sexta-feira, 5 de agosto de 2011

EULLER:"O que sobrará do governo de Minas após a greve dos educadores?"

sexta-feira, 5 de agosto de 2011
O que sobrará do governo de Minas após a greve dos educadores?


A continuar a intransigência e os métodos despóticos com os quais o governo mineiro vem lidando com a greve dos educadores, é difícil prever um bom termo para este embate.

O governo insiste em não negociar uma saída para colocar um fim à paralisação, que já se aproxima dos 60 dias. Educadores com salários cortados e reduzidos, em clara agressão à Carta Magna do país; alunos prejudicados; a imagem da escola pública absolutamente arranhada pela revelação da dramática situação em que se encontra. Estes são apenas alguns recortes da realidade mineira.

Enquanto isso, ao invés de buscar solução aceitável, o governo brinca de dizer através da mídia que já paga até mais que o piso através do subsídio, quando os contracheques dos professores escancaram, diante de todos, a realidade nua da miserabilidade em que se encontram os educadores mineiros.

Um estado que está entre os três mais ricos do Brasil, que cresce anualmente nos mesmos percentuais, ou maiores até, que a China; que tem recurso para construir cidades administrativas, viadutos, estádios de futebol, mas ao mesmo tempo tem a desfaçatez de se vangloriar por pagar aos professores um teto salarial de R$ 1.122,00. Isso quando deputados, secretários de governo, governador, desembargadores, promotores de justiça, diretores do TCE, entre outros cargos do alto escalão, recebem entre 30 e 80 salários mínimos.

Se o governo continuar tratando a greve dos educadores com essa inabilidade de amadores, seguramente colherá um desgaste que pode comprometer de forma irrecuperável a imagem e a autoridade moral do governo.

As estratégias do governo, herdadas da Era faraônica, centradas na divisão da categoria e no controle da mídia e da justiça, podem estar chegando a um limite. E o governo não conseguiu perceber isso.

O governo precisa entender que não há solução paliativa para a questão do piso salarial, que é lei federal, questionada e considerada constitucional inclusive pelo STF. Cabe ao governo cumprir a lei e pagar o piso.

Mas, o governo age de uma maneira que depõe contra a sua idoneidade moral. E por que digo isso? Não se trata de falso moralismo ou de preconceitos de quaisquer natureza, mas da conduta que deve apresentar um governante ante aos princípios republicanos, da transparência, da moralidade, da publicidade e do contraditório.

Ao divulgar pela mídia que já paga até mais que o piso através do subsídio, o governo precisa provar isso. Não basta fugir pela tangente e dizer que o piso reivindicado pelo sindicato está acima do piso do MEC. Até porque, pela proporcionalidade aplicada pelo governo, para a jornada de 24 horas, o governo poderia dizer inclusive que já paga os R$ 1.597,00 através do subsídio.

Contudo, ele sabe que está tergiversando, falando para inglês ver. E sabe também que tem uma mídia dócil, que não questiona o que precisa ser questionado.

Primeiramente, o governo comete um erro grave de não reconhecer que subsídio não é vencimento inicial, mas totalidade de salário, idêntico ao espírito da ADI 4167, que fora rejeitada pelo STF. Não sejamos ingênuos: o governo está cansado de saber disso, mas não quer reconhecer publicamente.

Em ambientes mais reservados, o governo admite que o piso verdadeiro, mesmo o do MEC, se aplicado em Minas custaria um investimento pelo menos 3 vezes maior do que o subsídio. A secretária do Seplag teria confidenciado isso para o deputado Rogério Correia. Este, por sua vez, revelou tal conversa (a dos R$ 4 bilhões, lembram-se?) em sua fala na tribuna da ALMG, mas, infelizmente, depois disso não tocou mais no assunto e não se sabe por qual motivo, tanto o deputado quanto a direção sindical fizeram total silêncio em relação a este importante dado.

Ficar esclarecido para a população que o governo não paga o piso porque ele tem um custo muito mais elevado do que o subsídio, é bem diferente de ficar batendo boca com o governo, dizendo que ele não paga o piso, enquanto o governo diz que já paga através do subsídio, cujo salário-teto atinge nominalmente o valor do piso, mas descaracteriza sua essência.

Mas, se a greve permanecer por um tempo, o governo terá que oferecer uma alternativa para o seu fim. O custo político da greve já começa a desesperar as hostes governamentais. Para os pais dos alunos e os próprios alunos, não interessa o argumento de que o subsídio é maior do que o piso; o que interessa é que os filhos deles estão sem aula. E quando eles se dirigem até os professores para saberem o motivo da greve, e ficam sabendo a verdade, claro que a revolta se transfere para aquele que deve assegurar a escola pública para os cidadãos - o governo.

Se o governo tentar uma solução tipo meia boca, convocando contratados, qualquer um que passe na esquina da escola, para lecionar no lugar dos professores em greve, pode se decepcionar com isso. Não apenas pela ausência de profissionais habilitados, mas pela indignação que tal ato poderá gerar. Os alunos do 3º ano do 2º grau, por exemplo, são alunos com certo amadurecimento político e não aceitarão soluções arranjadas, só para inglês ver. Além disso, contratar durante a greve fere a Lei de Greve, embora a preocupação com o cumprimento das leis vigentes não seja um componente forte deste governo.

Por outro lado, se o governo tentar uma negociação exclusivamente por meio do subsídio, estará alijando desse processo mais de 100 mil profissionais, a maioria dos quais com um bom tempo de serviço prestado ao estado. Portanto, ao invés de oferecer ajustes no subsídio, que teriam custos, obviamente, o melhor seria pagar logo o piso, mesmo que isso represente um custo maior para o estado.

É bom lembrar que a realidade salarial dos educadores é tão humilhante, que chega a ser uma agressão ao bom senso tentar fugir ao compromisso legal de pagar um piso miserável, como o do MEC, por exemplo.

A única forma do governo sair bem dessa história é implantar o piso na antiga carreira, mesmo que seja o piso proporcional do MEC, e oferecer a possibilidade, para aqueles que estavam receosos e permaneceram no subsídio, de optarem pelo antigo sistema, mesmo após o dia 10.

Qualquer outra solução não ficará bem para o governo. Se promover pequenos ajustes no subsídio, certamente não cumprirá a lei do piso no antigo sistema e com isso a greve continuará. Ou, se terminar, será num ambiente muito negativo, de indignação, de revolta, que seguramente vai gerar consequências mais para frente.

Um governo que se inicia deveria ter a preocupação de tentar acertar as coisas logo de cara, afim de poder governar com relativa tranquilidade durante os próximos anos. Foi assim, aliás, que o governo se comportou com a segurança pública, notadamente em função da ameça de greve feita pela Polícia Militar. Imediatamente o governo arquitetou uma solução com reajustes anuais e um valor total que chegará aos R$ 4.000,00 de vencimento básico (e não de subsídio, que é teto) para o profissional com ensino médio.

Já para os educadores, que reivindicam um piso que pode ser o proporcional do MEC (R$ 712,20) ou o da CNTE (R$ 1.597,00), mas que seja pago enquanto vencimento básico, salário inicial na tabela do profissional com ensino médio, isso o governo não paga e ainda usa o subterfúgio do subsídio para dizer que já paga até mais do que o piso.

Ora, há um limite para a falta de decência. Ao fazer este jogo, o governo e seus assessores demonstram que não têm respeito pelos educadores, e consequentemente, pela própria educação pública; e consequentemente, pelos filhos das famílias dos trabalhadores, que dependem da escola pública.

É revoltante para um educador ouvir do governo que já paga até mais que o piso através do subsídio. Isso agride a nossa inteligência; e põe em dúvida a inteligência de quem nos julga tão incapazes, a ponto de não sabermos diferenciar uma coisa da outra. Zombam dos educadores, mas zombam também da comunidade, que é igualmente capaz, com um pouco de esforço, de entender o que está em jogo, as diferenças e o comportamento de cada uma das partes envolvidas.

Seria mais respeitável para o governo dizer publicamente que não tem condições financeiras de bancar o piso, mesmo o do MEC. Claro que isso teria consequências. O governo teria que explicar melhor como investe os recursos da Educação. Teria que explicar também, em não havendo dinheiro em caixa, por que não solicita a complementação ao governo federal, tal como está previsto na lei do piso?

Por isso, para escapar dessas questões, o governo prefere repetir a mesma mentira, ao estilo do propagandista nazista Goebbels: "uma mentira dita cem vezes torna-se verdade". E o governo sabe que conta com os amigáveis jornalistas que alimentam a mentira dizendo: olha, pessoal, o governo diz uma coisa e o sindicato diz outra - como se tratasse de uma disputa partidária. Os jornalistas não fazem por conta própria qualquer investigação sobre o tema, para arguir ao governo sobre as questões que colocamos aqui. Aliás, os jornalistas poderiam até questionar ao sindicato sobre as contradições que ele também comete. Mas, teria que indagar ao governo:

- Por que não paga o piso no antigo sistema remuneratório, que é composto por vencimento básico e gratificações, e através do qual mais de 100 mil educadores recebem piso próximo ou até abaixo de um salário mínimo?

Se o governo pagasse o piso salarial, tal como manda a lei, os investimentos poderiam até ultrapassar a tal Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Neste caso, o que fazer? A melhor resposta que encontrei até agora veio do Tribunal de Contas de Pernambuco, que, consultado sobre o conflito entre a Lei do Piso e a LRF, respondeu:

"Embora o TCE já tenha respondido consulta semelhante, o relator do processo, conselheiro Valdecir Pascoal, opinou que fosse dada ao consulente a seguinte resposta:

I) Não há conflito entre as duas Leis porque cada qual deriva de comandos constitucionais diversos; II) A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas de finanças públicas direcionadas à gestão fiscal, enquanto a Lei nº 11.738/2008 trata da reserva legal para fixação do piso dos profissionais do magistério público; III) Se, ao implantar o piso salarial, a despesa total com pessoal ultrapassar o limite de gastos estabelecidos pela LRF, deve a administração pública adotar medidas para corrigir o desequilíbrio fiscal; IV) Essas medidas estão previstas na própria LRF, quais sejam, eliminação do percentual excedente nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no primeiro.

Publicado no Jornal do Commercio, no Diario de Pernambuco e na Folha de Pernambuco, 10.07.11".

Claro que uma outra solução poderá ser encontrada, com os governos estaduais e prefeitos pressionando o Congresso para que retirem os gastos com o pessoal da Educação dos limites da LRF. Embora a melhor solução mesmo seja a federalização da folha de pagamento dos educadores, como este blog, estimulado inicialmente pelos colegas João Paulo, Luciano História e Rômulo, tem defendido. Mas, esta possibilidade, pelo visto, terá que nascer da luta da base.

Concluindo: o governo de Minas, se desejar salvar a sua imagem e a própria governabilidade, deve chamar o sindicato para negociar o pagamento do piso, imediatamente, sem enrolação, sem imposição do tipo "só negociamos se a greve acabar", porque nada disso será aceito pela base da categoria. Não é apenas a direção sindical que o governo precisa convencer, mas acima de tudo, a base da categoria. Esta base, cada vez mais fortalecida por um núcleo duro composto por centenas de lideranças, não aceita mais enrolação ou jogo de faz de conta.

- Pague o piso, e salve o seu governo, Anastasia. É conselho deste blog para o governador de Minas.

Enquanto isso, a greve continua, até a nossa vitória!

Um forte abraço a todos e força na luta!

***

"João Paulo Ferreira de Assis:

Prezado amigo Professor Euler

Eles do governo só nos levarão a sério quando os alunos perderem o ano letivo. Não há meio termo. Aí sim, eles vão nos dar valor. Infelizmente, esta é a verdade. Sinto pelo alunos, sinto muitíssimo.

E sugiro a eles que entrem em blogs de escolas particulares, algumas têm inclusive portal, onde cada professor tem o seu blog, disponibiliza filmes pedagógicos, responde dúvidas. Um exemplo é o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, na cidade de Lavras. Eu o mencionei porque eu estudei naquela conceituada escola em 1971, cursando o Admissão (fui da última turma de Admissão), e a 5ª, 6ª e 7ª série, até 1974, quando mudamo-nos para Barbacena, e concluí o ginásio na Escola de Primeiro Grau São José. (www.colegiodelourdes.com.br)É só pedir no Google ou Yahoo, Colégio Nossa Senhora de Lourdes ''Lavras MG'', que se abre a página de consultas. Aí você clica sobre colegiodelourdes.com.br e acessa a página da escola, que pertence às Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade. No canto superior esquerdo vá em videoaulas e acesse a matéria que você quer.

Sei que não é a mesma coisa de ter uma aula com o professor, mas pelo menos dá para se fazer alguma coisa.
Lógico que não é só o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, há muitas outras escolas particulares na Net. Então é só acessar."

"Eduardo:

Euler e companheiros gostaria de lhes enviar cópia do e mail que mandei para o Deputado João Leite, respondendo a matéria do Jornal Estado de Minas de 04 de agosto de 2011.

Sr Deputado João Leite,

O jornal Estado de Minas, do dia 04 de agosto de 2011 trouxe uma matéria na qual o Sr, se posiciona a favor do subsídio defendido pelo governo de Minas Gerais.

O Sr tem todo direito de se posicionar a favor do governo, visto que faz parte do partido do Governador Antônio Anastasia. Sei que o Sr é cristão, já até assisti pregação sua na igreja a qual pertenço Igreja Batista da Lagoinha, como cristão fiquei extremamente decepcionado com a matéria do Estado de Minas. O jornal cita o Sr defendendo que o Governo de Minas já paga o piso.

Tenho vários colegas que o vencimento básico voltou para 369,00 aqueles com ensino médio, e no meu caso o meu vencimento básico voltou para 560,00. Creio que o Sr deve se posicionar a favor do Governo, mas não pode faltar com a verdade.

Sei também que o Sr é formado em História, gostaria de lhe propor que trocasse a seu subsídio, pelo nosso subsídio que o Governo tanto defende. Tenho certeza que o seu subsídio deve ser quase trinta vezes maior que o nosso subsídio, e maior ainda que o nosso vencimento básico.

O único pedido que faço ao Sr, se ainda não o fez, faça uma pesquisa ,leia mais sobre a lei do piso nacional dos professores. Leia a decisão do STF, na qual o nosso vencimento básico, não pode se tornar total de remuneração como quer o Governo.

A lei é clara são 1.187,00 para os professores com nível médio, portanto os demais profissionais tem que ter sua posição no plano de carreira ajustada. O sindicato dos professores defende um outro valor. Não sou de nenhum partido político, gostaria somente que a verdade prevalecesse nós professores estamos cansados de mentiras.

Por último, e novamente defenda o Governo sim, mas, não falte com a verdade nem seja omisso, pois sei que como cristão não podemos agir dessa forma. "

"Anônimo:

Caro Euler e companheiros de luta, o embate que ora se trava fica elucidado com nitidez neste texto que acabo ler. Parabéns a você, pela capacidade de fazer a História deste momento junto conosco. Euler, para mim, o verdadeiro Educador precisa ter o respeito dele próprio, de seus alunos, de seus pares, enfim, de toda a sociedade. Nós não podemos ser cúmplices de um sistema interessado em manter encabrestada grande parte do seu povo. Temos a capacidade de discernir o certo do errado. Essa questão já foi tratada à exaustão aqui, neste blog e, também, em outros espaços a que temos acesso. Agora, a questão que não quer calar é a seguinte: por que muitos colegas de trabalho, mesmo insatisfeitos, não aderem ao nosso movimento de reivindicação do cumprimento da Lei. Eu mesma penso ter a resposta: não creio que seja por falta de compreensão da realidade e, sim, devido ao nível de empobrecimento de muitos da classe que não podem ficar tempo nenhum sem receber a migalha mensal que lhes é “cabida neste latifúndio”. Corta-me a alma, sair, juntamente com outros companheiros, para explicar, exemplificar, mostrar, elucidar, tentar persuadir e convencer colegas de outras escolas e de outras cidades a aderirem ao nosso movimento e, alguns nem ficarem para a discussão e análise da nossa proposta. Outros ficam, ouvem, discutem, na maioria das vezes, concordam com o que é exposto, mas... não podem parar. Precisamos perguntar: Por que a Educação Pública no Brasil se encontra neste estágio mórbido? Por esse motivo que este blog, os seus textos, os nossos textos, a nossa interlocução se fazem tão necessários neste momento. Pois, essas são questões a serem debatidas, principalmente nas arenas políticas. Por quem nos representa. Ocorre, porém, que as arenas políticas estão em todas as nossas áreas de atuação, em todos os níveis e, nos setores da Educação, de forma privilegiada. Quem são os responsáveis por construir uma sociedade mais crítica e mais justa? Em grande parte, nós, os Educadores. Pois, à medida que os professores exigirem seus direitos, ‘fincarem pé’, não deixarem ser ludibriados, obterão mais consideração pela profissão, mostrarão a todos quanto são imprescindíveis para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária e seremos mais felizes, porque o conhecimento nos torna mais sábios e ser sábio é ser, também, político, na essência da palavra!"

"Wilma:

Euler,
Vamos fazer uma chamada de adesão ao nosso MOVIMENTO. Você que conhece a realidade da EDUCAÇÃO em nosso estado. Você que enfrenta carga horária exaustiva. Você que trabalha em duas ou três escolas para conseguir sobreviver. Você que acredita na EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE. Você que sempre reclamou do baixo salário no final do mês. Você que é desrespeitado e desvalorizado. Você que é EDUCADOR DE VERDADE. Você que acredita na MUDANÇA. Você que está acostumado a LUTAR. Você que não se deixa ENGANAR. Você que faz parte da CATEGORIA. Você que é a favor das nossas reivindicações. Você que é INTELIGENTE. Você que acredita que a EDUCAÇÃO é a base de todo DESENVOLVIMENTO. Você que acredita na entidade que nos representa. Você que já superou tantos DESAFIOS. Você que sabe o que representa o PISO SALARIAL PARA OS EDUCADORES. Você que ainda não aderiu à GREVE. Venha, só falta VOCÊ! A sua participação é fundamental para mudarmos o triste cenário vivido por nós, EDUCADORES MINEIROS e concretizarmos os nossos desejos. VENHA, você é quem falta para COMPLETAR O NOSSO TIME e conquistarmos o nosso PISO!"

"Educadora de São Miguel do Anta-MG:

Euler,
Já não consigo mais deixar de acessar o seu blog, este é o BLOG DA EDUCAÇÃO. Aqui sinto-me como se estivesse conversando, lado a lado, com os meus colegas de profissão, é maravilhoso!
Gostaria de aproveitar este espaço para chamar os nossos colegas que, por algum motivo, ainda não aderiram à GREVE, principalmente, os colegas das cidades de ARAPONGA, CANAÃ, ESTEVÃO DE ARAÚJO, são colegas que sempre foram responsáveis e comprometidos com a melhoria da EDUCAÇÃO PÚBLICA. Então, juntem-se a nós na LUTA PELO PAGAMENTO DO NOSSO PISO SALARIAL. A hora é AGORA! Queremos apenas o que é nosso de direito, nada além! Esta Luta também é de vocês! Vocês estão fazendo muita falta! Venham fazer parte desta CONQUISTA e juntos comemoraremos a VITÓRIA!"

"Jayme - Ubá:

Bom dia Euler, bom dia a todos os companheiros. O momento é de luta, agora então deveria ser intensa. Mais, infelizmente, tenho que noticiar que aqui em Ubá, minha escola era até ontem a única que havia parado totalmente. Diante desse fato, muitos professores que não queriam aderir a greve resolvem retornar a sala de aula a partir de segunda feira. Poucos, dentre eles eu, resolveram comprar a briga e pagar pra ver (literalmente). É triste, ver tantas desculpas esfarrapadas, mais devemos respeita-las, mesmo não concordando. Grande abraço a todos, por aqui ficamos fazendo uma luta de guerrilha, com poucos combatentes."

"Anônimo:

Aqui em minha cidade, interior das Gerais, há cartazes falando sobre a Lei do Piso e contracheques em vários locais (lanchonete, postos de gasolina, mercearia, etc.) A verdade está sendo mostrada a todos."

"Anônimo:

Se voltarmos para a escola sem o piso, não vamos repor as aulas, até porque o nosso salário "já foi pro Beleléu" no pagamento do mês de julho. O ano letivo precisa ser fechado, milhões de alunos e pais já estão cobrando isso, e contratar um número grande de professores para nos substituir também é impossível, visto que, os gastos com a burocracia da contratação seriam muito altos,nossos salários confiscados não pagariam e não se esqueçam que existe a Lei de Responsabilidade Fiscal, a tal, que só existe quando estamos em greve. É pagar o piso ou pagar um preço muito maior."

"EDUCADORA:

Euler,
Os seus textos e análises são um SHOW! Os pais, alunos e pessoas da comunidade que conversam comigo, estão tão indignados, decepcionados com as atitudes e a forma como este governo vem tratando dos assuntos referentes à EDUCAÇÃO e os EDUCADORES que, disseram que é o FIM da carreira política dele e de seus comparsas! Ele deveria ser mais esperto e negociar rápido o PAGAMENTO DO PISO SALARIAL porque a cada dia que passa está aumentando a fúria de toda população CONTRA O GOVERNO DE MINAS! Continuemos firmes na LUTA até o PISO!"

"Antônio Augusto:

Sr. Anastacia,tenha mais humildade e lembre-se que os mais humildes ganharão força política no futuro próximo.Não pense que cedendo, você irá perder, pelo contrário só terá a ganhar."

"juliana:

Euler, ao ler o texto de hoje, me ocorreu que o governo mineiro está "dando corda pra se esforcar".O que me parece é que comprometeu prematuramente os recursos para o pagamento do nosso Piso salarial em outras demandas, achando que nós nos renderíamos à falsa ilusão do subsídio. Percebendo mais tarde que sua estratégia estava fadada ao fracasso e que não aceitamos o subsídio, se desesperou e, tenta remendar a mentira. Mentira remendada, fica cada vez maior e fatalmente chega ao limite insustentável. Mas como voltar atrás nesse momento, uma vez que os gastos não podem ser claramente explicados e o dinheiro dos educadores não foi reservado para o fim de direito? Com a "corda no pescoço", ele se enrola mais, a cada dia. É só esperar. Nosso Piso há de chegar. Força na luta e que Deus providencie aquilo que necessitamos. Juliana-Montes Claros"

"Anônimo:

Excelente o comentário. Seria tão bom se o Anastasia visitasse o blog e fizesse uma leitura atenta e reflexiva do tema.Tenho certeza que ele iria refletir e negociar."

"Anônimo:

Caro Euler, você possui alguma informação sobre a questão da publicação do acórdão e o recurso que o governo pode apresentar a este, que foi citada por uma companheira de SC na reunião do dia 3. Seria interessante analisar o lado judicial e publicar para que desde já nossos colegas sintam-se mais dispostos a entrar ou permanecer na greve."

"Anônimo:

Bom dia Euler, a arrogância deste sujeito só faz aumentar o número de adeptos ao nosso movimento. Além de sr o corte da merreca do que nos paga outra motivação. E eu não reponho uma aula. Cortou, está cortado.
Abraço e até a vitória final!!!!!!"

"Ashley:

Euler,
Estou acompanhando seu blog desde o inicio da greve e estou encantada com o crescimento político de varios colegas.
Seu blog ta sendo consultado direto e tem dado animo nessa luta tao desigual.
Parabéns Euller,continue assim.
Ashley"

"Anônimo:

Pessoal acessem o blog Estuda Minas .É um blog sobre educação do Jornal Estado de Minas.Façam seus comentários principalmente sobre a greve dos professores."

"Professor Marcelo:

Caros professores, é duro ter um governador que usa de mentiras para não cumprir o que deveria. Será que o Anastasia não teve uma boa educação de seus pais? Será que esse moço consegue dormir em paz? E essa mídia? Que vergonha. Porém, somos BRASILEIROS E NÃO DESISTIREMOS NUNCA."

"Anônimo:

Se voltarmos para a escola sem o piso, não vamos repor as aulas, até porque o nosso salário "já foi pro Beleléu" no pagamento do mês de julho. O ano letivo precisa ser fechado, milhões de alunos e pais já estão cobrando isso, e contratar um número grande de professores para nos substituir também é impossível, visto que, os gastos com a burocracia da contratação seriam muito altos,nossos salários confiscados não pagariam e não se esqueçam que existe a Lei de Responsabilidade Fiscal, a tal, que só existe quando estamos em greve. É pagar o piso ou pagar um preço muito maior."

"Educadora de São Miguel do Anta-MG:

Euler,
Como o seu blog é o blog dos EDUCADORES, porque é um espaço fantástico para debatermos as questões que nos afligem, vamos lá. ALERTA TOTAL A TODA CATEGORIA! Está vencendo no dia 10/08 o prazo de opção ao regime remuneratório. Servidores, não deixem para a última hora, todos já sabem que a melhor opção para nós é o ANTIGO REGIME REMUNERATÓRIO, o Subsídio é coisa do GOVERNO. Aparentemente, podemos "perder" alguns trocados agora, mas optando pelo ANTIGO REGIME o lucro que teremos compensará as possíveis "perdas" atuais. Temos que pensar em nossa CARREIRA, não podemos dedicar anos numa profissão e simplesmente parecer que não saimos do lugar, ou seja, temos a impressão de estarmos sempre começando, isso é o Subsídio! Não podemos deixar que terceiros apontem os caminhos que devemos seguir, se quem vive o dia a dia da sala de aula somos nós. Ninguém melhor do que o EDUCADOR para saber o que é melhor para si. Não precisamos de governo e secretárias para orientar-nos em nossas escolhas, sabemos fazê-las muito bem, basta olharmos os nossos CONTRACHEQUES, deles precisamos para CUMPRIR AS LEIS, como por exemplo a do PISO. Nós, ao contrário do que muitos políticos pensam, temos capacidade de pensar, interpretar, analisar, criticar, opinar e mudar sempre que a situação nos exigir. Um detalhe importante é que quem optar pelo Subsídio não terá como VOLTAR e não terá como recorrer! Aliás, pra dizer bem a verdade, não quero nem ouvir falar mais em Subsídio! Esta palavra está causando-me náuseas. O governador que vá oferecer Subsídio para as suas secretárias e outros "amiguinhos"... Ele quer economizar às custas dos EDUCADORES! EDUCADOR DE VERDADE não se deixa ENGANAR! Como a MAIORIA dos servidores já optaram pelo RETORNO AO ANTIGO SISTEMA REMUNERATÓRIO, então teremos o FIM DO SUBSÍDIO! A melhor resposta que podemos dar ao governador é esta: QUEREMOS O NOSSO PISO!"

"João Paulo Ferreira de Assis:

Prezado amigo Professor Euler

Sugiro que se publique para os alunos uns links de escolas particulares e cursinhos para que eles possam acessar, como meio de se preparar para o ENEM. Assim, deixaríamos à mostra a despreocupação do governo em relação aos alunos e a nossa preocupação com eles.

Aliás, você já percebeu que os CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO SÓ ACONTECEM EM ESCOLAS PÚBLICAS? VOCÊ JÁ VIU ALGUMA ESCOLA PARTICULAR TER UM PROJETOR MULTIMÍDIA E COMPUTADORES DE ÚLTIMA GERAÇÃO FURTADOS? E já percebeste que a PMMG não pega ninguém? Deve ser por ordem superior. Afinal ''escola de pobre'' ter ensino de qualidade é coisa de comunista, é um crime digno das maiores penalidades. Não é atoa que temos um elitista convicto como superior hierárquico da Polícia. Até parece política dirigida. Some a isso o menosprezo aos professores, o desaparelhamento das escolas e as péssimas condições de trabalho dos professores de escolas públicas e você verá que é esta a política educacional do PSDB. ACHO QUE NÓS TEMOS DE DEIXAR ISTO BEM CLARO PARA OS ALUNOS."

"EDUCADORA:

Colegas,
Por favor, nem pensem em voltar para a escola sem o nosso PISO! Não chegamos até aqui para nada. Queremos alcançar o nosso objetivo que é o PAGAMENTO DO PISO SALARIAL! A negociação é o PISO!".

Comentário geral do Blog: olá pessoal da luta, é bom que fique claro que sem luta, sem greve, não haverá conquista. Não podemos renunciar, sob qualquer pretexto, ao nosso direito e dever moral até de lutar pelos nossos direitos. Aos colegas que estão em dúvida, lembrem-se: antes de pensar em voltar para a escola com cara de derrota, pensem em permanecer em greve, porque quem está na luta é já um vitorioso, teve coragem moral para lutar, quando muitos se calaram. Tenho orgulho de travar este combate ao lado de vocês, guerreiros e guerreiras da Educação que estão em luta, e vou permanece em greve o tempo que for necessário para que alcancemos os nossos objetivos. Disseram aqui que o governador apresentará uma nova proposta para segunda-feira. Vamos considerar que isso seja uma primeira vitória do nosso movimento, pois o governo, antes, sequer aceitava a hipótese de negociar. Com a proposta nas mãos, se for apresentada, é claro, vamos estudá-la com calma. Não temos pressa para terminar a greve e voltar para a escola insatisfeitos. Se julgarmos que a tal proposta não nos satisfaz, devemos apresentar nossa contra-proposta e deixar claro que sem atingir os nossos objetivos, a greve continua. E que a última palavra será sempre da categoria em greve. Um forte abraço e força na luta!

"Kátia - João Monlevade:

O governador estará na minha cidade, João Monlevade, no póximo dia 11, para inauguração do CTI do Hospital Margarida. Vamos preparar para ele uma bela recepção??
Kátia - João Monlevade"

Postado por Blog do Euler às 01:50 26 comentários
Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no orkut Compartilhar no Google Buzz

Nenhum comentário :

Postar um comentário