sexta-feira, 18 de junho de 2010

NOVA ASSEMBLEIA DOS EDUCADORES DE MG EM BH: 22/06 E 23/06



























NOTÍCIAS DO JORNAL "O TEMPO"
POR CAROLINA COUTINHO



Embate.
Pelo menos quatro pontos do projeto que cria nova política salarial da categoria são questionados.
Professor promete pressionar AL em votação de reajuste
Para entrar em vigor em 2011, novo piso salarial precisa virar lei até o dia 30

Os próximos seis dias serão decisivos para a definição da política salarial dos professores da rede estadual de Minas. Até a próxima quarta-feira, prazo final para votação do projeto de lei n°4.689/10, que propõe reajustes e o plano de carreira da educação, a categoria promete fazer pressão para que os deputados alterem o texto e incluam as exigências dos servidores.

Apesar do reajuste do piso que passa de R$ 935 para R$ 1.320, os professores não concordam com, pelo menos, quatro pontos das propostas enviadas ontem à Assembleia Legislativa. O aumento da carga horária, ainda que opcional, de 24 para 30 horas semanais, previsto no pacote do governo, é considerado inaceitável pela categoria, que se reuniu ontem em assembleia.

Os professores dizem que querem ganhar mais, mas sem que isso represente aumento do volume de trabalho. "Nossa greve (de 47 dias) foi por aumento de salário e não de trabalho", disse a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira. Pela proposta do governo, para receber o piso maior, de R$ 1.650, os professores terão que cumprir 30 horas semanais. Para o piso de R$ 1.320, a carga permanece de 24 horas.

Outro ponto questionado pela categoria e que deverá ser alvo de acompanhamento na votação é o que trata da incorporação de gratificações ao vencimento básico. Os professores reclamam que benefícios como o biênio e quinquênio, concedidos de acordo com o tempo de serviço, ficarão congelados, caso sejam incorporados ao valor bruto dos contracheques.

A categoria ainda alega que a forma de reajuste do piso, em parcela única (subsídio), oferecida pelo governo eliminará o pagamento de prêmios por critérios como o de produtividade, desempenho e abonos individuais.

Por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal e da data-limite para votações de leis em ano eleitoral, os parlamentares terão apenas até a próxima quarta-feira para votar o projeto nos dois turnos e, se for o caso, modificar o texto original com as reivindicações dos professores. As propostas só virarão lei em 2011 se forem sancionadas até o próximo dia 30.

"Estamos correndo contra o tempo", disse deputado Padre João (PT), líder da oposição na Casa. O líder do governo, deputado Mauri Torres (PSDB), não falou sobre o assunto ontem.





Votação
Oposição quer entendimento


Na assembleia de ontem, os professores montaram a estratégia para pressionar os deputados e marcaram para a próxima terça-feira, quando a proposta será colocada em votação em primeiro turno, um novo encontro no pátio da Assembleia. A intenção é forçar os parlamentares para que só aprovem o texto, caso ele tenha as mudanças exigidas pela categoria.

“Viremos aqui em maior quantidade no dia 22 para fazer vigília e muito barulho pela nossa causa. Temos que mostrar para o governo e os deputados a força dos professores”, disse a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, para um público de aproximadamente 2.000 pessoas, no pátio da Assembleia.

Ontem, a assessoria de imprensa do governo informou que a proposta não muda e que qualquer alteração no projeto enviado à Assembleia deverá ser decidida pelos parlamentares. O deputado Padre João acredita em um entendimento. “Temos que votar o projeto em primeiro turno na terça-feira, em segundo na quarta e mandar o texto final para o governador na quinta. Esperamos um entendimento com a bancada do governo”.

De Varginha, o professor de física Homero da Silva, 50, participou da assembleia de ontem. Ele defende nova paralisação. “Queria mais greve, pois o governo está mentindo para a gente. Eles prometem um novo piso salarial, mas, na verdade, estão propondo um teto salarial. Mas meus alunos não podem mais ficar sem aula neste ano”, disse. (CCo)

Repercussões no Portal O TEMPO
“Na proposta do governador Antonio Anastasia só podemos pensar em uma coisa: aumento de carga horária. Que feio, hein, Anastasia”
Professor mineiro
Belo Horizonte

“O colegas precisam entender que R$ 1.320 é para início de carreira. É burrice achar que todos vão ganhar isso. Para os mais antigos, salário maior”
Sérgio
Poços de Caldas

“A única coisa que nos ajuda são as vantagens. Se forem incorporadas, acabou. Trabalhamos a vida toda e saímos com uma mão na frente e outra atrás”
Ana
Belo Horizonte

“Os professores fazem política e não querem que ninguém saiba se a proposta é boa. O que está claro é que o valor sugerido pelo governo é maior que o pedido”
Hércules
Belo Horizonte

“O profissional tem que ser valorizado. Os professores deram o sangue nas escolas e agora o governo fica tirando benefícios. É um absurdo”
Sócrates
Ipatinga

“Os professores insatisfeitos que procurem outro emprego. Nossas crianças estão sem aprender por uma greve que é política”
Regina Célia
Ipatinga
Publicado em: 18/06/2010



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