DO BLOG DO EULER COLHI AS INFORMAÇÕES POSTADAS AQUI.
VENDO A LUTA DO EULER, DOS MEUS COLEGAS DE SÃO JOÃO DEL REI QUE FORAM PARA BH E PENSANDO NOS MILHARES DE EDUCADORES QUE FORAM BRIGAR PELA MAIORIA, ME ENVERGONHO POR NÃO TER PODIDO IR PARA BELO HORIZONTE.TEM MUITOS LUTANDO POR MIM E EU NÃO ESTOU LÁ!
NÃO PUDE IR PORQUE TRABALHO NO MUNICÍPIO À NOITE, SOU PROFESSORA DA EJA DE PRIMEIRA À QUARTA SÉRIE ( QUEM TIVER INTERESSE O BLOG É: VEJAVANDANOEJA.BLOGSPOT.COM). TAMBÉM NÃO PAREI DE TRABALHAR NA ESCOLA DO ESTADO, POIS SE EU NÃO PODIA IR PARA BH NÃO FARIA SENTIDO PARAR VISTO QUE , NINGUÉM NA MINHA ESCOLA PAROU; NINGUÉM DA MINHA CIDADE PAROU ( PELO MENOS ATÉ ONDE EU SAIBA), COM EXCEÇÃO DO GRUPO DE PESSOAS QUE FORAM PARA BH E QUE SÃO DA DIRETORIA DO SIND/UTE DAQUI OU QUE ESTÃO NA LIDERANÇA DO COMANDO DE GREVE.
TENTO, A MEU MODO, DAR A MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA O MOVIMENTO, ATRAVÉS DESSE BLOG, INFORMANDO OS MUITOS EDUCADORES QUE ASSIM COMO EU, NÃO PUDERAM SE AUSENTAR DE SUAS CIDADES.
POSSO GARANTIR QUE, DA MINHA ESCOLA, OS PROFESSORES ESTÃO "LIGADOS" EM TUDO. ACHAMOS UM ABSURDO A TV QUE TRANSMITE ALMG TER SIDO INTERROMPIDA, POR ALGUNS MOMENTOS, PARA NOS IMPEDIR DE ACOMPANHAR O ANDAMENTO DA VOTAÇÃO!
TAMBÉM NOS INDIGNAMOS COM A FALTA DE QUÓRUM NA ALMG! ESSA FALTA DE QUÓRUM É FALTA DE RESPEITO COM OS MUITOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO QUE ESTAVAM LÁ E COM TODOS QUE, ANSIOSAMENTE, ACOMPANHAM O PROCESSO DE VOTAÇÃO. É ESTRATÉGIA DE ENGANAÇÃO E DESSE PESSOAL, NA HORA DE VOTAR, NÃO PODEMOS NOS ESQUECER NÃO!!!!
AINDA BEM QUE TEM A OPOSIÇÃO PARA FAZER PRESSÃO E APOIAR OS NOSSOS INTERESSES, AINDA BEM QUE TEM O EULER QUE, CANSADO AINDA PENSA EM NÓS E NOS INFORMA O QUE TEM ACONTECIDO POR LÁ DE UMA FORMA DIDÁTICA, DETALHADA E AMIGÁVEL.
OBRIGADA EULER!
ABRAÇÃO E FIQUE COM DEUS!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Sind-UTE informa: votação do PL 4689 será amanhã, dia 25
Eis o informe do Sind-UTE sobre a votação do PL 4689/2010:
Nesta sexta-feira, 25/6, Reunião Extraordinária para discussão e votação do Projeto de Lei nº 4.689/10, no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Horário: 14h30min e 20 horas
É de extrema importância a mobilização e participação de todos/as os/as trabalhadores/as em Educação durante as reuniões, para pressionar os parlamentares e demonstrar a força e unidade da categoria."
* * *
Nossos comentários: Ninguém merece esses deputados, né gente? Podiam ter votado tudo na terça e na quarta-feira quando centenas de educadores estavam lá o dia inteiro, acompanhando tudo. Mas, não; deixaram tudo para uma sexta-feira com jogo do Brasil e tudo mais. Ninguém merece!
"Conteúdo das emendas ao PL 4.689/10
*Emenda n° 42: substitui o termo "subsídio" por "vencimento base" no projeto de lei.
Fonte: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br
Apesar da república que temos, nossa luta faz toda a diferença
A democracia que existe no Brasil e em Minas - que não é necessariamente a mesma - merece uma reflexão crítica por parte de todos nós. A nossa histórica greve dos 47 dias despiu a promiscuidade existente entre os tais três poderes constituídos que deveriam manter a autonomia relativa em relação aos demais poderes. Não é isso o que vimos em Minas Gerais. Um judiciário que legislou para atender aos interesses do governo do faraó; um legislativo que se pôs de joelhos perante os seus chefes, o faraó e o governador de plantão, que não pedem, mandam que os parlamentares de sua base façam isso ou aquilo. Uma vergonha, para Minas e para o Brasil.
Não bastasse essa promiscuidade entre os poderes, vemos também uma imprensa vendida, que sonega aos mineiros a liberdade de expressão e de opinião que dizem cinicamente defender - e que tão duramente foi conquistada pela população brasileira. Eles defendem os interesses lucrativos que tapam a boca de diretores, editores e alguns jornalistas mauricinhos, metidos a moderninhos, mas que não passam de serviçais dos poderosos.
Este meu desabafo vem a propósito de tudo o que vivemos - nós, os educadores - nos últimos três meses de muita luta pela valorização profissional das carreiras que, tanto quanto as demais do serviço público, deveriam ser tratadas com o devido respeito. Os salários dos educadores de Minas continuam sendo uma vergonha nacional, para não dizer internacional.
Essa situação é praticamente comum em todo o país, que infelizmente, apesar dos avanços sociais, continua servindo aos interesses de banqueiros, latifundiários do agronegócio e as minorias privilegiadas. Os servidores públicos de todo o Brasil, especialmente das áreas da Educação e da Saúde, que são aquelas que maiores e mais importantes serviços prestam à população de baixa renda, continuam recebendo salários miseráveis, numa afronta ao conceito do que seria uma república, como coisa pública.
Na republiqueta brasileira e mineira quem tem poder econômico não vai preso, recebe todos os privilégios do estado e trafica toda forma de influência e poder em favor dos seus interesses. A maioria da população, ao contrário, é vítima dessa farsa montada em nome de uma pseudodemocracia que há muito nos usurparam.
Isso vai mudar, guardo essa expectativa. Aliás, nem quero colocar dessa forma, como futuro. Vou colocar as coisas como presente: isso muda um pouco - às vezes avança, às vezes retrocede - toda vez que nós, os de baixo, arrancamos na luta as nossas conquistas, como estamos fazendo agora, em Minas Gerais (claro que em outros tempos outros também o fizeram).
Desse ponto de vista, a nossa greve, com tudo o que vivemos, deve ser recuperada na memória de cada um de nós como um precioso momento de aprendizado e construção coletiva de uma sociedade melhor, que uniu interesses comuns, contrariou poderosos interesses, desafiou os tais poderes constituídos - prostituídos por alguns -, desmascarou esta imprensa de aluguel e continua colhendo os resultados dessa histórica luta.
A nossa república terá que ser mudada. Mas, não será uma mudança como projeto pronto e acabado de sociedade, como muitas vezes propõem os ideólogos de qualquer matiz, mas um projeto em construção, em que verdadeiramente os assalariados, os trabalhadores de baixa renda, tornam-se sujeitos, que decidem os rumos do nosso presente e do nosso futuro.
O ponto de apoio dessa transformação cotidiana é a nossa luta, é a nossa união, é a nossa força, a conquista da nossa autonomia frente a estes poderes. Nos próximos dias, enquanto aguardamos o desfecho das votações na ALMG, campo minado para os assalariados de baixa renda, vamos discutindo e analisando essas questões à luz das batalhas que travamos e daquelas que precisamos encarar, para que uma história que não é a outra, nem será a mesma, mas a nossa história, se construa sob a inspiração de todo este processo de luta que vivemos nos últimos três meses.
Um processo no qual, embora muitos não percebam, saímos como a água corrente do filósofo grego, que não é mais a mesma quando por ela passam mais de uma vez, assim como nós também não somos mais os mesmos. Somos o povo da luta, guerreiros, o povo que não se rendeu, que lutou bravamente, e que através dessa luta, constrói um outro horizonte. De conquistas, de unidade, de autonomia e de esperanças.
P.S. O texto acima é só um treino para a análise que pretendo fazer do nosso movimento e por isso não inclui muitos dos principais pontos que pretendo abordar. Foi escrito às pressas, antes de me arrumar para o trabalho. Como dizia um colega, os/as gurreiros/as, quando retornam para casa após as batalhas, mereciam pelo menos uma semana de descanso. Mas, isso é coisa pra deputado, prefeito, governador, desembargador. Nós, professores, educadores, quando não estamos em sala de aula ou na escola, recebemos falta. Os outros, recebem hora-extra.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Mais um dia de luta, mais uma conquista e muito cansaço.
Bom dia, colegas de luta! Quando cheguei no meu bunker, por volta de 2h20m da madrugada do dia 24, quinta-feira, estava realmente cansado. Por isso pensei em não escrever nada por hoje. Tirei o sapato e as meias quase pararam em pé. Afinal, havia tomado banho na parte da manhã, andei muito, suei, fiquei muito tempo de pé e só agora voltei para casa. Então tive que pelo menos lavar os pés, com água morna e sabonete, antes de pensar em qualquer outra coisa. Isso faz toda a diferença, considerando-se que passei a maior parte do dia de pé, ao lado de dezenas de combatentes da educação.
Após, preparei um rápido café - nem estava com muita fome, pois devorei um tropeiro numa feira que descobrimos próximo à ALMG - e resolvi escrever estas poucas linhas.
Foi mais um dia de luta, de contatos, de cafezinhos, de palavras de ordem, de muita paciência com o desrespeito da base do governo, mas também de conquista. Pequenas conquistas que vamos arrancando na base da pressão, do corpo-a-corpo, combinado com as negociações.
Já havia sido conquistado o compromisso do reajuste salarial periodicamente, tendo em vista impedir que ocorra o congelamento nas tabelas salariais. Hoje, depois de muita luta, o governo cedeu em mais um ponto: em antecipar a data-base da categoria de março para janeiro. Não sei se entendi bem, se essa antecipação implica ou não no pagamento das novas tabelas em janeiro de 2011 e não mais em março, ou se é só para as próximoas negociações. [Adendo: lendo o Blog do COREU pela manhã e confirmando com o colega Alex por telefone, certifiquei-me de que a promessa é a de implantação das novas tabelas em janeiro de 2011. Agora é cobrar para que cumpram o que disseram.] É que a notícia foi dada por volta de 1h da madrugada por um deputado da base do governo, Mauri Torres, depois que os educadores, que lotaram as galerias do Plenário principal, tomaram um chá de espera de quase 04 horas. Um total desrespeito da base do governo, que durante o dia já havia feito encerrar duas sessões (às 9h e às 14h) por falta de quorum.
Depois, na sessão das 20h, deram início e suspenderam "por alguns minutos", segundo a mesa, para fechar um acordo de votação com a oposição. Estes "alguns minutos" duraram quatro horas. Mas, foram quatro horas que todos nós educadores ficamos de pé, gritando palavras de ordem, cantando o hino, alguns rezando, outros xingando, com muitas olas, apitos e uma demonstração de combatividade que tem sido a marca dos trabalhadores da educação de Minas Gerais.
Quando os trabalhos foram reiniciados, já por volta de 1h da madrugada, os parlamentares do bloco da oposição apresentaram as emendas ao projeto do governo - ao todo 51 emendas -, entre as quais a garantia dos direitos adquiridos (quinquênios, biênios), o posicionamento dos servidores nas novas tabelas de acordo com o tempo, etc. O projeto e as emendas retornam agora para a Comissão de Orçamento e Finanças e depois voltarão ao plenário em outro dia, para serem finalmente votados em duas sessões. Não sabemos ainda se estas emendas serão aprovadas. E é bem provável que não. Mas, que os deputados estão sentindo a pressão, isso estão.
Como já estou bastante cansado e qualquer tentativa de continuar escrevendo esbarrará nos limites da LRFM - Lei da Responsabilidade Física e Mental -, vou retomar este relatório na próxima sessão ordinária, ou melhor, amanhã, no momento em que houver tempo para sentar diante desta telinha e digitar as letrinhas.
Pretendo ainda fazer uma análise crítica do nosso movimento como forma de contribuir com a manutenção e o crescimento deste que foi e tem sido o mais bonito movimento de resistência e de luta da história de Minas nos últimos anos.
Aguardem e até amanhã, não sei bem qual o horário. Ah, antes que eu me esqueça: o acompanhamento do trabalho na ALMG será comunicado pela direção do Sind-UTE através do site oficial do sind-UTE. O nosso blog poderá trazer informações adicionais, como tem acontecido.
Aliás, quero aproveitar para mandar um abraço a todos/todas que encontrei nestes dois dias e que me disseram que acompanham o nosso blog diariamente. Impressionante o tanto de colegas que vêm acompanhando o nosso blog, muitos contribuindo com comentários enriquecedores. Esta rede que se formou entre os blogs - o nosso, o do COREU, o da Cristina e dezenas de outros - é um patrimônio conquistado pelo nosso movimento. Depois dos nossos blogs não existe mais censura de imprensa capaz de ocultar os acontecimentos e impedir uma rápida comunicação e intercâmbio entre as pessoas dos mais diferentes pontos de Minas e até do Brasil.
Um abração a todos e até amanhã, pois agora eu olho para o quarto e vejo a cama a minha espera e os pés praticamente me arrastam para aquela direção, enquanto os olhos estão semicerrados. Um bom dia para todos e até mais! A luta continua, agora e sempre!
P.S.: Leiam também o artigo do colega Wladmir Coelho, do Blog do COREU, "A longa Véspera de São João". Clique aqui.
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