terça-feira, 24 de maio de 2011

EULLER :..."Nossa resposta: greve geral por tempo indeterminado!"


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem em relação ao piso dos professores. Nossa resposta: greve geral por tempo indeterminado!







Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem em relação ao piso dos professores. Nossa resposta: greve geral por tempo indeterminado!

Não dá mais para suportar a enrolação do governo. Desde o dia 06 de abril de 2011, quando o STF julgou o mérito da infeliz ADI 4167 - impetrada por cinco mais infelizes ainda, além de canalhas, desgovernadores -, que a Lei do Piso do magistério foi considerada constitucional. Não há qualquer razão, de nenhuma ordem, para que o governo mineiro, e todos os outros, protelem o pagamento do piso.

A desculpa do governo mineiro, assim como o de Santa Catarina e de todos os demais que não têm compromisso com a Educação pública de qualidade e por isso não pagam o piso já, é a de que aguardam a publicação do acórdão do STF para pagar o piso. Isso chega a ser uma indecência, um acinte aos educadores, que esperaram por mais de dois anos pelo moroso julgamento do STF, que liminarmente havia suspendido a Lei do Piso.

Minas Gerais está entre os três estados mais ricos do país e sua arrecadação cresce, de acordo com o próprio governo, em proporções chinesas, ou até mais. Não bastasse essa realidade, se a desculpa fosse a falta de recursos, a Lei do Piso prevê que a União poderá complementar o pagamento do piso para estados e municípios que provarem não ter recursos próprios. Minas não pode provar isso por duas razões óbvias, pelo menos. Primeiro, porque tem recursos de sobra para pagar até mais do que o piso; segundo, porque teria dificuldade em provar que aplica corretamente os 25% da receita na Educação, como manda a Constituição Federal.

Aliás, este é o problema da maioria dos estados e municípios que não querem pagar o piso. Os governantes - não todos, obviamente -, usam mal os recursos da Educação e da Saúde pública; desviam dinheiro público; patrocinam obras faraônicas para sustentar empreiteiras que depois financiarão as campanhas eleitorais destes desgovernos. E para completar o quadro, compram as mídias regionais e nacionais para não terem qualquer foco de oposição, fiscalização e denúncia. Os tribunais de justiça e de contas e os legislativos, nós sabemos, com raras exceções, funcionam à base de troca de favores políticos com governantes de plantão, o que torna a nossa república, um arremedo de república, para não dizer outra coisa pior.

Mas, o que essa gente não espera, nunca, não podem prever, é que vez ou outra uma onda nova surge no ar, e de forma avassaladora, em um só dia, desfaz castelos e exércitos e blindagens artificiais construídas em muitos anos.

Um depoimento sincero e direto, de oito minutos apenas, como foi o caso da fala da professora Amanda Gurgel, teve o efeito de uma bomba jogada no colo de todos os governos. Que bom que a Amanda não seja do PT, senão ela teria poupado o governo federal, como fazem os sindicatos e a CNTE e com isso caem no descrédito. Que bom que ela não seja também do PSDB ou do Demo, senão teria poupado governos como o de Minas e o de São Paulo. Eu que não sou ligado a nenhum partido político, embora respeite a filiação partidária de cada pessoa, cada vez mais me convenço de que as principais mudanças de que precisamos nascerão das palavras e dos atos diretamente dos de baixo. Sem intermediação. O fato da Amanda ser militante do PSTU não atrapalha em nada, pois este partido está fora das esferas de poder. E Amanda tornou-se uma legítima representante de todos os educadores do Brasil.

Através dos vídeos que abrimos este post vocês poderão constatar que a força da fala da colega Amanda reside exatamente no fato de que ela é direta. É a voz de quem está em sala de aula, ou na cantina, ou na biblioteca da escola, ou na quadra de esporte da escola. Ao contrário, enquanto a Educação for diagnosticada por "especialistas" ou por senadores ou burocratas e assessores de secretárias e ministros, ou por qualquer outro tipo de pessoa externa ao ambiente direto da Educação, só ouviremos pretextos para justificar o injustificável.

Quantas vezes já não nos colocaram diante de especialistas pagos com mais de 30 dinheiros para nos ensinar que somos nós, professores, os culpados pela situação caótica da Educação no Brasil? Lembro-me, em 2005, quando ingressei na rede pública municipal de Vespasiano, na semana inaugural de aulas, assisti a uma figura ligada aos governos falar durante vários dias sobre estatísticas e métodos de trabalho dos educadores, sempre caminhando para culpar os professores. Num único momento em que se abriu a fala para os professores eu pedi a palavra e joguei na cara dele que ele nada falara sobre os péssimos salários e as condições de trabalho. Claro que o trabalho dele, pago a peso de ouro, era exatamente aquele mesmo, de reduzir os educadores à condição de incapazes, meros tomadores de conta de crianças a preencher papéis e a disputar com os colegas quem seria o maior culpado pela derrota de todos.

O sistema nos mastiga, nos engole e depois nos cospe sem o menor pudor. Nem vou lembrar - embora já o faça, não dá para esquivar -, que naquela mesma rede municipal, dois anos depois fui cassado, na condição de membro do Conselho do FUNDEF, por ter feito um minucioso estudo da realidade local, constantando mal uso dos recursos da Educação, o que me custou a desnomeação - embora tivesse sido concursado e nomeado. Mas, em terra de coronéis, alicerçado por uma justiça das elites e por advogados que nem sempre ouvem aqueles que representam (o jurídico do sind-UTE não gostava muito de ouvir as minhas sugestões, e por isso sequer citou no processo a que refiro que eu era membro do Conselho do FUNDEF e que fora cassado/demitido em meio a uma greve dos educadores de Vespasiano).

Mas, isso são águas passadas, que não movem moinho. O infeliz do ex-ditadorzinho municipal não foi reeleito e o coronelzinho atual tem a sorte de eu não estar mais na rede municipal. Toquemos o barco, pois a vida dá voltas e nós caminhamos em frente.

Na rede estadual, desde que ingressei em 2003, só assisto a cortes de direitos. Perdi, juntamente com 60% da categoria, os biênios e os quinquênios a que os professores tinham direito até então. E depois de oito longos anos de política de arrocho salarial apelidada de "choque de gestão", o governo mineiro impôs a Lei do Subsídio, que confisca o tempo de serviço de todos os educadores, reduz os percentuais de promoção e progressão, confisca todas as gratificações e vantagens dos servidores e torna a nossa carreira sem qualquer perspectiva de futuro.

Agora que a categoria conquistou o piso e o terço de tempo extraclasse, não podemos mais admitir que o governo nos enrole. Nem em Minas, nem no Brasil. Neste momento, o sentimento que temos e que devemos discutir com os colegas e com a comunidade, é o de que não dá mais para viver com essa situação.

Um professor com curso superior em Minas Gerais e no Brasil continua ganhando salário indecente, sem qualquer estímulo para trabalhar. Não dá para sustentar uma família com o salário de um professor de Minas Gerais, ou do Rio Grande do Norte, ou de São Paulo, ou de Santa Catarina.

Para melhorar esta situação, o professor tem buscado a complementação salarial através de dois ou três cargos. Isso nós não podemos aceitar mais, pois isso resulta em doença e em privação de tempos e espaços necessários para uma vida digna. E a mudança dessa situação, aqui em Minas pelo menos, começa com a conquista do programa mínimo que temos discutido aqui no blog. Que se pague o piso do MEC já; que retornemos todos ao antigo regime remuneratório, sem qualquer redução salarial; que se implante o terço de tempo extraclasse; que se reajuste o salário de todas as carreiras dos educadores pelos índices dos professores; que se devolva as gratificações confiscadas em 2003 pela gestão do faraó.

Nada menos do que isso podemos aceitar. Que este momento, em que a Educação e a realidade dos educadores estão colocadas na mundo virtual e na mídia burguesa, transforme-se numa grande oportunidade de conquista para todos nós. Pelos 10% do PIB já, pelo reajuste do piso do MEC por parte do governo federal, pelo pagamento do piso em todos os estados e municípios e por carreiras atraentes para todos os educadores.

Mas, essas conquistas não caem do céu. São resultado de muita luta. Por isso, preparemo-nos, colegas de combate, para a greve geral a partir do 31 de maio. É a nossa resposta, caso o governo continue fazendo cara de paisagem para os nossos direitos. E que os sindicatos estejam sintonizados com as nossas bandeiras de luta. É o que esperamos!

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"Anabela Jardim:

Estamos a postos esperando a hora de levantar a mão em resposta para o SIM à greve! Momento melhor do que este será difícil de encontrarmos novamente. Sei que muitos colegas estão preocupados com as eleições para direção de escola. Sinto muito mas, se depender de mim não vai dar para esperar o dia 05/06 ... Que refaçam o processo depois da greve!
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Comentário do Blog: Olá, combativa colega Anabela, penso que podemos fazer a greve e manter as eleições, utilizando inclusive parte do tempo em greve para conversar com a comunidade e ampliar os espaços democráticos no ambiente escolar. Um abraço e força na luta!

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Walter - Contagem:

Estou presente nessa luta!
No dia 31 vou a Assembleia Estadual e vou votar pela greve por tempo indeterminado. Espero que ao invés de no primeiro dia de junho eu ter que ir para a escola cedo que eu vá para uma reunião do comando local de greve para discutir ações para empurrarmos mais companheiros para a greve, se bem que com a força que a mídia burguesa está dando após o efeito Amanda Gurgel, entendo que a categoria vai para a guerra mesmo.

Que maravilha que a companheira Beatriz lê o blog. Ela reconheceu que o BLOG do EULER é uma febre na base dos educadores mineiros. Ela agiu certo, defendeu o seu ponto de vista e teve a coragem de vir até aqui e expor a opinião que a direção vem construindo. Mas aqui é diferente, aqui é mais horizontal, por isso espero que a companheira Beatriz e os outros mais de 50 diretores tenham sensibilidade para escutar as ponderações que a base tem feito nesse espaço.

Lanço aqui um pedido para a Coordenadora Beatriz. Você deverá sentar com sua direção antes do dia 31. Tá certa, mas os diretores pensam a mesma coisa. Que tal você ouvir com mais calma o contra-ponto? Chame o Euler, o Rômulo e outros companheiros para uma reunião. Esgotem ao máximo esse tema da estratégia do piso e vamos todos unidos para a batalha. A categoria agradece.

Walter - Contagem
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Comentário do Blog: Tem razão o combativo colega Walter em fazer um apelo pela unidade da categoria, que deve se dar em torno de interesses comuns, que unifiquem a todos. Estamos prontos para discutir nossos posicionamentos, desde que haja espaço para isso. E que formemos um grande movimento regional e nacional pela Educação e pela valorização dos educadores. Um abraço, colega!

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Rosilene:

Bravo!!!!!Bravo!!!! Suas palavras resumem tudo, direto ao ponto, sem curvas. Estamos juntos...Vamos à luta, "quem sabe faz a hora e não espera acontecer"... Rosilene."

Comentário do Blog: Um abraço a combativa colega Rosilene. Acho que a categoria está se animando novamente para o combate. O governo que se prepare, caso insista em fingir que nada está acontecendo.

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Santa Bárbara do Leste:

Acabo de ler em vários blogs que o governo de Santa Catarina vai pagar o piso. Por que o governo de Minas , pelo menos uma vez na vida , não usa a inteligência e evita essa bendita greve?

Santa Bárbara do Leste
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Comentário do Blog: Olá, combativo(a) colega de Santa Bárbara do Leste, também esperamos que o governo repense a postura da omissão e do silêncio em relação à obrigatoriedade em nos pagar o piso. Quanto ao estado de Santa Catarina, tão estou certo de que o desgoverno de lá tenha decidido pagar o piso. Pelo menos não foi o que nos disse uma coleguinha em um dos comentários no post anterior. De acordo com esta colega, o governo pagaria apenas para determinados segmentos, mas não daria os reajustes aos colegas que recebem um pouco mais, tal como aconteceu com o subsídio em Minas. Um abraço e força na luta!

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Silvio Geografia:

Devo parabenizar também a colega Beatriz por ter se pronunciado. A hora é de somar forças. O visitante Walter deu uma idéia que deveria ser levada em consideração "..Esgotem ao máximo esse tema da estratégia do piso e vamos todos unidos para a batalha. A categoria agradece."
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Comentário do Blog: obrigado pela visita e pela participação, bravo colega Sílvio. O nosso blog defende a unidade da categoria, que deve ser construída com diálogo, pontos comuns que nos unifiquem e na luta. Um forte abraço!

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Profª Ivete/Carangola- MG:

Comunicado retirado da página da Rádio Criciúma.
Será que procede esta informação?
Profª Ivete/Carangola- MG

"Governo de Santa Catarina emite Comunicado sobre salários dos professores e pede que voltem ao trabalho
Educação - 23/05/2011 - 18h56min

COMUNICADO
Florianópolis, 23/05/2011 18:42:02

Uma nova lei federal estabeleceu, para o professor que cumpre 40 horas-aula mês, o piso salarial de mil cento e oitenta e sete reais.

Depois de extensos estudos buscando todas as alternativas possíveis, não apenas para cumprir a nova lei com responsabilidade, mas determinado a conceder aumento real de salário aos professores, o Governo de Santa Catarina decide que:

- Embora a nova lei estabeleça um piso de mil cento e oitenta e sete reais, em Santa Catarina nenhum professor em sala de aula da rede estadual de ensino ganhará menos que mil seiscentos e oitenta e três reais por mês;

- Nenhum professor das categorias mais altas terá redução de vencimentos;

- Este aumento será pago já no mês de maio.

Com isso, o Governo de Santa Catarina solicita aos professores em greve que retornem imediatamente às aulas, ao mesmo tempo em que reafirma seu forte compromisso com a melhoria da educação em nosso estado..

Secretaria de Estado de Comunicação"
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Comentário do Blog: olá, combativa colega Ivete, de Carangola, é sempre bom tomarmos muito cuidado com os informes pagos pelos governos nas rádios e jornais e TVs. Veja que a informação é capciosa e procura iludir os educadores e a comunidade. Vejam como o governo de Santa Catarina, co-autor da famigerada ADI 4167, fala sobre a Lei do Piso: "uma nova lei federal". Nova lei uma ova! (que me desculpem a expressão). A Lei do piso foi aprovada em 2008 e já estamos há quase três anos atrasados em receber o piso. Outra sacanagem é quando o governo diz que o valor do piso é 1.187,00 e que nenhum professor naquele estado receberá menos que 1.683,00. O governo não explica se neste valor está a somatória do salário ou vencimento básico, como manda a lei do piso, e nem tampouco fala sobre a jornada de trabalho e as diferenças de níveis na carreira. Enfim, uma notícia enganadora. Mas, os educadores de lá não são bobos não e já responderam com a greve. Um abraço e força na luta.

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Kátia - Ipatinga:

Companheiros, o Blog do Euler é mesmo uma febre! É muito bom ver a companheira de luta Beatriz participar do nosso debate e defender suas ideias, como cada um de nós aqui, de forma madura, livre e somente no campo das ideias. Gostaria até que o sindicato usasse esse espaço para expor melhor as estratégias da luta e que pudessem defender melhor suas ideias e pontos de vista para, até mesmo estarmos mais convencidos de que este é o caminho certo ou para estabelecermos outra estratégia.

Sou sindicalizada, não concordo com muita coisa no nosso sindicato, concordo com o combativo Euler em quase tudo que diz e agradeço por este blog e os serviços que ele ( e o Euler) estão prestando a todos os professores, e diga-se de passagem deveria ser feito pelo nosso sindicato, mas este é o momento de UNIÃO em torno da causa, depois da vitória, lavamos a roupa suja e que ROUPA.

Abraços,
Kátia
Ipatinga.
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Comentário do Blog: um abraço na nossa combativa colega Kátia, de Ipatinga e obrigado pela visita e pelas palavras. Sua defesa em prol da unidade da categoria é de fato muito importante, pois sem essa união sairemos para a luta enfraquecidos. O importante é que a base da categoria se faça ouvir e garanta seus direitos, como estamos assistindo neste momento. Que esta onda pró-Educação se fortaleça ainda mais.

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Beatriz Cerqueira:

Olá Euler, boa noite.

Li atentamente todas as críticas a respeito da comunicação do nosso sindicato. Concordo que devemos ter maior agilidade. Desde a greve de 2010 modificamos o formato do site para possibilitar isso, mas o formato do site não propicia a interação e diálogo rápido que as pessoas tanto cobram. Tenho respondido 40 e-mails por dia, além de vários diretores estaduais que atuam nos departamentos mas a procura pelo sindicato tem sido cada vez maior. Organizarei um blog para que esta interação seja possível. Assim que estiver ok, caso não se importe, gostaria que divulgasse.

Quanto a proposta do Walter, acho importante, discutirmos as nossas estratégias e unificarmos. Vamos avaliar esta dicotomia R$1.187,00 x R$1.597,00. O que precisamos é de toda a categoria unida e participando.

Discordo da colega que falou que a eleição para direção pode esperar. Estamos enfrentando o caos nas direções das escolas estaduais exatamente porque abandonamos a discussão da democratização da gestão escolar, deixando o governo atuar sozinho. Precisamos recuperar muita coisa, a gestão democrática também.

Um abraço
Beatriz Cerqueira
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Comentário do Blog: olá, colega Beatriz, fico feliz em saber que você vai inaugurar um blog, o que talvez resolva em parte a pouca agilidade do site oficial do sind-UTE. Pode contar conosco na divulgação do blog - e também com a nossa visita e comentários. Quanto às eleições da direção escolar, reconheço que se trata de uma questão importante para nós, mas devemos saber conciliar as duas coisas: as eleições e as nossas demandas salariais e de carreira. Elas podem ser tratadas sem que sejam vistas como em oposição, uma a outra, mas como meio de fortalecimento mútuo das melhores posições. Se a categoria decidir pela greve no dia 31, nada impede de que utilizemos parte do nosso tempo para conversar com a comunidade, inclusive sobre as eleições e a importância de uma boa escolha, de pessoas comprometidas com a nossa luta. Que cada grevista aproveite parte do tempo para visitar alunos e pais de alunos para derrotar as candidaturas atrasadas, que são usadas para barrar a nossa luta. Quanto ao valor do piso, a nossa posição não é de princípio, mas de coerência com a realidade, de Minas e do Brasil, como já explicamos anteriormente. Um abraço e obrigado pela visita e por se dispor ao diálogo aberto e franco com os colegas através também deste blog.

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Luciano História:

Euler,o governo prorrogou o prazo de escolha da antiga carreira justamente para próximo das eleições de diretores, não sei como se encontra as outras cidades mas aqui em Janaúba onde a maioria das escolas tem disputas eleitorais com vários colegas envolvidos uma greve antes do dia 05/06 infelizmente não terá a adesão esperada, outro ponto que merece ser mencionado é que a secretaria que estava visitando minha cidade semana passada disse para os diretores que os efetivados estão assegurados pelo governo( em outra palavras, o governo os considera como efetivos)isso fez com que muitos efetivados comemorassem e muitos com certeza pelo menos aqui não entrarão em greve. No meu caso, se falar que a greve começa amanhã eu topo, mas pensando na adesão em massa da categoria que é importante acho mais prudente começar após terminar o prazo para o retorno da carreira antiga e depois do processo de eleição de direção onde todos retornariam para o mesmo foco que a luta pelo piso. Na minha escola por exemplo que fechou ano passado com 100% dos professores aderindo a revolta greve , antes da eleição da direção que há muito tempo era esperada acho muito difícil os colegas aderirem em massa antes do dia 05/06."

Comentário do Blog: caro amigo Luciano, de fato, o governo pretende esticar ao máximo as possibilidades de uma greve, e para isso usa de todas as artimanhas. Mas, nós não podemos aceitar a agenda do governo, e devemos impor a nossa agenda, o nosso calendário. Sobre as eleições já respondi acima que não há incompatibilidade entre as duas coisas: greve e eleições para direção escolar. Quanto aos colegas efetivados, você conhece a minha posição favorável a que se estenda aos colegas outros direitos, que são sonegados atualmente. E devemos cobrar que o governo cumpra o que está prometendo. Acho que se o governo não der claros sinais de que vai pagar o piso imediatamente devemos entrar em greve sim, pois o próprio governo está nos provocando a reagir, quando se nega a cumprir a lei do piso. Finalmente, acredito que os colegas de Janaúba não faltarão ao nosso chamado de luta. Um forte abraço!

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Luciano História:

Euler, gostaria que a Beatriz comentasse sobre a proporcionalidade do cargo que existe na lei do piso e que o sindicato não reconhece.

§ 3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao valor mencionado no caput deste artigo. "lei do piso"
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Clayton Coelho:

Caro Euler,

Concordo com a Beatriz e com o Luciano, pois uma greve deflagrada no dia 31/05 prejudicaria em muito o processo de conclusão das eleições nas escolas estaduais, o que até poderia trazer reversão na indicação das chapas que são comprometidas com o processo democrático na educação. A indicação ao cargo de diretor/vice será dia 05/06, ou seja, apenas 5 dias após a paralisação. Estamos a mais de 3 anos sem levar o piso, portanto não serão 5 dias apenas que fará diferença.

Sou favorável à greve após a conclusão das eleições nas escolas estaduais. Um grande abraço e achei bastante positiva a participação da Direção junto aos que dialogam no seu blog. Isto nos dá uma sensação de horizontalidade nas relações, o que aproxima a categoria.

Clayton Coelho.
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Anônimo:

E o acórdão? Ninguém tem previsão de quando sai?

Prof. Beatriz
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Maurição da Geografia:

Eu já acho o contrário. Acho que um dia a mais faz muita diferença na luta pela implementação do Piso. Tenho o mesmo pensamento do Euler. Dia 05/06 estaremos todos na votação e as principais atividades de início da greve deverão ter como eixo a gestão democrática, o dialogo com a comunidade sobre esse tema.

Esperar o segundo turno nem pensar!
Mas o debate principal nesses dias que antecedem o dia 31 é a busca da unidade. Estou com o Walter e defendo que seja realizada uma reunião que batizo como a "Reunião da Unidade". Beatriz sente-se com o Euler, o Rômulo e outros porta-vozes da base. Você vai alegar que o espaço para isso é o conselho geral e a assembleia, mas convenhamos, esses espaços são muito verticais, os companheiros da base e da oposição falam correndo e fica desigual a defesa das propostas. E o momento, companheira Beatriz, é de ouvirmos com calma outras propostas de luta.

Esperamos por essa sensibilidade e pode ficar tranquila, pois pelo que conhecemos do Euler essa reunião não se tratará de uma reunião de cúpula.

Maurição da Geografia
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Comentário geral do blog sobre um tema da maior importância: a irredutibilidade dos salários dos servidores

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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

...
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; " (Constituição Federal)


Pessoal da luta, estou convencido, pelas rápidas pesquisas que fiz pela Internet, que a Constituição Federal e a jurisprudência corrente, já manifesta em diversas ocasiões pelo STF, proíbem a redução de salários dos servidores públicos.

Os governos podem até mudar a composição salarial, como tenta fazer o governo mineiro através da Lei do subsídio, mas não podem reduzir salários. Isso significa dizer que, os reajustes aplicados a todos os servidores da Educação em janeiro de 2011 não podem retroagir à condição salarial de dezembro de 2010. Isso, na minha opinião, contraria frontalmente a Lei Federal e este artigo da Lei do subsídio é absolutamente inconstitucional.


Esclarecer essa questão é de fundamental importância para nossa categoria, que está próxima de fazer a opção pelo sistema remuneratório e teme perder recursos com a opção pelo antigo regime remuneratório.

Se ficar esclarecido por balizadas fontes jurídicas que tal prática - de redução salarial - é inconstitucional e que o governo será processado, inclusive por improbidade administrativa, caso pratique tal ato -, seguramente 100% da categoria fará a opção pelo regime anterior, sabidamente melhor do que a lei do subsídio.

No regime anterior o servidor preserva as vantagens e gratificações conquistadas ao longo do tempo; preserva ainda os percentuais de promoção (22%) e progressão (3%) que foram reduzidos para 10% e 3%, respectivamente, na lei do subsídio.

Finalmente, não podendo reduzir salários, o governo perde o único mecanismo de atração/pressão sobre os servidores.

Já estamos há cinco meses recebendo um determinado valor, aplicado pelo governo a partir de 2011, não podendo, sob nenhum pretexto, reduzir o valor dos salários. E menos ainda como forma de coação sobre os servidores que optarem pelo antigo regime remuneratório.

Finalmente, é preciso ainda levar em conta que somente no antigo regime remuneratório o nosso piso tem algum sentido, já que no subsídio, como demonstrei exaustivamente, não há, pelo menos nos próximos anos, qualquer alteração salarial para os professores e demais educadores.

Além disso, quem optar pelo antigo regime remuneratório poderá, posteriormente, retornar para o subsídio - o que não acontece de forma inversa (quem optar pelo subsídio terá que ficar definitivamente com este sistema).

Que o jurídico do nosso sindicato se debruce sobre este tema para que possamos reforçar o nosso chamamento aos colegas que ainda não aderiram à campanha de retorno ao antigo regime remuneratório. Precisamos de todos numa mesma carreira para garantir a nossa unidade de interesses e de luta.

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Anônimo:

Segundo informações que tive de uma funcionária de umas das SREs de MG que o acórdão sairia dentro de quinze dias ,só não saiu ainda devido um político lá ter viajado, mas que não vai demorar sair,e que também o explorador governante de MG não precisa esperar o acórdão sair para pagar o piso."

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Ruy Aguiar - Leopoldina:

Caro Euler e companheiros de batalha, parece que estamos chegando a um acordo no diz respeito à unidade da categoria. Isto implica no fortalecimento da classe e da luta, faz com que as pessoas tenham confiança no sindicato e naqueles que lutam pelo bem comum. Nossa força precisa ser pautada na UNIÃO e não na divisão, criando espaços para que cada um dê sua contribuição, seja com ideias ou com apoio. Após as etapas que virão, aí sim pensamos em novamente discutir as relações entre base e sindicato, melhorando a confiança mútua. Se nos mostrarmos unidos AGORA, mostraremos a quem nos prejudica que somos fortes e temos disposição para mantermos firmes nossa bandeira de justiça.
Abraços a todos.

Ruy Aguiar - Leopoldina
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Fabiana - Corinto:

Combativo blogueiro, me surpreendi ao ler os comentários de ontem e hoje, pois vejo que a direção do Sind-UTE se rendeu a esse espaço democrático. Mas, fico com algumas dúvida...

i - Será que o interesse é mesmo o de se aproximar da base e facilitar a comunicação? Ou ofuscar uma nova liderança que desponta?
ii- Será que as reuniões do conselho e assembleias mudarão o formato com debates produtivos ao invés de palanques, plumas, confetes e paetês?
iii- Será que o que o novo blog vai dar conta de nos informar em tempo hábil de forma democrática e INTELIGENTE como o do Euler?

Bom... agora é esperar para ver
abraços,
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geane- Teófilo Otoni:

Oi Euler!
Foi realmente um prazer tê-lo conhecido...
Que maravilha esse canal de comunicação!
Ele só demonstra o quanto os educadores de Minas estavam já instalados com décadas e décadas de desgovernos descompromissados com a Educação mineira.
Creio que estamos vivendo um momento ímpar da nossa História,em que todos sentem na alma o desejo de dar um basta a esses governos ditadores, que de mansinho, vem caçando direitos dos educadores, conquistados a duras penas!!E o momento é propício a isso.

O discurso da Amanda Gurgel, deu realmente um susto na impressa!Ela conseguiu o que estamos há década tentando fazer.Se não aproveitarmos esse momento, estaremos permitindo que o Governo de Minas continue deitado em Berço esplêndido, no seu mais profundo sono.
Acho que uma greve geral não pode esperar!!
faço aqui inclusive, um caminho contrário. Acho que está na hora de uma campanha de filiação em massa, para dar um choque nesse Governo que lesa direitos e subestima o poder da categoria.

Concordo que se a Diretoria Estadual não mudar a sua estratégia, tanto no diálogo com a categoria, como na proposição de ações, alem do centralismo que se tornou uma característica visível desta, ficaremos a ver navios. A democracia tem que começar do nosso Sindicato. A diferença de opiniões, ideologias e outros, devem ser respeitadas e garantidas inclusive no nosso espaço de debates. A impressão que o governo tem de ter do SidUTE, é de ser combativo e representativo da categoria a todo custo. Muita coisa tem que mudar para o bem da nossa entidade sindical. Espero que todas as críticas postadas aqui nesse blog, sirva para o crescimento e para retomada de algumas ATITUDES e não o contrário. O sindicato somos nós e não meia dúzia de diretores. Para saber qual é a angústia de todos os educadores de Minas, basta olhar nos olhos de cada um. Não dá mais para protelar.
Chegou a nossa vez...

Abraços a todos e até o dia 31 de maio.
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Luciene - Divinópolis:

Gostaria de fazer algumas considerações também uma consulta. Acredito que a greve deve sair e acho que ser após as eleições, poderíamos marcar uma assembléia, ja para começar a greve no dia 06 de junho.

Queria saber como vai ficar o meu caso, já fiz este questionamento para o sindute e não obtive resposta. Fiz a opção ao regime antigo no dia 03 de maio, onde ainda não havia feito a prorrogação. Com virá meu contrache? Será reduzido? Caso tenha redução não poderemos entrar na justiça alegando o artigo da constituição que fala que não pode ter irredutibilidade do salário? O sindicato fala que não por termos mudado de carreira, mas na constituição fala que só pode ter redução de salário se for acordado em em convenção ou acordo coletivo (artigo 7º) ou seja, não fala nada em caso de mudança de carreira, até por que o funcionário é o mesmo, a função é a mesma e não houve acordo coletivo nem convenção para redução de proventos.
Euler, se você puder responder, desde já agradeço.
Luciene - Divinópolis.
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Valéria, município de Contagem:

Euler.
Gostaria de lançar uma campanha aqui no seu blog para que a comissão de negociação do sindicato volte a ter as características anteriores. Sempre, quando entrávamos de greve, uma comissão de negociação era eleita e tinha participação da direção estadual e também da base. me lembro que o Fábio do PCB, o Gustavo do CONLUTAS, entre tanto já fizeram parte da comissão. Este processo foi quebrado na última greve, onde a atual diretoria foi contrário a participação da base na comissão. Acho mais democrático voltarmos a ter uma comissão plural. Vamos fazer esta campanha, acho que você deveria estar na comissão. Isso poderia ser colocado na assembléia, no conselho acho que perderia, mas na assembléia tem possibilidade de passar.

Valéria, município de Contagem
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Anônimo:

Boa tarde Euler
Leio todos os dias seu blog e acho o máximo ter pessoas como você, o Rômulo, etc. que não conheço pessoalmente e que tanto lutam pelos nossos direitos.

Bem, acho que seu blog encurta distâncias, informa, aconselha.... e também nos dá oportunidade de concordar ou não. Queria então comentar sobre a mensagem deixada pela Beatriz.

Concordo que precisamos recuperar muita coisa “ gratificações cortadas, material para trabalho, ambiente de trabalho livre de violências, provas rodadas, carteiras, cadeiras, ........ em fim, respeito com todos nós (professores, alunos, etc.)”.

Ela diz discordar de uma mensagem deixada no blog onde se diz que a eleição pode esperar, e que estamos enfrentando o caos nas direções das escolas, pois abandonamos as discussões da gestão escolar. È brincadeira ou eu realmente li isso, o caos se instalou a muuuuuuuuuuuuuito tempo. Acho que quem realmente está na escola sabe e pode dizer com propriedade que não estamos satisfeitos e vamos lutar para mudar nossa realidade. Então, sindute, tenha respeito e escute a maioria, não por ser maioria, mas por ser coerente.

Quanto à direção de escola, hoje o que vejo não é diretor apenas, é um milagreiro tentando muitas vezes multiplicar o pão, somando daqui, tirando dali, para ver se no final vai dar certo.

Obrigado Euler e conte conosco.
Força na luta!
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