sábado, 26 de março de 2011

:"Lei do piso pode ser julgado pelo STF no dia 30. É hora de nos mobilizarmos!"BLOG DO EULER


quinta-feira, 24 de março de 2011
Lei do piso pode ser julgado pelo STF no dia 30. É hora de nos mobilizarmos!

Conforme havia sido divulgado aqui no blog, a Adin 4167 impetrada por cinco desgovernadores sem-o-que-fazer-na-vida deve ser julgada ainda este mês. A previsão, de acordo com a pauta do STF (cujo link divulgarei no final do texto), é julgar a matéria no dia 30. É o primeiro ponto de pauta do STF.

A importância do julgamento deste tema já foi destacado aqui neste espaço, de forma a mais esclarecedora possível. Para os professores de Minas esta matéria tem uma importância especial, dada a existência de dois sistemas distintos em vigor no estado: o antigo plano de carreira, conhecido pelo ridículo vencimento básico e mais penduricalhos, e o plano atual, que incorporou todas as formas de remuneração ao subsídio.

Caso o STF rejeite a Adin dos infelizes desgovernadores - mesquinhos, canalhas e inimigos da Educação pública - a situação de Minas muda completamente. A Lei do Subsídio praticamente deixará de existir, pois o vencimento básico terá que ser corrigido para valores que, somados às gratificações, ultrapassarão a tabela do subsídio, mesmo para os professores iniciantes. É um outro cenário que se abre.

Mas, para que os ministros do STF - que é uma Casa política, mais do que técnica - possam votar em favor dos professores, contrariando interesses de prefeitos, governadores e até mesmo do governo federal, será necessário uma grande mobilização e pressão direta dos educadores.

Até mesmo as entidades sindicais que até agora se mantiveram adormecidas já sentiram que sairão desgastadas e desmoralizadas se não tratarem de promover a mobilização das bases dos educadores. O Sind-UTE, por exemplo, já anunciou em seu site que haverá organização de caravanas para Brasília. Já a CNTE prevê a realização de um ato em frente ao STF e a assistência do julgamento por parte de dois membros por sindicato. Trata-se de uma iniciativa ainda tímida em relação ao peso da decisão para a vida de 2 milhões de educadores, mas não deixa de representar uma mudança de atitude.

É preciso muito mais do que isso. O nosso blog está conclamando os trabalhadores a organizarem caravanas junto com as subsedes do sindicato de Minas Gerais. Seria muito importante também que os sindicatos pressionassem a CNTE para que fosse convocada uma vigília nacional com paralisação total das atividades no dia 30 de março.

Está em jogo o futuro do piso, do terço de tempo extraclasse e a possibilidade de lutarmos nacionalmente por uma carreira cujos profissionais se encontram desmotivados, empobrecidos e desiludidos com o presente e o futuro da Educação.

Além dessa mobilização direta, seria muito importante também outras iniciativas, como o envio de cartas aos ministros do STF via e-mail e a criação de uma grande corrente na Internet pela derrubada da Adin dos cinco desgovernadores. Vencida essa batalha, será o momento de forçarmos o governo federal a rever o valor inicial do piso, hoje fixado em R$ 1.187,00 para uma jornada de 40 horas para o professor com ensino médio. Além disso, será importante também a luta pela vinculação dos salários de todos os educadores, além dos professores, para que haja um real processo de salvação da Educação pública no Brasil.

Para a realidade de Minas, nunca é demais repetir para que se propague aos quatro ventos, que a derrubada da Adin 4167 pelo STF terá os seguintes impactos imediatos, mesmo com o ridículo valor de R$ 1.187 do piso do MEC:

a) o vencimento básico dos professores terá que ser reajustado de acordo com este piso, no mínimo de forma proporcional à jornada de 24 horas. Com isso, o vencimento básico do antigo professor PEB 1 (formação de ensino médio) será de R$ 712,20 sem os penduricalhos; o PEB 2 (licenciatura curta), será de R$ R$ 868,88 (inicial, sem penduricalhos); o PEB3 (licenciatura plena), será de R$1.060,00, o PEB 4 será de R$ 1.293,24 e assim por diante. Sobre estes valores básicos (piso) devem incidir as gratificações: 20% de pó-de-giz, quinquênios, biênios (para quem os tem), progressões (3% em cada letra), etc.

Além disso, os professores terão direito a um terço do tempo extraclasse, ou seja, para um cargo, seriam 16 horas em sala de aula e 08 horas extraclasse. Como atualmente pratica-se a jornada com 18 horas em sala de aula e apenas 06 horas extraclasse, o governo teria que pagar pela extensão de mais duas horas-aulas em sala. No final das contas, como exemplo, teríamos a seguinte situação em dois casos, considerando a situação de um professor iniciante e outra de um professor com 20 anos de casa.

O professor iniciante com curso superior teria direito a receber, pelos meus cálculos, pelo menos R$ 1.431,00, cujo valor já expliquei em post anterior. Se este professor tiver, por exemplo, avançado dois graus na progressão (situação de quase todos os concursados de 2005), mesmo sem quinquênios, este valor subiria para R$ 1.518,14. Isto para a jornada atual de 24 horas, com 18 em sala de aula. Para quem possui dois cargos o valor seria o dobro.

Agora vamos para a situação hipotética do professor com 20 anos de casa, com quatro quinquênios e 10 biênios. O salário desse professor com curso superior seria de aproximadamente R$ 2.504,00 por um cargo de 24 horas, com 18 aulas em sala de aula, sem considerar aqui as possíveis progressões na carreira, que elevariam ainda mais o valor citado.

Claro que estes valores ainda estão muito aquém do que merecemos e são muito baixos se comparados aos vencimentos de outros profissionais com a mesma formação. Mas, a nossa situação salarial é de tal penúria que até mesmo estes valores são bem vindos para início de negociação com os governos.

A mesma realidade deve se espalhar pelos municípios e pelos estados, sobretudo aqueles que possuem planos de carreira, com previsão de progressão nas carreiras, além do quinquênio que foi abolido em Minas para os novatos, embora fosse uma conquista nacional dos servidores públicos.

É hora portanto de nos mobilizarmos para a marcha a Brasília pela rejeição total da ADIN dos desgovernadores e pela aprovação dos pilares da lei do piso, mencionados aqui: o valor do piso enquanto vencimento básico e o terço de tempo extraclasse como parte da nossa jornada de trabalho. Depois disso, cobraremos dos governadores e prefeitos a aplicação imediata da lei do piso - aí sim, teremos um instrumento legal nas mãos; cobraremos também do governo federal o reajuste no valor inicial do piso, dos atuais R$ 1.187,00 para pelo menos R$ 2.000,00.

Vamos em frente, camaradas, porque a nossa pressão direta sobre o STF pode fazer toda a diferença. Somos 2 milhões de professores em todo o Brasil e se quisermos que a nossa realidade seja alterada, é hora de participar desta luta de forma aberta e despojada. Organizem comitês nas suas respectivas escolas, enviem e-mails para os ministros do STF, para os deputados federais, para Dilma, para o Papa, enfim, para todo o Brasil e o mundo sentirem que a Educação pública em Minas e no Brasil e a realidade dos educadores não podem continuar do jeito que estão. Vamos à luta, camaradas!

Links associados ao tema:

- Pauta do STF para o dia 30 de março de 2011
- Site oficial da CNTE e do Sind-UTE

***
"Luciano História:

Com a lei do nosso lado fica mais fácil exigir alguma coisa, embora a votação do dia 30 vai ser mais um capítulo dessa novela, capítulo extremamente importante, mas, apenas mais um capítulo. Acredito que Estados e municípios vão exigir no mínimo mudanças dos planos de carreira e é aí que o bicho vai pegar, não ficaria surpreso com uma nova tentativa de reforma administrativa. Euler, eu tenho algumas dúvidas em relação a ação do governo se caso o STF vote a favor do piso:

1-o governo pode cortar ou incorporar o pó de giz ao vencimento básico?
2-O governo pode reduzir os percentuais de progressão?
3-O governo pode reduzir os valores pagos pelos biênios e quinquênios para por exemplo 2,5% e 5%?

Claro que o nosso foco agora tem que ser a mobilização para a votação do dia 30 mas, já estou projetando a luta posterior. "

Comentário do Blog: Caro amigo Luciano, teoricamente sim, o governo poderia abolir ou incorporar gratificações através de leis na ALMG. Mas, isso traria um grande desgaste para o governo mineiro, além do que, para os servidores antigos, trata-se de direito adquirido. Neste caso, o melhor mesmo seria negociar conosco. Até mesmo em relação ao subsídio, desde que concordasse em considerar o tempo de serviço de cada servidor, a titularidade, os percentuais da antiga carreira, e novos valores para a tabela etc. Neste caso, as negociações teriam outro rumo, já que, além da nossa capacidade de mobilização, teríamos um instrumental legal a nosso favor.

E finalmente, não se pode esquecer que a lei do piso prevê a complementação, por parte da União, daquilo que estados e municípios comprovarem não poder pagar. Logo, só não pagará o que manda a lei o governante mal intencionado, uma vez que, provando não haver recursos para tal, poderá solicitar complementação da União.

Aqui em Minas e em vários municípios seguramente teremos o argumento também do tal limite prudencial da LRF. Mas, este não é um problema nosso, mas dos governos, incluindo o federal. Nós vamos lutar pelos nossos direitos e cabe aos governos das três esferas tomarem vergonha na cara e fazerem o necessário para nos pagar o que é direito - e até mais, pelo que merecemos.

"Rômulo:

A CNTE convocou Paralisação Nacional para o dia 30/3?
O Sind-Ute irá estender os dias de paralisação para 29 e 30/3?
Eu quero ir!!!!!!!

Não precisa ser entre os 82 lugares disponíveis para a cúpula sindical. Não terei como conseguir um terno emprestado às pressas.

Pode ser lá na porta do STF mesmo, de preferência com um mega fone na mão e a minha boinazinha "véia de guerra".

Já que é um dia só eu me organizo no Hospital e nos cuidados da minha filha. Se bem que a ultima vez em BSB não tive tanta sorte.

Comentei por alto com a companheirada de Neves e muitos se interessaram (grana pro ônibus até lá eu acho que a sub-sede não tem), mas todos foram unânimes: DIA 30 NÃO TEM QUE TER AULA. QUEM PUDER VAI ATÉ EM BRASILIA, QUEM FICAR ORGANIZA UMA AULA PÚBLICA NA PÇA 7. VAMOS FAZER O NOSSO JULGAMENTO (UMA COISA TEATRAL).

Rômulo "

Comentário do Blog: Também quero estar lá, não entre os dirigentes sindicais, mas entre os colegas de base. Já liguei para o amigo João Martinho para acionar a subsede de Vespasiano e São José e ele respondeu que pode contar com ele, apesar de estar com o joelho operado. Ele disse que já está andando, mas se necessário nós o colocaremos num carrinho. É importante providenciar o megafone mesmo, amigo Rômulo, porque o serviço de som oficial, se houver, seguramente será monopolizado pelas cúpulas sindicais.

Pessoal, quem puder entrar em contato com colegas de outros estados, seria importante também. Essa luta é nacional. Começa com a vitória na questão do piso enquanto piso e do terço de tempo extraclasse e continua depois, com o reajuste nacional do piso e com o plano de carreira para todos os educadores do Brasil. É conquista atrás de conquista, e não pode parar, porque a defasagem é grande e o estado brasileiro tem uma dívida histórica conosco, de mais de 230 anos - segundo nosso colega historiador João Paulo Ferreira de Assis. Está na hora de nos pagarem.

"Anônimo:

NO ESTADO DA MATO GROSSO DO SUL OS PROFESSORES PARAM GERAL, ESCOLAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS, E EM MINAS COMO FICAM NO DIA 30 ? POSTEM AQUI . "

"Luciano História:

Quem não puder ir até Brasília que é a grande maioria poderia se reunir para assistir a TV justiça que provavelmente vai transmitir a votação.Já pensou nossa classe batendo o record de audiência dessa TV? "

"Anônimo:

Você pode me informar qual é o prazo para voltar para a forma de pagamento anterior ao subsídio?

Na superintendência a informação é diversa e afirmam q cada caso é um caso, ou seja q às vezes retornar não é vantagem mesmo tendo muitos anos de efetivo exercício. "

Postado por Blog do Euler às 19:29 5 comentários
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quinta-feira, 24 de março de 2011

BLOG DO EULER:"Novela do piso pode ser definida ainda este mês, dizem."



terça-feira, 22 de março de 2011
Novela do piso pode ser definida ainda este mês, dizem

A Frente Parlamentar pelo pagamento do piso salarial do magistério, liderada pela deputada federal Fátima Bezerra, de acordo com os informes no site da deputada, teria se reunido com o presidente do STF ontem, dia 22 (terça-feira). Na reunião o presidente do STF, Cezar Peluso, teria assegurado que o mérito da ADIN 4167, que trata do piso do magistério, será julgado ainda este mês. Não ficou definido o dia do julgamento, o que não deixa de ser uma sacanagem do STF, pois dificulta a pressão direta.

Por outro lado, os sindicatos e sua federação (a deles, não deste blog) continuam a sua política de mobilizar apenas a cúpula sindical para acompanhar a votação do piso, que é de interesse de dois milhões de professores de todo o país.

Duas questões básicas estão em julgamento, questionadas por cinco governadores sem-o-que-fazer na vida: o terço de tempo extraclasse e o valor do piso como vencimento básico e não como somatória de básico mais penduricalhos. Os desgovernadores nem questionaram o valor do piso, sabidamente ridículo: antes R$ 950,00 e agora R$ 1.187,00.

Mas, a definição destes dois pontos terá implicação direta na política remuneratória dos estados e municípios, e também do governo federal, dependendo da decisão final dada pelo STF.

Aqui em Minas Gerais, por exemplo, caso o STF defina que os professores têm direito ao terço de tempo extraclasse que consta da lei (só um país como o Brasil uma lei discutida e aprovada pela unanimidade dos deputados e promulgada pelo presidente pode ser alterada por meia dúzia de ministros do STF!), e também que piso é piso e não teto (outra aberração brasileiríssima), tudo pode mudar.

Até o momento, por exemplo, a considerar as regras vigentes, a lei do subsídio é mais vantajosa do que a antiga carreira para uma grande parcela da categoria, dado o baixo valor do teto salarial anterior, de R$ 935,00 contra o atual da lei do subsídio, de R$ 1.320,00.

Contudo, se o STF decidir em favor dos dois itens citados, como analisamos em post anterior, a antiga carreira torna-se mais atraente até mesmo para os professores novatos. Sem contar que ela mantém as gratificações e índices de promoção e progressão superiores aos da atual lei do subsídio. Mas, como disse anteriormente, se o STF aceitar a ADIN dos cinco desgovernadores (como aliás, aconteceu no julgamento liminar da matéria), então podemos e devemos simbolicamente, numa assembléia em frente ao Congresso, ao STF e ao governo federal, pegar a lei do piso e queimá-la em praça pública, lançando-a em seguida numa lata de lixo.

Era este o recado que os deputados da tal frente deveriam ter transmitido para o presidente do STF e seus pares. Mas, no Brasil das aparências, eles pensam que nos enganam, e muita gente acredita neles.

Mas, num esforço de generosidade da minha parte, vamos admitir que os ministros do STF votem os dois pontos citados em favor dos professores. Neste caso, aqui em Minas teremos direito a uma jornada em sala de aula de 16 horas (e não 18), recebendo por mais duas horas-aula, como extensão, pela jornada de 18, ou de mais 04 horas para quem pratica a jornada de 20 horas em sala de aula. Ou seja: um terço de tempo seria fora da sala de aula e dois terços da jornada seriam em sala de aula, independentemente da jornada praticada, em Minas e no Brasil.

Um outro ponto imediato seria o pagamento do piso de R$ 1.187,00 para 40 horas como vencimento básico, e não como somatória de básico mais penduricalhos. Isso, como demonstrei em post anterior, lançaria o salário de um professor iniciante com curso superior para o valor de R$ 1.431,00. Com as vantagens já mencionadas aqui, de se manterem os penduricalhos: quinquênios, biênios, progressões e promoções com os antigos índices de reajuste e aplicados sobre o valor inicial (1.431,00).

Ou seja, são dois cenários completamente distintos, que serão decididos em Brasília, e não em Minas Gerais ou em qualquer outro estado. Houvesse uma verdadeira união e mobilização da categoria dos educadores de Minas e do Brasil e teríamos que passar este resto de mês na Capital do Brasil em vigília, acampados em frente ao STF. Mas, fomos educados a reclamar nas esquinas, no botecos, nos blogs, nas nossas casas, nos corredores das escolas, ao invés de irmos para a luta direta. É por isso que nosso salário está do jeito que está; é por isso que a nossa carreira está do jeito que está (sem querer tirar a culpa indireta ou direta das políticas macroeconômnicas que provocam o confisco salarial em benefício dos poderosos grupos econômicos nacionais e estrangeiros). Eles tramam e fazem a sacanagem contra os professores e demais assalariados de baixa renda. Mas, com a nossa omissão, involuntariamente damos uma forcinha pra eles nos sacanearem.

Portanto, os dois cenários colocados estão muito claros: se o STF votar o mérito da lei do piso a nosso favor, vamos nos mobilizar para cobrar dos governos federal, estaduais e municipais a aplicação da lei. E lutar em seguida para aumentar o valor do piso. Mas, se o STF votar contra os professores - como já fez na liminar favorável à Adin dos cinco desgovernadores -, aí vamos ter que rediscutir outras referências. Neste caso, no imediato teríamos que aceitar a lei do subsídio em Minas, lutando para aprimorá-la - por exemplo, com o reposicionamento pelo tempo de serviço, a redução do tempo para a primeira promoção, etc. E enquanto isso, travar uma luta nacional pela federalização da folha de pagamento dos educadores - ou algo que se aproxime disso.

Mas, no momento, tudo será decidido em Brasília. E que pena que os dirigentes sindicais, atrelados aos aparatos de estado e partidários não tenham movido minimamente os recursos dos filiados para organizar uma grande marcha até Brasília. Só nos resta mesmo acompanhar à distância o desenrolar desta novela do piso do magistério, para que possamos nos debruçar sobre o que fazer em seguida à decisão do STF.

P.S.: Não poderia deixar de acrescentar ao texto acima a impressão que colho da forma com que os dirigentes sindicais tratam a nossa categoria e outras: como se fôssemos pessoas sem capacidade própria de pensar e agir. Como se precisássemos de tutores para decidirem por nós aquilo que nos cabe decidir. É verdade que muitos colegas nossos têm comportamento que justifica esse tratamento. Não podem ouvir falar que alguém seja diretor, ou chefe de alguma coisa, que começam a babar e a aplaudir. Ninguém merece! Vamos acordar, pessoal, e assumir os nossos destinos nas nossas próprias mãos!

"Rômulo:

Excelente Análise, meu camarada!

Salvei ela aqui no meu 486, vou imprimir e vou estudá-la.

Vou me esforçar para conseguir apresentar essa visão para a categoria nos 03 humildes minutos que tenho direito (sessão do descarrego...kkkk).

E contamos com o amigo. Sabemos que vc não gosta de acordar cedo, mas te esperamos lá no auditório do Crea às 09hs em ponto.

E não só o nosso amigo Euler, mas todos os companheiros e companheiras que comungam dessa análise. E os que ainda não comungam também, rsssss.

09hs - Reunião do Conselho Geral (auditório do Crea)
14hs - Assembleia Estadual- Pça da Assembleia

Rômulo "

Comentário do Blog: Conforme previsto no site da SEE-MG foi publicado hoje, dia 23, a Resolução 1.812/2011, que estabelece critérios e condições para a indicação de candidatos ao cargo de diretor e vice-diretor das escolas estaduais de Minas. Como estou de saída para o trabalho, não pude ler a resolução e voltarei ao tema depois. Mas, quem quiser conferir poderá copiar a íntegra da Resolução no site digital do Minas Gerais, clicando aqui. Em seguida, escreva uma palavra para a pesquisa (por exemplo: colegiado) e clique nas páginas 19 e 20.

Comentário do Blog sobre o STF: A decisão do STF que julgou ilegal a tal lei da Ficha Limpa deve trazer de volta para a ALMG ninguém menos do que o deputado Pinduca. Quem não se lembra dessa figura, que na nossa maravilhosa greve teve a cara de pau de ir para o plenário criticar a nossa paralisação e dizer que não precisava do nosso voto. Conhecido como Pinduca Bulância - conhecido como distribuidor de ambulâncias - é mais um a reforçar o bloco do governo na ALMG e a votar as matérias sem qualquer crítica. É o retrato da desmoralização da política oficial e oficiosa no Brasil. Mas, não é o único, claro.

Comentário do Blog 2: Ainda sobre o STF e o nosso piso. Analisando rapidamente o site do STF, percebe-se pelo calendário das pautas de julgamentos que: a) em média são oito dias por mês de julgamento, geralmente nas quartas e quintas-feiras, 2) este mês ocorreram julgamento em apenas 05 dias. Tudo indica que nos dias 30 e 31 de março ocorrerão novas sessões.

Perguntamos: não seria o caso dos sindicatos e sua (deles) confederação convocarem uma paralisação nacional com uma marcha a Brasília nesses dois dias, até para forçar o julgamento do piso? Se a prioridade é o piso, como foi aprovado na assembléia do Sind-UTE, a direção do sindicato deve ser consequente e mobilizar a categoria para onde a questão do piso está sendo decidida: em Brasília, e não em Minas, onde o máximo que se tem discutido, na questão salarial, é um calendário de negociação.

Enquanto isso, o tempo passa... contra nós, já que temos um prazo para decidir se permanecemos na carreira antiga ou na nova, e sem a definição da questão do piso, nada feito. Vamos acordar para a ação, pessoal, depois não adianta reclamar!!!!

domingo, 20 de março de 2011

17/03/11:CONFIRAM ALGUNS ÍTENS DISCUTIDOS ENTRE SEEMG E SINDICATO DE MG: SALÁRIO E CONCURSO EM 2011

CONFIRAM ALGUNS ÍTENS DISCUTIDOS ENTRE SEEMG E SINDICATO DE MG






Próxima reunião entre Sindicato e Secretaria será realizada no dia 22 de março

Na tarde desta sexta-feira, a comissão de negociação do Sindicato Único de Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) foi recebida na Secretaria de Estado de Educação. A reunião marca mais uma etapa da agenda entre o Governo de Minas e o Sindicato, que vem sendo construída desde o início deste ano.

O objetivo do encontro foi apresentar aos representantes do Sindicato, como acordado em reunião no dia 25 de fevereiro deste ano, proposta de cronograma para a análise da pauta de negociações apresentada pela entidade.

A lista de demandas do Sind-UTE conta com mais de 50 itens e se divide em quatro eixos de discussão: além do debate sobre salário e carreira, a entidade ainda apresentou propostas para a previdência e Ipsemg, gestão estratégica nas escolas e educação de qualidade.

Participaram do encontro a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e a secretária adjunta, Maria Céres Spínola Castro, além de outros representantes e assessores da SEE. Pelo Sindicato, participaram a coordenadora geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, Marilda Araújo, Feliciana Saldanha e Leceoni Pereira.



Agenda de trabalho

A proposta de cronograma apresentada pela Secretaria de Estado de Educação prevê a discussão das questões no final de abril; os temas que dizem respeito ao Ipsemg, previdência e gestão democrática nas escolas, o debate será no final de maio; os demais temas seriam debatidos em encontro no final de junho. Os representantes do Sindicato discordaram da proposta de ordenação dos temas e irão apresentar uma proposta alternativa na próxima reunião, que vai acontecer no dia 22 de março, na Secretaria de Educação.

Além da proposta de cronograma de discussão dos itens relacionados à pauta de negociações de 2011, foram apresentados pela Secretaria outros retornos relacionados à realização de concurso para professores, ao processo de consulta para a escolha do diretor das escolas e um informe sobre a análise da implantação da jornada de 30 horas na docência.

Escolha de diretores
A Secretaria de Estado de Educação entregou aos representantes do Sindicato uma minuta com a proposta de edital para a realização do processo de consulta para a escolha dos diretores das escolas da rede pública estadual de Minas Gerais - fazem parte, atualmente, do sistema 3.820 escolas. A proposta do Governo de Minas prevê a realização da consulta em junho, em intervalos de dois anos, a partir de agosto. A proposta será analisada pelo Sindicato.

Além disso, faz parte da proposta da Secretaria a implantação de critérios de desempenho para a colocação da candidatura e a manutenção do diretor no cargo. A proposta é de que o desempenho mínimo seja de 70%, de acordo com os critérios estabelecidos para a avaliação dos servidores.

Quanto ao concurso, a proposta do Governo de Minas é de que o edital seja publicado na primeira semana de maio. Para a efetivação dessa proposta, a Secretaria de Estado fará, até 15 de abril, um estudo sobre as vagas disponíveis, a partir da folha de pagamentos de maio - excluindo-se as que hoje são ocupadas por professores efetivados. O encaminhamento da proposta aguarda concordância e aprovação do Sindicato.

Sobre a jornada de 30 horas, a proposta da Secretaria é a realização de um estudo, com a apresentação de um cronograma de trabalho para o debate do tema. É necessário definir e discutir com o Sindicato propostas de critérios funcionais, institucionais e pedagógicos para a regulamentação da jornada de 30 horas. O Governo de Minas aguarda o posicionamento do Sindicato.

Leia mais em Educação inicia discussão com sindicato sobre a pauta de reivindicações de 2011.

SINDICATO

SINDICATO



O QUE É O SINDICATO?
O QUE FAZ O SINDICATO?
O QUE REPRESENTA O SINDICATO?



SINDICATO SOMOS NÓS!
SINDICATO TEM QUE TER VOZ!
SINDICATO TEM QUE NOS SER ÚTIL
MESMO QUANDO FALTAMOS COM A NOSSA PARTICIPAÇÃO
POIS SINDICATO TEM QUE TER AUTONOMIA!

SINDICATO
TEM QUE CONVOCAR
CHACOALHAR
MERGULHAR
SACUDIR
EMERGIR
REPRESENTAR!

CADÊ OS SINDICATOS DO BRASIL?
CADÊ O SINDICATO DE MG?

CADÊ A BIA E A DILMA??????????????

VANDA

MARLI GRIBEL:" Desvinculando do Subsídio e do Sindicato."







Desvinculando do Subsídio e do Sindicato
Marly Gribel | sexta-feira, 11 de março de 2011 | 0 comentários


Já está disponível nas Secretarias das Escolas públicas o requerimento para optar pela antiga carreira. Peguei a papelada e vou preencher o mais rápido possível. Para mim, simbolicamente me desvinculo definitivamente do sindicato e vou fazer minha guerrinha pessoal com o governo, pagando um advogado para salvar aquilo que é meu de direito, pois trabalhei e quero receber pelos meus atrasados de quinquênios, biênios e direitos perdidos ao longo de todos estes anos de professora e de sofredora.

É uma vergonha chegar ao fim da carreira sem carreira, a mercê do governo, mas cheguei... O sindicato...em tese... entidade que nos representaria, que garantiria minimamente condições melhores de salário e de trabalho/ toma uma decisão histórica na última greve: do reducionismo ao retrocesso( como queiram) ao aceitar o subsídio. Tema este já amplamente discutido e analisado pelos prejudicados da longa greve de 47 dias e pela própria diretoria do Sind-UTE, que o admite.

Cada vez que preencho o formulário mais distante do Sindicato...trilhando sozinho o espaço público/Como se fosse uma ovelha desgarrada que se perdeu do rebanho e de seu bom pastor...

Anos de glória? Sim, os tive, com homens e mulheres mais racionais: ganhamos e perdemos, mas nunca prejudicamos ninguém neste derradeiros vinte anos. Pelos menos não por desfecho/decisão de greve! Saimos grande parte das vezes de mãos vazias, mas nunca assim....
Tive, como qualquer jovem meus grandes momentos: palavras de ordem, esperança...hoje esse vazio....

Me lembrei de Manoel Bandeira, grande poeta do século passado, que no limiar da vida, sente saudades e escreve "Profundamente", poema que reflete sua solidão e a busca do tempo perdido

Profundamente

Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci.
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
- Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo Profundamente.

Com o mesmo sentimento do poeta escrevo:

Lucimar,
Alicinha,
Rubens,
Carlão,
Hilário,
Tino... Onde estão todos...se perderam, desvincularam como eu o faço agora, perdidos no tempo e na história.

Conversei com um advogado( nunca me entreguei e não vai ser agora), há caminhos que podem ser trilhados sim, independentes deste sindicato.

O próximo passo será a desfiliação.

Cadê o formulário???????

A obra escolhida para servir de apoio ao post e uma escultura de Salvador Dali -"Nascimento do homem novo". A escultura diz: o novo homem tem que se libertar do passado. Isso é representado pela imagem de um nascimento. É isso ai, temos que renascer sempre! Valeu Dali!