domingo, 26 de setembro de 2010

Um pouco mais sobre campanha de Hélio Costa- n° 15


Política

Embate entre Hélio Costa e Anastasia no debate da Record

Peemedebista criticou o atual Governo mineiro e tucano acusou Governo federal pelos problemas em Minas







Sidney Martins - Repórter - 21/09/2010 - 00:46

TONINHO ALMADA
debate_record

Candidatos ao Governo de Minas participam de debate na Record

Transcorreu em clima morno, quebrado apenas em alguns momentos de embate direto e forte entre os dois principais rivais ao Governo de Minas - o governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta a reeleição, e Hélio Costa (PMDB) -, o debate entre candidatos na Record Minas. Como acontece na campanha eleitoral, a disputa entre os candidatos do PMDB e do PSDB dominaram o debate. Enquanto Hélio Costa fez críticas ao atual governo e a áreas que ele considera frágeis no Estado, como a saúde, o tucano jogou para o plano nacional e acusou o Governo federal pelos problemas em Minas.



Hélio Costa defendeu uma comparação entre as propostas dos dois principais candidatos. Voltou a ligar seu nome ao da candidata do PT a presidente da República, Dilma Rousseff, e ao presidente Lula. Apesar da desvantagem apontada pelas pesquisas, ressalvou que sempre recebeu os resultados com muito cautela.



Hélio Costa afirmou que "existe uma tendência entre os órgãos de Imprensa de seguir apenas as ações do governo". Questionado pelo candidato do PSOL, Professor Luiz Carlos, se houve censura em Minas durante os últimos oito anos, ele foi reticente. "Não falo em censura, mas numa tendência lamentavelmente em apoiar as ações do governo".



Segundo acusou o candidato do PSOL, a censura existe nas pesquisas feitas no Estado. Isso porque, segundo ele, nas sondagens feitas em Minas, o nome dele muitas vezes não aparece. Na sua resposta, Hélio Costa admitiu que, se o nome do adversário não consta nos levantamentos, a censura "está aí".



A apresentação dos dois principais concorrentes ao Palácio da Liberdade - Hélio Costa e Antonio Anastasia (PSDB) - seguiu à risca a estratégia de campanha traçada até agora. Anastasia se apresentou ao telespectador como o nome que "representa uma candidatura nascida em Minas, e para Minas". O tucano reforçou, já no início do confronto, a tese de que sua candidatura, ao contrário da candidatura de Hélio Costa, é fruto de um projeto nascido em Minas - e não fora do Estado. A provocação foi em relação ao fato de seu adversário ser apoiado pelo presidente Lula e pela petista Dilma Rousseff.



O concorrente do PMDB também não mudou o discurso que tem adotado como rotina. Costa se apresentou como o candidato que tem preocupação com o social, "assim como o governo Lula", que procura, segundo ele, "ajudar as pessoas". Citou ainda que o Governo do Estado tem de ser afinado com o Palácio do Planalto.



O embate entre os dois principais candidatos ao Governo de Minas ficou mais intenso no segundo bloco do debate. Hélio Costa, ao responder uma pergunta sobre investimentos em saúde, criticou a construção do novo Centro Administrativo do Estado (pelo então governador Aécio Neves), que, conforme disse, demandou altos gastos. "Ao invés de fazer o Centro Administrativo, poderíamos ter feito muito mais", alfinetou Costa, em recado a Anastasia.



Na sua resposta ao candidato do PMDB, o concorrente tucano afirmou que a construção da nova sede do Executivo mineiro irá economizar R$ 90 milhões ao ano. Hélio Costa, apoiado pelo presidente Lula, ainda insinuou que os principais gastos na Saúde no Estado foram feitos pela União, e não pelo governo tucano.



"Os recursos do SUS é que garantem o funcionamento dos hospitais. O que o Estado (de Minas) tinha que fazer era repassar os 12% para a Saúde". De acordo com o que apontou o peemedebista, estes repasses foram comprometidos porque a oposição ao Governo federal "retirou R$ 40 bilhões da Saúde".



Na sua réplica, Anastasia rebateu as declarações, afirmando que os recursos do SUS não são provenientes só da União. E acusou que parte da responsabilidade de a Emenda 29 - que obriga o repasse mínimo - não estar regulamentada é de deputados do PT e PMDB que, segundo ele, ainda não votaram a lei.



Hélio Costa também responsabilizou o Governo de Minas pela atraso nas obras de revitalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Afirmou que, diferentemente do que vem sendo dito pelo Governo mineiro, a administração federal só não iniciou as obras porque a Secretaria de Estado de Meio Ambiente atrasou na apresentação da licença ambiental. Anastasia refutou, informando que o que houve foi uma intervenção do Tribunal de Contas de União, identificando indícios de superfaturamente no projeto.



Para o candidato Hélio Costa, existe um investimento grande do Governo federal no Estado de Minas, o que é uma marca do governo Lula. Para ele, Minas foi privilegiado com verbas públicas federais, mas algumas parcerias público-privadas são mal conduzidas. Para ele, essa parceria deve ser acertada antes para funcionar melhor.



Para Anastasia, é preciso uma gestão profissional na administração pública. O candidato do PSDB destacou a importância do anel rodoviário e disse que a administração pública deve ser moderna e apresentar resultados. Acrescentou que a parceria público-privada é uma boa alternativa, mas não a única.



Indagado pelo Professor Luiz Carlos sobre o que os servidores de educação podem esperar do governo, caso ele seja eleito, Anastasia disse que a educação mineira é de excelência por esforço do professor, da família do aluno e dele próprio. Mas o candidato afirma que é necessário investir mais na educação, com nova metodologia de ensino e programas, como os que ajudam os alunos em piores situações, indo até a casa deles ajudá-los a estudar e a conseguir boas notas.



Chamou atenção no debate do Record da presença de Duda Mendonça. Famoso pela campanha que elegeu o presidente Lula em 2002, o publicitário se desdobra nas eleições deste ano para dar conta de todas as campanhas que comanda. No seu rol de clientes em 2010, estão os candidatos a governo de São Paulo Paulo Skaf (PSB), ao Governo do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e ao governo de Minas, Hélio Costa (PMDB).




Com debates simultâneos realizados pela Record ontem, Duda escolheu acompanhar o encontro pessoalmente onde a situação está mais complicado para seu candidato: Minas Gerais. Antes líder nas pesquisas, Costa perde pontos para seu principal adversário na disputa, o atual governador do Estado.



O debate teve quatro blocos, com os candidatos respondendo a perguntas formuladas por jornalistas convidados e também fazendo perguntas entre si. O debate foi mediado pelo apresentador do MG Record, André Vasconcelos. Os apresentadores dos programas Balanço Geral e MG no Ar, Mauro Tramonte e Carlos Viana, também participaram sabatinando os convidados, ao lado do coordenador da Editoria de Política do HOJE EM DIA, Alex Capella.







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sábado, 4 de setembro de 2010
Hélio Costa apresenta 15 propostas para a educação em plenária do SindUTE
Postado em 04/09/2010 por Equipe Hélio+Patrus

Os candidatos da coligação “Todos Juntos por Minas” (PMDB/PT/PCdoB/PRB) a governador, Hélio Costa, e a vice, Patrus Ananias, participaram, na tarde de hoje, de uma plenária organizada pelo SindUTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), em Belo Horizonte. Centenas de professores vindos de diferentes regiões do Estado ouviram atentamente à explanação de Hélio e depois dirigiram perguntas aos candidatos.

Durante seu pronunciamento, o candidato a governador enumerou os 15 pontos do programa de governo da coligação para a área da educação: criação de escolas técnicas profissionalizantes; construção de 600 creches de qualidade em 300 municípios; educação em tempo integral; valorização dos profissionais; redução do analfabetismo; fortalecimento do ensino superior gratuito e de qualidade; disponibilização de computadores para alunos e professores do ensino médio; distribuição de kits pedagógicos; alimentação de qualidade; inserção de crianças e jovens com deficiências; implantação de medidas para manter a segurança escolar; discussã o de um plano de carreira para os professores com representantes do setor; ampliação da participação das escolas estaduais no programa ‘Mais Educação’; criação do ProMédio; e manutenção do diálogo permanente com representantes da classe.

Caso eleito, Hélio afirmou que construirá 31 escolas técnicas profissionalizantes nas principais regiões do Estado. Outras 50 escolas estaduais já existentes também passarão a oferecer cursos profissionalizantes. Sobre a valorização dos profissionais, Hélio foi enfático: “engessar os salários dos professores, não abrir as portas para negociar com a classe e impor decisões não serão atitudes toleradas por nós”, ressaltou, em referência à greve de 42 dias dos servidores públicos de educação realizada nesse ano no Estado.

Em relação ao ensino superior público, o candidato peemedebista afirmou que a reestruturação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) como uma universidade gratuita e de qualidade é prioridade: “o governo precisa assumir esse compromisso com a educação pública. Não existe isso de cobrar mensalidade na UEMG e agregar uma fundação à instituição”.

Ele enfatizou que a instalação de internet banda larga nas cinco mil escolas de Minas, o que ocorreu em sua gestão como ministro das Comunicações do governo Lula, levou muitos alunos a acessarem bibliotecas digitais e aumentarem os contatos com a leitura e pesquisa. Ele falou sobre a proposta de levar computadores aos alunos do ensino médio: “um governo que tem 1 bilhão e 500 milhões de reais para construir a Cidade Administrativa, poderia gastar 100 milhões de reais em tal ação”.

Questionado sobre a cultura do governo de nomear superintendentes de educação sem consultar a classe, Hélio respondeu que, em seu governo e de Patrus, os superintendentes serão escolhidos em conjunto com os representantes da classe: “vamos manter as portas abertas e discutir essas decisões com vocês, professores. O secretário de Educação, por exemplo, será uma pessoa experimentada, que vive a realidade de vocês”.

O candidato finalizou sua participação na plenária com uma exclamação que puxou aplausos da platéia: “vocês são a vanguarda do exército que quer ver Minas mudar e que vai lutar para isso nesse fim de campanha”. Hélio e Patrus assinaram a carta-compromisso do SindUTE, cujas reivindicações estavam previstas no programa de governo da Coligação.

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