quinta-feira, 17 de junho de 2010

MARLY GRIBEL: GREVE EM MG: VÉSPERA DA ASSEMBLEIA ESTADUAL

GOSTEI DO TEXTO DA MARLY, A OPINIÃO DELA DESCREVE OS SENTIMENTOS DE MUITOS EDUCADORES DE MG

POLÍTICA
greve em MG : véspera da Assembléia estadual

MINEIROS::alunos, pais, educadores, estamos às vésperas de uma Nova Assembléia Estadual, com uma proposta de aumento salarial para março de 2011. Aguardamos durante 20 dias com muita ansiedade o desfecho da comissão formada após a suspensão da greve e fomos surpreendidos mais uma vez pela postura ditatorial do governo que desrespeitando todas as regras do pacto pré-estabelecido anuncia no Palácio da Liberdade o projeto de reestruturação dos salários e carreiras na Educação, sem ao menos consultar a parte mais interessada do pacto: os educadores mineiros. Na última hora valeu o Despotismo. A diretora do Sind-UTE soube da proposta, pelo repórter Benny, enquanto aguardava na ante sala do gabinete da secretaria de Educação. Oculto no seu castelo, o imperador Anastasia anuncia na mídia o seu pacotinho de surpresas ( o presente de grego) e ao mesmo tempo, numa jogada de mestre, disponibiliza na Televisão nota com os informes sobre a nova política salarial e na internet , o contracheque( folha suplementar) com o restolho arrancado dos nossos míseros salários , mas ainda bem guardados nos cofres do governo, nunca dinâmica que mais parece um jogo de xadrez. O imperador prepara-se para dar o xeque-mate. Lamentável, confiamos mais uma vez as nossas vidas, as nossas carreiras, o destino da educação mineira nestes 20 dias nas mãos de dois falastrões excêntricos - Aécio/Anastasia. Já dizia Jesus: não se pode confiar pérolas aos porcos... Encastelados na faraônica cidade administrativa eles mais uma vez desrespeitaram normas simples de convivência, comprovando que desconhecem a súmula máxima característica dos mineiros: a lisura ao pactuar. Fechados ao diálogo, arrogantes, agiram como se não estivessem a serviço da coisa e da causa pública. Esqueceram da Constituição: querendo ou não eles estão inseridos na República: do latim, Res publica, ”coisa pública”, forma de organização do poder definida pelos romanos após a exclusão dos reis. Na República democrática a ordem política nasce de baixo, mesmo em meio de dissessões. Infelizmente o que estamos presenciando em Minas é exatamente o contrário, tem partido de cima para baixo, ou seja, o povo não é o partícipe principal dos poderes do Estado . Esqueceram que estão no poder por um certo tempo; espero que por muito pouco tempo. Após o governo mineiro propor comissão paritária para negociar com os educadores e aparentemente se reunir com os representantes dos servidores, na última hora surpreendeu a categoria com uma proposta governamental que não passou pela comissão. Educadores mineiros estamos a um passo do xeque-mate, mas ainda nos resta um último lance: a resposta nas urnas.

Autor:

marly gribel gribel

Um comentário :

  1. Cara Vanda, muita honra em encontar meu texto em seu blog. Considerei a sua contraproposta, assim como o do Euler, gostei de ambas: respeita os anseios da categoria. Penso que hoje no "Dia da Agonia" uma luz , uma interferência que fosse da sociedade organizada( mas creio que ela não existe ainda em Minas)viesse ao nosso encontro, a quebra do acordo teria um desfecho muito diferente. Neste momento é esse o meu sonho!

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