mas, o que essa gente não espera, nunca, não podem prever, é que vez ou outra uma onda nova surge no ar, e de forma avassaladora, em um só dia, desfaz castelos e exércitos e blindagens artificiais construídas em muitos anos.

Um depoimento sincero e direto, de oito minutos apenas, como foi o caso da fala da professora Amanda Gurgel, teve o efeito de uma bomba jogada no colo de todos os governos. Que bom que a Amanda não seja do PT, senão ela teria poupado o governo federal, como fazem os sindicatos e a CNTE e com isso caem no descrédito. Que bom que ela não seja também do PSDB ou do Demo, senão teria poupado governos como o de Minas e o de São Paulo. Eu que não sou ligado a nenhum partido político, embora respeite a filiação partidária de cada pessoa, cada vez mais me convenço de que as principais mudanças de que precisamos nascerão das palavras e dos atos diretamente dos de baixo. Sem intermediação. O fato da Amanda ser militante do PSTU não atrapalha em nada, pois este partido está fora das esferas de poder. E Amanda tornou-se uma legítima representante de todos os educadores do Brasil.

Através dos vídeos que abrimos este post vocês poderão constatar que a força da fala da colega Amanda reside exatamente no fato de que ela é direta. É a voz de quem está em sala de aula, ou na cantina, ou na biblioteca da escola, ou na quadra de esporte da escola. Ao contrário, enquanto a Educação for diagnosticada por "especialistas" ou por senadores ou burocratas e assessores de secretárias e ministros, ou por qualquer outro tipo de pessoa externa ao ambiente direto da Educação, só ouviremos pretextos para justificar o injustificável.

Quantas vezes já não nos colocaram diante de especialistas pagos com mais de 30 dinheiros para nos ensinar que somos nós, professores, os culpados pela situação caótica da Educação no Brasil? Lembro-me, em 2005, quando ingressei na rede pública municipal de Vespasiano, na semana inaugural de aulas, assisti a uma figura ligada aos governos falar durante vários dias sobre estatísticas e métodos de trabalho dos educadores, sempre caminhando para culpar os professores. Num único momento em que se abriu a fala para os professores eu pedi a palavra e joguei na cara dele que ele nada falara sobre os péssimos salários e as condições de trabalho. Claro que o trabalho dele, pago a peso de ouro, era exatamente aquele mesmo, de reduzir os educadores à condição de incapazes, meros tomadores de conta de crianças a preencher papéis e a disputar com os colegas quem seria o maior culpado pela derrota de todos.

O sistema nos mastiga, nos engole e depois nos cospe sem o menor pudor. Nem vou lembrar - embora já o faça, não dá para esquivar -, que naquela mesma rede municipal, dois anos depois fui cassado, na condição de membro do Conselho do FUNDEF, por ter feito um minucioso estudo da realidade local, constantando mal uso dos recursos da Educação, o que me custou a desnomeação - embora tivesse sido concursado e nomeado. Mas, em terra de coronéis, alicerçado por uma justiça das elites e por advogados que nem sempre ouvem aqueles que representam (o jurídico do sind-UTE não gostava muito de ouvir as minhas sugestões, e por isso sequer citou no processo a que refiro que eu era membro do Conselho do FUNDEF e que fora cassado/demitido em meio a uma greve dos educadores de Vespasiano).

Mas, isso são águas passadas, que não movem moinho. O infeliz do ex-ditadorzinho municipal não foi reeleito e o coronelzinho atual tem a sorte de eu não estar mais na rede municipal. Toquemos o barco, pois a vida dá voltas e nós caminhamos em frente.

Na rede estadual, desde que ingressei em 2003, só assisto a cortes de direitos. Perdi, juntamente com 60% da categoria, os biênios e os quinquênios a que os professores tinham direito até então. E depois de oito longos anos de política de arrocho salarial apelidada de "choque de gestão", o governo mineiro impôs a Lei do Subsídio, que confisca o tempo de serviço de todos os educadores, reduz os percentuais de promoção e progressão, confisca todas as gratificações e vantagens dos servidores e torna a nossa carreira sem qualquer perspectiva de futuro.

Agora que a categoria conquistou o piso e o terço de tempo extraclasse, não podemos mais admitir que o governo nos enrole. Nem em Minas, nem no Brasil. Neste momento, o sentimento que temos e que devemos discutir com os colegas e com a comunidade, é o de que não dá mais para viver com essa situação.

Um professor com curso superior em Minas Gerais e no Brasil continua ganhando salário indecente, sem qualquer estímulo para trabalhar. Não dá para sustentar uma família com o salário de um professor de Minas Gerais, ou do Rio Grande do Norte, ou de São Paulo, ou de Santa Catarina.

Para melhorar esta situação, o professor tem buscado a complementação salarial através de dois ou três cargos. Isso nós não podemos aceitar mais, pois isso resulta em doença e em privação de tempos e espaços necessários para uma vida digna. E a mudança dessa situação, aqui em Minas pelo menos, começa com a conquista do programa mínimo que temos discutido aqui no blog. Que se pague o piso do MEC já; que retornemos todos ao antigo regime remuneratório, sem qualquer redução salarial; que se implante o terço de tempo extraclasse; que se reajuste o salário de todas as carreiras dos educadores pelos índices dos professores; que se devolva as gratificações confiscadas em 2003 pela gestão do faraó.

Nada menos do que isso podemos aceitar. Que este momento, em que a Educação e a realidade dos educadores estão colocadas na mundo virtual e na mídia burguesa, transforme-se numa grande oportunidade de conquista para todos nós. Pelos 10% do PIB já, pelo reajuste do piso do MEC por parte do governo federal, pelo pagamento do piso em todos os estados e municípios e por carreiras atraentes para todos os educadores.

Mas, essas conquistas não caem do céu. São resultado de muita luta. Por isso, preparemo-nos, colegas de combate, para a greve geral a partir do 31 de maio. É a nossa resposta, caso o governo continue fazendo cara de paisagem para os nossos direitos. E que os sindicatos estejam sintonizados com as nossas bandeiras de luta. É o que esperamos!

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"Anabela Jardim:

Estamos a postos esperando a hora de levantar a mão em resposta para o SIM à greve! Momento melhor do que este será difícil de encontrarmos novamente. Sei que muitos colegas estão preocupados com as eleições para direção de escola. Sinto muito mas, se depender de mim não vai dar para esperar o dia 05/06 ... Que refaçam o processo depois da greve!
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Comentário do Blog: Olá, combativa colega Anabela, penso que podemos fazer a greve e manter as eleições, utilizando inclusive parte do tempo em greve para conversar com a comunidade e ampliar os espaços democráticos no ambiente escolar. Um abraço e força na luta!

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Walter - Contagem:

Estou presente nessa luta!
No dia 31 vou a Assembleia Estadual e vou votar pela greve por tempo indeterminado. Espero que ao invés de no primeiro dia de junho eu ter que ir para a escola cedo que eu vá para uma reunião do comando local de greve para discutir ações para empurrarmos mais companheiros para a greve, se bem que com a força que a mídia burguesa está dando após o efeito Amanda Gurgel, entendo que a categoria vai para a guerra mesmo.

Que maravilha que a companheira Beatriz lê o blog. Ela reconheceu que o BLOG do EULER é uma febre na base dos educadores mineiros. Ela agiu certo, defendeu o seu ponto de vista e teve a coragem de vir até aqui e expor a opinião que a direção vem construindo. Mas aqui é diferente, aqui é mais horizontal, por isso espero que a companheira Beatriz e os outros mais de 50 diretores tenham sensibilidade para escutar as ponderações que a base tem feito nesse espaço.

Lanço aqui um pedido para a Coordenadora Beatriz. Você deverá sentar com sua direção antes do dia 31. Tá certa, mas os diretores pensam a mesma coisa. Que tal você ouvir com mais calma o contra-ponto? Chame o Euler, o Rômulo e outros companheiros para uma reunião. Esgotem ao máximo esse tema da estratégia do piso e vamos todos unidos para a batalha. A categoria agradece.

Walter - Contagem
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Comentário do Blog: Tem razão o combativo colega Walter em fazer um apelo pela unidade da categoria, que deve se dar em torno de interesses comuns, que unifiquem a todos. Estamos prontos para discutir nossos posicionamentos, desde que haja espaço para isso. E que formemos um grande movimento regional e nacional pela Educação e pela valorização dos educadores. Um abraço, colega!

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Rosilene:

Bravo!!!!!Bravo!!!! Suas palavras resumem tudo, direto ao ponto, sem curvas. Estamos juntos...Vamos à luta, "quem sabe faz a hora e não espera acontecer"... Rosilene."

Comentário do Blog: Um abraço a combativa colega Rosilene. Acho que a categoria está se animando novamente para o combate. O governo que se prepare, caso insista em fingir que nada está acontecendo.

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Santa Bárbara do Leste:

Acabo de ler em vários blogs que o governo de Santa Catarina vai pagar o piso. Por que o governo de Minas , pelo menos uma vez na vida , não usa a inteligência e evita essa bendita greve?

Santa Bárbara do Leste
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Comentário do Blog: Olá, combativo(a) colega de Santa Bárbara do Leste, também esperamos que o governo repense a postura da omissão e do silêncio em relação à obrigatoriedade em nos pagar o piso. Quanto ao estado de Santa Catarina, tão estou certo de que o desgoverno de lá tenha decidido pagar o piso. Pelo menos não foi o que nos disse uma coleguinha em um dos comentários no post anterior. De acordo com esta colega, o governo pagaria apenas para determinados segmentos, mas não daria os reajustes aos colegas que recebem um pouco mais, tal como aconteceu com o subsídio em Minas. Um abraço e força na luta!

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Silvio Geografia:

Devo parabenizar também a colega Beatriz por ter se pronunciado. A hora é de somar forças. O visitante Walter deu uma idéia que deveria ser levada em consideração "..Esgotem ao máximo esse tema da estratégia do piso e vamos todos unidos para a batalha. A categoria agradece."
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Comentário do Blog: obrigado pela visita e pela participação, bravo colega Sílvio. O nosso blog defende a unidade da categoria, que deve ser construída com diálogo, pontos comuns que nos unifiquem e na luta. Um forte abraço!

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Profª Ivete/Carangola- MG:

Comunicado retirado da página da Rádio Criciúma.
Será que procede esta informação?
Profª Ivete/Carangola- MG

"Governo de Santa Catarina emite Comunicado sobre salários dos professores e pede que voltem ao trabalho
Educação - 23/05/2011 - 18h56min

COMUNICADO
Florianópolis, 23/05/2011 18:42:02

Uma nova lei federal estabeleceu, para o professor que cumpre 40 horas-aula mês, o piso salarial de mil cento e oitenta e sete reais.

Depois de extensos estudos buscando todas as alternativas possíveis, não apenas para cumprir a nova lei com responsabilidade, mas determinado a conceder aumento real de salário aos professores, o Governo de Santa Catarina decide que:

- Embora a nova lei estabeleça um piso de mil cento e oitenta e sete reais, em Santa Catarina nenhum professor em sala de aula da rede estadual de ensino ganhará menos que mil seiscentos e oitenta e três reais por mês;

- Nenhum professor das categorias mais altas terá redução de vencimentos;

- Este aumento será pago já no mês de maio.

Com isso, o Governo de Santa Catarina solicita aos professores em greve que retornem imediatamente às aulas, ao mesmo tempo em que reafirma seu forte compromisso com a melhoria da educação em nosso estado..

Secretaria de Estado de Comunicação"
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Comentário do Blog: olá, combativa colega Ivete, de Carangola, é sempre bom tomarmos muito cuidado com os informes pagos pelos governos nas rádios e jornais e TVs. Veja que a informação é capciosa e procura iludir os educadores e a comunidade. Vejam como o governo de Santa Catarina, co-autor da famigerada ADI 4167, fala sobre a Lei do Piso: "uma nova lei federal". Nova lei uma ova! (que me desculpem a expressão). A Lei do piso foi aprovada em 2008 e já estamos há quase três anos atrasados em receber o piso. Outra sacanagem é quando o governo diz que o valor do piso é 1.187,00 e que nenhum professor naquele estado receberá menos que 1.683,00. O governo não explica se neste valor está a somatória do salário ou vencimento básico, como manda a lei do piso, e nem tampouco fala sobre a jornada de trabalho e as diferenças de níveis na carreira. Enfim, uma notícia enganadora. Mas, os educadores de lá não são bobos não e já responderam com a greve. Um abraço e força na luta.

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Kátia - Ipatinga:

Companheiros, o Blog do Euler é mesmo uma febre! É muito bom ver a companheira de luta Beatriz participar do nosso debate e defender suas ideias, como cada um de nós aqui, de forma madura, livre e somente no campo das ideias. Gostaria até que o sindicato usasse esse espaço para expor melhor as estratégias da luta e que pudessem defender melhor suas ideias e pontos de vista para, até mesmo estarmos mais convencidos de que este é o caminho certo ou para estabelecermos outra estratégia.

Sou sindicalizada, não concordo com muita coisa no nosso sindicato, concordo com o combativo Euler em quase tudo que diz e agradeço por este blog e os serviços que ele ( e o Euler) estão prestando a todos os professores, e diga-se de passagem deveria ser feito pelo nosso sindicato, mas este é o momento de UNIÃO em torno da causa, depois da vitória, lavamos a roupa suja e que ROUPA.

Abraços,
Kátia
Ipatinga.
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Comentário do Blog: um abraço na nossa combativa colega Kátia, de Ipatinga e obrigado pela visita e pelas palavras. Sua defesa em prol da unidade da categoria é de fato muito importante, pois sem essa união sairemos para a luta enfraquecidos. O importante é que a base da categoria se faça ouvir e garanta seus direitos, como estamos assistindo neste momento. Que esta onda pró-Educação se fortaleça ainda mais.

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Beatriz Cerqueira:

Olá Euler, boa noite.

Li atentamente todas as críticas a respeito da comunicação do nosso sindicato. Concordo que devemos ter maior agilidade. Desde a greve de 2010 modificamos o formato do site para possibilitar isso, mas o formato do site não propicia a interação e diálogo rápido que as pessoas tanto cobram. Tenho respondido 40 e-mails por dia, além de vários diretores estaduais que atuam nos departamentos mas a procura pelo sindicato tem sido cada vez maior. Organizarei um blog para que esta interação seja possível. Assim que estiver ok, caso não se importe, gostaria que divulgasse.

Quanto a proposta do Walter, acho importante, discutirmos as nossas estratégias e unificarmos. Vamos avaliar esta dicotomia R$1.187,00 x R$1.597,00. O que precisamos é de toda a categoria unida e participando.

Discordo da colega que falou que a eleição para direção pode esperar. Estamos enfrentando o caos nas direções das escolas estaduais exatamente porque abandonamos a discussão da democratização da gestão escolar, deixando o governo atuar sozinho. Precisamos recuperar muita coisa, a gestão democrática também.

Um abraço
Beatriz Cerqueira
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Comentário do Blog: olá, colega Beatriz, fico feliz em saber que você vai inaugurar um blog, o que talvez resolva em parte a pouca agilidade do site oficial do sind-UTE. Pode contar conosco na divulgação do blog - e também com a nossa visita e comentários. Quanto às eleições da direção escolar, reconheço que se trata de uma questão importante para nós, mas devemos saber conciliar as duas coisas: as eleições e as nossas demandas salariais e de carreira. Elas podem ser tratadas sem que sejam vistas como em oposição, uma a outra, mas como meio de fortalecimento mútuo das melhores posições. Se a categoria decidir pela greve no dia 31, nada impede de que utilizemos parte do nosso tempo para conversar com a comunidade, inclusive sobre as eleições e a importância de uma boa escolha, de pessoas comprometidas com a nossa luta. Que cada grevista aproveite parte do tempo para visitar alunos e pais de alunos para derrotar as candidaturas atrasadas, que são usadas para barrar a nossa luta. Quanto ao valor do piso, a nossa posição não é de princípio, mas de coerência com a realidade, de Minas e do Brasil, como já explicamos anteriormente. Um abraço e obrigado pela visita e por se dispor ao diálogo aberto e franco com os colegas através também deste blog.

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Luciano História:

Euler,o governo prorrogou o prazo de escolha da antiga carreira justamente para próximo das eleições de diretores, não sei como se encontra as outras cidades mas aqui em Janaúba onde a maioria das escolas tem disputas eleitorais com vários colegas envolvidos uma greve antes do dia 05/06 infelizmente não terá a adesão esperada, outro ponto que merece ser mencionado é que a secretaria que estava visitando minha cidade semana passada disse para os diretores que os efetivados estão assegurados pelo governo( em outra palavras, o governo os considera como efetivos)isso fez com que muitos efetivados comemorassem e muitos com certeza pelo menos aqui não entrarão em greve. No meu caso, se falar que a greve começa amanhã eu topo, mas pensando na adesão em massa da categoria que é importante acho mais prudente começar após terminar o prazo para o retorno da carreira antiga e depois do processo de eleição de direção onde todos retornariam para o mesmo foco que a luta pelo piso. Na minha escola por exemplo que fechou ano passado com 100% dos professores aderindo a revolta greve , antes da eleição da direção que há muito tempo era esperada acho muito difícil os colegas aderirem em massa antes do dia 05/06."

Comentário do Blog: caro amigo Luciano, de fato, o governo pretende esticar ao máximo as possibilidades de uma greve, e para isso usa de todas as artimanhas. Mas, nós não podemos aceitar a agenda do governo, e devemos impor a nossa agenda, o nosso calendário. Sobre as eleições já respondi acima que não há incompatibilidade entre as duas coisas: greve e eleições para direção escolar. Quanto aos colegas efetivados, você conhece a minha posição favorável a que se estenda aos colegas outros direitos, que são sonegados atualmente. E devemos cobrar que o governo cumpra o que está prometendo. Acho que se o governo não der claros sinais de que vai pagar o piso imediatamente devemos entrar em greve sim, pois o próprio governo está nos provocando a reagir, quando se nega a cumprir a lei do piso. Finalmente, acredito que os colegas de Janaúba não faltarão ao nosso chamado de luta. Um forte abraço!

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Luciano História:

Euler, gostaria que a Beatriz comentasse sobre a proporcionalidade do cargo que existe na lei do piso e que o sindicato não reconhece.

§ 3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao valor mencionado no caput deste artigo. "lei do piso"
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Clayton Coelho:

Caro Euler,

Concordo com a Beatriz e com o Luciano, pois uma greve deflagrada no dia 31/05 prejudicaria em muito o processo de conclusão das eleições nas escolas estaduais, o que até poderia trazer reversão na indicação das chapas que são comprometidas com o processo democrático na educação. A indicação ao cargo de diretor/vice será dia 05/06, ou seja, apenas 5 dias após a paralisação. Estamos a mais de 3 anos sem levar o piso, portanto não serão 5 dias apenas que fará diferença.

Sou favorável à greve após a conclusão das eleições nas escolas estaduais. Um grande abraço e achei bastante positiva a participação da Direção junto aos que dialogam no seu blog. Isto nos dá uma sensação de horizontalidade nas relações, o que aproxima a categoria.

Clayton Coelho.
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Anônimo:

E o acórdão? Ninguém tem previsão de quando sai?

Prof. Beatriz
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Maurição da Geografia:

Eu já acho o contrário. Acho que um dia a mais faz muita diferença na luta pela implementação do Piso. Tenho o mesmo pensamento do Euler. Dia 05/06 estaremos todos na votação e as principais atividades de início da greve deverão ter como eixo a gestão democrática, o dialogo com a comunidade sobre esse tema.

Esperar o segundo turno nem pensar!
Mas o debate principal nesses dias que antecedem o dia 31 é a busca da unidade. Estou com o Walter e defendo que seja realizada uma reunião que batizo como a "Reunião da Unidade". Beatriz sente-se com o Euler, o Rômulo e outros porta-vozes da base. Você vai alegar que o espaço para isso é o conselho geral e a assembleia, mas convenhamos, esses espaços são muito verticais, os companheiros da base e da oposição falam correndo e fica desigual a defesa das propostas. E o momento, companheira Beatriz, é de ouvirmos com calma outras propostas de luta.

Esperamos por essa sensibilidade e pode ficar tranquila, pois pelo que conhecemos do Euler essa reunião não se tratará de uma reunião de cúpula.

Maurição da Geografia
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Comentário geral do blog sobre um tema da maior importância: a irredutibilidade dos salários dos servidores

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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

...
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; " (Constituição Federal)


Pessoal da luta, estou convencido, pelas rápidas pesquisas que fiz pela Internet, que a Constituição Federal e a jurisprudência corrente, já manifesta em diversas ocasiões pelo STF, proíbem a redução de salários dos servidores públicos.

Os governos podem até mudar a composição salarial, como tenta fazer o governo mineiro através da Lei do subsídio, mas não podem reduzir salários. Isso significa dizer que, os reajustes aplicados a todos os servidores da Educação em janeiro de 2011 não podem retroagir à condição salarial de dezembro de 2010. Isso, na minha opinião, contraria frontalmente a Lei Federal e este artigo da Lei do subsídio é absolutamente inconstitucional.


Esclarecer essa questão é de fundamental importância para nossa categoria, que está próxima de fazer a opção pelo sistema remuneratório e teme perder recursos com a opção pelo antigo regime remuneratório.

Se ficar esclarecido por balizadas fontes jurídicas que tal prática - de redução salarial - é inconstitucional e que o governo será processado, inclusive por improbidade administrativa, caso pratique tal ato -, seguramente 100% da categoria fará a opção pelo regime anterior, sabidamente melhor do que a lei do subsídio.

No regime anterior o servidor preserva as vantagens e gratificações conquistadas ao longo do tempo; preserva ainda os percentuais de promoção (22%) e progressão (3%) que foram reduzidos para 10% e 3%, respectivamente, na lei do subsídio.

Finalmente, não podendo reduzir salários, o governo perde o único mecanismo de atração/pressão sobre os servidores.

Já estamos há cinco meses recebendo um determinado valor, aplicado pelo governo a partir de 2011, não podendo, sob nenhum pretexto, reduzir o valor dos salários. E menos ainda como forma de coação sobre os servidores que optarem pelo antigo regime remuneratório.

Finalmente, é preciso ainda levar em conta que somente no antigo regime remuneratório o nosso piso tem algum sentido, já que no subsídio, como demonstrei exaustivamente, não há, pelo menos nos próximos anos, qualquer alteração salarial para os professores e demais educadores.

Além disso, quem optar pelo antigo regime remuneratório poderá, posteriormente, retornar para o subsídio - o que não acontece de forma inversa (quem optar pelo subsídio terá que ficar definitivamente com este sistema).

Que o jurídico do nosso sindicato se debruce sobre este tema para que possamos reforçar o nosso chamamento aos colegas que ainda não aderiram à campanha de retorno ao antigo regime remuneratório. Precisamos de todos numa mesma carreira para garantir a nossa unidade de interesses e de luta.

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Anônimo:

Segundo informações que tive de uma funcionária de umas das SREs de MG que o acórdão sairia dentro de quinze dias ,só não saiu ainda devido um político lá ter viajado, mas que não vai demorar sair,e que também o explorador governante de MG não precisa esperar o acórdão sair para pagar o piso."

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Ruy Aguiar - Leopoldina:

Caro Euler e companheiros de batalha, parece que estamos chegando a um acordo no diz respeito à unidade da categoria. Isto implica no fortalecimento da classe e da luta, faz com que as pessoas tenham confiança no sindicato e naqueles que lutam pelo bem comum. Nossa força precisa ser pautada na UNIÃO e não na divisão, criando espaços para que cada um dê sua contribuição, seja com ideias ou com apoio. Após as etapas que virão, aí sim pensamos em novamente discutir as relações entre base e sindicato, melhorando a confiança mútua. Se nos mostrarmos unidos AGORA, mostraremos a quem nos prejudica que somos fortes e temos disposição para mantermos firmes nossa bandeira de justiça.
Abraços a todos.

Ruy Aguiar - Leopoldina
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Fabiana - Corinto:

Combativo blogueiro, me surpreendi ao ler os comentários de ontem e hoje, pois vejo que a direção do Sind-UTE se rendeu a esse espaço democrático. Mas, fico com algumas dúvida...

i - Será que o interesse é mesmo o de se aproximar da base e facilitar a comunicação? Ou ofuscar uma nova liderança que desponta?
ii- Será que as reuniões do conselho e assembleias mudarão o formato com debates produtivos ao invés de palanques, plumas, confetes e paetês?
iii- Será que o que o novo blog vai dar conta de nos informar em tempo hábil de forma democrática e INTELIGENTE como o do Euler?

Bom... agora é esperar para ver
abraços,
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geane- Teófilo Otoni:

Oi Euler!
Foi realmente um prazer tê-lo conhecido...
Que maravilha esse canal de comunicação!
Ele só demonstra o quanto os educadores de Minas estavam já instalados com décadas e décadas de desgovernos descompromissados com a Educação mineira.
Creio que estamos vivendo um momento ímpar da nossa História,em que todos sentem na alma o desejo de dar um basta a esses governos ditadores, que de mansinho, vem caçando direitos dos educadores, conquistados a duras penas!!E o momento é propício a isso.

O discurso da Amanda Gurgel, deu realmente um susto na impressa!Ela conseguiu o que estamos há década tentando fazer.Se não aproveitarmos esse momento, estaremos permitindo que o Governo de Minas continue deitado em Berço esplêndido, no seu mais profundo sono.
Acho que uma greve geral não pode esperar!!
faço aqui inclusive, um caminho contrário. Acho que está na hora de uma campanha de filiação em massa, para dar um choque nesse Governo que lesa direitos e subestima o poder da categoria.

Concordo que se a Diretoria Estadual não mudar a sua estratégia, tanto no diálogo com a categoria, como na proposição de ações, alem do centralismo que se tornou uma característica visível desta, ficaremos a ver navios. A democracia tem que começar do nosso Sindicato. A diferença de opiniões, ideologias e outros, devem ser respeitadas e garantidas inclusive no nosso espaço de debates. A impressão que o governo tem de ter do SidUTE, é de ser combativo e representativo da categoria a todo custo. Muita coisa tem que mudar para o bem da nossa entidade sindical. Espero que todas as críticas postadas aqui nesse blog, sirva para o crescimento e para retomada de algumas ATITUDES e não o contrário. O sindicato somos nós e não meia dúzia de diretores. Para saber qual é a angústia de todos os educadores de Minas, basta olhar nos olhos de cada um. Não dá mais para protelar.
Chegou a nossa vez...

Abraços a todos e até o dia 31 de maio.
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Luciene - Divinópolis:

Gostaria de fazer algumas considerações também uma consulta. Acredito que a greve deve sair e acho que ser após as eleições, poderíamos marcar uma assembléia, ja para começar a greve no dia 06 de junho.

Queria saber como vai ficar o meu caso, já fiz este questionamento para o sindute e não obtive resposta. Fiz a opção ao regime antigo no dia 03 de maio, onde ainda não havia feito a prorrogação. Com virá meu contrache? Será reduzido? Caso tenha redução não poderemos entrar na justiça alegando o artigo da constituição que fala que não pode ter irredutibilidade do salário? O sindicato fala que não por termos mudado de carreira, mas na constituição fala que só pode ter redução de salário se for acordado em em convenção ou acordo coletivo (artigo 7º) ou seja, não fala nada em caso de mudança de carreira, até por que o funcionário é o mesmo, a função é a mesma e não houve acordo coletivo nem convenção para redução de proventos.
Euler, se você puder responder, desde já agradeço.
Luciene - Divinópolis.
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Valéria, município de Contagem:

Euler.
Gostaria de lançar uma campanha aqui no seu blog para que a comissão de negociação do sindicato volte a ter as características anteriores. Sempre, quando entrávamos de greve, uma comissão de negociação era eleita e tinha participação da direção estadual e também da base. me lembro que o Fábio do PCB, o Gustavo do CONLUTAS, entre tanto já fizeram parte da comissão. Este processo foi quebrado na última greve, onde a atual diretoria foi contrário a participação da base na comissão. Acho mais democrático voltarmos a ter uma comissão plural. Vamos fazer esta campanha, acho que você deveria estar na comissão. Isso poderia ser colocado na assembléia, no conselho acho que perderia, mas na assembléia tem possibilidade de passar.

Valéria, município de Contagem
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Anônimo:

Boa tarde Euler
Leio todos os dias seu blog e acho o máximo ter pessoas como você, o Rômulo, etc. que não conheço pessoalmente e que tanto lutam pelos nossos direitos.

Bem, acho que seu blog encurta distâncias, informa, aconselha.... e também nos dá oportunidade de concordar ou não. Queria então comentar sobre a mensagem deixada pela Beatriz.

Concordo que precisamos recuperar muita coisa “ gratificações cortadas, material para trabalho, ambiente de trabalho livre de violências, provas rodadas, carteiras, cadeiras, ........ em fim, respeito com todos nós (professores, alunos, etc.)”.

Ela diz discordar de uma mensagem deixada no blog onde se diz que a eleição pode esperar, e que estamos enfrentando o caos nas direções das escolas, pois abandonamos as discussões da gestão escolar. È brincadeira ou eu realmente li isso, o caos se instalou a muuuuuuuuuuuuuito tempo. Acho que quem realmente está na escola sabe e pode dizer com propriedade que não estamos satisfeitos e vamos lutar para mudar nossa realidade. Então, sindute, tenha respeito e escute a maioria, não por ser maioria, mas por ser coerente.

Quanto à direção de escola, hoje o que vejo não é diretor apenas, é um milagreiro tentando muitas vezes multiplicar o pão, somando daqui, tirando dali, para ver se no final vai dar certo.

Obrigado Euler e conte conosco.
Força na luta!
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

EULLER:"Apesar do espetáculo, a luta continua! "

sábado, 21 de maio de 2011

Apesar do espetáculo, a luta continua!



Recebi este cartaz da nossa combativa colega professora Graça Aguiar, do Rio de Janeiro. Uma paralisação nacional pelo piso para todos, por 10% do PIB na Educação já, pela aprovação do PNE que o Brasil quer. Eis algumas propostas pelas quais devemos lutar e parar o Brasil, na onda que ganha corpo por todo o país, de uma Educação pública de qualidade para todos e pela real valorização dos educadores!

***

Apesar do espetáculo, a luta continua!


Bom, pessoal da luta, vamos ao relato que eu prometi para vocês. Para quem dorme entre duas e três da madrugada, acordar às sete é sempre algo desconcertante. No primeiro momento você tem a impressão de que ainda está dormindo, mas está já de fato acordado. Será mesmo? Fato é que havia combinado com o combativo João Martinho que iria de carona com ele. "Saio daqui às oito" - disse o João.

Então, quando o relógio acusou tal horário, lá estávamos nós, a caminho da reunião do conselho na sede da Escola Estadual Central Gov. Milton Campos. Lá chegando, dou conta de que o café na porta de entrada do auditório parecia bem simplesinho: um cafezinho ou chá com biscoitos. Por sorte minha, e talvez para o azar dos colegas do Estadual Central - havia uma reunião dos educadores daquela escola. Como eu já comentei aqui, educadores adoram se reunir no sábado, impressionante! Ganhamos mal, mas trabalhamos sábado, domingo, feriado... A sorte minha, como eu dizia, é que o café da manhã deles foi bem mais variado. E como dois professores daquela conceituada escola me conheciam de outras jornadas, me arrastaram para participar da ceia matinal, com direito a coxinha, refrigerante, um pastel "folheado", que enfim, deu gás para a primeira parte da manhã.

Já no auditório, a reunião teve início tal como estava na pauta do site do sind-UTE. Os dirigentes sindicais foram convidados para a mesa - Sind-UTE, SindPol, SindSaúde, Sind-Fisco e Sindieletro; além de um deputado do bloco Minas Sem Censura. Cada um falou em torno de 15 minutos, expondo as situações específicas de suas respectivas categorias nas negociações com o governo.

Não há como negar que é importante conhecer essas diferentes realidades, principalmente se tal intercâmbio se der em momento mais apropriado, talvez num fórum específico, quando a questão da unidade de todos os servidores públicos de Minas poderia e deveria ser debatida e construída. Mas, aquele momento, como eu disse aqui no blog, deveria ter sido reservado exclusivamente para a nossa campanha salarial. Até mesmo em função das muitas dúvidas, das diferentes opiniões e propostas de encaminhamentos e etc. Seria um importante momento para aprofundarmos e construirmos a necessária unidade para a luta.

Após a fala dos dirigentes sindicais, os companheiros da base puderam intervir, em número de 10 colegas, no tempo máximo de 3 minutos cada. Ouvi tudo pacientemente, como aconteceu com todos que lá estavam, que afinal estavam lá em número não muito grande, talvez 100 colegas, um pouco mais, um pouco menos.

De todas as falas que ouvi dos dirigentes sindicais, só me veio à mente a percepção de que a unidade das categorias dos servidores pode ser construída, mas através de um longo processo de união de propostas, de diálogo nas bases, e entre os colegas de base e direção sindical. Por isso, não nego a importância de estarmos juntos na luta, mas, neste momento, dada à especificidade de cada categoria, dificilmente conseguiremos mais do que gestos isolados de solidariedade. O que é importante também, mas não pode ser confundido com a verdadeira unidade programática e pela base.

Após esta etapa da reunião, saímos para almoçar, já próximo de 13h. Na saída da escola encontrei o representante do Sind-Fisco, companheiro Lindolfo (se não me falha a memória). Cumprimentei o colega pela exposição e falei rapidamente sobre a realidade da educação em Minas. Quando lhe falei sobre o subsídio, ele me disse mais ou menos o seguinte: "nossa categoria passou por um processo semelhante, tendo que escolher em qual carreira ficar. Mas, nós entramos com uma ação na Justiça e ganhamos o direito de optar a qualquer tempo, por qualquer uma das carreiras".

Fiquei de cobrar dele, por e-mail, detalhes desta ação para ver se há de fato algo semelhante com a lei do subsídio. Claro que não quero semear ilusões na categoria e por isso está mantida a nossa orientação de que TODOS devem retornar para o antigo regime remuneratório.

O almoço foi num restaurante à beira da avenida do Contorno. O cardápio variado incluía feijoada, frango, linguiça, legumes, arroz, farofa e um refrigerante para acompanhar. Na nossa mesa, uma equipe da pesada: João Martinho, Rômulo e mais três colegas do PSTU, que não param de comentar sobre a importante fala da professa Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, que virou celebridade nacional. Ao lado da nossa mesa, outra mesa também de peso: Beatriz, Marilda e mais duas outras colegas da direção estadual do Sind-UTE.

O detalhe é que elas ficaram em uma só mesa e nós seis ficamos em duas mesas, já que o Rômulo tratou de "expropriar" uma das mesas que estavam reservadas para as colegas da direção, dando assim o devido equilíbrio de forças, pelo menos na hora do almoço, rsrs. Numa terceira mesa, igualmente de peso, lá estavam a Rosa, a Istênia e outras colegas de combate. Outros grupos de educadores por lá passaram, já que o almoço não fora concentrado num único lugar, mas ficava ao critério de cada um achar um bar ou restaurante mais próximo.

Na parte da tarde, já um tanto quanto sonolentos - também, depois de uma suculenta feijoada, né pessoal, não há quem resista - e sentados nas confortáveis poltronas do auditório do Estadual Central, tivemos que relutar para não dormir. O João, combatente antigo, deu uma cochilada. O Rômulo ficou um tempo lá fora, tomando cafezinho para aguentar de pé, conspirando.

A colega Marilda fez a exposição sobre o PNE - Plano Nacional da Educação - durante 20 e poucos minutos, e em seguida, cinco colegas falaram nas tradicionais intervenções relâmpagos, de três minutos.

Finalmente, já ultrapassando as 16 horas, os temas tão aguardados - salário, carreira, piso, negociação com o governo - foram abordados pela coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira. Ela falou que o modelo de negociação com o governo, baseado nas reuniões com a secretária da Educação, estava chegando num limite de desgaste, já que, apesar de conquistas como na questão das eleições para diretores e pontos do concurso, não se avançava na questão da carreira e dos salários, entre outras.

Defendeu toda a ação do sindicato e não apresentou nenhuma avaliação crítica mais profunda daquilo que tem sido feito, das propostas, etc. Defendeu o piso de R$ 1.597,00 para a jornada de 24 horas para o professor com ensino médio; disse que o piso era para todas as carreiras da Educação, já que temos um quadro único; disse que é assessorada por uma das melhores juristas (ou advogadas) de Minas; e deu a entender que o melhor momento para a greve seria após as eleições dos diretores, assim mesmo no dia 12 de junho, data da segunda etapa da referida eleição. Justificou o formato da reunião do conselho, dizendo que a direção entendia que era importante que toda a categoria fizesse a leitura da unidade e da atuação das demais entidades sindicais dos servidores que travam a luta contra as políticas do governo, etc. E também, que era importante iniciar o debate sobre a questão do PNE em Minas Gerais. Destacou a participação de Minas no evento de Brasília, que representou a maioria dos educadores que ali estiveram.

Quando abriu para a fala dos presentes, várias pessoas se inscreveram. Neste momento achei por bem falar, embora sabendo da limitação de tempo. Em três minutos apenas, com tanta coisa para dizer, o que resta fazer é abrir fogo, qual metralhadora giratória. E eu falando, e falando e a mesa dizendo: tempo, companheiro, tempo, rsrs. Resumi em poucos minutos o que tenho dito aqui no blog através de muitas laudas. O pior é que antes de mim já tinha falado o Rômulo, principal orador oficial do Blog (que tem muitos, claro).

Fizemos a crítica do formato da reunião de hoje e defendemos o programa mínimo que o blog tem divulgado (retorno de todos ao antigo sistema remuneratório, sem redução de salário; pagamento do piso do MEC já; reajuste nas tabelas de todas as carreiras da Educação de acordo com os reajustes dos professores; devolução das gratificações confiscadas dos novatos em 2003).

Criticamos a defesa que o sindicato vem fazendo junto ao governo, de um piso maior para a jornada de 24 horas, sem esclarecer que se trata de reivindicação e não de direito legal mínimo exigido por lei; criticamos a falta de comunicação da direção com a base - após as reuniões com o governo - e sobre temas como o retorno da categoria ao antigo sistema remuneratório.

Outros colegas também fizeram intervenção, com diferentes enfoques. Lamentei, na minha rápida fala, o quanto ficava claro que precisávamos de mais tempo para discutir com profundidade as divergências e diferentes concepções ali apresentadas. A unidade se constrói com o diálogo, de preferência horizontal, sem os privilégios da direção em relação à base. Privilégios a que me refiro, como o monopólio do tempo para defender as concepções.

Assim que terminei de falar, um dos diretores do Sind-UTE rebateu o que eu disse de forma bem distorcida. Disse, por exemplo, que o sindicato não defendia o retorno da categoria sem redução de salário porque entendia que o piso de R$ 1.597,00 era maior do que qualquer salário do subsídio.

Vejam como as palavras aceitam de tudo. Primeiro, quem garante que o governo vai pagar o piso de R$ 1.597,00? Se não pagar, o sindicato vai bancar a diferença para os servidores que retornarem para a antiga carreira confiando no sindicato? E se o governo demorar a aplicar o piso, mesmo o do MEC? Viram como é importante a defesa do retorno à antiga carreira junto com a exigência da não redução salarial? Mas, este tipo de contraponto eu não pude fazer, já que havia usado meus míseros três minutos.

E no final, a colega Beatriz que já havia feito a sua exposição inicial, falou por mais 20 minutos, pelo menos, rebatendo todas as questões que colocamos. Tomou até as dores, de certa forma, quando disse que na sua carreira de dirigente sindical não aceitaria ser chamada de mentirosa. Não vi ninguém a tratando como tal. Na minha fala, por exemplo, disse que "não podemos mentir para a categoria, dizendo para os colegas que eles teriam direitos que na verdade não têm", numa referência tanto ao piso de R$ 1.597,00 para a jornada de 24 horas, quanto a extensão desse piso para as demais carreiras da Educação.

Essas duas questões, pelo menos, até agora o sindicato não provou que são legalmente direitos garantidos para os educadores. A Lei do Piso diz claramente que os governos podem pagar proporcionalmente à jornada praticada em cada estado. Ora, se podem pagar dessa forma, na prática, é este o direito mínimo a exigir. Claro que se o governo quiser pagar 3.000,00 para uma jornada de 5 horas, ele pode. Mas, não é obrigado a fazê-lo. E dificilmente fará.

Beatriz disse ainda que nós não podemos aceitar a interpretação equivocada do MEC em relação ao valor do piso, e que devemos cobrar do governo mineiro até para servir de referência para o Brasil. Vejam o paradoxo: o equívoco é do MEC (e da AGU), mas nós devemos cobrar a "correção" deste equívoco de Anastasia!

E na argumentação em defesa da direção sindical, Beatriz apresenta os dados cronologicamente para demonstrar que foi a categoria quem aprovou o piso da CNTE. Disse que em fevereiro a discussão era entre o reajuste do subsídio e o pagamento do piso da CNTE, e que a direção tinha apoiado esta última. Reparem que aqui o contexto era bem outro. O piso era considerado remuneração total e somente após o dia 06 de abril é que o piso foi considerado vencimento básico pelo STF. Nada mais natural do que houvesse uma mudança de análise, pois a realidade mudou. Não se trata aqui de saber qual era a proposta mais coerente com aquilo que havia sido defendido anteriormente, mas com a nova realidade, do piso enquanto vencimento básico.

Resumindo: a direção não quer abrir mão das propostas que vem defendendo, o que é um direito deles; mas, nós também achamos que a nossa proposta é aquela que melhor atende a categoria no momento. Conquistar o piso, mesmo sendo o valor rebaixado do MEC, representa, nesta momento, uma importante conquista para a categoria. Para os mais antigos, representa um ganho substancial. E para os novatos com curso superior não há perda e ainda abrimos caminho para outras conquistas. Defender o retorno de todos ao antigo regime remuneratório, sem redução salarial impedirá que os poucos segmentos que teriam alguma perda momentânea não ficassem prejudicados. Defender o reajuste para todas as carreiras de acordo com os reajustes dos professores é diferente de dizer que todos têm os mesmos direitos em relação à lei do piso. E por último, defender a devolução das gratificações roubadas dos novatos a partir de 2003, que hoje representam cerca de 60% da categoria.

Este é o programa mínimo, que pode unificar toda a categoria, que depois terá as condições de continuar cobrando outros direitos e reivindicações, como as alterações na carreira (redução de tempo para as promoções, etc), direito dos efetivados de completar sua carga horária e ao posicionamento de acordo com sua formação acadêmica; etc, etc.

Enfim, camaradas de luta, é hora de nos prepararmos para a assembleia do dia 31 de maio. Já está claro que teremos que fazer uma greve para arrancar os nossos direitos, mesmo sabendo que agora temos tais direitos em lei. Só o governo pode impedir tal paralisação, pagando o que é nosso direito. E que a direção sindical não seja um obstáculo à essas conquistas, que apesar de aparentemente modestas, têm um grande significado para todos os educadores.

Então, vamos à luta!

***

"Anônimo:

Euler, tenho uma ótima noticia para você e para todos do blog ,amanhã a fantástica colega professora Amanda Gurgel do RN, vai estar no domingão do Faustão, tamanha a repercussão da sua fala no youtube. vamos acompanhar e divulgar para todos os colegas para que possam acopanhar ."


Comentário do Blog: um outro bom exemplo vem da Espanha, onde os de baixo ocupam as praças públicas neste momento. Assistam ao vivo esta ocupação por parte de milhares de pessoas, que protestam contra os partidos majoritários, contra o FMI, contra a corrupção e contra o sistema que torna a maioria cada vez mais pobre.


"O movimento que iniciou no dia 15 de maio, chamado 15-M ou a “revolução espanhola”, cresceu quinta-feira com panelaços que reuniram multidões em dezenas de cidades de todo o país para exigir a mudança de um sistema que consideram injusto. A revolta cresce a cada hora. Começou com uma convocatória nas redes sociais e internet para repudiar a corrupção endêmica do sistema e a falta de oportunidades para os mais jovens e acabou se estendendo para a comunidade espanhola na Itália, Inglaterra, Estados Unidos e México, entre outros países." (Armando G. Tejeda – La Jornada, na Carta Maior).

Uma das palavras de ordem dos manifestantes: "se vocês não nos deixam sonhar, nós não os deixaremos dormir".

Eis aí uma boa frase e uma boa prática para a nossa greve, caso o governo (e a mídia, e quem mais for) roube os nossos sonhos.

"Marcia Cristina:

Caro Euler, Você poderia usar este espaço para iniciar uma campanha de pressão sobre o governo para que dilatem o prazo da escolha até que eles publiquem as tabelas com os valores de vencimento reajustados conforme lei do piso, para que os servidores decidam sabendo de fato quais são as regras de jogo. Muitos problemas podem ser evitados com essa atitude cautelosa, inclusive ações judiciais contra o governo por apressar uma decisão que depende da apresentação de tabelas que ainda não foram oficialmente divulgadas. Será justo obrigar as pessoas a decidirem sua vida profissional sem que os fatores estejam todos eles esclarecidos? abraços e a luta continua!

Marcia Cristina"

Comentário do Blog: fica lançada a proposta, combativa colega Marcia Cristina. Pessoalmente, acho difícil que o governo prorrogue o prazo, pois o tempo corre contra o governo. Ele não poderá demorar a pagar o nosso piso, que seguramente trará melhorias salariais para uma parte expressiva da categoria, e possibilidades abertas para outra parcela. Sem falar que no ano que vem, em janeiro, o piso do MEC terá outro valor, próximo ou acima de R$ 1.450,00, elevando as conquistas dos que optarem pelo antigo sistema remuneratório. Um abraço e força na luta!

"Ivone:

Boa noite Colega!!!
Isso que é "informação em TEMPO REAL, E QUASE AO VIVO!!!. Melhor que isso seria se as notícias fossem boas. Mas nosso nome é ESPERANÇA. E cada texto que vc publica aqui, creio servir de um PONTO de encontro, de referência para os profissionais da Educação. E, se temos uma bússola, bem mais fácil saber onde queremos chegar, e o caminho a seguir. Mesmo em minúsculos municípios, estamos sempre informados e tomando nossas decisões de forma mais consciente. Melhor seria TODOS unidos, batalhando pelas mesmas conquistas. Porém, pior seria não sabermos nada, e seguirmos como "cegos em tiroteiro" totalmente sem rumo. Mesmo com essa "aparente" desavença, acredito que informação faz toda diferença e cada um de nós aos poucos se prepara para as batalhas que precisarmos enfrentar.
Obrigada por mais esse texto informativo, e pela dedicação no trabalho pela classe, que nem sempre é merecedora dessa sua dedicação.
Um domingo iluminado para vc!!!
Ivone."


Blog do Euler: Desejo-lhe igualmente um ótimo domingo, combativa colega Ivone. Toda a classe pode não merecer o nosso empenho, mas pessoas como você e outras tantas que visitam o nosso blog e estão na luta conosco merecem muito mais. Um forte abraço!

"Ivone:

DIVULGAÇÃO:

E por falar em protestos: Para aqueles que possuem perfil no Facebook:

Protesto no Facebook a favor da educação no Brasil no dia 12/06/11

Local: Será feito no próprio Facebook
Horário: domingo, 12 de junho de 2011 10:30.

http://www.facebook.com/event.php?eid=172272626159522"



Comentário do Blog: Fica aí a sugestão da nossa combativa colega Ivone.

"Luciano História:

As discussões que eu e alguns colegas estamos tendo ultimamente e é uma pena que o sindicato não esclarece é sobre redução salarial e sobre diferença salarial de dois servidores que trabalham para o mesmo órgão público com o mesmo nível de ensino e que possuem o mesmo tempo de profissão.

As perguntas que mais surgem são:

1-Um professor que tem 10 anos de profissão e pós graduação ao voltar para o sistema antigo pode receber menos que um novato (mesmo que por um certo tempo)? Não existe lei que impede essa aberração?

2-Profissionais que trabalham no mesmo órgão público com o mesmo nível de formação, com a mesma carga horária e que passaram no mesmo concurso não deveriam possuir salários equivalentes independentemente da carreira optada? Não existe lei que assegure isso?

Observação: muitos colegas estão achando que o governo vai pagar o salário base de 712,00 para o professor com curso superior pois foi esse o valor que foi divulgado no site da SEEMG. Como o valor do sindute não é um valor oficial nenhum colega, a não ser os sindicalizados, deu credito para a tabela sindical. Isso me preocupa, o valor de 1060,00 para o ensino superior está sendo pouco divulgado."


Comentário do Blog: Todas as questões colocadas pelo amigo Luciano são pertinentes. De fato, caberia ao sindicato, já que a coordenadora do mesmo disse que é orientada por uma celebridade na área jurídica de Minas, esclarecer estes e outros pontos. Afinal, o governo pode ou não praticar a redução salarial dos servidores nas circunstâncias citadas?

A constituição federal, de acordo com o esclarecimento leigo deste blog, não permite tal redução. Seria até uma excrescência, um ato imoral, o governo dizer: olha, vou deixar vocês ganhando um pouquinho mais durante seis meses e depois, caso não fiquem na nova lei que eu estou impondo, claramente prejudicial à carreira, vocês serão punidos com a redução dos salários. Na prática é isto o que está acontecendo. Sob o silêncio cúmplice da nossa direção sindical que, de acordo com o dirigente que falou na reunião do conselho, nem se preocupa com a questão da não redução salarial, porque o piso de R$ 1.597,00 para o professor com ensino médio é maior do que qualquer valor do subsídio. Ora, como perguntei antes: será que o sindicato vai bancar este piso, se o governo não o fizer?


E outra coisa, amigo Luciano, quando o governo admite formalmente nos seus sites que o piso (vencimento básico) dos professores será de R$ 712,20, implicitamente - embora não queira reconhecer, por puro oportunismo - já está dizendo que o piso do PEB2 (licenciatura curta) será de R$ 868,88, e que o piso do PEB3 (licenciatura plena), será de R$ R$ 1.060,00, e assim por diante. E que sobre estes valores devem incidir as gratificações, incluindo o pó de giz de 20%, pois é isso que manda o nosso plano de carreira no antigo regime remuneratório. E que isso, apesar de pouco, representa uma importante conquista para os professores. Se estivesse trabalhado com estes dados, seguramente todos os professores já estariam unidos na antiga carreira e poderíamos forçar o governo a pagar o piso e garantir semelhante reajuste a todas as demais carreiras da Educação. Mas, como a direção sindical faz um jogo espetacular, acaba semeando dúvidas no nosso meio.


"Anônimo:

caro euler, pelo serviço que vc tem prestado a categoria(melhor que nosso sindicato)sua fala deveria ser solicitada e com tempo ilimitado. Mas conheço a burocracia dos utópicos ( que não conseguem nada).

olha uma sugestão: ABRA UM ESPAÇO NO SEU BLOG PARA UMA ELEIÇÃO DOS SEGUINTES PONTOS.
PISO SALARIAL DO STF 1187,00.REAL OU
PISO SALARIAL DE 1597,00. UTOPIA.
E VAMOS VER O JUIZO DA CATEGORIA.
E leve para a reunião de 31/05."


***

Um pouco de humor para passar o domingo:

Humor perfumado: na reunião do conselho, como eu havia dito, o amigo Rômulo falou em duas oportunidades. Na primeira fala dele, na parte da manhã, ele se apresentou como representante da Liga Operária e Camponesa. Na fala da tarde ele já agiu como um orador do Blog do Euler, rsrs. Na fala da manhã, ele defendeu questões de princípios revolucinários, citando Marx, Lênin, etc, criticando o economicismo dos dirigentes sindicais e conclamando todos a terem uma compreensão mais ampla da luta, por uma sociedade comunista. Só no finalzinho da primeira fala ele enfatizou a importância do piso. Na hora do almoço, ele me perguntou o que eu achei da fala dele. E eu lhe disse, em tom de gozação: olha Rômulo, tirando os 80% das ideologias, o restante ficou muito bom, rsrs. Mas, o que eu mais gostei na fala dele, foi quando ele disse: o mais importante é isso (numa referência à luta política que ele acabara de defender), o resto... é perfumaria", e quando disse "perfumaria" esticou o braço na direção da mesa composta por dirigentes sindicais e pelo deputado do MSC. Talvez isso tenha acontecido inconscientemente, já que o Rômulo é uma pessoa muito sensível e delicada até, mesmo quando defende de forma intransigente as mais radicais propostas. Mas, isso não passou de forma despercebida para o registro deste blog.

Mais um pouco: ainda em direção ao almoço, na reunião de ontem, os colegas do PSTU comentavam orgulhosos da fala da professora Amanda Gurgel. Está vendo, Euler, ela é do PSTU... E eu dizia: mas a fala dela teve essa merecida repercussão porque ela falou de forma direta, sem curva. Se fizesse um discurso ideológico, todo planejado, seguramente não teria nenhuma repercussão. E neste instante um dos colegas do PSTU arrematou: o Zé Maria é que se cuide! Para quem não sabe, Zé Maria tem sido o candidato a presidência da República do PSTU nas últimas eleições. É uma liderança política, com importante passagem no movimento sindical e operário. Mas, depois da fala da nossa colega professora Amanda, é bom mesmo que ele coloque as barbas de molho.

E para finalizar a sessão: o abraço do Paulão. Como relatei acima, tomei um café caprichado com os educadores do Estadual Central, convidado que fui pelos colegas Toninho e Israel. O primeiro, gente da melhor qualidade, grevista de primeira hora, estudou comigo; o outro, também grevista ao som do primeiro toque, trabalhou um tempo comigo na EE Machado de Assis. Mas, o Israel reclamou que no dia da audiência na ALMG, dia 04 de maio, quando foi cumprimentar a combativa turma de Vespasiano e São José, recebeu um abraço tão apertado do Paulão que ele saiu com o corpo todo desmantelado. Diz ele que trabalhou uma semana com dores terríveis por todo o corpo. Expliquei para ele que o Paulão pratica o Jiu-Jitsu, e como ele é iniciante na área, deve ter aproveitado para treinar um golpe novo com o Israel. Mas, depois pensei: e se a gente convocasse o Paulão para acompanhar o governador Anastasia nas suas andanças? Ele ia sentir a verdadeira força dos educadores.

***
"Rômulo:

Ontem, após a reunião do Conselho Geral, chegando em casa nem bem cumprimentei a companheira, já corri para a estante e peguei o dicionário para saber o significado da palavra procela.

Estava muito curioso, já que na hora que o dirigente do SINDPOL disse essa bela palavra eu não entendi, perguntei para o Euler que fez negativo com a cabeça, perguntamos para o Mestre Martinho e ele também nem imaginava o que significava.

PROCELA: tormenta no mar, tempestade, grande agitação.

Fechei o dicionário, abracei a companheira e disse: VIVENDO E APRENDENDO!

Faltam 09 dias para a Assembleia que considero a mais importante dessa campanha salarial. Na minha opinião devemos seguir o exemplo dos educadores do estado de Santa Catarina e não esperar pela publicação do acórdão e cruzar os braços exigindo a aplicação imediata do PSPN e a recomposição salarial para os outros cargos da educação.

Seguir o exemplo dos educadores potiguares, onde 90% da categoria aderiu ao movimento grevista.

Apresentar uma plataforma mínima para o governo, cruzar os braços e disputar a opinião pública.

Quem Sabe faz a Hora!

Por uma grande PROCELA dos educadores de MG!

Rômulo"


Comentário do Blog: não é que eu havia esquecido dessa palavrinha, rsrs. Bem lembrado, camarada Rômulo. Ante ao governo que protela o pagamento do piso, façamos uma procela!

"Anônimo:

CARO COLEGA EULER,
REPASSO INFORMAÇÃO EXTRA OFICIAL PORÉM VINDA DE FONTE DA PRÓPRIA SEE, DE QUE NO DIA 10/06 COMEÇARÃO A SEREM DIVULGADAS AS ORIENTAÇÕES PARA AS TÃO FALADAS 30 HORAS. OU SEJA, QUEM OPTAR PELO VENCIMENTO NÃO TERÁ DIREITO À ELAS. EU SINCERAMENTE ESTOU MUITO DISCRENTE COM ESTE SINDUTE. COM ESSA DIREÇÃO RADICAL E SEM AÇÃO, UMA GREVE AGORA, NÃO SEI SE TERIA REALMENTE OS RESULTADOS ESPERADOS. O GOVERNO VAI NADAR DE BRAÇADA. VAMOS PENSAR A RESPEITO DISSO. PORQUE O QUE VAI ADIANTAR A GREVE SE O SINDICATO INSISTE EM BATER A TECLA DESTE SALÁRIO UTÓPICO, QUE O GOVERNO NÃO TEM DEVER LEGAL DE PAGAR, E OUTRA, EU PENSO QUE COMO JÁ DISSE VOCÊ AQUI NO BLOG, ESSA PROPOSTA SERVIRÁ É PARA QUE O GOVERNO NOS ENROLE MAIS UNS 12 MESES NA JUSTIÇA PORQUE O SINDICATO QUER UM SALÁRIO DE X E ELE PAGA O DO MEC. ENTÃO ESSE EMBATE ESTÁ LONGE DE TERMINAR. E O PROFESSOR COM SEUS SALÁRIOS REBAIXADOS ESPERANDO A NEGOCIAÇÃO DOS CABEÇAS DE BAGRE. SINCERAMENTE JÁ ME DESFILIEI DO SINDUTE, DEPOIS DE MAIS DE 10 ANOS FILIADA E NÃO ACREDITO NA FORÇA DE NEGOCIAÇÃO DELES. ABRAÇOS,
"

Comentário do Blog: cara colega, respeito a sua posição e opinião, mas, pessoalmente, tenho defendido que as pessoas não se desfiliem do sindicato e que travemos uma luta interna contra a postura da direção. Precisamos de uma entidade sindical para nos organizar e lutar pelos nossos interesses de classe. E, apesar de todas as manobras e espetáculos, penso que podemos mudar as coisas através das assembleias da categoria. O governo não poderá nos enrolar por muito tempo. E se entrarmos em greve a situação vai piorar ainda mais para o lado do governo. Além da lei, teremos uma multidão de educadores, alunos e pais de alunos nas ruas, cobrando o pagamento do piso e outros direitos dos educadores. É hora de nos unirmos em torno do programa mínimo que nos interessa, ao invés de esperar por promessas vazias do governo em torno do subsídio, que praticamente acaba com a lei do piso em Minas, reduz os percentuais de promoção e progressão e confisca o tempo de todos os servidores. Mesmo que se implante a jornada de 30 horas, se a maioria dos professores efetivos estiver no antigo sistema remuneratório, e como a lei impede que os designados e efetivados possam assumir tal jornada, com quem o governo contará para esta jornada? Além disso, é preciso ter cuidado para que o governo não queira aumentar as nossa jornadas de trabalho, passando mais trabalho, e menos tempo extraclasse, sem dar qualquer centavo de reajuste salarial. Nesse momento devemos nos unir em torno do nosso programa mínimo e nada deve desviar a nossa atenção desse foco central.

"Cristina Costa:

Euler,

pelo visto, nossa luta agora terá também de ser contra o nosso próprio sindicato.....

Como pode deturpar tudo???? fingir que não entende??? Ou será que realmente não entende??? Estou decepcionada mais uma vez com nossa representante direta. E o pior é ela que vai negociar por nós!!!

O que fazer, amigo????

Obrigada mais uma vez por nos colocar informados...
Bjs

Cristina"


Comentário do Blog: olá, combativa amiga Cristina. De fato, vamos ter que continuar brigando em duas frentes: contra a postura da direção sindical, que insiste em defender a proposta da CNTE, e contra o governo, que tenta nos enrolar para não pagar o piso. Mas, com a unidade da categoria, vamos vencer!

Amanda vai no Faustão e bota pra quebrar: Aconteceu agora, no início da noite do dia 22/05, no programa do Faustão, a participação da professora Amanda Gurgel, que mandou ver, em defesa da Educação pública de qualidade e dos educadores. Não deixou pedra sobre pedra: salários baixos e péssimas condições de trabalho estão presentes em todos os municípios e estados brasileiros. Uma vergonha nacional a Educação pública, que vive de discursos vazios de políticos demagogos e hipócritas, que falam o tempo todo em prioridade para a Educação, fazem propaganda enganosa nas TVs, mas na prática pagam os piores salários para os educadores. Parabéns mais uma vez à professora Amanda Gurgel, que se tornou uma legítima voz de todos os professores e demais educadores do Brasil. Muito mais que qualquer outra entidade sindical, apesar de, como ela mesma disse, ser importante nos organizarmos nos nossos sindicatos para cobrarmos nossos interesses. E como ela bem destacou: a greve é não só um direito do trabalhador, mas um dever nosso, para arrancar dos governos os direitos que eles vêm nos sonegando - a nós, educadores, e à toda a comunidade.

Ah, mas como seria bom se a Amanda fosse uma leitora do nosso blog. Seguramente ela acrescentaria à sua fala pelo menos mais três questões: que o STF pare de enrolar e publique o acórdão do piso; que o MEC/governo federal tome vergonha na cara e reajuste o valor do nosso piso pelo menos para R$ 2.000,00; e que os governos estaduais e municipais deixem de ser hipócritas e paguem logo o piso e o terço de tempo extraclasse dos professores, estendendo os reajustes para todas as carreiras da Educação.

É isso aí, pessoal, a nossa luta está ganhando força, apesar dos pesares!


"Beatriz Cerqueira:

Olá Euler,
acho que defender pontos de vista diferentes não deveria nos tornar inimigos como sugerem algumas falas do blog. Discordo do fato de que ao defendermos o valor de R$1.597,87 isso enfraquece a nossa luta. Em 2010, ao realizarmos uma greve de 47 dias dialogamos com toda a sociedade qual era a nossa reivindicação R$1.312,85. Toda a categoria tinha clareza do motivo da luta. Acho que em 2011 mantivemos a coerência, ou diminuiríamos a reivindicação com qual justificativa?

Aos que temem não se chegar a um acordo num processo de negociação com o Estado a respeito destes valores, penso que é um temor desnecessário. O que precisamos é arrancar do Governo a imediata negociação do Piso Salarial. O que ele apresentar será apreciado, discutido e decidido pela categoria, não pela direção do sindicato. Tem sido esta a nossa postura.
Abraço,

Beatriz Cerqueira
Coordenadora Geral do Sind-UTE MG"


Comentário do Blog: cara colega Beatriz, pelo menos da nossa parte, não a tratamos aqui como "inimiga". Mas, é nosso dever cobrar de você e de toda a direção sindical que apresentem propostas que atendam aos interesses dos educadores. E acima de tudo, que não coloquem em risco a possibilidade de conquistarmos direitos que a lei já assegura, para podermos avançar mais, em seguida. Em 2010 tínhamos outra realidade: o piso não era considerado, ainda, pelo STF, vencimento básico, e trabalhamos politicamente este valor, como um contraponto aos péssimos salários praticados em Minas. O piso de R$ 1.187,00 tem agora outra característica: ele é obrigação legal, não mais uma proposta, como antes. Antes, sabíamos sim que o piso de R$ 1.312,00 era o piso da CNTE, mas como os governos entendiam o piso como somatória geral da remuneração, tínhamos que buscar o valor maior, talvez até do DIEESE, cobrar o máximo para conseguir algo um pouco melhor. Hoje, não. Temos uma lei que precisa ser cumprida pelo menos no seu valor mínimo. Depois disso podemos e devemos exigir o reajuste do piso junto ao MEC e automaticamente exigir o reajuste deste novo valor junto ao governo estadual. O grande problema na proposta do Sind-UTE (R$1.597,00 para 24 horas para o professor com ensino médio) é a possibilidade do governo se recusar a pagar o piso com a desculpa de que não reconhece esse valor. Não podemos dar essa brecha e esse tempo ao governo. Que pague já o valor mínimo exigido por lei, e depois cobraremos mais. E considero até que a comunidade vai entender melhor se defendermos um valor de piso que é reconhecido pelo MEC e pelo próprio governo estadual, do que se cobrarmos outro valor, ainda que tenhamos o direito de fazê-lo. Volto a dizer: se o piso já estivesse implantado e a toda a categoria unificada no antigo regime remuneratório, não veria mal algum em cobrar outro valor para o piso.

"rosileneferrao:

euler, na minha opinião a opção de 30 horas na verdade não é opção, mas obrigação. o governo está mais uma vez manipulando. Ele tem que nos pagar o terço de tempo em qualquer carreira, não só no subsídio, mas, inteligente que é, vai jogar a isca primeiro na arapuca, para depois mostrar a carga horária da carreira antiga que ele terá que pagar: 27 horas ou mais, dependendo do cargo do professor. E Parabens à colega Amanda Gurgel, orgulho da categoria."


Comentário do Blog: correto, colega, e sem falar que a jornada de 30 horas da lei do subsídio pode ser usada pelo governo para não contratar professores. Lembrem-se que no site da SEE-MG o governo divulgou que a metade das 10 horas extraclasse seria cumprida na escola, inclusive com atividade de docência, para cobrir faltas de colegas faltosos ou em licença médica.

"Kennia e Plinio:

Boa noite Euler... Já enviei este comentario duas vezes e nao tive resposta, estou enviando novamente, gostaria de receber seu retorno.

"Olá Euler, boa tarde.

Primeiramente quero te parabenizar pelo excelente trabalho, são semanas conectada nas noticias e esclarecimentos da carreira. Já até enviei para todos os colegas o seu blog, para que eles se sintam mais tranquilos obtendo noticias mais concretas, pois por aqui somente o disse me disse, e nesta altura do campeonato não podemos viver de suposições.
Por este motivo gostaria de saber como fica o salário dos especialistas que não tem a insalubridade do pó de giz e entramos após 2003.
Desde já obrigada." "


Comentário do Blog: cara colega, não tenho como afirmar categoricamente como ficará o salário das especialistas, já disse anteriormente aqui no blog. Mas, considero razoável supor que os vencimentos básicos acompanhem pelo menos o valor do piso dos professores, de acordo com o nível de escolaridade. Seria sem lógica que algo menor que isso acontecesse. Nesse caso, vocês teriam que considerar a jornada de trabalho e a formação acadêmica em comparação com a carreira dos professores. Mas, defendemos que todos voltem para o antigo regime remuneratório, até para lutarmos em comum na mesma carreira, por direitos iguais, inclusive o retorno das gratificações confiscadas em 2003.

"Cristina Costa:

Beatriz, a justificativa a que vc se refere é o fato de termos já em mãos e com vitória certa o pagamento do piso do MEC.
Esta deve ser a nossa luta agora.
Depois sim, poderemos lutar por melhores salários.
Acho que a maioria dos professores estão fartos de pedir além e concordar com um mínimo.
Temos que começar a pedir aquilo que realmente temos condições de conseguir. Isto é questão de coerência.
Contamos com seu bom senso!!!
Já dizia minha querida avó: a voz do povo é a voz de Deus!!!! "

"Celso:

Boa noite Euler,
Não sou educador mas como sou casado com uma e compreendo com toda a clareza, que não é vista pelos nossos governantes por pura falta de interesse já que com o povo cada dia que passa menos instruído eles, que tem condições financeiras (às nossas custas) de excelente nível, continuarão a manipular e tomar as decisões como lhes bem couber, a situação pela qual passa esta tão sofrida e desunida classe, sugiro a Vc que monte uma planilha comparativa (lado a lado) para expor toda esta matemática que o governo quer esconder e inclusive mostrando a situação de professores que por um acaso perderam vantagens que tinham (biênios...) e também a situação dos aposentados. Boa sorte na luta
Celso Almeida "

Comentário do Blog: agradecemos a sugestão do Celso. Vamos tentar viabilizar a sua idéia, pois quanto mais ficar claro para a população, e para a própria categoria, o quanto já perdemos e o que queremos, melhor será. Um abraço.

"Anônimo:

Realmente a hora é essa! Não podemos desaminar e deixar que mais uma vez o governo vença e ainda saia por cima como grande colaborador para a educação. Aproveitemos esse momento em que a mídia está a nosso favor, a Globo vem mostrando várias realidades como a nossa, o próprio programa do Faustão abordou o vídeo da professora Amanda Gurgel e façamos uma revolução na educação. Gandhi foi um precursor desse combate contra os governos massacrantes, depois de Jesus Cristo, é claro, mostrou a todos que é possível vencer sem armas, através da união e sabedoria. Isso nós temos nas mãos, falta organização, mas está na hora disso acontecer. Vamos nos organizar em todo o país e mostrar que somos capazes de transformar não só a realidade dos alunos mas de toda a sociedade. Precisamos articular, pensar em formas de manifestações que afetem diretamente o governo com atitudes objetivas e claras."


Comentário do Blog: também vejo este momento como muito propício às grandes mobilizações, haja vista o que ocorre no mundo árabe e agora também na Espanha, além da Grécia, e em outros países. Não podemos aceitar que empurrem com a barriga os nossos direitos a salários melhores e condições adequadas de trabalho. Uma abraço e força na luta.

"Historiador BH:

A nossa categoria parece estar acostumada a pedir. Durante toda a minha carreira na rede estadual , tenho 15 anos de trabalho nós sempre fizemos negociação com o governo, sempre pedindo aumento de salário.

Agora o cenário é outro, estamos exigindo o cumprimento de uma lei, lei que foi elaborada há mais de 3 anos.

Só estou voltando para o vencimento básico. porque temos uma lei ao nosso lado. Não confio em sindicato. O sindicato é controlado pelo PT, nas últimas eleições municipais, o Tucanos e Petistas estiveram do mesmo lado.

No ano passado tivemos uma greve, que teve mais conotação política.

Sindicato acorda, sai das barras da Cut e CNTE, procure saber mais das demandas da categoria. Sinceramente eu tenho vergonha da nossa organização sindical. Respeito as opiniões de todos aqui nesse site, mas, não podemos misturar nossas reivindicações com o movimento político seja qual for ele.

Não temos que negociar nada, temos que exigir os 1.187,00 do piso nacional.

Acorda SIND UTE."


"Anônimo:

Euler, peço licença a você para enviar uma mensagem a nossa presidente Beatriz Cerqueira, pois tenho certeza que, ela também é leitora assídua do seu blog e somente através dele esta mensagem vai chegar até ela, pois no e-mail do sindute nunca obtemos resposta de nossas dúvidas e angústias é uma verdadeira falta de respeito com quem contribui com o sindicato, quero dizer a ela que nós já não aguentamos mais negociação com esse governo reunião mais reunião e nada de concreto, como diz a professora Amanda Gurgel estamos precisando é de objetividade coisa concreta e não de enrolação por parte do governo e tambem do sindute."


"Paulo:

Bom, uma coisa é clara: O sind ute é extremamente contraproducente. A categoria já percebeu isso. Aqui na minha cidade já estou percebendo um movimento espontâneo em direção à desfiliação. Nas assembléias da nossa subsede no ano passado o numero colegas não passava de 25 ! Exatamente isso que vocês leram, 25 pessoas. E sabe de que cidade estou falando? SÃO JOAO DEL REI. Minha cidade e da colega Vanda. Professores de algumas escolas já propuseram iniciar um movimento de DESFILIAÇÃO EM MASSA, que percorreria várias escolas da minha cidade. Fiquei de dar a resposta essa semana. Outra coisa: O Blog do Euler está realmente famoso. Antes de abrir a boca para indicá-lo, 5 professores da minha cidade afirmaram que estão acompanhando os debates aqui postados."


Comentário do Blog: olá, combativo colega Paulo, sugiro que vocês reflitam melhor sobre a decisão de desfiliar do sindicato, pois precisamos de um instrumento sindical para negociar e cobrar e exigir do governo nossos direitos. Simplesmente desfiliar não resolverá nossa situação. E criar outra entidade, poderá dividir ainda mais a categoria. Isso só se justificaria caso chegássemos à conclusão de que o sindicato estivesse completamente deteriorado, sem espaço mínimo de cobrança e manifestação da vontade das bases. Me parece que estes espaços, apesar de ainda muito reduzidos, existem no nosso sindicato. Temos as assembleias, por exemplo, onde podemos mudar as coisas. E temos também as subsedes municipais, que podem contribuir para mudar e pressionar a direção. Vamos tentar fortalecer um núcleo de combate autônomo, capaz de fazer a diferença no interior do sindicato. É a minha sugestão para os bravos combatentes de São João Del-Rei.

"Sônia - Uberlândia:

Boa noite a todos.

Fiquei feliz em ler, nesse espaço, um comentário da Beatriz. Creio eu que nem ela mais suporta o mutismo do site do SINDUTE.

Ao mesmo tempo fico triste em saber que uma entidade sindical como a nossa, que tem milhares de filiados, não consegue estabelecer um diálogo franco, aberto e em tempo real com a categoria.

Há dias que mando e-mail para o sindicato cobrando maior agilidade em seu site e nem resposta obtenho. A agilidade na comunicação é uma arma importantíssima nos tempos atuais; entretanto, nosso sindicato parece não ter atentado para esse fato.

O comentário da Beatriz nesse espaço reforça ainda mais a tese de que o BLOG DO EULER está sendo o nosso principal, senão único, canal de comunicação onde nós educadores podemos tirar as dúvidas, propor idéias, expor angústias...

Parabéns Euler."


Comentário do Blog: Um abraço a combativa colega Sônia e aos demais colegas de Uberlândia. Agradeço as palavras e a visita ao blog. Acho que a manifestação da colega Beatriz aqui no blog pode significar também que ela está disposta a dialogar. Está evidente que uma parcela muito expressiva da categoria espera ansiosamente pelo pagamento do piso, mesmo sendo com o valor rebaixado do MEC. E que a concretização desta conquista terá um grande significado para todos nós. A direção sindical não pode desconhecer isso em nome seja de formalidades para com antigas propostas, ou interesses outros que não os da categoria. Um abraço e força na luta!


"Anônimo:

Eu também , Euler, gostaria de pedir licença e me dirigir à Beatriz Cerqueira. Colega, neste momento, já sabemos o que você disse com relação ao piso salarial:era uma reivindicação o valor no ano passado. Mudou-se o cenário, precisamos reconhecer a necessidade do momento. Precisamos agora é cobrar o pagamento do piso, porque tem uma lei que nos ampara. Não se trata mais de cálculos salariais. Se o governo tem demorado tanto para se manifestar, o sindicato tem sim que rever o foco de sua pauta de negociações: não é justo com a categoria que uma conquista tão importante seja tratada com tanto descaso pelo governo."


"tocadaspacas:

A PROFESSORA

Quando tudo em Bruzundanga
parece ir pro beleléu,
eis que cai do céu
sem rédea e sem canga
- uma Amanda Gurgel!

Genésio Fernandes
"

"Anônimo:

Euler, gostaria de saber o link para participar do manifesto pelos dez por cento do PIB citado pela professora Amanda Gurgel no programa do Faustão. Quem souber poderia divulgar aqui no blog referencia para o professor-de-minas. obrigada"

"Anônimo:

Solidária ao colega que fez o comentário anterior, quero deixar aqui também a minha indignação para as atitudes do SIND UTE, pois antes de conhecer o seu blog fiz vários questionamentos através de e-mail e não tive resposta.Para que deixar e-mail aberto a questionamentos se não teremos resposta!!!Como sou do interior e não tinha nenhuma informação das vantagens de voltar para a carreira antiga fiquei ansiosa e enviei por várias vezes os meus questionamentos, porém sem nenhuma resposta, até que um dia recebi um e-mail do seu blog. As informações da SRE era de que não teríamos nenhuma vantagem se voltássemos.Hoje depois de voltar para a carreira antiga, sou leitora assídua e recomendo a todos o seu blog, pois nele temos todas as notícias do que está ocorrendo na capital principalmente com relação a questão do piso salarial que tanto esperamos e também das demais reuniões e assembleias que acontecem por aí. Estou aqui torcendo para que a turma que defende "os de baixo" como você diz, esteja nos representando aí com a mesma garra de sempre. Força colegas!!! Abraços."

"Anônimo:

EULER ,HOJE TEM MAIS UMA RODADA DE ENROLAÇÃO ENTRE GOVERNO E SINDUTE ,OU ESTOU ENGANADO?"

"Anônimo:

Que bom que a Beatriz acesse seu blog, só assim ela será capaz de entender que categoria quer só o que temos na mão. "Pois é melhor um pássaro na mão que dois voando".
Precisamos desse Piso para ontem, depois.........é depois, nunca faltará disposição para a luta, e mesmo porque ano que vem já teremos aumento que está previsto na Lei. Então ela precisa ouvir as bases e não ficar sonhando com piso de 1597,00 para 24 h. Não que a categoria não mereça, mas conhecemos nossos governantes. Brigar por um piso maior agora é suicídio. É melhor não arriscar, pois a paciência dos filiados está no limite."


"Anônimo:

Euler, caso o meu contracheque apareça com o antigo vencimento básico pago pelo estado e não o novo do MEC para uma jornada de 24 horas semanais cabe a todos nós entrarmos com uma ação contra o Estado sob a legação de descumprimento de uma lei aprovada pelo STF, pois até então o Congresso havia aprovado o piso, mas em função da ADI dos filhos do FARAÓ somente agora o STF julgou a constitucionalidade do piso. Euler, você poderia dar início a essa ação coletiva contra o Estado?"

"Anônimo:

NO MOMENTO EM PENSAMOS ESTAR SEM SOLUÇÃO, PODE ACREDITAR QUE PARA DEUS É O MAIS FÁCIL DE SE RESOLVER,COMEÇANDO PELO BLOG DO EULER E AGORA ESSA PRECIOSIDADE CHAMADA AMANDA GURGEL. IMPOSSÍVEL QUE NÃO TEREMOS UMA BOA SOLUÇÃO. SUCESSO AOS BATALHADORES PELA CLASSE SOFRIDA E EXPLORADA PELOS GOVERNANTES, PRINCIPALMENTE ESSE DE MG"

"Marcelo - Contagem:

Parabéns Euler, o seu blog é mesmo o espaço dos educadores de Minas! O Comentário da Coordenadora Geral do Sind-UTE confirma essa realidade, pois os esclarecimentos que deveriam estar no site da entidade, ela "tentou" apresentar aqui. Certamente ela e os "bobos da corte", diga-se diretoria estadual, andam lendo o blog do euler"


"Thiago Coelho:

Bom dia companheiro! Em concordância com alguns comentários anteriores, o SindUte precisa (e rápido) executar uma revolução geral no seu site e começar a fazer divulgação com mais força. Isso é claro!!! Pra você ter noção companheiro, eu enviei um email através do site do SindUte no início de maio, até hoje não obtive uma resposta. Muito falho esse site deles, se for pra continuar assim tira essa por@#* do ar. E eu acho que o sindicato não vai largar o osso em relação ao piso de 1597,00, e acredito que isso realmente possa gerar um grande problema. Vamos torcer para que não né?

Abraço!!"


"Anônimo:

Professores de todo país juntos na campanha
10% do PIB para a educação !
A hora é agora ! Nada de esperar indicação ao cargo de direção.O Brasil ficou mobilizado com a presença da da professora Amada Gurgel no programa do faustão e no programa rede record, pela primeira vez a classe teve o espaço na mídia e para mostrar a realidade da educação no País.
Não podemos perder essa força ."


"Marli Andrade":

Parabéns!
Euler.
Blog perfeito.
visito e aprendo muito com vc.
Inclusive a posição de não ficar "em cima do muro"
adoro estes!

Marli Andrade
Psicanalista e Psicopedagoga
Capelinha MG"


"Sandra - Divinópolis:

Euler, parabéns pelo seu blog, pela rapidez com as informações. E é realmente um sucesso o blog, até o sindicato se rendeu a ele e divulga suas avaliações por ele, já que o site oficial do sidute está sempre desatualizado.
Continue nos informando.

Sandra - Divinópolis"


"Anônimo:

"Se achas caro o preço da educação, experimenta o da ignorância” (Derek Bok)

O governo precisa aprender a fazer contas.

Força na luta!"


"Anônimo:

ATENÇÃO COMPANHEIROS; AMANDA GURGEL HOJE CEDO NO FALA BRASIL, E HOJE AS 21:00 NA RECORD NEWS.

ESTÁ BOMBANDO NOSSA COLEGA GUERREIRA QUE NÃO TEM MEDO DE CARETA.
PARABÉNS, VAMOS LÁ ASSISTIR."


"Anônimo:

EULER , ESTA INFORMAÇAO DE QUE HOJE ACONTECE MAIS UMA REUNIÃO ENTRE O SINDUTE E, O GOVERNO, PROCEDE?"

Comentário geral do Blog: pessoal da luta, agora à tarde (dia 23/05) estarei sem acesso a esta trincheira de luta e de resistência, pois tenho que resolver coisas externas ao bunker. Bem mais tarde, talvez durante a noite, quero redigir novo texto, cujo título já me veio à mente neste instante:

Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem em relação ao piso dos professores. Nossa resposta: greve geral por tempo indeterminado!

Independentemente das negociações com o sindicato até o dia 30, se o governo de Minas não responder positivamente ao nosso direito legal ao piso, pagando-o imediatamente, a categoria dos educadores tem obrigação moral de cruzar os braços no dia 31 de maio.

E que a direção do sind-UTE tome a providência de comunicar com três dias de antecedência, para que não haja nem esta desculpa por parte de algum desembargador serviçal, como aconteceu em 2010. Claro que nós não vamos obedecer ordem ilegal e inconstitucional de juízes que determinarem o fim da greve, como fizeram na nossa maravilhosa greve de 2010.

Uma outra coisa que devemos estar preocupados é com essa omissão da mídia mineira, como sempre conservadora, atrasada e vendida para os governantes de plantão. Não podemos afastar a possibilidade de realizar grandes concentrações de protesto em frente das sedes destes órgãos de imprensa aqui em Minas. Enquanto a colega professora Amanda Gurgel consegue espaços na mídia nacional, graças ao belíssimo depoimento que deu na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, calando deputados e a secretária da Educação, aqui em Minas a mídia não repercute adequadamente a realidade da Educação. E quando o faz, procura não associar os problemas apontados com a ausência de políticas dos governos e de valorização dos educadores.

Não podemos aceitar isso. A luta dos educadores está ganhando as ruas. E seguramente uma greve agora receberá o apoio de toda a comunidade, principalmente aqui em Minas Gerais, cuja arrecadação tem crescido em proporções chinesas, e os professores e demais educadores não recebem sequer o piso do MEC cujo valor é sabidamente baixo.

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