domingo, 16 de maio de 2010

BENNY FALA DA GREVE DOS EDUCADORES DE M.G. EM SEU BLOG


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Benny
  • Benny
  • Jornalista, Editor de Mídias Convergentes da TV Alterosa/Portal Uai
14 de maio de 2010 12:32 pm

corte do ponto dos professores:uma dúvida que pode complicar o fim da greve

Uma análise cuidadosa dos releases divulgados pela ALMG e pelo Governo do Estado revela que ainda pode haver problemas sérios para se chegar ao fim da greve dos professores estaduais, na assembleia da categoria marcada para a próxima terça-feira, dia 18.

Anteontem, quando houve reunião mediada pelos deputados estaduais com a secretária de Planejamento, Renata Vilhena, e com a presidente do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, um dos principais temas foi o corte do ponto dos grevistas.

O release enviado pela ALMG, disponível no site do Poder Legislativo, relata: “será emitida folha extra de pagamento, caso não seja possível cancelar o corte nos salários dos profissionais devido à greve. Ela (Renata Vilhena) espera a contrapartida de que os professores apresentem um calendário de reposição das aulas e que vão encerrar o movimento”.

Já o release da Superintendência de Imprensa do Governo de Minas informa: “Em relação ao corte do ponto, a secretária explicou que o corte já foi efetuado e “na medida em que houver a reposição dos dias de aula paralisados”, o Governo de Minas poderá repor financeiramente os dias cortados.”

Um outro release do Governo, que transcreve a entrevista da secretária Vilhena, diz: “Em relação ao corte do ponto, esse corte já está efetuado e na medida em que o sindicato apresente uma reposição dos dias de aula paralisados, nós então vamos repor esses dias que foram cortados e paralisados. E se for possível, até em uma folha extra para que não haja muito prejuízo aí por parte dos professores que aderiram à greve em relação à sua remuneração. Mas é o que o governo pode fazer nesse momento."

Mas a transcrição literal da entrevista tem uma pequena diferença: “em relação ao corte do ponto, esse corte já está efetuado, e a partir do momento em que o sindicato apresente uma reposição dos dias de aula paralisados nós então vamos repor esses dias que foram cortados, e paralisados, e se for possível, até numa folha extra para que não haja muito prejuízo aí por parte dos professores que aderiram à greve em relação à sua remuneração. Mas é o que o governo pode fazer nesse momento.

Ouça aqui o áudio da entrevista e confirme a transcrição exata, feita por este blogueiro.

Hoje, o site da secretaria de Estado da Educação traz informe na capa, com data de ontem:

“Considerando a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais em 11/05/2010, que, nos autos da Ação Civil Pública no. 1.0000.10.021538-3/000, negou provimento ao recurso do SINDUTE, ratificando liminar que julgou ilegal a greve dos servidores da rede estadual de educação e determinando o retorno imediato ao trabalho, as ausências ocorridas até o dia 11 de maio deverão ser mantidas como FALTA/GREVE e, a partir do dia 12 de maio, serão registradas como FALTA. À medida em que os dias de paralisação forem sendo compensados, pelo cumprimento do novo calendário escolar, deverá ser informada a supressão das faltas correspondentes, em cada mês, para o devido pagamento. Belo Horizonte, 13 de maio de 2010”

Afinal, o Governo vai repor o corte do ponto “à medida em que” ou “a partir do momento” em que o calendário de reposição for informado pelos professores? Vai ser numa folha extra ”pra que não haja muito prejuízo por parte dos professores que aderiram à greve”, como disse Renata Vilhena, ou mês a mês, conforme a reposição for acontecendo, como diz a nota publicada no site da Secretaria?

Parece claro que o cancelamento do corte de ponto não há mais como ocorrer, embora o release da ALMG levantasse essa possibilidade. Se Vilhena disse isso durante a reunião, coberta exclusivamente por jornalistas da assessoria da ALMG, não confirmou depois, na própria declaração dela à imprensa: “esse corte já está efetuado”, disse a secretária.

Mas o prazo da reposição dos cortes ainda é dúvida. E pode ser fundamental pra definir o fim ou a continuidade da greve.

Com a palavra, a secretaria de Educação e o Sind-UTE


( Texto extraído do bennyblogspot.com)

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