quarta-feira, 12 de outubro de 2011
O piso é para todas as carreiras da Educação
Vigília na Cidade Administrativa, dia 10: a turma do combate ocupou um pedaço do imenso vão livre do Prédio do Governador. O chão até trincou. (fotos: Ana Cristina).
O piso é para todas as carreiras da EducaçãoNo momento em que o governo de Minas reabriu a discussão sobre quais as carreiras devem receber o piso salarial nacional, instituído pela Lei Federal 11.738/2008, faz-se necessário que abordemos o tema à luz da legislação vigente. O governo entende ser o piso um direito de professores e especialistas. O sindicato da categoria obviamente discorda. E nós, como parte da categoria, apresentaremos alguns elementos para contribuir com essa discussão.Do ponto de vista legal e jurídico, há quatro referências que devem ser consideradas ao abordarmos esta questão: a Constituição Federal, a Lei do Piso, a Lei Federal 12.014/2009, e o Plano de Carreira dos educadores de Minas, que discrimina as categorias de trabalhadores que se devem considerar enquanto profissionais da Educação.Antes, porém, de visitarmos este apanhado de leis vigentes no país e no estado, é importante considerarmos o sentido principal da implantação do piso salarial nacional, que é o de valorizar os profissionais da Educação com o intuito de se alcançar uma outra exigência constitucional, qual seja, a de oferecer uma Educação pública de qualidade para todos.Portanto, valorizar os educadores é a condição necessária, ligada umbilicalmente à construção de uma escola pública de qualidade. Neste ponto, torna-se necessário definir quem são estes educadores, os chamados profissionais da Educação, responsáveis pela produção da educação na interação diária com os alunos e com toda a comunidade escolar.De forma muito precisa, a legislação brasileira já responde a essa questão. Vejamos em primeiro lugar o que diz a Lei do Piso - 11.738 -, que data de 2008, e que regulamenta o artigo 206, VIII, da CF, que manda implantar o piso salarial nacional:"Artigo 2º, § 2º - Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional." (grifos nossos).Reparem que a Lei do Piso cita nominalmente algumas atividades, além da docência: direção, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais. Claro que a lei, neste caso, cita exemplos gerais que o legislador considerou como sendo os de "suporte pedagógico à docência". Mas, é importante considerar aqui a existência diferenciada, entre as distintas redes estaduais e municipais, no que tange às carreiras da Educação. Neste caso, cabe salientar que a Lei do Piso, a exemplo da CF, prevê a adaptação do piso aos planos de carreira vigentes nas redes de ensino público municipais e estaduais. Logo, é natural que além das carreiras citadas, outras carreiras sejam alcançadas pelo piso.Em Minas Gerais, por exemplo, o Plano de Carreira da categoria define a criação de oito carreiras pertencentes ao mesmo quadro da Educação e da categoria dos educadores. Há uma unidade e unicidade jurídica e estrutural que torna possível estabelecer políticas comuns para o ensino público do estado. Existe ainda uma relação proporcional entre as tabelas salariais de todas as carreiras, considerando-se obviamente as diferentes jornadas, formação acadêmica, tempo de serviço, mas unidas por critérios e princípios comuns. Deixar de fora do alcance da lei do piso algumas dessas oito carreiras seria discriminá-las, oferecer um tratamento diferenciado para uma realidade que impõe um tratamento comum para as oito carreiras enquanto profissionais da Educação.Nem vou entrar no mérito do baixo impacto financeiro que resultaria a correta inclusão de todas as carreiras, além de professores e especialistas, na aplicação do piso. Somente a carreira dos professores e a dos especialistas representam algo próximo de 80% do montante de recursos investidos com a carreira dos educadores em Minas. Outros 10% são formados pelos colegas auxiliares de serviço, que são aqueles que têm os menores salários. De forma que, até por uma questão de justiça, não seria aceitável excluir esta importante carreira da lei do piso - e nem as demais.A Educação é um conjunto, que além do professor, não sobrevive sem o apoio da cantineira, do secretário de escola, do técnico que trabalha nas superintendências, etc. Portanto, à luz da Lei do Piso aplicada ao Plano de Carreira de Minas, todas as carreiras devem ser contempladas com o piso.Mas, faz-se ainda importante voltarmos ao texto da Constituição Federal. Vejamos o que diz o artigo 206, inciso VIII:"Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:(...)VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios." (grifos nossos)Reparem que a Carta Magna de 1988 fala textualmente em três coisas: 1) que se deve criar o piso salarial para os "profissionais da Educação"; 2) que a lei disporá sobre as categorias consideradas profissionais da Educação; e 3) sobre a adequação desta lei aos planos de carreira dos estados e municípios.Vejam que não há, em nenhum momento, a citação específica aos professores ou aos professores e especialistas, mas aos "profissionais da Educação". Reparem também o sentido plural que a lei dá ao conceito de profissionais da Educação, que posteriormente seria definido, em lei federal.A Lei Federal 12.014/2009 define entre os profissionais da educação: os professores habilitados em nível médio ou superior; os "trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas"; e os "trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.".Chamo a atenção aqui para o fato de que tanto a Constituição Federal, quanto a Lei do Piso fazem clara referência à necessidade de adaptação dos planos de carreira aprovados pelos entes federativos. Ou seja, em última análise, o conceito final de "profissional da Educação" será definido pelos planos de carreira, que deverão obrigatoriamente incorporar o conceito definido pela Carta Magna e pela citada Lei Federal, mas com autonomia federativa para ampliar este conceito, mas nunca reduzi-lo.Vejamos então o que diz o nosso Plano de Carreira, o dos educadores de Minas, através da Lei 15.293/2004, que é a lei definidora, para a rede pública de ensino do estado de Minas Gerais, de quais são as carreiras dos profissionais da Educação:"Art. 1° - Ficam instituídas, na forma desta lei, as seguintes carreiras dos Profissionais de Educação Básica, que integram o Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo:I - Professor de Educação Básica - PEB;II - Especialista em Educação Básica - EEB;III - Analista de Educação Básica - AEB;IV - Assistente Técnico de Educação Básica - ATB;V - Assistente Técnico Educacional - ATE;VI - Analista Educacional - ANE;VII - Assistente de Educação - ASE;VIII - Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB." (grifo nosso).Ou seja, não resta a menor dúvida acerca de quais são as carreiras de profissionais da Educação instituídos pelo plano de carreira de Minas, em clara consonância com a legislação federal.Em seguida, nos artigo 3º e 4º do citado plano de carreira, observamos:"Art. 3° - A educação básica pública no Estado será exercida em consonância com os planos, programas e projetos desenvolvidos pelos órgãos e pelas entidades a que se refere o art. 5° desta lei e abrange as atividades de docência, apoio pedagógico, assistência ao educando, apoio administrativo, apoio técnico-pedagógico, apoio técnico-administrativo, direção, assessoramento, acompanhamento e normatização do sistema educacional." (grifos nossos).Novamente observamos aqui o entrelaçamento entre as diversas carreiras para o bom exercício do magistério público. E novamente, no artigo 4º, reaparece o sentido de unicidade e estrutura comum entre as carreiras dos profissionais da Educação de Minas:"Art. 4° - A estruturação das carreiras dos Profissionais de Educação Básica tem como fundamentos:I - a valorização do profissional da educação, observados:a) a unicidade do regime jurídico;(...)e) a evolução do vencimento básico, do grau de responsabilidade e da complexidade de atribuições, de acordo com o grau e o nível em que o servidor esteja posicionado na carreira;II - a humanização da educação pública, observada a garantia de:a) gestão democrática da escola pública;b) oferecimento de condições de trabalho adequadas(...)". (idem).E no artigo seguinte, observamos a lotação do pessoal das diversas carreiras, sempre com o conceito de integração, de unidade enquanto carreiras de uma mesma categoria, a dos profissionais da Educação."Art. 5° - Os cargos das carreiras de que trata esta lei são lotados nos quadros de pessoal dos seguintes órgãos e entidades da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo:I - na Secretaria de Estado de Educação - SEE (...)". (idem).Portanto, diante da legislação vigente observada através da Carta Constitucional, combinada com a Lei 12.014/2009 e adequada ao Plano de Carreira em vigor no estado de Minas - Lei 15.293/2004 -, não resta dúvida de que o piso deve ser pago em Minas para os servidores das oito carreiras.Além disso, não é demais lembrar que os profissionais das oito carreiras recebem os respectivos salários da mesma fonte de financiamento: o FUNDEB, fundo criado para a valorização dos profissionais da Educação e para investimento na Educação básica. E considerando que Minas Gerais receberá aporte financeiro de cerca de R$ 1,2 bilhão de ajuda da União para o FUNDEB em 2012, podendo ainda ampliar este valor com a apresentação de planilha de custos para o pagamento do piso, não há que se restringir o alcance do piso.Manda o bom senso, a legislação vigente e o zelo para com a oferta de uma Educação pública de qualidade para todos, que o governo adote a correta compreensão de que o piso salarial nacional é para todas as carreiras da Educação pública de Minas Gerais.É o que esperamos que aconteça, e é o que vamos cobrar.Um forte abraço a todos e força na luta, até a nossa vitória!
***
Postado por Blog do Euler às 01:30 78 comentários
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no orkut
if (window['tickAboveFold']) {window['tickAboveFold'](document.getElementById("latency-5264025725725862552")); }
terça-feira, 11 de outubro de 2011
O piso, a passos lentos, sob a vigília na Cidade do Governador
O piso, a passos lentos, sob a vigília na Cidade do GovernadorMarcada para hoje, 10, a reunião da comissão tripartite - governo, sindicato e parlamentares -, era para se fazer acompanhar por uma vigília dos educadores. E assim aconteceu. Por volta das 14h, lá se encontravam cerca de quatro a cinco dezenas de valentes educadores, incansáveis lutadores da nossa categoria. Sabemos que muitos não puderam estar presentes por diversas razões, inclusive por falta de grana, já que estamos sem salário.De Vespá, dois carros formaram o comboio rumo à Cidade Administrativa. Num deles, o comandante e mais dois colegas, Cláudia Luiza e Sô Geraldo; no outro, o tenente NDG Alex, um colega professor de Filosofia, cujo nome me esqueci agora, e eu - claro que eu não poderia ir no mesmo carro do comandante, por questão de segurança, óbvio. De São José da Lapa, um terceiro veículo tomou o mesmo destino do nosso. Do Morro Alto, pela proximidade, nosso núcleo duro daquele bairro foi à pé para o local. De BH, vários combativos colegas de Venda Nova, liderados por Graziela e pelo Aspirante NDG Igor se juntaram à caravana que lá se encontrava. De Santa Luzia e de outros bairros de BH também vieram combatentes. Por justiça, é importante que se diga: dois colegas marcaram presença desde 11 horas: o combativo André, que recebeu ali mesmo a patente de 1º sargento NDG, e um outro colega, cujo nome agora me esqueço.O André carregava um instrumento sonoro que mais parecia uma dessas buzinas de trem de ferro ou navio ou caminhão, tal o tamanho avantajado. Dissera-me que dois policiais tentaram tomar o instrumento, mas ele se impôs: "alto lá, eu não estou utilizando o instrumento aqui e o carrego junto com nota fiscal e tudo mais. Se vocês tomarem meu instrumento, isso constitui uma apropriação indébita". Logo apareceu um sargento que aceitou os argumentos do André e ele pode transitar à vontade pelos pátios e áreas da Cidade Administrativa carregando tal instrumento. Depois de ouvir tal história, não poderia deixar, na condição de subcomandante, de imediatamente aumentar a patente dele para a de 1º sargento NDG.Encontramos com o combativo "Carlinhos do Machado", outro que lá se encontrava desde o meio-dia. E assim foi chegando gente, um daqui, outro dali. Nosso comboio estacionou os carros no estacionamento reservado para visitas. Um local bem distante dos prédios Minas e Gerais. Deve ser para desanimar as visitas. Mas, logo descobrimos que algumas lotações que transitam ali por dentro cobram 0800. Juntamo-nos a mais duas combativas colegas que vieram de BH e rumamos para um daqueles prédios gigantes de formato sinuoso.Não demorou muito e chegou o capitão Rômulo e a Liliane para se juntarem ao grupo. O Rômulo observou: acho que nem 100 mil pessoas conseguem encher esse local. No que eu completei: melhor seria se fizessem aqui cinco mil casas populares, com escolas e hospitais. Mas, as prioridades não são definidas pelos de baixo, enquanto esperarmos que os de cima decidam o que fazer com aquilo que produzimos e geramos de riquezas.A Graziela assume o comando do grupo e diz: vamos lá para cima, em algum lugar desses prédios; sugeri que fôssemos para a porta do prédio onde ocorreria a reunião da comissão. Ela concordou e então fomos todos para a frente do prédio onde fica o governador, o heliporto, aquele do enorme vão livre, que é seguro por cima, por um monte de cabos de aço ou algo parecido. E nós ali embaixo, clamando aos céus para que aquele volume de concreto desafiasse as leis da física, não insistindo para descer, pelo menos enquanto ali estivéssemos.Logo que aquele estranho grupo de algumas dezenas de educadores, uns de bermudão, outros de camisa preta, se aproxima do prédio do governador havia um pequeno número de policiais na entrada do edifício. Em seguida, rapidamente foram chegando outros policiais e pessoas da segurança. Eles não queriam que a gente ficasse ali naquele enorme vão livre. Primeiro um segurança tentou dialogar com a Graziela, mas ela argumentou que estávamos ali para participar de uma reunião com o governo, e que estamos há três meses sem salário. O chefe da segurança olhou assustado e disse que entendia as nossas razões, mas que ali não poderíamos ficar. Logo depois chegaram um major e um tenente da PM. O major se dirigiu a mim tentando argumentar que naquele espaço não poderia acontecer aquela aglomeração. De patente para patente, eu disse para ele:- Major, estamos aqui reunidos pacificamente para aguardar o resultado de uma reunião com o governo que acontece neste instante, no andar de cima.- Mas - disse-me ele - há um decreto que proíbe este tipo de reunião...- Acima deste decreto - respondi - há a Constituição Federal, que faculta aos cidadãos o direito de se reunir pacificamente em qualquer local público...- Mas, aqui não é um local público - respondeu ele..Neste instante, um dos nossos atrevidos membros do NDG indagou:- Uai, não é público não? Por acaso o governador já tomou posse desse lugar também?O major respondeu educadamente:- Não é isso, é que aqui é um lugar reservado, onde fica o governador, e por isso há certas normas de segurança...Então, eu lhe disse:- Pode ficar tranquilo, major, não vamos fazer barulho, nem quebrar nada, nem invadir o prédio. Queremos apenas aguardar o resultado de uma reunião que decidirá sobre as demandas dos educadores.Mais uma vez ele foi educado e me disse (talvez reconhecendo a patente, é claro...): bom vocês já estão cientes de que aqui não podem ficar aglomerados. Claro que eu não vou pegar vocês e forçá-los a sair.Em outras palavras: o major cumpriu o papel dele, de nos dizer que ali não poderíamos ficar. E nós cumprimos o nosso, de dizer que agradecíamos a cientificação, mas que ali permaneceríamos, tranquila e pacificamente.E assim aconteceu: eles ficaram por lá, e nós também, ambos aglomerados, cada qual com a sua tropa.Enquanto a reunião não terminava, ficamos ali batendo papo, trocando ideias, cada qual contando sobre as realidades nas suas respectivas escolas. Reencontrar a turma da luta é sempre um enorme prazer. Logo depois apareceu o chefe da tropa de choque da polícia e foi logo procurando o comandante João Martinho. Questão de patente, claro. Os dois ficaram num trololó danado. E acabou que os membros das duas tropas se misturaram em conversas, cada qual sabendo que ali se tratava de uma trégua relativa, e que numa próxima parada de rua estaríamos de novo em diferentes locais da trincheira. A menos, é claro, que eles não obedeçam as ordens dos chefes que mandam reprimir os educadores. Isso já aconteceu nas histórias das revoluções.Logo em seguida, por volta das 17h, as representantes do sindicato na comissão tripartite - Beatriz, Marilda, Feliciana e Lecioni - desceram e se reuniram rapidamente com o nosso grupo, que fazia a vigília. Beatriz então fez um rápido relato das negociações. No geral, expressou que percebera algum avanço em relação à reunião anterior. Os informes, conforme foram passados mais cedo, são os seguintes:1) o governo aceitaria o piso proporcional do MEC para janeiro de 2012, considerando o reajuste previsto na lei federal - isso enquanto princípio geral;Indaguei para a coordenadora: e os percentuais da carreira, de nível e de grau (22% e 3%)? Ela respondeu que a questão não havia sido abordada, mas que, se o piso for implantado na carreira, sem alteração, estaria implícita a aplicação automática destes percentuais.2) o sindicato defendeu o piso para todas as carreiras da Educação, contrapondo-se à proposta do governo, de piso apenas para professores e especialistas - o que deverá ser discutido mais profundamente na próxima reunião, do dia 17/10;3) sobre as férias-prêmio, o governo continuava defendendo que era preciso primeiro repor, para depois usufrui-las; mas, ante à cobrança do sindicato daquele direito, o governo fará um estudo e o tema será discutido na próxima reunião;4) e quanto ao pagamento dos salários, ante à intransigência do governo em não pagar antecipadamente a reposição, os deputados apresentaram a proposta de antecipar o 13º agora em outubro e de que em novembro fosse pago antecipadamente o corte feito em junho e julho. O governo ficou de consultar o Tribunal de Contas sobre tal possibilidade e dará a resposta no dia 17/10.Nos demais pontos, como na exoneração dos diretores e vice-diretores, não houve mudança de posição por parte do governo. Em relação aos contratados, o governo garantiu que eles podem concorrer normalmente às novas designações, inclusive este ano, pelos critérios existentes, sem qualquer retaliação por terem participado da greve.Foi perguntado sobre qual seria a posição dos colegas em relação à reposição das aulas? A resposta é que a posição do comando, que é a mesma tirada na assembleia da categoria, deve ser mantida, até a nova reunião do dia 17. Ou seja, como estamos em pleno recesso escolar, negociem com os alunos e pais de alunos o adiamento da reposição, caso possam fazê-lo. É importante ficar claro que estamos sem salário, e como tal não tem como repor, pois não temos dinheiro para o transporte, para a alimentação, etc. Além disso, manifestem por escrito perante a direção da escola que vocês desejam repor, mediante o pagamento do salário para garantir o transporte e a sobrevivência. Caso a escola indique um substituto para repor, comunique tal fato para o jurídico do sindicato, para que ele possa tomar as providências cabíveis.Ali por perto na Cidade do Governador há uma lagoa. Cheguei até a pensar em sugerir aos colegas que organizassem uma pesca como meio de garantir a sobrevivência, até o pagamento do salário. Há um longo espaço para acampamento. o problema todo ali era certa vizinhança naqueles prédios... Seguramente espantaria os peixes. Mas, o que me deixou intrigado mesmo era saber o porquê daquela obra naquele local. Olhei em todas as direções e após alguns minutos pensando, conclui: só pode haver uma explicação.- Qual era? - indagou-me um colega um tanto curioso. Então, disse-lhe:- O Aeroporto, a proximidade do aeroporto. Uma boa rota de fuga.
***
Frei Gilvander:
Convite Ato de Abertura do 4º Encontro Estadual as crianças Sem Terrinha do MSTCONVITEAs crianças Sem Terrinha do MST tem a honra de convidar você a participar do Ato Abertura do 4º Encontro Estadual dos Sem Terrinha a se realizar no dia 15 de outubro de 2011 as 10 horas da manhã no Estádio do Mineirinho na Pampulha em Belo Horizonte .Sua presença será muito importante.Sem Terrinha em Ação Pra Fazer Revolução!"Prezados/as ,É com muita alegria que reforçamos o convite em anexo para o Ato de Abertura do 4º Encontro Estadual das Crianças Sem Terrinha do MST. Convocamos a todos e todas para mais uma luta em conjunto com os Movimentos Sociais e Sindicais se somando a mais de 600 Sem Terrinha!!!Favor estender o mesmo às vossas organizações/instituições .Na oportunidade gostariamos de confirmação da presença no email: educacaominas@gmail.com .Contamos com a presença de todos/as nessa importante atividade.Sem Terrinha em Ação , Pra fazer Revolução!Quem luta educa!AbraçosSetor de Educação do MST Minas GeraisSoninha"Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.brwww.gilvander.org.brwww.twitter.com/gilvanderluisFacebook: gilvander.moreiraskype: gilvander.moreira
***
FESTA DAS CRIANÇAS NA COMUNIDADE DANDARA – 12/10/2011CONVITE ESPECIAL!Rede de solidariedade e apoio à Comunidade Dandara,A Comunidade Dandara – 1.000 famílias que resistem há 2,6 anos e já construíram 800 casas de alvenaria, construíram centenas de pessoas e constroem em comunidade organizada - convida todos vocês para participarem da Festa do Dia das Crianças que acontecerá na próxima quarta-feira, dia 12 de outubro de 2011, a partir das 14:00h, na Praça da Assembleia da Comunidade, em frente ao Centro Comunitário de Dandara.Venha participar da festa das crianças de Dandara!São muitas crianças, ameaçadas de despejo, que esperam por sua solidariedade.A festa está sendo preparada com muito carinho por todas as famílias de Dandara e pela Rede de Apoio e Solidariedade. A partir das 9:00h, as famílias irão preparar o local, enfeitar e embelezar para, a partir das 14:00h, receber, com muito carinho e alegria, todas as crianças da comunidade.Parabéns, crianças de Dandara!Com suas famílias, vocês estão construindo uma nova história.CRIANÇAS DE DANDARA SÃO DE LUTA!ENDEREÇO E INFORMAÇÕES PARA CHEGAR AO LOCAL:Av. Horácio Terena Guimarães, 495 - Céu Azul – Belo Horizonte, MGÔnibus: 3302 – 2213 – 2215 (Céu Azul)Descer Próximo à Escola Estadual Deputado Manoel CostaTelefones para contato na Ocupação Dandara:Sonia, cel.: 31 9651 2087Wagna, cel.: 31 8697 6216Joviano, Cel.: 031 8815-4120;Ir. Rosário: 031 3491 5031 – 031 9241 9092Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
***
Despejo Não. Com DANDARA eu luto. Dia 10/10/2011.
BOLETIM DA RESISTÊNCIA da COMUNIDADE DANDARA, em BELO HORIZONTE, MG, Brasil.Clique AQUI para ler a Nota à Sociedade e a Programação da Resistência contra o Despejo da Comunidade Dandara.Confira AQUI a evolução urbanística da Comunidade, com fotos aéreas de julho de 2009, 2010 e 2011.Veja também FOTOS artísticas da Comunidade Dandara - por Cyro Almeida.Divulgamos, por fim, o belo PROJETO URBANÍSTICO elaborado por estudantes e profissionais que prestam assessoria técnica à Comunidade Dandara. Tal projeto, construído com a participação direta dos moradores da Comunidade Dandara, foi veementemente rejeitado pela Construtora Modelo durante o processo de negociação.Abaixo, segue proposta de CAMPANHA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE, para que o Brasil e o mundo fortaleça a defesa da Comunidade Dandara!
MEXEU COM A DANDARA, MEXEU COMIGO!
CAMPANHA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE A COMUNIDADE DANDARA, EM BELO HORIZONTE, MGSe você está fora do país, ou conhece alguém que esteja, contribua com a CAMPANHA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE A DANDARA.Tire foto(s) com um cartaz dizendo “Despejo não. Com Dandara eu luto!”. Assine o nome, local e data da foto. Sugerimos que tal foto seja tirada num local que identifique facilmente o país.Publique a foto no Facebook e a envie pra comdandaraeuluto@gmail.comMais informações sobre Dandara http://www.brigadaspopulares.org/CAMPAÑA INTERNACIONAL DE SOLIDARIDADSe está fuera del país, o conoce a alguien que lo esté, contribuya con la CAMPAÑA INTERNACIONAL DE SOLIDARIDAD A DANDARA.Saque una foto con el cartel diciendo "Desalojo no. Con DANDARA yo lucho" firme el nombre, el local e fecha de la foto. Sugerimos que tal foto sea sacada en un local que identifique fácilmente el país.Publique la foto en el Facebook y envíela para comdandaraeuluto@gmail.comMás información sobre Dandara http://www.brigadaspopulares.org/CAMPAING OF SOLIDARITY TO DANDARA.If you are out of our country, or know someone that is living abroad, help us with the INTERNATIONAL CAMPAING OF SOLIDARITY TO DANDARA.Take photos with a poster saying "No eviction! With dandara I fight!". Sign your name, local and date. We sugest you to take the photos in places that identify easily the country.Publish it on facebook and send to comdandaraeuluto@gmail.comMore info about Dandara http://www.brigadaspopulares.orgPROGRAMAÇÃO DA RESISTÊNCIA1) Dia 10 de outubro de 2011, (segunda) – Reunião emergencial com apoiadores(as)Horário: 18:30 h – Local: Sindieletro (Rua Mucuri, nº. 271, Floresta, próx. à av. Contorno)2) Dia 12 de outubro (quarta) – Festa do Dia das CriançasHorário: a partir das 14:00 h – Local: Comunidade Dandara (Rua Petrópolis, nº. 315, Céu Azul-Nova Pampulha, em frente à garagem de ônibus, próx. a Escola Estadual Dep. Manoel Costa)3) Dia 16 de outubro (domingo) – Abraço Solidário contra o Despejo da Comunidade DandaraHorário: a partir das 15:00 h – Local: Comunidade Dandara (Rua Petrópolis, nº. 315, Céu Azul-Nova Pampulha, em frente à garagem de ônibus, próx. à escola estadual Dep. Manoel Costa)4) Dia 20 de outubro (quinta) – Grande Marcha - 23 Km a pé: Despejo Não. Com DANDARA eu luto.Horário: a partir das 04:00 h da manhã – Saída: Comunidade Dandara (Rua Petrópolis, nº. 315, Céu Azul-Nova Pampulha, em frente à garagem de ônibus, próx. a Escola Estadual Dep. Manoel Costa); Chegada: no Centro de Belo Horizonte, onde ocorrerá Audiência Judicial de Conciliação designada pelo juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual, na qual tramita Ação Civil Pública proposta pela Defensoria Pública Estadual em defesa da Comunidade Dandara.Cf. www.brigadaspopulares.org – www.ocupacaodandara.blogspot.comUm abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
***
Postado por Blog do Euler às 01:38 167 comentários
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no orkut
if (window['tickAboveFold']) {window['tickAboveFold'](document.getElementById("latency-4644193389026674283")); }
Postagens mais antigas Início
Nenhum comentário :
Postar um comentário