Hoje,11/09/10, houve carreata de Aécio e Anastasia aqui em S.J.del Rei.
Eu os vi através da janela (fechada).Não apenas o vidro nos separava: os valores de vida.Desta que passa, ora se arrasta, mas que,na verdade, vôa feito ave veloz e apaga tantos valores,uns verdadeiros, uns falsos.Apaga todos nós, e a história permanece. Às vezes em versão verdadeira, na maioria das vezes em falsa versão.Pode levar anos para que os enganos sejam ressuscitados a verdadade apareça,ou nunca.A história, muitas vezes, tem o foco do vencedor.Creio que ainda hoje seja assim.Mesmo com a mídia um pouco mais acessível, como é o caso da internet ( dos blogueiros que ainda se manifestam de forma mais justa, buscando uma ótica do povo oprimido); ainda assim sabemos que quem manda é quem tem dinheiro.Quem compra a mídia pode mais e esse trabalho deles é intenso, incansável e diário.
Hoje o homem apareceu.Cheio de sorrisos e de aliados, sempre pessoas da hight society ou pessoas que desejam se fazer na manobra do momento político.Carro de polícia para proteger, foguetório e buzinas, num desfile de busca de votos, onde, do alto do carro, eles acenavam com ares amigáveis.Eles mesmos ( os da carreata) deliravam no frenesi do desfile. Penso que se houvesse condições, os seus aliados teriam mandado desenrolar um tapete vermelho em homenagem aos ilustres candidatos; ou eles mesmos teriam pagado tal aberração, já que são os donos do dinheiro.Creio que eles tentam compartilhar do momento do povo simples, dos que estão nas ruas, assistindo ao espetáculo,faz parte do show acenar, fazer gestos sugerindo amizade e cumplicidade.Tem gente que até vota porque o candidato mandou um beijo ou acenou com a mão...Imagina se não se sentem parte daquele jogo que enaltece e engrandece um conterrâneo...Sim, os menos avisados sentem assim. E há os que já foram pescados pela rede e armadilha da mídia.
E assim vai...O homem apareceu, passou pelas ruas, arrastou simpatizantes, gentes que ainda acreditam ( ou precisam)de heróis. E eu, solitária, olhando a rua, fazendo história ( todos fazemos história, muitas vezes mais belas que as de Robinson Cruzoé, não é Drummond?... ),observando que mais que o vidro me separa desses homens públicos: minha aparente insignificância e a grandeza dos meus valores.
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