segunda-feira, 27 de junho de 2011

EULLER: " As consequências da nossa greve, se levarmos ao extremo."

sábado, 25 de junho de 2011

As consequências da nossa greve, se levarmos ao extremo



As consequências da nossa greve, se levarmos ao extremo


Quero me dirigir aqui especialmente aos colegas em greve, mas também aos que ainda não aderiram, e que estão fazendo falta para que possamos apressar as nossas conquistas.

Quanto maior a adesão à greve, maiores as possibilidades de obtermos a vitória total sobre o governo. Disso os colegas que ainda estão em sala de aula precisam saber. Quanto mais insistirem em não aderir à paralisação, mais tempo deve durar este movimento, pois o impasse fica estabelecido, com o governo contando com este apoio auxiliar dos colegas que estão em sala de aula.

Por mais justas que sejam as razões individuais de cada colega, há momentos na nossa vida em que os interesses maiores de classe - que acabam também beneficiando a cada um particularmente - devem falar mais alto. Este é um desses momentos. O futuro da categoria, nosso piso, nossa carreira, nossa vida profissional, enfim, estão em jogo. Nada justifica, portanto, a omissão. Toda a categoria, em consonância com a decisão tomada democraticamente em três assembleias, deve cruzar os braços e manter a greve por tempo indeterminado para exigir que o governo cumpra a lei, pague o piso, o tempo extraclasse e atenda as demais reivindicações dos educadores.

Mas, se muita gente gosta de comentar sobre as consequências na vida pessoal de quem faz greve, com o possível corte de ponto, quero falar também sobre as consequências da greve para o governo, que não sairá imune caso sejamos coerentes e levemos essa greve até as últimas consequências.

Primeiramente, quem tem que garantir os 200 dias letivos para os alunos não é o professor, mas o governo do estado. Caso não o faça estará cometendo crime grave, descumprindo um dos mais importantes mandamentos constitucionais. Por isso, essa ameaça de cortar o ponto dos professores deve ser analisada por nós - e principalmente pelo governo - com o devido cuidado e respeito à comunidade escolar.

Caso o governo corte o ponto dos grevistas sem antes negociar conosco, não temos nenhuma obrigação de repor as aulas que foram cortadas pelo governo. Lembremos que estamos em uma greve legítima e legal, garantida pela Carta Maior. E ainda por cima lutando pelo cumprimento de uma lei federal, que o governo estadual descumpre.

Logo, ao cortar o ponto dos grevistas, o governo deve arcar com as consequências deste ato. Somos 160 mil professores na ativa. Se ficarmos 30, 40 ou 90 dias em greve, onde o governo vai arranjar tantos profissionais habilitados para cumprirem a reposição destes dias nos finais de semana e feriados? E com que qualidade de ensino isso ocorrerá, caso o governo lance mão de leigos para cumprir as tarefas que nós cumprimos com brilhantismo?

Nem os educadores, nem a comunidade, e muito menos os órgãos como o Ministério Público podem aceitar uma coisa dessas. Portanto, colegas, se batermos o pé, mantendo a greve fortalecida e crescente, o governo ficará cada vez mais sem mecanismos para nos intimidar.

Além disso, o governo precisa obrigatoriamente investir no mínimo 60% dos recursos do FUNDEB com os salários dos profissionais do magistério na ativa. Caso corte um ou dois meses de salários dos grevistas, como vai justificar se ao final do ano as contas não fecharem por não ter investido os recursos do FUNDEB corretamente? É outro pepino nas mãos do governo, e se há uma coisa que dá cassação de mandato por improbidade administrativa são esses recursos do FUNDEB. O governo teria que depositar esse dinheiro na nossa conta, mesmo se estivéssemos em greve, até o dia 31 de dezembro de 2011.

Claro que o governo tem seus instrumentos de pressão. Um deles, talvez o principal, é o corte de ponto, que tem efeito imediato. Dado ao grau de miserabilidade da categoria, que não consegue sobreviver sem o salário do mês sequer para bancar o básico (arroz, feijão, óleo, pão e leite), é preciso pensar em mecanismos para socializar essa realidade com a população em geral.

Uma das alternativas seria montar barracas na Praça Sete, na Praça da Liberdade, em frente às emissoras de rádio e TVs e também na Cidade Administrativa, na ALMG e em frente ao TJMG. Nessas barracas, caso haja o corte dos salários, faríamos o pedido de doações à comunidade, afim de montarmos cestas básicas para os colegas mais necessitados, exibindo ao mesmo tempo os contracheques de dezembro de 2010, que é o nosso verdadeiro salário, enquanto o governo não paga o piso. Grandes cartazes devem ser afixados ao lado dessas barracas, mostrando a realidade dos educadores, comparativamente com a realidade salarial dos desembargadores, dos deputados, do governador, das secretárias da Educação e da Seplag, etc.

Este ato autoritário e ditatorial e burocrático do governo pode se converter num ato político, a mostrar a natureza cínica de um governo que constrói cidades administrativas, viadutos, estádios de futebol, mas corta o ponto dos educadores em greve e se recusa a pagar o mísero piso salarial, que é lei federal descumprida em Minas.

Um outro instrumento do governo é mandar (mandar, este é o termo) que seus desembargadores - aqueles que se submetem a tal pressão - declarem a ilegalidade da nossa greve, contrariando o que diz a Lei Federal. Neste caso, devemos resistir. Acampar em frente ao TJMG e exigir dos senhores desembargadores respeito à Lei e à sociedade mineira e brasileira. É mais outro ato do governo que se converteria em ato político contra o governo e contra a Justiça, caso esta envereda por este caminho de subserviência ao poder Executivo.

Finalmente, não podemos descartar a possibilidade de acamparmos também em frente às principais emissoras de rádios e TVs de Minas. Devemos lembrar aos proprietários dessas emissoras - e à alguns jornalistas de aluguel - que elas são concessão pública e que têm obrigação de prestar serviços à comunidade, e não apenas bajular os governantes de plantão, como vêm fazendo vergonhosamente em troca de 30 dinheiros. O silêncio cúmplice dessas emissoras é uma das responsáveis pela trágica situação vivida na Educação, e também pela violência social que eles adoram noticiar de forma sensacionalista, e pela desigualdade social existente.

Uma outra importante frente de batalha deve se dar na ALMG. Devemos insistir para que as comissões de Educação e a de Direitos Humanos realizem audiências públicas, com microfone aberto para a base da categoria e convocação das principais autoridades do governo mineiro. Exigir que os debates sejam transmitidos pela TV Assembleia, além da divulgação que faríamos pela Internet.

Para todas essas mobilizações seria muito importante convidar os estudantes e pais de alunos para resistirem juntos conosco. É uma luta comum, de salvação da carreira dos educadores e da própria Educação pública de qualidade para todos.

Por isso, colegas de luta, caso o governo continue com sua costumeira intransigência, devemos enfrentá-lo com coragem e ousadia, mas acima de tudo com união entre os colegas da Educação. Divididos seremos facilmente derrotados. Unidos, temos chances reais de arrancar os nossos direitos, na luta e na lei. Principalmente na luta, na greve, já que este governo não conhece outra forma de diálogo que não seja esta, a da luta aberta e destemida travada pelos valentes colegas educadores.

Um forte abraço a todos e força na luta!

***

"Anônimo - Piranguinho:

EULER, VOU PEDIR LICENÇA A VOCÊ MAIS UMA VEZ, POIS O BLOG DA NOSSA COMPANHEIRA BEATRIZ FICA MUITO TEMPO SEM ATUALIZAÇÃO E, COMO ESTOU MUITO PREOCUPADO E, TALVEZ NÃO DÊ TEMPO ATÉ QUE ELA LEIA ESTA MENSAGEM, É QUE AQUI EM PIRANGUINHO TEM UMA ÚNICA ESCOLA ESTADUAL E ESTAMOS PARADOS NA TOTALIDADE, MAS O QUE ME PREOCUPA É QUE POR POUCA PRESENÇA DA SUBSEDE DO SIDUTE DE ITAJUBÁ TODOS ESTÃO QUERENDO RETORNAR NA PRÓXIMA SEMANA, OU SEJA, NA TERÇA FEIRA E, POR ISTO ESPERO QUE A BEATRIZ TOME UMA PROVIDÊNCIA E NÃO PERMITA QUE ISTO ACONTEÇA."

Comentário do Blog: caro combativo colega, sou eu quem pede licença a você, desta vez, e aproveito a sua mensagem para mandar um aviso a todos os colegas da sua escola e das demais 3.500 da rede estadual de Minas. Quem faz a greve não é a direção estadual ou a subsede, mas os colegas educadores de cada uma destas escolas. Nós é que decidimos, primeiro em assembleia e depois em cada escola paralisar as nossas atividades. Reúna-se com os seus colegas, discuta com eles sobre a importância de manter a greve para alcançarmos os nossos objetivos. Se voltarem agora para a escola, vão contrariar a própria comunidade, que apoia a greve e espera que alcancemos nossos propósitos, até para justificar a nossa paralisação. Se voltamos de mão abanando, quando temos uma lei federal a nos respaldar, o que explicar para os alunos? Eu teria vergonha de voltar ao serviço nessas condições. Não precisamos da direção do sindicato para decidir o que nós (eu, você e seus colegas) devemos ou não fazer. A categoria em assembleia já decidiu: é greve! No próximo dia 28, terça-feira, haverá nova assembleia da categoria. Convide seus colegas para comparecerem neste encontro dos educadores ao invés de pensarem em voltar para a escola. É na assembleia que devemos decidir os destinos da nossa luta, e não isoladamente em cada cidade. Um forte abraço e força na luta!

"Anônimo:

Euler,
Sou professora há 21 anos e vivo a mesma situação dos demais colegas. Proponho que façamos uma campanha para que os filhos de todo funcionário público (médico, dentista, juiz,
promotor, vereador, governador, presidente, deputado, senador etc...) sejam obrigados a frequentar uma escola pública.
Força na luta !!!!!!!!"


"Anônimo:

Senhor Governador Antônio Anastasia, dedico-lhe esssa canção de Chico Buarque de Holanda e nem sei o que daria para que V.Exa. soubesse disso. Saiba o Senhor que estou com os olhos marejados,com uma tristeza imensa. Nem a minha veia poética consegue expressar.

Caro Euler, se achar que não deve postar, entenderei...

Um grande abraço a todos.

Apesar de você
Chico Buarque/1970

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal "


"Anônimo:

Euler, precisamos movimentar mais: Volta na Lagoa da Pampulha pelo pagamento do piso; verificar a agenda do govenador e acompanhá-lo; vigília na Cidade Administrativa, na Assembleia Legislativa, em frente à casa do governador (onde ele mora mesmo?); abraço a algumas rádios e emissoras de TV; fechamento de rodovias; ocupar a SRE, etc. Temos que movimentar, porque o governador está quieto e seus comandados também. E... todo mundo tem que parar, educação tem que parar, o governo tem que pagar o piso estipulado em lei já. ABC"

"Anônimo:

GOSTEI DA IDEIA DE PEDIRMOS AJUDA A COMUNIDADE EM PROL DOS EDUCADORES COM NECESSIDADE FINANCEIRA , MELHOR AINDA, FILMAR , GRAVAR FOTOGRAFAR E MANDAR PARA TODOS OS ÓRGÃOS DA IMPRENSA E DIREITOS HUMANOS, PARA A ONU, SEI LA, TEM QUE POR A BOCA NO TROMBONE"

"Anônimo:

Euler , O ANASTASIA ESTARÁ EM PARÁ DE MINAS, INAUGURANDO A ITAMBÉ. SERIA BOM SE TODOS VIESSEM FAZER A MANIFESTAÇÃO AQUI. ANÔNIMO"

Comentário do Blog: Diz pelo menos a data e a hora da visita do governador para que a gente possa recepcioná-lo.


"Anônimo:

Boa noite Prof. Euler,

Mais que nunca a mobilização é necessária! Quem ainda não aderiu, precisa saber, que essa greve conta com respaldo legal, não há o que temer, afinal, não somos nós que estamos infringindo a Lei, e sim o Governador de MG .
Gostaria de ver publicado em seu blog, parte do texto do Rapahel Douglas, publicado no site AMALGAMA.

MAIS UM ESFORÇO SE QUISEREM SER LIVRES

Nós não temos uma boa e saudável constituição social no Brasil. Estamos morrendo como indivíduos e apodrecendo enquanto coletividade. Os políticos corruptos são um despautério constante e permanecem rindo grotescamente em nossas caras. Nossa macropolítica é um equívoco. Mas está tudo globeleza! E nós não fazemos nada! (...) Tenho sonhado com o tempo em que marcharemos juntos nas ruas do Brasil tal qual fizeram muito recentemente seres humanos ávidos por liberdade no Egito e na Líbia. Sonho com o dia em que expulsaremos não um só ditador, mas centenas de pequenos coronéis que me fazem ter a infeliz vontade de sair desse lindo país que não se livra da metástase da corrupção. Por todos os deuses se eles existem! Que prazer incomensurável seria poder ver punido em praça pública um político acusado de escravidão ou outro que desvia dinheiro de merenda escolar. (...) Mudaremos um dia?

É hora de exigir uma porcentagem efetivamente grande do PIB nacional para que seja aplicado na moribunda e sucateada área educacional. Um professor do estado brasileiro, assinalou muito recentemente a professora Amanda Gurgel, sofre como um burro de carga para tentar desesperadamente educar quem não recebe a mínima estrutura educacional. É hora de usar todo o potencial financeiro e natural desse famigerado país para tirar das ruas quem passa fome. Esse discurso não é o sentimento de um adolescente líder de uma banda punk. É um desabafo espiritual de um cidadão que analisa friamente os fenômenos que o rodeia. É hora de educação política. É chegado o tempo da desalienação. É o momento de purificar os ares pútridos e fétidos da política que manda e desmanda nessa terra maravilhosa.

É hora de proporcionar um curto-circuito na identidade brasileira. Só uma crise nos fundamentos para abalar o edifício das mentiras que nos fazem engolir. É hora de esquecermos um pouco as individualidades egóicas e marchamos. Sim, marchar! (...)A pé, com carros, animais de tração, avião, seja lá como. É hora de cobrar salário zero aos políticos.(...) É hora de enxergar o óbvio.

Texto na íntegra aqui: http://www.amalgama.blog.br/05/2011/brasileiros-mais-um-esforco-se-quiserdes-ser-livres/"


"Anônimo:

Prezados colegas! Que tal, se o Euler permitir, lógico, a gente imprimir alguns posts que ele escreveu e enviar aos colegas que não aderiram à greve. Esse último por exemplo, é um bom post para imprimir ou enviar por e-mails àqueles que ainda resistem a entrar de greve. Se sua escola já entrou, leve à escola vizinha que insiste em desprezar nossa luta. Quem sabe eles não se tocam? Força na luta e greve até o piso!"

Comentário do Blog: caro combativo(a) colega, todos os textos deste blog estão a serviço da nossa greve. Um forte abraço e unidade e força na luta!


"Anônimo:

Prezado Euler e demais colegas, peço por favor para que no dia 28, próxima assembléia, todos levantem suas mãos pela continuidade da greve, seja lá o que isso no custar. O preço mais alto que poderemos pagar será o corte do nosso salário, mas como já disse o Euler e alguns colegas, se o governo cortar nosso ponto, NÃO VAMOS REPOR OS DIAS PARADOS e aí quem ficará numa saia justa será o governo. Sei que muitos dependem desse salário (inclusive eu, claro), mas RECUAR JAMAIS, vamos até as últimas consequências, essa greve tem que ser mais forte do que a do ano passado (da qual tive orgulho de participar durante os 47 dias, descer a rua São Paulo e bradar na Av. Afonso Pena). Sou concursada desde 2006 e sou totalmente prejudicada sem direito a biênios e quinquenios (uma falta de vergonha na cara desse governo nos confiscar isso). Tenho 29 anos e muito tempo a viver e vivenciar coisas na escola. Por isso, por mais que corte meu salário (que vai me fazer falta, lóóógico), estou disposta a ficar nessa greve até 100 dias se for preciso, só sei de uma coisa: EU QUERO, EU EXIJO O PISO, EXIJO QUE O GOVERNO SE TOQUE E NOS PAGUE. Tendo em vista o concurso, eu acho que ele está esperando o máximo de pessoas para que ele arbitrariamente obrigue a ficar no subsídio (eu mesmo sem vantagens já optei pela carreira antiga, claro, mas ainda estou recebendo pelo subsídio) já que os concursados até agora, segundo consta, não terão opção de escolha e esperando mais gente ser enganada pelo subsídio, pois ele sabe que TEM QUE PAGAR O PISO, mas deve estar esperando o menor número de servidores para entrar no Piso (não é à toa que quem opta pelo salário antigo tem como pedir para voltar para o subsídio, mas uma vez escolhido o subsídio, essa opção se torna irrevogável... pura manobra e jogada política). Enfim, meus caros colegas efetivos, efetivados e designados GREVE ATÉ O PISO, nem que para isso se perca o ano letivo. Problema do governo fora da lei. Outra coisa: será que a gente não conseguiria contato com o CQC (a coisa está tão tensa que já estou apelando, hehehe) para bater um papo com a secretária ou algum assessor do governo? Tenho certeza que eles iriam ficar apertados diante das câmaras nacionais. Para concluir, GREVE ATÉ O PISO!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

"Anônimo:

GREVE, GREVE, GREVE... querido Euler, acho que agora mais do que nunca a greve deve continuar. Não vamos nos render às pressões. Na próxima Assembléia, tente, por favor, novamente falar à categoria (chega lá e exija esse microfone, se a ordem é de chegada, que vc seja o primeiro e não saia da cola) e fale para a categoria um resumão geral do que você tem postado em seu blog. E mais, vamos arrumar alguma maneira de incentivar aqueles que não aderirão a entrar em greve, não é possível que essa gente lê e escuta as atrocidades do governo e secretárias e continuam em salas, como se nada estivesse acontecendo. Temos que mandar e-mails, criar comunidades no orkut, facebook, e sei lá mais o que mostrando que essas pessoas estão pensando no micro e não no macro, e que se não for agora, podemos esquecer esse piso. Não vamos desistir dessa GREVE enquanto não voltarmos com o piso. Agora já é até questão de honra à nossa categoria. Um abraço!"

"Anônimo:

É EULER, AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/06/morre-o-ex-ministro-da-educacao-paulo-renato-de-souza.html"


Comentário do Blog: Por enquanto, pelo que li no link indicado, ele só morreu, não pagou nada. Pode ser que no andar de baixo a coisa seja diferente.

"Anônimo - Piranguinho:

EULER, SOU DA MESMA REGIÃO DO COLEGA DE PIRANGUINHO E, DISCORDO EM PARTE DE VOCÊ QUANDO DIZ QUE SO DEPENDE DOS PROFESSORES ESTAREM EM GREVE OU NÃO, É QUE A ÚNICA ESCOLA DE PIRANGUINHO, COMO QUALQUER OUTRA DO ESTADO, ESTÁ SOBRE O CONTROLE DE UMA SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO QUE SE FAZ PRESENTE QUASE QUE DIARIAMENTE NA ESCOLA, "PRESSIONANDO" OS PROFESSORES, E COMO EM TODAS AS ESCOLAS TEM TAMBÉM EFETIVADOS DA LEI 100, DESIGNADOS, QUE SOBRE PRESSÃO E SEM QUALQUER PALAVRA DE APOIO E INCENTIVO DE QUEM DEVERIA ALI ESTAR PRESENTE PARA TIRAR DUVIDAS E FAZER ESCLARECIMENTOS SOBRE O MOVIMENTO FICA FÁCIL PARA O GOVERNO, POIS A FOGUEIRA SÓ SE MANTÉM QUANDO SE PÕE LENHA NELA, NÃO ACHA."

Comentário do Blog: caro combativo colega de Piranguinho, se vocês consideram importante a presença dos dirigentes da subsede meu recado agora é para eles:

colegas diretores da subsede de Itajubá, vocês estão convocados para uma visita urgente a escola de PIRANGUINHO.

Procurem saber sobre essa pressão da superintendência sobre os professores da escola e denunciem aqui. Educador, seja ele efetivo, efetivado ou designado, não pode aceitar nenhuma pressão de ninguém. Se isso estiver ocorrendo, registre em uma ata, peça duas testemunhas para assinar, que vamos acionar na Justiça o agente público que comete tal infração.

Greve é um direito constitucional, seja em BH, em Vespá ou Piranguinho. Agora, pessoal da escola (de todas as escolas, não só de Piranguinho), quando a gente entra em greve a gente evita ir na escola, até para não sofrer pressão de diretores sem escrúpulo - claro que hoje nós temos bons diretores, que apoiam a greve, porque sabem que direção é cargo passageiro e que depois eles voltam para a sala de aula. Só os diretores mais atrasados é que pensam que serão diretores eternamente.

Toda força aos bravos colegas de Piranguinho. Vamos ficar na torcida para que a escola continue em greve
.

"Anônimo:


EULER, TENHO UMA BARRACA PARA OITO PESSOAS E ESTOU LOUCO PARA ACAMPAR AI EM BH, É SÓ MARCAR O LOCAL QUE ESTAREI PRESENTE."

Comentário do Blog: Blz, vamos precisar de muitas barracas, mas traga corbertor também, pois BH tá frio, rsrs.
Se bem que o clima pode esquentar...

"Anônimo:

Trabalho há 23 anos como professora da rede estadual de Minas, sempre na regência de aulas, profissão escolhida e amada, sou, na tabela do suicídio PEB1G, 1530,OO (LÍQUIDO COM ALGUNS EMPÉSTIMOS RECEBO UNS 950,00) vivo com este salário miserável e, olha que eu tenho dois filhos adolescentes. Estou preparada para esta greve desde o ano passado, não volto para sala enquanto esse piso, que é também vergonhoso diante de outras profissionais de curso superior, não for pago. TENHO VERGONHA NA CARA. Algumas pessoas ficam preocupadas se o colega vai parar ou não, ora, que pare sozinho, algumas pessoas se guiam pelo exemplo, pela força, pela coragem de outros. Estou parada desde o dia 8 e me lembro que no dia o Diretor falou: "vamos fazer uma reunião para nos posicionar", eu lhe respondi que a minha posição não dependeria de reunião alguma, estava parada e pronto, o resultado disso 3 dias depois a escola inteira aderiu ao movimento. O SINDICATO SOMOS NÓS, as pessoas precisam compreender isto. Como que professores, que são pessoas bem mais esclarecidas que estas secretárias oportunistas que se enriquecem as nossas custas, temem a pressão de alguns diretores sem noção, que sempre levam lucro com o nosso sacrifício? GREVE, GREVE, SE CORTAR A MIXARIA NÃO PAGAMOS OS MESES (KKKKKKK) PARADOS E PRONTO, NÃO ESTOU NEM UM POUCO PREOCUPADA COM ISTO. Está na hora da sociedade perceber que somos essenciais todos os dias e não somente quando interessa a eles, os ratos do dinheiro, público."

"Anônimo:

Euler, vamos seguir este exemplo e pedir o apoio dos pais de alunos tambem.

http://www.engeplus.com.br/noticias/32789,Pais-e-professores-unidos.html"


Comentário do Blog: pois é, eis um bom exemplo, vindo de Santa Catarina. Pais de alunos unidos aos educadores em greve e com isso calando a boca dessa imprensa maldita, que usa o nome dos estudantes em vão, sem consultá-los.

"Anônimo:

VAMOS PEDIR A AJUDA DOS PAIS DE ALUNO.

http://www.sulnoticias.com/geral.php/page/geral/ed/3/cdn/30318S PAIS DE ALUNO."



"Cristina Costa:

Euler, hoje não vou te elogiar, viu????kkk...

Hoje vou parabenizar os combativos colegas que visitam o seu blog e deixam aqui registrados estes comentários que enriquecem ainda mais os seus posts. Que maravilha!!!! Adoro ler e leio todos os comentários e tenho vontade de conversar com cada um. É bonito sentir a força deste pessoal!!! Tenho orgulho de cada um que está luta. Cada um no seu anonimato faz a diferença!!!

Os nossos colegas de profissão que ainda não aderiram a greve deviam mesmo lê-los. Não tem como não nos unirmos nesta nossa luta até o PISO.

Colega (anônimo), também tenho VERGONHA NA CARA!!!

No ano passado, quando após 47 dias de luta, o desgoverno nos assaltou com o subsídio e eu vi, minha carreira ir embora, meus biênios, meus quinquênios, minha pós,... eu fiquei muito, muito decepcionada e com um vazio no peito que não conseguia descrever. Pensava com meus botões na hora da votação na Assembleia: "Meu Deus, estas pessoas (deputados) não temem a Deus!!! Eles estão ali para defender os direitos da sociedade, do povo... como podem fazer isto conosco? Como podem defender uma coisa como está? Faltou uma educação política para estes "cidadãos", a escola falhou na hora de educar politicamente estes "deputados". Isto é culpa nossa!!!! Merecemos!!! Temos que rever nossa postura em sala de aula...

Agora, estamos tendo uma chance de reconquistar nossa carreira e é esta chance (ÚNICA) que NÃO PODEMOS nem vamos PERDER. PORQUE SE NÃO CONSEGUIRMOS FAZER VALER NOSSO DIREITO AGORA, JÁ ERA....

Vamos deixar os motivos pessoais de lado por um momento, e pensarmos grande e coletivamente.

Estou preparada para levantar a mão terça-feira pela continuidade da greve, caso não aconteça algum milagre até lá, é claro!!!"


Comentário do Blog: Tem todo o meu apoio, combativa amiga Cristina! E esta turma que visita o blog é da pesada mesmo, incluindo você, rsrs!

"Anônimo:

OI POVO DE GARRA, ESSA IDÉIA DE PEDIR AJUDA (CESTAS BÁSICA) É BOA DEMAIS, QUEM SABE ASSIM TODOS ENXERGARÃO MELHOR A VERGONHA QUE MG ESTÁ VIVENDO COM O DESRESPEITO DOS GOVERNANTES PARA COM A CATEGORIA DE EDUCADORES, QUE POR SINAL TERIAM QUE SER A MAIS RESPEITADA, TUDO PRIMEIRO, SE QUER SER ALGO DE BEM TEM QUE PASSAR PRIMEIRO POR EDUCADORES... VAMOS LA PROSSIGA, NÃO PAREM, NUNCA DESISTAM DE LUTAR PELA JUSTIÇA PQ DEUS É JUSTIÇA E POR MAS QUE ELE DE CORDAS AOS INJUSTOS ELE ESTARÁ SEMPRE DO LADO DOS JUSTOS. ABRAÇO"


"Anônimo:

Estou muito confiante e tenho fé que toda essa luta valerá a pena. Nada me desanima neste momento. E para quem teme o corte no pagamento, como vc disse, a responsabildade dos 200 dias letivo é do governo, portanto, com o passar dos dias, semanas e até meses na greve o governo não terá opções, ou ele pagará o piso imediatamente ou não poderá efetuar mais cortes temendo que o ano letivo não seja fechado, NÃO TEREMOS OBRIGAÇÃO DE REPOR SEM PAGAMENTO. E tenho certeza, que nas próximas semanas o governo vai tentar alguma negociação porque se a greve continuar em agosto o governo ficará sem saída. VAI TER QUE PAGAR."

"Marcelo - Contagem:

EULER,
A GREVE deve continuar até arrancarmos o PISO. mas é preciso que façamos uma atividade de impacto para que a grande imprensa nos noticie e a sociedade saiba que a greve está forte e disposta a continuar. O que percebo é que a direção está sem direção ou não quer radicalizar. O dia D 22/06 não foi noticiado e as atividades foram enfraquecidas por que dividiu-se em região, teria que ser unificada para dar impacto. O pessoal combativo de Montes Claros usou uma alternativa usando o youtube recebi do companheiro Zé Gomes não sei se você viu. Valeu! Mas ainda achei tímido a manifestação e acredito que o mesmo aconteceu nas outras regiões. Se fosse juntos seria bem melhor poderíamos ocupar a linha verde que dá acesso ao aeroporto por volta das 8:30 e muitos iriam perder o voo, outros não chegariam em Bh. E assim a imprensa teria que ir. Você que tem mais influencia dê essa sugestão ou outra melhor. Quem sabe pode ter um fôlego na GREVE e além de incentivar os outros companheiros a somar conosco."


Comentário do Blog: caro combativo colega, a possibilidade levantada por você não pode ser descartada. Mas, é preciso estudar o melhor momento para isso. Outras atividades, como as que já foram sugeridas aqui, também devem ser levadas em conta. De fato, temos que colocar o bloco na rua, literalmente, e fazer o governo sentir o peso da nossa greve. Um abraço e força na luta!

"Anônimo:

OI EULER
FIZ COMENTÁRIOS E NÃO VI A POSTAGEM A MINHA ESPOSA DISSE QUE EU TENHO QUE OBSERVAR A DATA ATUAL COMO SOU INEXPERIENTE, PENSO QUE PODE TER ACONTECIDO ISSO. OU VOCÊ TEM TAMBÉM CENSURA? DE UMA OLHADA NOS COMENTÁRIOS QUE NÃO FORAM POSTADOS E FAÇA-O. POR FAVOR."


Comentário do Blog: Não há nenhum comentário pendente. Talvez seja na hora que você postou o comentário, pode ter acontecido algum problema. Tente postar novamente. Se não for baixaria ou ataques pessoais, ou preconceituosos, ou que joguem contra a nossa greve (como eu imagino que não seja) eu não "censuro", prometo! rsrs.

"Anônimo:

EULER,
Fiz um comentário sobre blog institucional X pessoal e vc não postou, agora queria fazer um comentário para direção estadual e não quero fazê-lo no blog pessoal da coordenadora, Será que você poderia comentar sobre isso?
"

Comentário do Blog: caro anônimo, o referido comentário não chegou aqui. Tente postar novamente. Mas, seria melhor você escrever diretamente para a coordenadora do sindicato, pois pode parecer que estou estimulando este tipo de debate, o que não é verdade. Neste instante, o nosso foco deve ser um, apenas: o fortalecimento da nossa greve até a nossa vitória final.

"Anônimo:

Euler postei o seguinte no Blog da Beatriz Cerqueira e quero deixar registrado no seu blog que é tão acessado: Querida Beatriz, tudo bem? Diante do descaso desse governo e secretárias, já venho pedir para que você, em momento nenhum, proponha o fim dessa greve para tentarmos negociação. Só sairemos dessa greve com PISO. Quem esse governador pensa que é para ousar descumprir uma lei? Que fiquemos 100 dia em greve, mas sem o Piso não voltaremos. Contamos com você e você conte conosco. Não vamos negociar nada depois da greve. Tem que se agora, já. Unidos venceremos e tenho certeza que os braços se levantarão dia 28 pela continuidade da greve (inclusive o meu, rs rs). Um abraço."

"Cristina Costa:

Euler, adorei esta postagem que estava no blog do S.O.S educação pública:

QUAL É A COR DA GREVE?

BRANCA:
assinar o ponto e cumprir o horário sem aluno.

AMARELA:
aquele que se submete a um tratamento médico durante a greve, mesmo podendo adiá-lo.

ROXA:
fazer horário especial para arroxear os alunos e pais de raiva, considerando que os alunos voltarão para repor depois da greve.

VERMELHA:
diretores que espalham terror psicológico em professores e funcionários.

http://soseducaopblica.blogspot.com/2011/06/qual-e-cor-da-greve.html#comment-form"


"Anônimo:

Euler, sou detentor de dois cargos efetivos de PEB4F e pedi o retorno à remuneração antiga. Será que receberei os 10% de pós-graduação que eu recebia em "agosto" de 2010, por ter saído de vez do subsídio? Informe-me por gentileza. Grato pela sua habitual atenção."

Comentário do Blog: caro colega Anônimo, não tenho certeza, mas, caso você não tenha tido nenhuma promoção (mudança de nível) neste período, penso que todas as gratificações anteriores devem ser pagas quando o piso for implantado. Não podemos aceitar nada diferente disso.

"Gilson Vieira Soares:

Caro Euler, algumas dúvidas que colegas me trouxeram, pode ser?

Uma vez publicado o acórdão, o pagamento do piso (básico + vantagens) se torna inevitável por parte do governo ou ainda cabe outra argumentação além da famigerada " minas paga 57% mais que o estabelecido"?

A complementação por parte da União caso o governo solicite, como vai ser? Existem vantagens confiscadas e outras que tem em alguns estados e outros não. Pode não haver diferenças entre o básico proporcionalmente a jornada, mas tem diferença quanto a natureza da gratificação e portanto professores com mesma jornada e tempo de magistério podem receber salários diferentes em estados diferentes, o que descaracteriza o conceito de piso nacional. Sabe algo a respeito?

Cabe ação na justiça a exigência que determinada parte da categoria (designados) não tenha direito a opção pelo subsídio, uma vez que o mesmo é uma lei estadual e o piso é federal? A lei do piso não deveria se sobrepor sobre qualquer forma de remuneração no país?

Alguns poucos estados e municípios já pagam acima do piso. Podem esses reduzir o valor a ser pago, não para efetivos, mas para contratados, uma vez que tais não tem estabilidade?

O período de recesso de julho, conta para os dias paralisados?

E por fim uma dúvida particular. E o tal do efeito vinculante sobre o terço de tempo. Não sei o que significa?

Abraços"


Comentário do Blog: caro Gilson, são muitas dúvidas, rsrs, mas vou responder em parte, resumidamente, e não necessariamente na ordem das perguntas, ok? Vamos lá:

1) não pode haver redução de salários para os casos onde o governo pague salário maior do que o exigido pelo piso;

2) efeito vinculante é mais ou menos para o caso de uma decisão judicial que obriga todos a cumprirem, sem direito a recursos. No caso do terço de tempo, como houve empate na votação, a ADI 4167 não logrou êxito, ou seja, foi rejeitada. Mas, vieram com essa ladainha de que não tinha "efeito vinculante", o que foi inclusive criticado pelo ministro Joaquim Barbosa, que denunciou os ministros Peluso e Gilmar Mendes de tentarem estimular os governos a não aplicarem a lei, nesse ponto.

Mas, uma lei aprovada não carece de efeito vinculante. A grande maioria das leis federais sequer mereceram julgamento do STF e são cumpridas rigorosamente. O mau governante, inimigo da Educação, é que procura essa desculpa de não querer aplicar o 1/3 de tempo por não ter "efeito vinculante". Repare que mesmo na parte que tem esse "efeito vinculante", que o caso do piso enquanto vencimento básico, não está sendo cumprido pelo governo.

Mas, se o governante não cumprir a lei do piso integralmente, incluindo o terço de tempo, seguramente será acionado judicialmente, e caso perca em última instância, terá que pagar de forma retroativa em valores salarias corrigidos. De certa forma, depois de nos pagar o piso (condição para que a nossa greve termine), ainda terá que nos pagar pelo tempo excedente em sala de aula e ainda por cima abrir em torno de 20 mil noivas vagas para professores. Tudo por conta do 1/3 de tempo, que é direito nosso;

3) as diferenças estaduais e municipais, entre planos de carreiras, salários e gratificações não impedem que a lei do piso seja cumprida nos seus pilares elementares: piso enquanto vencimento básico, no mínimo proporcionalmente à jornada praticada (mas não obrigatoriamente); um terço de tempo extraclasse; pagamento do piso respeitando os diferentes níveis e graus definidos em cada plano carreira, etc.;

4) finalmente, cabe uma ação judicial sim, por parte dos designados e novos concursados para garantirem o recebimento pelo antigo regime remuneratório. Numa rápida conversa que tive com o presidente do Sindifisco, ele me disse que certa feita eles ingressaram com ação contra o estado (e ganharam) para garantir a opção ao sistema remuneratório por parte dos servidores daquele sindicato.


Ainda mais no nosso caso, que a Lei do Piso é muito clara enquanto forma de pagamento, totalmente oposta ao subsídio. E ainda mais considerando que a Lei do Subsídio entrou em vigorar posteriormente à Lei do Piso, o que pode se caracterizar inclusive como prática de má fé por parte do governo. Sobretudo se considerarmos que o subsídio foi feito apenas para os educadores, quando em todas as outras carreiras do estado prevalece os planos com a mesma estrutura do antigo regime remuneratório. Ou seja, foi um ajeitamento para confiscar direito e escapar do piso. O atual governo é mestre nisso. Mas, pra cima de nós, outra vez, não!


É isso, por enquanto.

"Luciano História:

Um presidente tem como função primordial em uma nação o cumprimento da carta maior, uma lei federal está sendo descaradamente estuprada pelos entes federativos e o governo federal não faz nada.Sou defensor de uma reforma geral não apenas na educação mas em todo serviço público, acho que toda carreira pública deveria ter o salário inicial fixado em salários mínimos com quinquênios como forma de valorizar o tempo e com promoção (entre 1,0 a 0,5 salário mínimo) por mudança de nível. O serviço público não pode mais ficar refém de prefeitos e governadores e o governo federal não pode mais se omitir diante dessa situação de calamidade do serviço público, em especial a situação dos professores, todo ano tem uma série de greves em diversos setores públicos que só desgasta a imagem e a qualidade do serviço prestado, a sociedade sabe que a gente recebe pouco mas não quer greve todo ano. Não temos que negociar nada com o governo Estadual, se quer o fim da greve pague o piso, se existe uma lei federal e ela não está sendo cumprida temos que exigir do governo federal que ele respeite seu juramento de defender a constituição federal"


"Luciano História:

"Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens." (Dilma Rousseff)

Qual vai ser o discuso agora que prefeitos e governadores estão limpando a bunda com a lei do piso?

Será o que ela vai falar agora: a gente criou a lei o problema é que eles não cumprem, ou, eu falei que iria melhoria a situação dos professores só não falei quando pois a prioridade é a copa e depois a olimpíada."


Comentário do Blog: sua indignação é mais do que justa, amigo Luciano. Também acho um absurdo a omissão do governo federal. Cheguei até a escrever um novo post na tarde deste domingo, mas achei que ficou tão pesado que resolvi não publicá-lo. Pelo menos não por enquanto. Neste texto, o título é justamente este: "Dilma, Anastasia e Cia Lda: até quando? Até quando? Até quando?". No texto, critico também a omissão da CNTE, que não usa o recurso que recebe das nossas contribuições para denunciar a realidade nacional de descaso com a Educação pública. Seis estados em greve, nenhum governo praticamente cumprindo a lei do piso, e essa cumplicidade típica de quadrilha entre governantes das três esferas (federal, estadual e municipal), partilhada pela mídia comprada, pelos legislativos e judiciários, e pela confederação dita dos trabalhadadores, todos num complô contra os educadores. É revoltante e a nossa resposta não pode ser outra senão a greve geral até a vitória e a denúncia pública dos responsáveis pela realidade dramática dos educadores e da Educação pública no Brasil. Um forte abraço e força na luta!
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