QUINTA-FEIRA, 1 DE MARÇO DE 2012
Ministro do MEC pede paciência aos professores. Isso depois de 24 anos aguardando o pagamento do piso... Que República!
Leiam a notícia a seguir, publicada hoje na Agência Brasil, e em seguida, o comentário da nossa colega professora Ivete Azevedo (a qual peço autorização para tal, depois de já haver publicado, rsrs). Os nossos comentários serão feitos mais tarde, de madrugada, quando eu tiver um tempo maior para redigir o texto.
Um forte abraço a todos e força na luta!
P.S.: Hoje, durante a tarde, estive com o nosso combativo amigo FREI GILVANDER, que gravou uma entrevista comigo para a TV Comunitária de BH - TVC/BH. Claro que o tema central foi o nosso piso, rsrs. Êta novela este piso. Não sei como ficou a entrevista, pois o ambiente de estúdio me deixa um tanto quanto retraído. Mas falei o que veio à mente. E o Frei Gilvander, obviamente sempre estimulando e fazendo as intervenções necessárias. Assim que sair a produção colocaremos no blog.
Fiquem agora com a matéria do ministro Mercadante, que nos pede paciência (pena que eu não tenha lido esta notícia antes da minha entrevista), enquanto esperamos, esperamos, quem sabe por mais 24 anos...
"Novo piso: Mercadante apela para que professores e gestores busquem entendimento e evitem greve
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reconheceu hoje (1º) que o reajuste de 22,2% no piso nacional do magistério é elevado e que algumas prefeituras terão dificuldade com as novas folhas de pagamento. Ele fez um apelo a professores e gestores municipais para que busquem o entendimento e evitem paralisações.
“É preciso equilíbrio, responsabilidade. Os professores têm que ajudar para que isso seja absorvido e para que não haja retrocesso”, ressaltou, ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência.
O novo piso foi anunciado na última segunda-feira (27) e elevou o salário dos professores de R$ 1.187 para R$ 1.451. O valor estipulado para este ano acompanha o aumento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) de 2011 para 2012, conforme determina a legislação atual.
Alguns estados e municípios alegam dificuldade financeira para pagar o valor determinado. Governadores reuniram-se ontem (28) com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e pediram a aprovação de um projeto de lei que altere o critério de correção do piso, que passaria a ser feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.
Mercadante lembrou que, em alguns estados, 57% da folha de pagamento são destinados a pagamento de aposentados. “Não é só um problema do piso, há problemas localizados”, avaliou. Para o ministro, a qualidade da educação constitui o maior desafio histórico brasileiro e, sem incentivo financeiro, os bons profissionais não vão querer lecionar.
“Precisamos de uma solução que seja sustentável e progressiva. O que não podemos é congelar o piso”, disse. “Para este ano, a lei é esta. Já divulgamos os parâmetros e a lei é para ser cumprida”, concluiu."
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-01/novo-piso-mercadante-apela-para-que-professores-e-gestores-busquem-entendimento-e-evitem-greve (disponível em 01/03/2012)
Comentário da nossa colega professora Ivete Azevedo:
"O Excelentíssimo Ministro implora para que os educadores não paralisem, posto que tais paralisações podem ocasionar um retrocesso, mas o que Ele tem em mente para evitar esse retrocesso com o qual está preocupado? Além do mais, durante o período de paralisações pelo país em 2011, nenhum educador ouviu do Ministro da época pedido semelhante direcionado aos governadores para que não radicalizassem, logo procurassem o entendimento. Agora, são os educadores que terão de ter bom senso.?! Que coisa, hein! Esperamos que, ao invés de pedir bom senso, que o Ministro parta imediatamente para uma negociação com os governos deste país. Até porque percebemos pela leitura da matéria, como ele é enfático em referir-se ao índice de aumento PARA ESTE ANO, isso quer dizer que apoia a mudança do índice, também, PARA OS PRÓXIMOS ANOS, pois noutra matéria assim como nessa, deu a entender que o índice da forma que está sendo calculado onerará as folhas de pagamento dos governos. Mas e aí, o que tem para propor sem que a LEI DO PISO seja para inglês e todos os povos verem?!"
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