segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
O serviço público na vida do cidadão comum
Quem lê a mídia golpista e se informa (ou deforma?) por meio dela geralmente tem uma idéia equivocada do serviço público e do servidor público. A mídia burguesa, a serviço das políticas neoliberais, constrói a imagem do servidor público como sendo aquela pessoa bem remunerada, que sequer aparece para trabalhar e é cheia de privilégios. Claro que no serviço público tem esses tipos, em minoria, e geralmente em cargos de confiança ou em setores distantes da população. Mas, não é essa a realidade da enorme maioria dos servidores públicos de carreira, especialmente naquelas áreas mais procuradas pela população de baixa renda: a Educação, a Saúde e a segurança pública.
Para os cidadãos de classe média alta para cima tudo se resolve na base do cifrão. Se alguém adoece, tem sempre um hospital particular, um plano de saúde com cobertura total (ou quase), capaz de buscar em casa o enfermo. Para o pobre, não. É no posto médico do SUS, às vezes bem longe da moradia dos necessitados, onde vai buscar por socorro, não importa o dia ou a hora.
Na Educação é a mesma coisa, sobretudo em se tratando do ensino básico. Filhos de ricos estudam em boas escolas privadas (boas em tese, claro; ainda discutiremos esse conceito aqui em outra oportunidade), que os preparam para os vestibulares da vida. Filhos de pobre, logicamente vão estudar nas escolas públicas, geralmente mal equipadas, professores mal remuerados, péssimas condições de trabalho e de estudo para as crianças e jovens. No ensino superior, a situação se inverte: filhos de pobres vão procurar faculdades particulares. Por que será? Porque ao não receberem uma educação básica de qualidade, não conseguem concorrer com os filhos de ricos nos vestibulares das universidades federais. Já os filhos dos ricos vão para as federais, escolas públicas, garantidas com o suor do trabalho dos pobres. Aos pobres restou agora o socorro do Prouni, um arremedo de solução ao estilo neosocialista de fazer política, fazendo média com os grupos privados dominantes.
E na segurança, a coisa funciona no mesmo diapasão: ricos se protegem com muros altos e condomínios fechados e seguranças particulares, enquanto os pobres... Bom, pobres não se protegem. Dependendo de onde vivem, pedem ajuda à polícia ou ao chefe do tráfico mais próximo. Mas, justiça aqui se faça aos homens da segurança pública, quando atuam para salvar pessoas, ou para reprimir o crime organizado.
Descrevi em rápidas pinceladas essas diferentes realidades vividas pelos distintas classes sociais para demonstrar como, dependendo do ângulo em que se analisa a questão, o serviço público e o servidor podem ser atacados como meros consumidores de impostos. Para uma parcela rica da população, que pouco utiliza serviços essenciais como Educação e Saúde, os gastos com estes setores representam dinheiro jogado fora.
Para estes segmentos sociais abastados, dinheiro bem investido é aquele que se gasta em obras faraônicas, ou em rodovias de luxo, onde passarão com seus carrões; ou em publicidade na grande mídia, essa mesma que critica o servidor público - como a inútil revista VEJA, que não se cansa de atacar os professores, enquanto abocanha generosas verbas dos governos de São Paulo, Capital e estado.
Mas, no dia-a-dia de um cidadão comum, nós que estamos próximos das realidades dos de baixo é que sabemos o quão importante é o serviço público e os servidores públicos. Milhões de crianças e jovens e adultos deste país dependem diariamente da escola pública para viver experiências de socialização, de educação e de formação enquanto pessoas críticas, pensantes. O mesmo se pode dizer em relação a outros setores do serviço público. Outro dia mesmo tive uma experiência pessoal. Uma pessoa que priva de convivência próxima passou mal e eu a acompanhei a um posto médico da cidade. Em pleno final de semana, já num horário avançado, lá estavam um médico, enfermeiros e auxiliares para atendê-la. No mesmo dia e no mesmo local, presenciei a chegada de um carro da PM acompanhando um acidentado no trânsito sendo encaminhado ao referido posto médico. Na farmácia popular da Prefeitura diariamente dezenas de pessoas buscam remédios - também pude testemunhar várias vezes este fato - que jamais poderiam comprar com os parcos salários que recebem.
Enfim, o cotidiano de milhões de pessoas de baixa renda deste país é marcado por grande dependência para com os serviços públicos e a ação organizada de milhões de servidores, que geralmente ganham baixos salários e trabalham em condições precárias.
Mas, como no capitalismo as coisas funcionam de forma invertida - as riquezas produzidas por milhões de pessoas vão para as mãos de banqueiros e grandes capitalistas que não precisam trabalhar para viver - também no serviço público se repete essa inversão de valores. Os profissionais mais necessitados pela maioria da população - os professores, os médicos, o pessoal da segurança pública (estes, principalmente quando não são usados pelas elites para reprimir trabalhadores), entre outros - são, em geral, aqueles que recebem menores salários. Enquanto isso, uma casta privilegiada no topo do serviço público goza das melhores condições, quase não trabalha, ganha poupudos salários e penduricalhos - vide os deputados e os senadores. Mas, tenhamos sempre a clareza de que essa minoria privilegiada não sintetiza o serviço público que a maioria da população utiliza. Pelo contrário: em geral ela está lá para servir à minoria rica da população.
Não sendo essa a sociedade dos meus sonhos - mas é a que existe, por enquanto, pelo menos - luto ao lado dos meus colegas da Educação para que se diminua o fosso salarial existente entre o topo do serviço público e a base. E que o serviço público, especialmente aquele voltado para o atendimento à maioria pobre do país se fortaleça. Para o bem geral de todos e a infelicidade particular de uma minoria, que tudo faz para desviar os recursos públicos em favor de grupos privados aos quais está ligada. Estejamos atentos para não permitir que essas práticas prosperem. É no serviço - e no espaço - público que o cidadão comum busca amparo no seu cotidiano.
***
"Ronan:
Caro Euler,
há poucos meses encontrei o seu blog com o qual já logo me identifiquei e divulgarei.
Continuemos lutando para que as próximas gerações não sejam tão exploradas. "
Comentário do Blog: Obrigado pela visita e pelo apoio, Ronan. Tem total razão quanto à necessidade de lutarmos para que as próximas gerações - e também a atual - consigam romper os grilhões que nos mantêm presos às muitas formas de exploração e discriminação.
Atenção, colegas educadores de Minas:
O Sind-UTE elaborou Boletim especial - Informa nº 24 - sobre o subsído. Clique aqui para acessar o informativo, ou aqui para copiá-lo.
"Luciano História:
Euler e demais colegas, quanto será descontado do valor bruto do subsídio? Eu não faço conta com o bruto e sim com o liquido, dos 1320,00 que a maioria deve receber vai cair quanto na conta?o governo mostrou um exemplo de valor bruto mas não mostrou o líquido a receber. "
Comentário do Blog: Caro Luciano, os descontos são: 11% da Previdência + 3,2% do Ipsemg (plano de saúde) e mais o desconto de 1% do Sind-UTE para quem é sindicalizado. No final, para quem vai receber de salário bruto R$ 1.320,00 o valor líquido será em torno de R$ 1.120,00.
No salário que vigorou até dezembro de 2010, o valor líquido com base no teto de R$ 935,00 foi em torno de R$ 820,00 - valor que era para ser menor, mas havia um pequeno complemento de R$ 30,00 de auxílio-transporte, que não existirá mais.
Ou seja, para quem ganhava líquido em torno de R$ 820,00 haverá um aumento de R$ 300,00. Já para quem tem muito tempo de casa o aumento será pequeno, em torno de 5% ou um pouco mais.
Urge que se discuta um novo valor para o grau inicial nas tabelas - para todas as carreiras da Educação - e também a questão das 30 horas - além é claro, das questões pendentes: o tempo de serviço confiscado e os percentuais de promoção e progressão que foram reduzidos, entre outros.
Enquanto isso...
... no jornal O Tempo de hoje (19/jan):
"Aposentadoria de ex-governadores é mantida sob sigilo
Eduardo Azeredo recebe o benefício; Newton Cardoso diz que abriu mão"
Comentário do Blog: Mais uma vergonha para Minas Gerais. Professores ganhando salários miseráveis, enquanto ex-governadores recebem pensões eternamente. Vejam o caso do sr. Eduardo Azeredo: recebe salário de marajá como Senador e ainda mais esta pensão vitalícia como ex-governador. E o que ele fez em oito anos de Senado? Nada! Ou melhor: tentou aprovar uma lei para censurar a Internet e usou a tribuna para criticar uma das coisas boas do governo Lula, que foi a política externa independente. É um serviçal das elites dominantes, tal como os demais senadores que representam Minas.
"Anônimo:
Olá Luciano:
Também estou fazendo as minhas continhas, estou calculando para o vencimento líquido os 1320,00 menos 14,5%,Ok! "
"Anônimo:
Olá Euler:
Trabalho em uma escola pública no triângulo mineiro onde as vagas são muito disputadas, as salas lotadas, no ano de 2010 nossos alunos tiveram uma aprovação no vestibular da federal excelente, para cursos que até então eram privilégios de alunos das ditas escolas "particulares", como: odontologia, administração, engenharias, direito, agronomia, etc, essa aprovação se deve as cotas para os alunos das escolas públicas, lógico que os alunos da escolas particulares recorreram na justiça, mas a que tudo indica não tiveram êxito, com isso as vagas dos nossos alunos da pública vão aumentar, principalmente dos cursos mais concorridos.
Um abraço! "
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Professor igor Wildmann: sobre o assassinato do Professor Kássio.
>Mais um e-mail que recebi e que tem que ser lido por todos nós da área da educação ou não, como brasileiros e seres humanos é necessário refletirmos sempre e o caso do prof. Kássio não pode ser esquecido.É história que não pode ser repetida!
Vanda sandim
>
>
> Amigos,
>
> Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor
> do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente
> consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas
> baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em
> pleno horário escolar, à frente de todos.
>
> Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a
> muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como lugares
> supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por
> contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.
>
> Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem
> moderação. A divulgação é livre.
>
> Abs
>
> Igor
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> J’ACUSE !!!
> (Eu acuso !)
>
> (Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
>
> « Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.
> (Émile Zola)
> Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...)
> (Émile Zola)
>
> Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos,
> desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um
> estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas,
> alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para
> a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante
> foi ter que... estudar!).
>
> A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes.
> Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O
> ápice desta escalada macabra não poderia ser
> outro.
>
> O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu
> futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas
> de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem
> tomando conta dos ambientes escolares.
>
> Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção
> do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à
> autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência
> supostamente democrática.
>
> No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era
> proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A
> coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis,
> pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova
> não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos
> avaliar o aluno. Pensando bem, “é
> o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...
>
> E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral
> epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo
> vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos
> que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter
> conhecimento é ser ‘crítico’.”
>
> Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e
> burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização
> desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina
> é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno
> – cliente...
>
> Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos
> cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os
> problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com
> conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo
> lhes deve algo”.
>
> Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com
> dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor.
> Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter,
> sentir, amar.
>
> Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos
> que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla
> defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do
> que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido
> processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo
> Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde
> virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre
> texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo
> da faca:
>
> EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e
> todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
>
> EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta
> dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se
> sentem vítimas;
>
> EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente
> correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico
> escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar
> e cometer crimes em outras escolas;
>
> EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado,
> muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem
> tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a
> avaliação ao perfil dos alunos”;
>
> EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de
> estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a
> proliferação de cursos superiores completamente sem condições,
> freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
>
> EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e
> títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo
> e formação dos alunos, bem como de suas futuras
> missões na sociedade;
>
> EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos
> exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não
> sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito
> mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
>
> EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as
> quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do
> IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo
> cresceu “tantos por cento”;
>
> EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela
> massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali
> chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e
> moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito”
> de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o
> desespero de seus futuros clientes-cobaia;
>
> EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “
> nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA
> cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e
> do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do
> conhecimento;
>
> EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é
> “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
>
> EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram
> templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em
> troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
>
> EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos,
> mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que,
> vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida
> punição.
>
> EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os
> professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os
> professores sejam “promoters” de seus cursos;
>
> EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas
> desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua
> omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela
> ocorrência dos incidentes maiores;
>
> Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão
> despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e
> totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício
> da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e
> decepções do dia a dia.
>
> Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes
> jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que
> é lidar com aquele ser complexo e imprevisível
> que podemos chamar de “o outro”.
>
> A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na
> cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa,
> a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do
> patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a
> culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O
> opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua
> vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva.
> Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora,
> fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
>
> Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em
> qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no
> professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte
> não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e
> abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de
> paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é
> fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade,
> responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
>
> Igor Pantuzza Wildmann
>
> Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.
Vanda sandim
>
>
> Amigos,
>
> Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor
> do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente
> consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas
> baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em
> pleno horário escolar, à frente de todos.
>
> Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a
> muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como lugares
> supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por
> contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.
>
> Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem
> moderação. A divulgação é livre.
>
> Abs
>
> Igor
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> J’ACUSE !!!
> (Eu acuso !)
>
> (Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
>
> « Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.
> (Émile Zola)
> Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...)
> (Émile Zola)
>
> Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos,
> desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um
> estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas,
> alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para
> a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante
> foi ter que... estudar!).
>
> A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes.
> Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O
> ápice desta escalada macabra não poderia ser
> outro.
>
> O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu
> futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas
> de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem
> tomando conta dos ambientes escolares.
>
> Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção
> do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à
> autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência
> supostamente democrática.
>
> No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era
> proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A
> coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis,
> pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova
> não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos
> avaliar o aluno. Pensando bem, “é
> o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...
>
> E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral
> epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo
> vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos
> que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter
> conhecimento é ser ‘crítico’.”
>
> Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e
> burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização
> desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina
> é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno
> – cliente...
>
> Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos
> cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os
> problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com
> conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo
> lhes deve algo”.
>
> Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com
> dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor.
> Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter,
> sentir, amar.
>
> Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos
> que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla
> defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do
> que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido
> processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo
> Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde
> virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre
> texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo
> da faca:
>
> EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e
> todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
>
> EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta
> dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se
> sentem vítimas;
>
> EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente
> correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico
> escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar
> e cometer crimes em outras escolas;
>
> EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado,
> muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem
> tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a
> avaliação ao perfil dos alunos”;
>
> EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de
> estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a
> proliferação de cursos superiores completamente sem condições,
> freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
>
> EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e
> títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo
> e formação dos alunos, bem como de suas futuras
> missões na sociedade;
>
> EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos
> exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não
> sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito
> mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
>
> EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as
> quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do
> IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo
> cresceu “tantos por cento”;
>
> EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela
> massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali
> chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e
> moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito”
> de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o
> desespero de seus futuros clientes-cobaia;
>
> EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “
> nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA
> cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e
> do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do
> conhecimento;
>
> EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é
> “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
>
> EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram
> templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em
> troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
>
> EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos,
> mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que,
> vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida
> punição.
>
> EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os
> professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os
> professores sejam “promoters” de seus cursos;
>
> EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas
> desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua
> omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela
> ocorrência dos incidentes maiores;
>
> Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão
> despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e
> totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício
> da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e
> decepções do dia a dia.
>
> Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes
> jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que
> é lidar com aquele ser complexo e imprevisível
> que podemos chamar de “o outro”.
>
> A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na
> cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa,
> a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do
> patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a
> culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O
> opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua
> vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva.
> Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora,
> fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
>
> Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em
> qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no
> professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte
> não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e
> abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de
> paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é
> fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade,
> responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
>
> Igor Pantuzza Wildmann
>
> Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Nossos direitos : lei que nos favorece para que não fiquemos mais de trinta minutos em filas bancárias.
RECEBI ESTE E-MAIL E ACHO VÁLIDO POSTÁ-LO AQUI.
É UM ABSURDO O TEMPO QUE TEMOS QUE FICAR EM FILAS BANCÁRIAS.
ABRAÇÃO A TODOS!
Lei número 13.948/2005
Senha de horário nos bancos.
Aos amigos,
Vivi essa semana uma experiência que confirmou uma suspeita.
Há cerca de um mês eu entrei no Banco Itaú para fazer um pagamento e, quando vi o tamanho da fila, pensei: 'Vou ficar horas aqui dentro'.
Foi quando me lembrei da lei que entrou em vigor na capital paulista (e no Brasil), que regula o tempo máximo de espera em fila bancária. Salvo engano, são 20 (vinte) minutos em dias normais, e 30 (trinta) em dias de pagamento de pensionistas do INSS.
Assim sendo, solicitei a um funcionário a senha com o horário de entrada na fila, pois se o tempo excedesse, eu encaminharia o papelucho para a prefeitura multar o banco.
Entrei na fila, e notei que de repente aquele som que sinaliza caixa desocupado, começou a tocar com maior freqüência, e a fila foi diminuindo rapidamente.
Quando cheguei ao caixa, ele solicitou a senha para autenticar, e eu fiquei intrigado. No meio de tantos clientes, como ele sabia que a senha estava comigo?
Examinei então os dois horários, entrada e saída e constatei que foram 17 minutos de fila. Eu esperava ficar mais de uma hora.
Percebi que quando eu pedi a senha, o gerente colocou mais caixas e o atendimento fluiu rapidamente.
Hoje, fui novamente ao mesmo banco e dei de cara com a mesma fila imensa. Não tive dúvida. Procurei um funcionário e pedi a senha. Ele, fazendo cara de bobo, perguntou:
- Que senha? Não tem senha. Entre na fila.
Eu insisti.
Ele disse que não sabia de senha alguma...
Procurei os caixas e notei uma plaquetinha discreta que dizia: 'Se necessitar senha, solicite ao caixa'.
Pedi a senha ao caixa, e ele fez outra cara de bobo e disse:
- Que senha?
Parece que os funcionários já estão treinados a não fornecer a senha.
Então eu exigi:
- A senha que diz o horário que eu entrei na fila. É lei...
O caixa meio contra vontade forneceu a senha e eu entrei na fila.
No início continuou lenta, quase não andava.
De repente, o mesmo fenômeno, começou o som que não parava mais, e a fila foi rapidamente diminuindo.
Quando cheguei ao caixa, desta vez não foi surpresa, ele pediu a senha pra autenticar, e após a autenticação, ele se virou para uma senhora que circulava por trás dos caixas, com cara de gerentona, e em resposta à pergunta dela de...'E aí? Tudo bem?'
O caixa respondeu:
- BELEZA.
Matei a charada! 'BELEZA' foi a constatação que o caixa fez.
Fui atendido em 14 (quatorze) minutos.
E a gerentona então deu um sinal que eu entendi que seria para alguns dos caixas voltarem para os locais de onde foram retirados para atender ao público.
MORAL DA HISTÓRIA - Existe sim um número de funcionários nos bancos, suficiente para atender dignamente o público, porém eles são desviados para outras funções mais lucrativas, tais como vender seguro por telefone, enquanto os idiotas dos clientes ficam na fila.
Eu não fico mais.
Cada vez que entrar em um banco, exija sua senha com o horário. Vamos lutar por esse direito obtido.
Não sejamos bobos...
É só a gente divulgar e insistir para a lei ser cumprida.
AFINAL ELES NÃO NOS POUPAM, cobram Encargos, Tarifas, Cestas, Taxas, todas abusivas tornando os Banqueiros os homens mais ricos do Planeta.
Se gostou, NÃO se esqueça de repassar a seus contatos!!!!
--
Marcos-AD.
É UM ABSURDO O TEMPO QUE TEMOS QUE FICAR EM FILAS BANCÁRIAS.
ABRAÇÃO A TODOS!
Lei número 13.948/2005
Senha de horário nos bancos.
Aos amigos,
Vivi essa semana uma experiência que confirmou uma suspeita.
Há cerca de um mês eu entrei no Banco Itaú para fazer um pagamento e, quando vi o tamanho da fila, pensei: 'Vou ficar horas aqui dentro'.
Foi quando me lembrei da lei que entrou em vigor na capital paulista (e no Brasil), que regula o tempo máximo de espera em fila bancária. Salvo engano, são 20 (vinte) minutos em dias normais, e 30 (trinta) em dias de pagamento de pensionistas do INSS.
Assim sendo, solicitei a um funcionário a senha com o horário de entrada na fila, pois se o tempo excedesse, eu encaminharia o papelucho para a prefeitura multar o banco.
Entrei na fila, e notei que de repente aquele som que sinaliza caixa desocupado, começou a tocar com maior freqüência, e a fila foi diminuindo rapidamente.
Quando cheguei ao caixa, ele solicitou a senha para autenticar, e eu fiquei intrigado. No meio de tantos clientes, como ele sabia que a senha estava comigo?
Examinei então os dois horários, entrada e saída e constatei que foram 17 minutos de fila. Eu esperava ficar mais de uma hora.
Percebi que quando eu pedi a senha, o gerente colocou mais caixas e o atendimento fluiu rapidamente.
Hoje, fui novamente ao mesmo banco e dei de cara com a mesma fila imensa. Não tive dúvida. Procurei um funcionário e pedi a senha. Ele, fazendo cara de bobo, perguntou:
- Que senha? Não tem senha. Entre na fila.
Eu insisti.
Ele disse que não sabia de senha alguma...
Procurei os caixas e notei uma plaquetinha discreta que dizia: 'Se necessitar senha, solicite ao caixa'.
Pedi a senha ao caixa, e ele fez outra cara de bobo e disse:
- Que senha?
Parece que os funcionários já estão treinados a não fornecer a senha.
Então eu exigi:
- A senha que diz o horário que eu entrei na fila. É lei...
O caixa meio contra vontade forneceu a senha e eu entrei na fila.
No início continuou lenta, quase não andava.
De repente, o mesmo fenômeno, começou o som que não parava mais, e a fila foi rapidamente diminuindo.
Quando cheguei ao caixa, desta vez não foi surpresa, ele pediu a senha pra autenticar, e após a autenticação, ele se virou para uma senhora que circulava por trás dos caixas, com cara de gerentona, e em resposta à pergunta dela de...'E aí? Tudo bem?'
O caixa respondeu:
- BELEZA.
Matei a charada! 'BELEZA' foi a constatação que o caixa fez.
Fui atendido em 14 (quatorze) minutos.
E a gerentona então deu um sinal que eu entendi que seria para alguns dos caixas voltarem para os locais de onde foram retirados para atender ao público.
MORAL DA HISTÓRIA - Existe sim um número de funcionários nos bancos, suficiente para atender dignamente o público, porém eles são desviados para outras funções mais lucrativas, tais como vender seguro por telefone, enquanto os idiotas dos clientes ficam na fila.
Eu não fico mais.
Cada vez que entrar em um banco, exija sua senha com o horário. Vamos lutar por esse direito obtido.
Não sejamos bobos...
É só a gente divulgar e insistir para a lei ser cumprida.
AFINAL ELES NÃO NOS POUPAM, cobram Encargos, Tarifas, Cestas, Taxas, todas abusivas tornando os Banqueiros os homens mais ricos do Planeta.
Se gostou, NÃO se esqueça de repassar a seus contatos!!!!
--
Marcos-AD.
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