segunda-feira, 13 de junho de 2011

Euller:..." piso não é subsídio!"

domingo, 12 de junho de 2011
Quando a cara de pau e o cinismo tentam substituir a verdade: piso não é subsídio!

Quando a cara de pau e o cinismo tentam substituir a verdade: piso não é subsídio!

Que os governos em geral tentem tergiversar sobre as realidades e as ações impostas aos cidadãos, isso não constitui novidade. Mas, mentir descaradamente acerca do nosso piso salarial é algo que não podemos aceitar. Ainda mais partindo de autoridades que deveriam dar exemplo de retidão, não apenas nos atos, mas também nas palavras.

O governo de Minas - e quase todos os demais também, infelizmente -, e todos os seus porta-vozes faltam com a verdade quando afirmam que Minas já paga o piso através do subsídio.

Tal afirmação somente seria verídica em duas condições, apenas: 1) se não existisse outro regime remuneratório em vigor no estado, composto de vencimento básico e de gratificações - e no qual o piso não foi aplicado; e 2) se o piso tivesse sido considerado pelo STF como remuneração total e não enquanto vencimento básico, como de fato aconteceu no dia 06 de abril de 2011.

A partir desta realidade, constitui um grande cinismo deste governo - e de seus agentes - dizer simplesmente que "Minas já paga até mais que o piso através do subsídio."

Minas não paga o piso do magistério, é preciso que se diga aos quatro cantos do país. Uma vergonha para o terceiro estado mais rico da federação. Um mau exemplo de governo, ainda mais quando as vítimas são os educadores e a Educação pública - e a própria comunidade, diga-se, pois será ela a grande prejudicada, tanto com a greve que não desejávamos, quanto com o pioramento das condições da Educação pública, com a não valorização dos educadores.

Toda a ladainha em favor de uma gestão eficiente e de qualidade cai por terra quando se considera que nem mesmo a Lei do Piso é cumprida em Minas Gerais. Para onde vão os recursos da Educação? Que eficiência é esta, quando os governantes têm que tergiversar e mentir para a opinião pública ao invés de cumprirem a lei e pagar o piso?

O subsídio em Minas Gerais é sinônimo da ADI 4167, a mesma que foi derrotada pelo STF no dia 06 de abril último. O que pedia a famigerada ADI impetrada por cinco desgovernadores, que pelo menos tiveram a coragem de assumir a sua cara de pau publicamente? Ora, esta ADI (ação direta de inconstitucionalidade) pedia exatamente aquilo que fez Minas Gerais com o subsídio. Ou seja, que o piso fosse considerado como a somatória de vencimento básico mais gratificações. E isso foi rejeitado pelo STF.

O governo de Minas, ao invés de subscrever a tal ADI, fez pior: materializou de forma diabólica o conteúdo da derrotada ADI, incorporando ao vencimento básico todas as gratificações e vantagens conquistadas pela categoria, além de reduzir os percentuais de promoção de 22% para 10%, de progressão de 3% para 2,5%, e de confiscar o tempo de todos os servidores, que foram posicionados no grau inicial da carreira.

O governo de Minas não tem o direito de dizer que já paga até mais que o piso com esta lei, que representou, como já demonstramos em outro post, um confisco de duas Cidades Administrativas no bolso dos educadores.

O subsídio é tão bom que, à exceção dos cargos de confiança, somente aos educadores foi imposta tal lei. Nenhuma outra carreira do estado sequer aceitou conversar sobre este tema. Mas, como a Educação é sempre tratada com descaso, o governo de Minas não teve o menor pudor em impor uma lei que representou a negação do que é exigido na Lei do Piso.

Piso é vencimento básico, senhores do Governo de Minas e do Brasil, sobre o qual devem incidir as gratificações e vantagens conquistadas, como pó de giz, biênios, quinquênios, gratificação por pós-graduação, etc.

Ao invés de tergiversar para a população, os senhores deveriam é devolver aos novatos que ingressaram após 2003 as gratificações que foram confiscadas na gestão do faraó.

Chega de confisco salarial! Chega de achatamento salarial! Chega de cinismo e chega de mentir para a população mineira e brasileira!

Não será possível construir uma Educação de qualidade sobre essas bases. É um alicerce podre, que vai ruir caso os senhores insistam com esta cantilena.

Os educadores de Minas e do Brasil não vão aceitar isso! Queremos o nosso piso! Queremos o nosso terço de tempo extraclasse! Queremos as gratificações que foram confiscadas em 2003! Queremos o reajuste em todas as tabelas de acordo com os reajuste dos professores!

E que a nossa greve se fortaleça para que todos saibam que, enquanto a Lei do Piso não for cumprida, em Minas reinam o cinismo e a mentira!


Próximo post (daqui a dois dias): Até quando a Promotoria pública, a Justiça, o Legislativo e o governo federal ficarão omissos em relação ao não pagamento do piso em Minas e no Brasil?

***
"Cristina Costa:

Euler, acabei de compartilhar seu post no meu blog, no orkut, no facebook e no twitter.

Parabéns mais uma vez pelo conteúdo esclarecedor.

Um abraço!"

"Cristina Costa:

Como nosso governo pode ser assim tão mentiroso mesmo tendo uma legislação dizendo o contrário????

Realmente Euler você tem razão: vai ser cara de pau assim lá longe...

mas... bem longe da gente de preferência... "

"Anônimo:

sugiro que façamos uma corrente, via msn, blogs, email e tudo o que for meio de espalhar o texto que o companheiro Euler escreveu, até que todos saibam quem realmente é este governador de MG, imprensa em geral vamos a luta."

Postado por Blog do Euler às 16:04 3 comentários
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sexta-feira, 10 de junho de 2011
Educadores mineiros: por que todos nós devemos aderir à greve

Por que todos nós devemos aderir à greve

Vou esboçar aqui algumas razões para que os educadores que ainda estão resistentes e não aderiram à paralisação aprovada pela categoria em assembleia possam mudar de ideia e participar ativamente da greve:

1) porque a nossa greve é legal, é justa, é necessária. A Constituição Federal assegura aos trabalhadores, incluindo os servidores públicos efetivos e contratados, o direito à greve, direito este conquistado em duras lutas pela classe operária. Muito sangue foi derramado para que hoje possamos usufruir deste e de outros direitos em defesa dos nossos interesses de classe. E no caso presente, em defesa de direitos já garantidos em lei e descumpridos pelo governo;

2) porque constitui uma vergonha um professor com curso superior receber como remuneração por um cargo apenas dois salários mínimos, enquanto um policial militar e ou um bombeiro com curso médio recebe R$ 2.000,00 de piso, com reajustes previstos para R$ 4.000,00 em quatro anos. Não que os policiais ou bombeiros não mereçam. Pelo contrário, merecem até mais do que este valor, tendo em vista os riscos e os relevantes serviços que prestam à comunidade. Utilizo esta comparação apenas para mostrar o quanto a carreira dos profissionais da Educação encontra-se desvalorizada, maltratada, humilhada por este e por outros desgovernos;

3) porque temos uma lei federal aprovada, a Lei do Piso, considerada plenamente constitucional pelo STF, e que não é cumprida no estado de Minas Gerais, que não paga o piso e nem o terço de tempo extraclasse. Na pior das hipóteses, pelo piso do MEC aplicado proporcionalmente à jornada de 24 horas praticada em Minas Gerais, um professor com curso superior em início de carreira já deveria estar recebendo pelo menos R$ 1.431,00 entre vencimento básico (R$ 1.060,00) + pó de giz (20%) + três aulas de extensão como pagamento pelo terço de tempo extraclasse. O que é ainda muito pouco, diga-se de passagem;

4) porque o governo está contrariando todas as leis, tanto a federal - do piso -, quanto a lei estadual - do subsídio -, ao não implantar o piso no antigo regime remuneratório. Isto tem ocasionado perdas gigantescas para cerca de 35 a 45% dos educadores que possuem as gratificações como biênios e quinquênios, e que continuam recebendo, pela tabela do subsídio, valores muito inferiores aos que têm direito no antigo regime remuneratório para o qual já fizeram opção, segundo a lei estadual;

5) porque o governo tem obrigação legal para com os profissionais do magistério, e moral para com as demais carreiras, de reajustar todos as tabelas de vencimento básico do antigo sistema remuneratório em pelo menos 93% - índice que corresponde ao reajuste do valor dos vencimentos básicos para se chegar ao valor do piso mínimo exigido por lei. Para se ter uma idéia, um profissional com ensino médio (PEB1A) no antigo sistema, até 31 de dezembro de 2010 recebia como vencimento básico apenas R$ 369,00. Pela lei do piso, aplicado de acordo com o valor do MEC (R$ 1.187,00 para até 40 horas para o profissional do magistério com ensino médio), o vencimento básico deste profissional aqui em Minas deveria ser de pelo menos R$ 712,20; o vencimento básico do professor com licenciatura curta deveria ser de R$ 868,88; para a licenciatura plena (PEB3A), R$ 1.060,00; e para a especialização (PEB4A) R$ 1.293,24 e assim por diante - e sobre estes valores devem incidir as gratificações e vantagens adquiridas;

6) porque ao implantar a Lei do Subsídio o governo confiscou pelo menos o equivalente a duas Cidades Administrativas do bolso dos educadores. E o equivalente a mais uma Cidade Administrativa em 2003, quando cortou as gratificações dos servidores que ingressaram na carreira a partir daquela data - ou quando criou leis esdrúxulas, que confiscam tais direitos para os professores que ficaram fora de sala durante 300 dias, seja por doença, licenças outras, ou por não terem conseguido contrato com o estado;

7) porque Minas Gerais não aplica os 25% da receita na Educação, conforme revela o presidente do Sindifisco, Lindolfo Fernandes. A ser verdadeira esta revelação, pergunta-se: para onde estariam sendo transferidos os recursos da Educação? Para as empreiteiras? Para os banqueiros? Para os diretores do TCE que votam a favor da aprovação das contas do governo? Para o Papa? Para a Copa? Para os políticos amigos? Isso só o governo poderá responder. Mas, uma coisa é certa: para os educadores é que não é;

8) porque devemos denunciar também a omissão do governo Federal que não reajusta o nosso piso para pelo menos o valor defendido pela CNTE de R$ 1.597,00. Além disso, o governo federal se omite de cobrar dos governos estaduais e municipais o cumprimento imediato do pagamento do piso, tendo em vista a decisão definitiva tomada pelo STF. Vale lembrar também que o ex-presidente Lula, que sancionou a Lei do Piso, infelizmente cometeu o equívoco de vetar o artigo 7º desta lei, que dizia textualmente:

“Art. 7º - Constitui ato de improbidade administrativa a inobservância dos dispositivos contidos nesta Lei, sujeito às penalidades previstas pela Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992."

Ou seja, o governante que descumprisse essa lei seria responsabilizado perante a Justiça, podendo ter o mandato cassado, entre outras formas de punição pelo descumprimento da lei.

9) porque a nossa categoria, pelo menos uma parte dela, precisa tomar vergonha na cara e parar de fugir da responsabilidade e do compromisso com a nossa luta pela valorização das carreiras da Educação. Questões passageiras ou pessoais, como: férias prejudicadas, reposição de aula aos sábados, dívidas contraídas para compra de uma TV LCD 60 polegadas ou de um carro Zero, etc, etc, não podem servir de pretexto para impedir a conquista de direitos e vantagens que serão usufruídas por todos, durante os próximos anos da nossa vida.

Portanto, colegas educadores, é hora de focarmos o nosso objetivo na greve geral por tempo indeterminado, parando as escolas e mobilizando a comunidade para que, juntos, possamos pressionar o governo em favor das nossas justas reivindicações.

Um forte abraço e força na luta!


P.S.: uma boa matéria produzida pelo jornalista Nikolas Spagnol, intitulada "Prioridade Zero - Baixo salário na rede estadual motiva greve pelo segundo ano consecutivo" pode ser lida aqui.

***
"Anônimo:

Ufa!!! Que prazer perceber que o Euler de semanas atrás está retornando! E isso aí, colega: força na luta! Vc é força para todos nós! Abraços."

"CASSIA:

EITA EULER VELHO DE GUERRA, AGORA SIM.
SEI QUE A SUA CORAGEM E INTELIGÊNCIA ESTAVA APENAS DESCANSANDO, E COMO UM BRAVO COLEGA DE MONTES CLAROS DISSE ONTEM, EM NOSSA ASSEMBLEIA, GREVE: É CORAGEM DE LUTAR; CERTEZA DA VITÓRIA; ÁGUA NO CANTIL E FORÇA NA LUTA!
CONFIAMOS E PRECISAMOS DE SUA COERÊNCIA E OBJETIVIDADE, MAS ENTENDEMOS QUE OS BONS GUERREIROS TAMBÉM PRECISAM DE FRAQUEJAR PARA REDESCOBRIREM SUA FORÇA!
OBRIGADA!!!"

"Anônimo:

Remexendo em papéis aqui na minha casa encontrei alguns contra cheques que acho que deveria ser mostrado em seu blog por ser confiável e lido por muitos sofredores como eu.Veja o absurdo. Em 2009 tinha 26 anos de profissão com superior e pós graduação, PEB3A e recebia 1.597,91, décimo terceiro de dez/2010 recebi 1.354,54, contra cheque de dez/2010 recebi 1.340,33. Achei interessante colocar esses valores, pois um dos meus filhos concluiu que estudei para ganhar menos. Resumindo, com esse salário de fome tenho que sustentar minha casa, meus filhos na escola porque ainda estudam, são menores, não é possível trabalhar e sou viúva. Isso é só um desabafo, porque para o governador ele nunca vai saber como é sobreviver com esse salário de fome porque ele nunca foi assalariado e nunca precisou medir a água e o fubá para sobreviver, porque nós professores sempre bancamos a vida de marajás que eles levam. Obrigada pelo espaço valioso que temos em seu blog Euler."

"Anônimo:

Prezado amigo Euler, por favor me esclareça: no dia 04-04-11 assinei meu requerimento de aposentadoria, dia 05-05-11 voltei para remuneração antiga. Terei direito ao 6º quinquênio, trintenário, férias-prêmio, mesmo antes da publicação deste retorno pela SEE-MG? Grato pela sua habitual atenção."

Educadores do Rio de Janeiro também na luta:
IMAGENS DA PASSEATA DOS PROFESSORES. RIO, 10/06/2011
"Anônimo:

ATÉ QUE ENFIM.LEIA NO BLOG DA BEATRIZ CERQUEIRA .SIND-UTE DENUNCIA GOVERNADOR POR NÃO CUMPRIR LEI FEDERAL."

Informes que chegam via e-mail:

ATENÇÃO EDUCADORES DE MONTES CLAROS, AGENDA DA GREVE:

* SABADÃO NO MERCADO(11/06) - PANFLETAGEM A PARTIR DAS 9:00;

* SEGUNDA: VISITAS AS ESCOLAS PELA MANHÃ E A TARDE (16:00) TODOS(AS) CARACTERIZADOS(AS) NO ARRAIÁ EDUCACIONÁ - CASAMENTO DO NHÔ PISO CÁ SINHAZINHA CARREIRA, SANFONEIRO, QUADRILHA, PIPOCA E MUUUUUITA ANIMAÇÃO.


"S.O.S. Educação Pública:

Caro Euler

Andei sumida por causa da preparação da nossa GREVE, finalmente saiu.

Os funcionários da educação, os bombeiros, os médicos e os PMs do estado do Rio de Janeiro, o segundo mais rico da união, está ficando mundialmente conhecido como o funcionalismo de 0,99! O aluguel pago pela Seeduc por aparelho de ar condicionado, 800 reais, é maior do que o salário de um professor ou de um bombeiro.

Domingo, todos unidos vamos dar a nossa resposta na passeata a ser realizada em Copacabana. A mídia com certeza vai boicotar, mas a Internet, nos dá a garantia de mostrar para todo o Brasil a nossa indignação, vamos encher a rede com as imagens e os vídeos do evento.

Aproveito para parabenizar todos os colegas mineiros, pela garra e determinação.

União, Força e Perseverança! A valorização do docente é uma questão nacional, pertence a todos nós! Unidos em torno de um mesmo ideal seremos vitoriosos.

Não deixe de documentar o movimento com imagens, só assim podemos desmascarar a fala dos poderosos e furar o boicote da mídia, que tudo estão fazendo para desqualificar e enfraquecer os nossos movimentos. A Internet nos deu voz e visibilidade!

Grande abraço a todos!

Graça Aguiar"

Luciano História:

Amigo Euler, estou muito decepcionado, chateado com os meus colegas aqui de Janaúba, a adesão a greve foi mínima, inexpressiva, mesmo com a liderança sindical falando a importância do movimento muitos não aderiram por vários motivos, uns são absurdos: a escola tal não aderiu eu também não vou, não vou perder meus finais de semana repondo aulas, tenho contas para pagar (quem não tem), se nossa escola entrar de greve vai perder alunos para as escolas que não entrarem (infelizmente aqui em Janaúba existe a escola José Gorutuba onde os professores com exceção de 6 dúzia, não entram em greve e muitos pais levam seus filhos para o colégio queridinho do governo). O que mais me deixou chateado foram professores com mais de 20 anos não aderirem, olham apenas para o umbigo e acham que o protocolo de retorno a antiga carreira já está de bom tamanho para garantir o pagamento do piso, enquanto os militares exigem um piso de 4000,00 essa classe no qual estou com vergonha de pertencer não tem coragem de exigir o cumprimento de uma lei federal".

"Comentário do Blog: entendo sua justa indignação, amigo Luciano, mas temos que resistir e tocar o barco. Em toda parte sempre tem uma turma que espera um tempo antes de aderir e até mesmo aqueles que nunca aderem. Se dependermos destes, jamais conquistaremos um centavo. Aliás, eles mereciam ganhar salário mínimo e estariam muito bem pagos. Desculpem a minha franqueza.

Procure manter contato com as pessoas que estão dispostas a lutar e formem um comando de greve na região; reúnam-se e façam um arrastão pelas escolas. Fizemos isso aqui na última greve e funcionou bem. Muitas escolas, cujos profissionais fingiam que aquele movimento nada tinha a ver com eles, caíram na real após as nossas insistentes visitas.

Procurem provocar também os alunos e os pais de alunos, explicando a nossa situação e de como essa realidade é prejudicial para a Educação e, consequentemente, para os alunos. Professor que não aderir a greve neste momento presta um desserviço à Educação, e isso precisa ser dito para os alunos e pais de aluno.

Daqui a pouco nenhum bom profissional vai querer lecionar e os cargos serão preenchidos por pessoas sem preparo para tal atividade. Onde estarão estes furadores de greve neste instante? Provavelmente choramingando em alguma esquina, reclamando dos baixos salários que eles ajudaram a manter, com a omissão nos momentos de luta.

A comunidade precisa entender que a escola que fura greve não é boa referência. Pelo contrário: é sinal de que alguma coisa está errada naquela escola. A primeira coisa errada que grita aos nossos ouvidos: a despolitização, a ignorância, a ausência de cidadania e a incompreensão dos direitos conquistados. Um profissional desprovidos dessas competências e conhecimentos e experiência prática não pode ser considerado um bom profissional. Jamais gostaria que um sobrinho, ou filho de algum amigo meu passasse pelas mãos de um professor com este grau de atraso.

Fazer greve não é sinônimo de irresponsabilidade ou coisa de maus profissionais. Pelo contrário: fazer greve é coisa para bons profissionais, principalmente quando se trata de uma luta justa e necessária como a que agora estamos organizando. Ao mesmo tempo, como disse no post acima, as razões pessoais não podem sobrepor-se aos interesses de classe. Todo mundo tem inúmeras razões para não correr riscos e ter o ponto cortado. Mas, se assim procedermos, nunca conquistaremos nada. E as nossas dívidas vão aumentar, já que com este salário de fome não dá para ter uma vida digna.

Que os colegas de Janaúba, aqueles que ainda não aderiram à greve, revejam sua posição e entrem no movimento com toda a energia para que possamos arrancar juntos os nossos direitos, através da única linguagem que este governo entende: a da luta!

Um forte abraço e força na luta!"



"Anônimo:

Bom dia Euler!URGENTE

UOL EDUCAÇÃO divulga matéria importantíssima sobre a greve que está acontecendo em oito ESTADOS BRASILEIROS (incluindo MG). Por favor, divulgue em seu blog para que os colegas mineiros ainda indecisos se aderem ou não a greve possam refletir de que esse é o melhor momento.

A EDUCAÇÃO NACIONAL PARALISADA É UM MOMENTO HISTÓRICO.

ABRAÇO A TODOS!!!

http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/06/10/professores-da-rede-publica-estao-em-greve-em-pelo-menos-oito-estados.jhtm

Comentário do Blog: e enquanto isso a CNTE, que deveria organizar uma paralisação nacional e dar visibilidade a este movimento nacional, inclusive com propaganda paga em rádios e TVs e jornais, simplesmente dorme. Quando todas as greves terminarem aí esta entidade vai propor paralisação de um dia, não se sabe bem para quê. O nosso momento é este, é agora, temos que levantar o Brasil e mostrar que não dá mais para continuar com essa realidade dramática de descaso para com a Educação e com os educadores. Vamos divulgar as nossas lutas e as lutas dos colegas dos outros estados e fazer chegar o nosso grito aos governos federal, estaduais e municipais.

"Alexandre Campos:

Enqunato nos organizamos em greve o governo vem só falando que em Minas a educação vai bem e muito obrigado!

Veja no link da secretaria :
https://www.educacao.mg.gov.br/imprensa/noticias/2059-plano-nacional-de-educacao-e-discutido-em-belo-horizonte

Tiveram reunião e ainda disseram que Minas aprovou o Plano Decenal da Educação em Minas. Aprovou sim através de leis delegadas sem consulta a qualquer comunidade e aos educadores. Esse bando de mentirosos, quando a casa destes vai começar a cair. É de deixar qualquer indignado o descaso do governo com nós profissinais em educação.
Força Sempre!!!"

"Anônimo:

EULER , A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO JÁ DISSE A APEOSP QUE VAI CUMPRIR RIGOROSAMENTE A DECISÃO DO STF, INCLUSIVE O TERÇO DE TEMPO EXTRA CLASSE, PORQUE O ANASTASIA NÃO FAZ O MESMO.

http://apeoespsub.org.br/teste/Fax/Fax_4511.pdf "

"Anônimo:

Juiz obriga Prefeita Cleide Oliveira a pagar o piso nacional aos Professores do Município.

http://bloglivreopiniao.blogspot.com/2011/02/juiz-obriga-prefeita-cleide-oliveira.html"

"Anônimo:

Caro Euler,
sinto-me orgulhosa em ter em nossa categoria uma pessoa como você!
No primeiro dia da greve eu estava me sentindo tão vazia, pois depois de participar de tantas
outras greves, ainda vejo na escola aqueles amigos do desgovernador, que só criticam o sindicato e nada fazem e NUNCA fizeram pela causa que deveria ser de todos mas não se constrangem em deixar alguns poucos irem à luta. É uma lástima, pois muitas vezes se gabam de ser durões com os alunos (é fácil,né?).

Felizmente,voltei ao ânimo (confesso, depoisde voltar a este blog) e também por entender que sindicato somos nós e devemos estar juntos na caminhada.

P.S. fico impressionada com uma coisa: muitos que reclamam do e às vezes tem anos da profissão sequer são sindicalizados e nunca participaram de nenhuma assembléia."

"marcia:

Euler, no jornal Estado de Minas Gerais pág. 9 a secretaria da educação postou uma nota com o titulo Educação Pública. Nele ela atesta que MG já paga o Piso através do subsidio. Que a lei 11.738/2008 estabele um piso de 1187,00 que com a proporcionalidade seria 712,00. E no subsidio o valor pago em MG é de 1.122, portanto muito superior. E mais algumas pérolas, digna de resposta paga pelo SINDUTE para esclarecimento a população mineira da enganação dessa senhora.

Para ela não existe plano de carreira."

"Anônimo:

EULER , ANASTASIA EM ENTREVISTA DISSE QUE MINAS PAGA O TERCEIRO MELHOR SALÁRIO DO PAIS E, NÃO TEM COMO NEGOCIAR MAIS, ESPERA APENAS O BOM SENSO DOS PROFESSORES.

http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,38580;4,governador+anastasia+visita+o+sul+de+minas.aspx"

"Anônimo:

Euler ,
Boa Tarde!
Você leu o Estado de Minas de hoje? Nele tem mais uma mentira ,desta feita , a Secretária Ana Lúcia A Gazzola ,diz que o governo já paga o piso.Piso é Piso e não subsídio que engoliu todas as vantagens adquiridas com os anos trabalhados de cada servidor.Creio que a Secretária esquece que o professor sabe tanto a diferença que já exigiu o retorno ao pagamento de dezembro de 2010. Pobre secretária!!!!!! Maris das Graças de Matos Maffra Professora Aposentada -Masp -2245355 -Timóteo"

Tema para o próximo post deste blog: Quando a cara de pau e o cinismo tentam substituir a verdade: piso não é subsídio!

"Anônimo:

Gente, eu estou convencida de uma coisa: custe o que custar (corte de salários, ameaças, reposições em férias, seja lá o que for!) NÃO podemos desistir dessa greve e só poderemos voltar para as escolas com nosso Piso garantido. Não somos idiotas! Sei o quanto será difícil para nós (principalmente se houver corte de salário), mas de desistirmos agora, podemos esquecer de qualquer valorização da nossa categoria. É agora ou nunca! Se desistirmos, novamente serviremos de chacota para governos, secretários, pelegos e etc! Temos que arrancar esse piso. A lei está ao nosso favor. Vamos fazer o que for preciso. Se for preciso perder o ano, que se perca. Chega de sermos passados para trás. Precisamos de ações drásticas, doa a quem doer. Essa é a hora dos professores. Outros estados estão em greve pela valorização da educação. Não vamos desistir diante das pressões que certamente virão e a primeira será corte de dias, pois o governo sabe como nos "pegar" e ele vai mexer no bolso, pois sabe que assim muitos correrão para a escola com "o rabinho entre as pernas" (desculpem pela expressão, mas é o que acontece). Não vamos desistir enquanto não pagar. Vamos ver quem tem mais força: nós, uma categoria que se une dentro da lei ou esse governo fora da lei. Abraços!"
"Maria Luiza D. Silveira:

Caro colega Euler, com salários dos professores nos níveis que este mesmo blog vem anunciando, que professor em Minas compra TV LCD ou carro Zero km? Este tipo de comentário pode trazer interpretações errôneas criando equívocos e contradições.

Maria Luiza D. Silveira"

Comentário do blog: cara colega Maria Luiza, com 360 meses de prestação é possível comprar um carro ou uma casinha de dois cômodos nos rincões de Minas. Comprar desta forma é possível. O problema é pagar. Ainda mais com este salário-de-fome-de-um-professor-de Minas (assim mesmo, tudo junto). E o pior ainda é deixar de fazer greve por conta destas supostas dívidas. Nada disso combina com a realidade que queremos, não é mesmo?

"Cristina Costa:

Euler,

Adorei o título do novo post!!!!

Vai ser explicativo também para nossos colegas que não querem entender que deveriam voltar para o antigo regime.

Um abraço"

"Anônimo:

ACREDITO QUE A SECRETÁRIA, A SUBSECRETÁRIA E A ANA LÚCIA DEVEM ESTAR SENDO MUITO BEM REMUNERADAS PARA TER TAMANHO CINISMO E DIZER TANTA MENTIRA E PENSAR QUE AINDA CONSEGUE ENGANAR OS OUTROS. ESSE TEMPO JÁ FOI. INFORMAÇÕES NÓS TEMOS DURANTE 24 HORAS POR DIA."

"cidalima.com:

É verdade que temos muitos colegas usando várias desculpas para não aderir ao movimento, e principalmente a perspectiva de reposição. Aliás, ficar na escola pra não ter o salário cortado é muita cara de pau. Vai ter que repor do mesmo jeito. Desculpe-me os colegas que estão nesta situação, mas não tem perdão para quem concorda em ganhar este mísero salário e ainda defender o direito de não participar do movimento. Qualquer profissional de curso superior ganha muito mais que o professor. Então tenho que concordar com O Euler quando diz que a escola que não para tem algum problema.Por que então o professor tem vergonha de ir pra rua exigir um direito que está garantido pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERGONHA é para o governo do Estado de MG, o segundo estado mais rico do país, pagar vergonhosos salários para educação, saúde e segurança, alguma coisa está errada com este governo. Gente, vamos aderir ao movimento para garantirmos condições dignas para a nossa categoria agora, NÃO PODEMOS MAIS ESPERAR A BOA VONTADE DE NOSSOS GOVERNANTES. QUEM FAZ A HISTÓRIA SOMOS NÓS. CIDA".


Postado por Blog do Euler às 12:09 20 comentários
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Lin

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